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Doença Coronária Crónica e Angina estável
Desequilíbrio pode ser produzido por:
↓ do fornecimento de O2 ao miocárdio;
Necessidades Suprimento
de O2 de O2
Angina de peito
(principal sintoma da DCC)
Imobilidade
O paciente permanece encurvado com a mão sobre o peito
Ansiedade e alguma dispneia (particularmente se se tratar do 1º
ataque de angina)
Pulso rápido, taquicardia e pressão arterial elevada
Alteração dos sons cardíacos
Transpiração
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Epidemiologia
A incidência anual de angina na população ocidental com idade > 40 anos ≅ 0,5 %.
A média anual de mortalidade nos pacientes com angina estável crónica é de 2-3%.
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Classificação da Angina de peito
Angina estável
Angina instável
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Angina de peito
Do ponto de vista clínico são conhecidos três tipos de angina:
Angina estável:
Caracteriza-se por dor previsível com o esforço, sendo causada por estreitamento fixo dos vasos
coronários, quase sempre devido à presença de placas de ateroma.
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Angina de peito
Angina instável
Caracteriza-se por dor que ocorre com um esforço cada vez menor, culminando com o aparecimento
de dor em repouso.
Angina variante
Tipo incomum de angina . Ocorre em repouso e é causada por espasmo da artéria coronária,
geralmente em associação com doença ateromatosa.
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Angina estável vs Angina instável
Placas de ateroma diferentes:
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Etiologia e Fisiopatologia
Presença de placas de ateroma na subíntima das artérias epicárdicas com cápsula fibrosa e
resistente à ruptura.
Oclusão
> 50 %
• Hipertensão • Hiperuricémia
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Diagnóstico
Avaliação clínica dos pacientes:
• qualidade
• localização
• irradiação
• factores desencadeantes
• factores de alívio
• sintomas associados
c. Exame físico: usualmente normal nos doentes com angina estável, mas durante o episódio de angina
pode fornecer indícios importantes a respeito da existência ou não de DAC.
Necessidades Suprimento
de O2 de O2
Isquémia
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Diagnóstico
Testes não invasivos:
Electrocardiograma (ECG)
Radiografia de tórax
Angiografia coronária
Ecocardiografia
Radioisótopos
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Tratamento
Objectivos:
Aliviar os sintomas;
Prevenir síndromas coronários agudos (angina instável, EAM e morte súbita cardíaca);
Reduzir a mortalidade;
Permitir uma melhoria progressiva, prolongando a vida, com qualidade, dos pacientes.
• Cessação tabágica
• Diminuição do stress
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Tratamento não farmacológico
Em todos os pacientes, deve proceder-se a modificações do estilo de vida:
• Dislipidemia
•LDL↑
•c/ DAC LDL < 100 mg/dl
•s/ DAC, c/ ≥ 2 FRC LDL < 130 mg/dl
•s/ DAC, c/ < 2 FRC LDL < 160 mg/dl
• Triglicerídeos ↑ Triglicerídeos < 200 mg/dl
• HDL↓ HDL > 40 mg/dl
• Hipertensão PAS < 130 mm Hg
PAD < 80 mm Hg
• Tabagismo Abandono completo
• Obesidade • < 120% do peso corporal ideal para a altura
• Estilo de vida sedentário • 30-60 min de actividade de intensidade
moderada (caminhadas, ciclismo), três a
quatro vezes por semana
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DAC: Doença Arterial Coronária; FRC: Factor de Risco Cardiovascular; PAS (D): Pressão Arterial Sistólica e Diastólica
Tratamento farmacológico
Todos os agentes antianginosos aprovados melhoram o equilíbrio entre o suprimento e as
necessidades de oxigénio do miocárdio:
Fármacos:
• Vasodilatadores
(especialmente
BCC)
• Antagonistas β-adrenérgicos
• Nitratos
• Trimetazidina
• Antiagregantes plaquetários
• Agentes antidislipidémicos
• Antagonistas β-adrenérgicos
• IECA
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Tratamento farmacológico sintomático
Nitratos Antagonistas β- adrenérgicos
• Acção curta e rápida: 1ª opção nas crises (alívio dos • Fármacos de 1ª escolha
sintomas em 1-3min) ⇒ via sublingual • Previenem a recorrência de EAM e ↑ a sobrevivência
• Acção prolongada (uso contínuo induz tolerância
• Preferm-se os agentes cardiosselectivos e de longa
medicamentosa) ⇒ via oral (reservados para pacientes
acção
que continuam sintomáticos a despeito do uso de BB
e/ou BCC.) •Monoterapia ou em associação com nitratos e/ou
diidropiridinas
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Tratamento farmacológico sintomático
•Nitratos orgânicos Sublingual, tópica, ↓ Pré-carga > Pós-carga Cefaleia, rubor, Tolerância com o uso
IV e oral Vasodilatação coronária ortostase continuo
•Bloqueadores β-adrenérgicos ↓ Frequência cardíaca Bradicardia Pode piorar a insuficiência
Metoprolol ↓ Pressão arterial hipotensão cardíaca e condução AV
↓ Contractilidade broncoespasmo
depressão
•Bloqueadores dos canais de Ca2+ Ambas as classes: Bradicardia Podem piorar a insuficiência
• Fenilalquilaminas Verapamil ↓ Frequência cardíaca hipotensão cardíaca e condução AV
•Benzotiazepinas Diltiazem ↓ Pressão arterial broncoespasmo
↓ Contractilidade depressão
Vasodilatação coronária
•Diidropiridinas Nifedipina ↓ Pressão arterial Hipotensão, Formulações de acção curta
Vasodilatação coronária taquicardia reflexa podem agravar a angina
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Tratamento farmacológico profilático
Adjuvantes no tratamento de pacientes com angina crónica:
• Aspirina • Estatinas
• Derivados tienopiridínicos (ticlopidina e • Fibratos
clopidrogel)
• sequestradores dos ácidos biliares
• Dipiridamol
• Niacina
• Anticoagulantes
• Ezetimiba
Abreviaturas:
CABG: coronary artery bypass grafting PICAB: percutaneous in situ coronary artery bypass
EECP: enhanced external counter pulsation PICVA: percutaneous in situ coronary venous arterialisation
PCI: percutaneous coronary intervention TMR: transmyocardial laser revascularisation
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Tratamento clínico
Tratamento não farmacológico com medidas invasivas para pacientes com angina refractária:
Revascularização:
Stent
Placa de
ateroma
Balão insuflado
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Tratamento clínico
Tratamento não farmacológico com medidas invasivas para pacientes com angina
refractária:
Terapia celular
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Tratamento clínico
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Tratamento
Immediate Stable angina for medical management
Aspirin 75-150 mg od
Contraindication (e.g. aspirin allergic) Clopidrogel 75 mg
od
Treatment Statin
aimed at ± Titrate dose ⇑ to get target cholesterol
improving Intolerant or
Interchange statins or ezetimibe with lower dose statin or replace
prognosis contraindication
with alternative lipid – lowering agent
ACE- Inhibitor in proven CVD
Beta-blocker post-MI
Beta-blocker no prior MI
Consider suitability for revascularisation Symptoms not controlled after dose optmization
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Tratamento da angina estável
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Bibliografia
Brunton, L. L., Lazo, J. S. e Parker, K. L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11ª Edição
(2005), Mc Graw-Hill, 735-753.
DiPiro, J. T., Yee, T. G. C., Matzke, G. R., Wells, B. G. e Posey, L. M. Pharmacotherapy: A Pathophysiological
approach. 5ª Edição (2002), McGraw-Hill/Appleton & Lange, 261-284.
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Ben-Dor, I. e Battler, A. Treatment of stable angina. Heart (2007), Vo 93, 868-874 - www.heartjnl.com (23- 03-
2009).
Parker, J. O. Angina Pectoris: A review of current and emerging therapies. The American Journal of Managed Care
(2004), Vo 10, No 11, 332-338.
César, L. A. M. et al (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Diretrizes de doença coronariana crónica: Angina estável.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (2004), Vo 83, Suplemento II, 1-42.
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