You are on page 1of 2

Teorias de aprendizagem

As Teorias da Aprendizagem descrevem a forma pela qual uma pessoa aprende o


que as torna intimamente ligadas aos conceitos propostos pela epistemologia. É,
pois, impossível compreender plenamente uma teoria de aprendizagem sem
entender os pressupostos epistemológicos na qual ela se baseia.

Nesse campo, das 3 correntes mais freqüentemente mencionadas, 2 têm bases


epistemológicas realistas (behaviorismo e cognitivismo) e 1 tem base idealista
(construtivismo).

É comum, aí, apresentar-se behaviorismo e construtivismo como os extremos entre


os quais se situam outras correntes. Note-se, contudo, que é preciso analisar esse
tipo de relação com grande cuidado, pois nem sempre ela é claramente definida.
Piaget, por exemplo, dizia que o conhecimento é construído pelo indivíduo, mas não
repudiava a idéia de que a realidade existe fora do indivíduo.

Uma idéia bastante aceita é aquela de que nenhuma teoria é a mais adequada para
todas as situações de aprendizagem. Assim, há correntes atuais que sugerem o
aproveitamento daquilo que de melhor cada teoria tenha a oferecer e a
identificação de onde e quando isso deva ser aplicado, respeitadas as bases
conceituais de cada uma.

Behaviorismo (ligado ao realismo)

Para o Behaviorismo, a aprendizagem é a aquisição de novos comportamentos que


se manifestam num quadro de respostas específicas a estímulos também
específicos. Sua ênfase está colocada nos comportamentos observáveis sem
preocupação com os processos mentais subjacentes; o que acontece na mente é
visto com uma "caixa preta". A posição do indivíduo que aprende é, meramente,
passiva (resposta a estímulos).

Para facilitar a aprendizagem, deve-se criar os estímulos e oferecer reforços


adequados.

Cognitivismo (ligado ao realismo)

O cognitivismo entende que a aprendizagem ocorre através de um processo no qual


as novas informações recebidas são relacionadas com informações já existentes na
mente do aprendedor e só depois disso são gravadas na memória. Assim, o que for
gravado na memória será muito influenciado por aquilo que já existia na memória.

Mesmo aceitando várias idéias do behaviorismo, o cognitivismo procura abrir a


"caixa preta" dos processos mentais, subjacentes à aprendizagem, pelos quais a
mente adquire e reorganiza suas estruturas cognitivas. Por outro lado, novos
comportamentos são aqui vistos apenas como indicadores dos resultados da
aprendizagem.

Modelos mentais, schemata e memória de três estágios são temas importantes


para o cognitivismo

Para facilitar a aprendizagem deve-se, sobretudo, oferecer apoio ao processo de


ligação da nova informação com a informação já existente na memória.

Construtivismo (ligado ao idealismo)

1
Para o construtivismo, a aprendizagem é um processo pelo qual o indivíduo constrói
o conhecimento. Isso significa que o indivíduo é um agente ativo de sua
aprendizagem que resulta em sua própria transformação como indivíduo; ele não
transfere o conhecimento externo para sua memória mas, sim, ele cria
interpretações do mundo baseadas em sua experiência anterior e suas inter-
relações com outras pessoas.

Condições externas favoráveis, criadas no ambiente de aprendizagem, facilitam o


processo.

É importante notar que o fato de várias teorias serem classificad[a]s como


construtivistas não significa que não haja sérias diferenças entre elas. Esse é o
caso, por exemplo, das notórias divergências existentes entre dois expoentes do
construtivismo: Piaget e Vygotsky.

De outra parte, nem sempre é simples ligar nomes a teorias; muitos autores, por
exemplo, destacam as contribuições de Piaget e Vygotsky ao cognitivismo.

Fonte
WAAL, Paula de; TELLES, Marcos. Teorias de aprendizagem. In:______.
Epistemologia, Teorias da Aprendizagem e Projeto Instrucional. Disponível em:
<http://www.dynamiclab.com/moodle/mod/forum/discuss.php?d=438>. Acesso
em: 22 ago. 2008.

You might also like