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Ano XXIV – N.º 942 1ª Quinzena de Fevereiro de 2004 portuguesetribune@sbcglobal.net $1.00 $35.00 anual Ano XXIV – N.º 945 2ª Quinzena de Março de 2004 portuguesetribune@sbcglobal.net $1.00 $35.00 anual Ano XXIV – N.º 945 1ª Quinzena de Abril de 2004 portuguesetribune@sbcglobal.net $1.00 $35.00 anual Ano XXIV – N.º 946 2ª Quinzena de Abril de 2004 portuguesetribune@sbcglobal.net $1.00 $35.00 anual
Para melhor servir a vai começar mais cedo - a 3 cisão. É um aumento de $5.00 dólares anuais, o
Comunidade Portu- Joel Neto de Junho (ver programa na que representa $0.42 cêntimos a mais por mês.
guesa da California, a pagina 32). E para o ano, e Sabemos que muitos dos nossos assinantes são
Trade Winds Import se tudo correr como pensam reformados e que este aumento poderá ser um
Export, Inc., de Ma- os organizadores ainda problema para eles, mas queremos crer que com-
teus Morais adquiriu começará mais cedo. E preenderão a nossa decisão.
os direitos opera- porquê? Porque nós mere- Todos neste jornal trabalham para que ele seja
cionais da LusoLines/ cemos celebrar a nossa cada vez melhor, dando uma imagem justa e re-
Portuguese American vivência Portuguesa em flectida da nossa vida, nunca esquecendo que
Comissão e Convidados da NT 2001 em Turlock
Export Agency, para mais vertentes do que aquelas até agora imagina- somos verdadeiramente um jornal comunitário.
este Estado. A Noite Tauromáquica 2005 irá realizar-se no dia 9 das. Viva Portugal, Viva Camões. O nosso obrigado pela compreensão.
Além da habitual de Abril no renovado e belo Salão do Modesto Pen-
movimentação de car- tecost. RELIGIÃO POLITICA
gas da California para os Açores e Portugal, a Trade A contratação de artistas prossegue a ritmo normal
Winds, com escritórios em Oakland, está planeando
oferecer aos seus clientes num futuro próximo a
esperando-se que os mesmos possam também actuar
noutras cidades para atenuar as despesas devido ao
Igreja da Serreta Fernando Menezes
possibilidade de movimentar dois ou três conten-
tores por ano directamente dos Açores para a Cali-
euro estar altamente cotado (cerca de 30% mais alto
do que o outrora forte dólar). Daremos mais notícias é Santuário no 10 de Junho
fornia. na nossa próxima edição. Viva a Festa Brava.
Devido à importância É Presidente da Assem-
que a Festa de Nossa bleia Legislativa dos
RELIGIAO MUSICA Senhora dos Milagres Açores, faialense e do
Partido Socialista.
Padre Eduino Silveira Daniel Arruda já não
da Serreta tem,
movimentando mil- É a figura política mais
importante dos Açores.
hares de fiéis todos os
seguiu para Redding canta mais anos, o Bispo de An- Veio este ano comemorar
connosco o Dia de Portu-
gra, D. António Sousa
Braga, resolveu elevar gal, de Camões e das
Na nossa última edição demos a notícia que o Padre
Devido a doença, o a Igreja da Serreta a Comunidades. Participou
Eduino Silveira da Igreja de Santa Isabel de Sacra-
popular cantador ao Santuário Diocesano, em muitos dos eventos da Semana Portuguesa e
mento afinal iria ficar na mesma paróquia segundo
desafio Daniel Arruda no dia da Mãe, que deve ter ficado ainda mais conhecedor das nossas
informações de fontes idóneas. Dias depois recebe-
deixou de cantar e a decorreu no dia 7 de realidades, pois não é a primeira vez que se de-
mos notícias que afinal o Padre Eduino iria seguir
música tradicional fi- Maio. Esta era uma aspiração antiga do povo sloca à California.
para Redding no dia 12 de Janeiro.
cou mais pobre. Os dessa freguesia. Foi um prazer tê-lo connosco, Sr. Presidente.
Para melhor esclarecer a nossa comunidade este
jornal solicitou via email ao Sr. Bispo uma explica- bodos de leite e as can-
torias vão-lhe sentir a
ção para o sucedido. Até hoje não recebemos
falta. AVIAÇÃO COMEMORAÇÕES
qualquer resposta de Dom William Weigand.
Convém esclarecer que qualquer Bispo tem o poder
de movimentar padres entre paróquias ao fim de 5
Daniel Arruda nasceu
na Ribeira dos Gatos, Voos para os Açores Angela Costa
freguesia dos Altares,
ou 6 anos de colocação nas mesmas. Está no Direito
Canónico e na obediência que os padres têm aos Ilha Terceira e reside actualmente em San José, seguem em bom ritmo a força do querer
seus Bispos. California. Estreou-se a cantar em 1976 quando
tinha 18 anos de idade numa “briança” que se fazia Os voos di- É através desta jóvem que
Embora muito custe à comunidade Portuguesa, pelo queremos agradecer a to-
excelente trabalho feito pelo Padre Eduino, como João Ignacio de Souza, nascido na ilha de São Jorge em 1849, filho de um carpinteiro que se suicidou em 1874 veio para a no tempo dos bodos nos Altares. Em 1983 emigrou rectos da
para a California e desde então nunca mais parou de California dos aqueles que projecta-
católicos devem respeitar a vontade do seu Bispo. América em 1866, estabelecendo-se em Stanislaus como pastor e jornaleiro. (pág. 14,15,16,17) ram a Semana de Portugal
cantar e escrever. Recentemente foi o vencedor do para a Ter-
Programa “O Mais Popular Cantador ao Desafio de em todas as suas vertentes Festa de Modesto - Britney Espland, Rainha Rachael Borba, Daisy Reis em frente à Câmara Municipal pág. 17,18
ceira estão
Política 2004”, feito por este jornal. esgotados até e que decorreu dentro das
Setembro, o expectativas.
O Kelley Park esteve fes-
Festa de Nossa Senhora da Assunção - Missa da Juventude, uma maneira alegre e comunicativa de viver uma comunhão de fé ( pág. 30,31)
que demonstra bem o interesse que a nossa
ARTE Comunidade tem por este tipo de viagens. A tivo, tudo bem organizado
Azores Express deve-se sentir recompensada pelo e para o ano ainda será TAUROMAQUIA
Maria Flores esforço que fez em cobrir esta importante rota. melhor. Assim se faz comunidade e da melhor...
Ganadero João
Faz capas para Rainhas VIDA LITERATURA
Folque na California
Nasceu na Calheta, Ilha de Faleceu a Irmã Lúcia, a última vidente de Fátima ainda viva e Lembrar um Cota Fagundes falou A convite da Festa dos
São Jorge e veio para a
América há 43 anos.
que se encontrava em clausura nas Carmelitas de Coimbra.
A irmã Lúcia tinha 97 anos e foi, com Jacinta e Francisco, uma grande Homem de poetas e suas vidas Milagres desloca-se à
California para dirigir a
Quando a sua filha foi das três crianças que disseram ter visto Nossa Senhora na Cova Corrida de Toiros, João
Rainha há 23 anos, foi ela D. António Ferreira Francisco Cota Fagun-
da Iria no início do século XX. des, da Universidade de Folque de Mendonça, da
que fez a sua capa e a par- Quando Nossa Senhora apareceu pela primeira vez em Fátima, Gomes teria feito 100 Ganadaria Palha, triun-
tir daí nunca mais deixou anos de idade no dia 10 Amherst, Massachusetts,
no dia 13 de maio de 1917, Lúcia acabara de completar 10 A Festa do Espírito Santo da Casa fraldadas, os cestos à cabeça como no Machado e Jorge Ferreira que veio à California a con- fadora da Feira de
de fazê-las. de Maio. Bispo do Sevilha deste ano.
anos; Francisco estava para completar 9; e Jacinta, a menor, dos Açores de Hilmar é muito espe- Pico, tudo isto numa Coroação digna atraíram muita gente. vite da UPEC, na Se-
Uma capa pode ser feita Porto e Homem de
numa semana, muito em- tinha pouco mais de 7 anos. cial porque é diferente de todas as de ser vista. De tão simples é tão bo- Na Segunda-feira houve Corrida de mana de Portugal, falar
grande verticalidade,
bora Maria Flores faça O corpo da Irmã Lúcia irá para a Catedral de Coimbra, onde outras. nita. Este ano veio muita gente as- Toiros, com Praça cheia até às sobre Camões, Bocage e RELIGIÃO
escreveu uma carta a
várias ao mesmo tempo. decorrerá uma cerimónia fúnebre presidida pelo Bispo de Esta festa não tem rainhas nem aias e sistir a esta bonita festa num dia soal- bandeiras. E ainda houve tempo para Jorge de Sena. Este acon-
Salazar e este expul-
Esteve sem ir à sua ilha natal durante 28 anos mas
desde há uns anos atrás tem-se desforrado e bem.
Coimbra, D. António Cleto. O Bispo de Leiria/Fátima, D.
Serafim Ferreira e Silva, estará também presente naquela
sou-o de Portugal.
Eram tempos de fas-
desfilam representantes de todas as
Ilhas dos Açores com as suas mais
heiro. No Sábado houve como é ha-
bitual o Bodo de Leite com Pézinho,
fazerem maldades na Praça de Ste-
vinson durante a noite de Domingo,
tecimento de tão impor-
tante que é merece repetição em muitos outros Padre Reis
Enquanto puder não deixa de trabalhar, porque tem
toda uma estrutura montada que lhe facilita o seu
cerimónia.
O corpo da irmã Lúcia regressa depois ao Carmelo de Santa
cismo e obscurantismo. Regressou 10 anos de-
pois, já o ditador tinha morrido. Leiam a sua obra
simples tradições como eram usadas
nas ilhas. A Coroa, os bordões, os
oferta de massa sovada e queijo, arre-
matações e venda do gado oferecido.
só que Homens bons que ainda os há,
resolveram o problema a tempo e
lugares. É um meio eficaz de dar a conhecer as
nossas artes em diferentes campos. nas Cinco Chagas
Richard Pombo Devin Nunes Dennis Cardoza Jim Costa
apurado trabalho. Teresa, em Coimbra, onde ficará sepultado. vestidos brancos, as bandeiras des- Houve concertos do Alcides horas. Quem é o próximo? E para falar de quê? Festa ao Divino em Turlock - Denise Faria e Dorisa Teixeira ladeiam a Rainha Melissa Faria pág. 19,20
R-Tracy - Distrito 11 R-Tulare - Distrito 21 D-Merced - Distrito 18 D-Fresno - Distrito 20 (pág. 25)
que é sempre actual. Foi nomeado Vigário
Assistente da Igreja
Editorial 2 Maré-Cheia 26 INDICE Editorial 2 Maré-Cheia 26 Nacional das Cinco
INDICE Editorial 2 Tauromaquia 20,21 INDICE Editorial 2 Tauromaquia 20,21 INDICE Açores 4 English Section 30,31,32,33 Chagas, o Rev. Padre
Açores 4 Maré-Cheia 22 Açores 4 Maré-Cheia 22 Açores 4 English Section 35,36,37,38,39
Continente/Madeira 5 Reportagens 11,16,17,19,20 Continente/Madeira 5 Reportagens: António Reis, que
Continente/Madeira 5 English Section 24,25,26,27 Continente/Madeira 5 English Section 24,25,26,27 Colaboradores 7,8,9,10,11,13,28 3,12,14,16,17,18,19,20,21,34,35 nasceu no Brasil.
Artesia 8 John Enas 14,15,16,17 Artesia/Colab. 8 Carnaval 13,14,15,16,17 Colaboradores 3,7,8,9,10,12,28 30 Anos dos Forcados 21 A Comunidade está de
Desporto 22,23 Corridas de Toiros 29,31 Desporto 22 Corridas de Toiros 15 parabéns.
Colaboradores 3,7,9,10,11 Reportagens 12,13 Colaboradores 3,7,9,10,11,19 Reportagens 12 Tauromaquia 24,25 Assinaturas 6 CONVENÇÃO - pela segunda vez na história da Luso-American - Presidênçias femininas: Presidente dos 20-30’s Michelle
Desporto 18 Dish Network 28 Desporto 18 Suntrips/DVD’s 28 Tauromaquia 24 Entrevista 13
Stilwell, Presidente Estadual Linda Vieira e Presidente da Juventude Kayla Rodrigues (pág. 14 a 19)
INDICE Editorial 2 Tauromaquia 24, 25 INDICE Editorial 2 English Section 28 a 31 QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Açores 4 Maré-Cheia 26 Comunidade 15,21 Reportagens: 16,17
Continente/Madeira 5 English Section 28,29,30 Colaboradores 3 a 11,13,14,18,19,20 Entrevista 21
Colaboradores Reportagens: 14 a 18, 20,31,32 Desporto 22 Dish Network 32
3,6,7,8,9,10,11,12,13,19 Festival das Bandas 21 Tauromaquia 24
Desporto 22 Assinaturas 6 Maré-Cheia 26
QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
1 a Quinzena de Fevereiro de 2009 2 a Quinzena de Fevereiro de 2009
Ano XXIX - No. 1056 Modesto, California Ano XXIX - No. 1057 Modesto, California
$1.50 / $40.00 Anual $1.50 / $40.00 Anual
FESTAS NA TERCEIRA
Sanjoaninas na California
Pág 24
Internacional
California.
despediu-se da California
Açores - que iam ser mais baratas. Afinal uma meia Temos sido tão bons quando ajudamos equipas de futebol açorianas que estão na falência e
verdade no Brasil sempre dá para receber algumas aqui vem buscar alguns dólarzitos. Esta orquestra foi fun-
palmas. Só 10 % dos passageiros é que irão gozar do Temos sido bons quando ajudamos as Filarmónicas que nos visitam e até temos sido muito dada em 1969 e tem
desconto de 30%. E quem serão esses 10 %? Os ami- bons quando ajudamos Danças de Carnaval, que por sinal até vêem falar mal da gente na sido reconhecida como
gos da Agência, os que viajam em primeira classe, os nossa própria casa. Carnaval é uma coisa, mal-criação é outra música. uma das melhores da
amigos dos amigos, enfim Fomos aficionadamente bons quando ajudámos a construir a California. Joana Car-
uma autêntica baralhada Praça de Toiros da Terceira, cuja maioria do capital social dessa neiro, nasceu em Lisboa e começou a sua carreira
Escandalosos aumentos!
de realezas feita por açori- Praça é pertença de duas irmãs que residem em Tulare. como violinista. Depois de cursar-se na Academia
anos que não conhecem Os emigrantes de todo o mundo são bons quando mandaram 2.4 Nacional Superior de Lisboa, tirou o Mestrado em
bem a realidade desta mil milhões de euros em 2006 para Portugal, com 224 milhões de Condução de Orquestras na Northwestern University
“malta” que vive além euros vindos da América. e está a doutorar-se na Michigan University.
Já é altura da nossa Comunidade regressar às origens das nossas festas religiosas e ver como Hilmar, Turlock, San José e poucas outras continuam a mostrar a genuina festa dos nossos padroeiros. Deve-se exigir
qualidade e não quantidade. Deve-se exigir respeito e não malabarismos. Deve-se exigir simplicidade e não ostentações. Monsenhor Myron Cotta em primeiro plano, celebrante da Festa de Hilmar. (Pág. 15 a 18)
fronteiras.
De Portugal vem a
“extraordinária” notícia
V
ejam com a RTP nos trata. Nem em Portugal transmitem os
Programas Contacto. Porquê? Ou porque têm vergonha da
malta ou então para que os portugueses não vejam as nossas riqu-
Em 2004 foi condecorada pelo Presidente da Republi-
ca Portuguesa Jorge Sampaio, com a Ordem do Infan-
te D. Henrique, no grau de Comendador.
Uma família de 4 pagará $6746.20
ENERGIA
das eleições para o Con-
selho da Comunidades?
Será esta uma notícia
ezas, o nosso sucesso, a defesa das nossas tradições, o amor que
temos à nossa terra e mesmo os nossos falhanços. Nos Açores até
só passam o Contacto da Nova Inglaterra.
CULTURA CULTURA
dólares para visitar o Pico.
Conferência Interna- A História dos Açores A História dos Açores Oakland-Terceira = $1530.00 por pessoa
para rir? Ou para cho- Afinal o que é que a RTP quer?
cional na Terceira Há dias ouvimo-lo dizer que “we stay the course”. Hoje diz
que o Iraque mais parece o Vietnam. Ainda há dias ou-
foi, é ou será uma
democracia.
rar?
O Conselho das Comuni- Q
uem não se lembra quando falavam mal de nós, da maneira
como nos vestimos, da mosca-de-verão, da maneira como fala- Susana Goulart Costa es-
vimo-lo dizer “we are winning”. Hoje diz: “will carefully Esqueça-se dessa dades que foi uma óptima mos, até da maneira como gastamos o nosso dinheiro, fruto do creveu, Deolinda Adão
Na semana pas- Numa altura de crise, quando todas as companhias aéreas estão a descer os seus
Vai realizar-se consider any proposal that will help us to achieve victory”. teoria, por favor. ideia do consulado de trabalho árduo nestas terras. E lembram-se da história do cão? organizou/coordenou, e sada anunciámos a preços, a SATA aumenta-os em 30% nas viagens para os Açores.
nos dias 8 e 9 Será que esta tão aparente e cândida mudança não tem 4. Ouça o que o povo Guterres, nunca foi aceite E mesmo assim não nos queixamos. Se for preciso cá estaremos
de Dezembro Rosa Neves Simas traduz- publicação de Uma No entanto, a mesma SATA diminuíu o custo das passagens Madeira/Lisboa, de
nada a ver com o 7 de Novembro (dia das eleições)? Será do Iraque diz, e se por todos os governos e para ajudar todos os que precisam da nossa ajuda. E sabem
de 2006, uma que um dos seus assessores ao ter-lhe sugerido esta mu- não aceita os re-
iu, esta obra que devia estar História dos Açores. 193.00 para 120.00 euros, ou seja 38 % de desconto. Dois pesos e duas medidas.
até houve um que reduziu porquê? Porque na realidade somos mesmo de primeira classe, em casa de todos os açoria-
Conferência dança de atitude, pensa que o povo é ignorante? sultados de quer queiram quer não.
Esta semana foi Será que a nova Administração da SATA ainda não compreendeu a relação que deve
Internacional a California a um só con- nos. Escrito em Português
Já que nos pede ajuda, deixe-nos oferecer alguma: dezenas de in- selheiro ficando nós em Aqui nem tudo são rosas. Entre nós também temos os nossos publicada mais uma haver entre os Açores, a America e o Canadá?
sobre Energias e Inglês, este livro de 380
Renováveis, na
1. Despeça da sua administração todos aqueles que lhe quéritos feitos por igualdade com a Namíbia que deve ter alguns 100 problemas e um dia os discutiremos. Este divórcio e estes mal entendidos entre a nossa páginas foi publicado pelo
“História dos Açores A resposta a este escandaloso acto só poderá ser dada por todos nós.
disseram que a Guerra do Iraque iria ser um passeio na organizações alta- portugueses a viverem lá. Vejam lá que cabeças pen- comunidade e os que vivem além no Atlântico tem de mudar. Mas mudar requer que nos - do Descobrimento
Terceira. Esta
Avenida da Liberdade, incluindo o Secretário da mente respon- Programa de Estudos Por- Duas opções - pomos a nossa cabeça entre as pernas e aceitamos este sujo jogo da
conferência tem o patrocínio dos quatro con- santes são estas que fazem isto? A montanha pariu encontremos todos a alto nível. tugueses da Universidade ao Século XX”, da
gressistas americanos descendentes de açorianos, Defesa. sáveis, mande Por favor, não nos mandem Secretários de Estado nem Directores Regionais pois eles não
SATA, ou fazemos um boicote à SATA e usamos outras companhias, tal como a TAP,
realmente um rato. da California, Berkeley. responsabilidade do
2. Admita novo sangue, nova gente, inteligentes e com fazer o seu a CONTINENTAL e
bem como deputados da União Europeia, Casa Esperamos que nenhum californiano se candidate ao têm, nem nunca tiveram capacidade de decisão. É um desperdício de tempo. Susana Goulart Costa é
dos Comuns do Canadá, além da Universidade uma particularidade - que saibam História do Mundo, próprio. Um erro pode-se sempre corrigir.
Conselho das Comunidades, nem ninguém vote
Instituto Açoriano
não sómente a da California ou do Texas. Se quiser mais algumas ideias, o nosso telefone está na Venham cá, sim, os melhores, aqueles que estarão abertos a compreender o que nós professora do Departamen- Alzira Silva conquistou o respeito e a admiração de todas as Comunidades Açorianas Pág. 16, 17
dos Açores. nesse mal compreendido e nunca aceite Conselho de Cultura (IAC).
Tribuna Portuguesa irá estar atenta a este impor- 3. Nunca mais pronuncie a palavra democracia quando se segunda página. representamos para Portugal. to de História, Filosofia e Ciências Sociais da Univer-
das Comunidades. Tenhamos vergonha na cara. Esta obra tem um carácter mais científico, es-
tante forum. referir ao Iraque. Nenhum país daquela área geográfica Boa sorte, Senhor Presidente. sidade dos Açores. Uma obra a não perder. portuguesetribune@sbcglobal.net • www.portuguesetribune.com • www.tribunaportuguesa.com
crito por 30 autores, em dois volumes.
QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
1 a Quinzena de Março de 2009 2 a Quinzena de Março de 2009 1 a Quinzena de Abril de 2009 2 a Quinzena de Abril de 2009 1 a Quinzena de Maio de 2009
Ano XXIX - No. 1058 Modesto, California Ano XXIX - No. 1059 Modesto, California Ano XXIX - No. 1060 Modesto, California Ano XXIX - No. 1061 Modesto, California Ano XXIX - No. 1062 Modesto, California
$1.50 / $40.00 Anual $1.50 / $40.00 Anual $1.50 / $40.00 Anual $1.50 / $40.00 Anual $1.50 / $40.00 Anual
Carnaval na California Benvindos quem por bem vem! Feliz Páscoa! 25 de Abril f o re v e r & e v e r As Capas mais lindas do Mundo!
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
josé afonso
Salgueiro Maia, o mais puro Capitão de Abril (de braços aber-
tos) tenta convencer as tropas governamentais a evitarem um
35 A nos de Liberdade banho de sangue, já que a VITÓRIA era certa.
Amigos da Praia
Faleceu Conchita Cintron
Vale de San Joaquin
tação cultural da nossa Comunidade. Ver páginas 16,17,18. foto de jose avila
Produzido pela RTP de Golfe do PAC Fonseca
António
Açores e dirigido
Marc Pacheco
Com 86 anos de Com o patrocínio dos O Rev. Harvey Fon-
por Zeca Medeiros, seca foi ordenado Extraordinária foto de Jackson Nichols, fotógrafo freelance, em Gustine
idade faleceu em estreou-se no Teatro construtores Joe Cota e RECONHECIMENTO
é um autêntico poema
Padre em 1992. É pá-
Menezes
Portugal a cava- Micaelense no dia 9 Luis Cabeceiras, Tiger 2008. Jackson vai publicar um livro de fotos sobre as Festas.
leira Conchita
Cintron, a primei-
novo Embaixador dos EU em Portugal?
de Março, o telefilme Woods irá participar no
Torneio Anual de Golfe homenageados pela Câmara da sua Cidade roco de St. Jude Tha- São Jorge reconhece
na viagem de 8 de Junho
diplomáticos americanos é muito divulgada nos meios golfistas dos Estados Uni- by Pope Benedict dia do seu padroeiro a 23 de Abril, atribuíu
muitas vezes em a história de um dos
Portugal e esteve possivel que Marc Pacheco, nossos maiores poe- dos, os hoteis de Monterey e áreas vizinhas estão XVI for “his faithful Medalhas de Prata a Batista Vieira e ao Con-
em 1950 na Ter- tas e escritores, nas- a ser muito procurados, o que vem ajudar aquela dedicated work and junto Musical Tributo, pelo grande contributo
senador estadual democrata
ceira. Participou cido e morto em Ponta Delagada. área turística em tempo de crise. ministry for the good of God’s people.”” An- “... não obstante sermos uma empresa do Governo dos que ambos têm dado ao desenvolvimento so-
de Massachusetts, se torne no Este telefilme será exibido dentro de pouco Pensa-se que o número de participantes poderá Açores, temos que ter uma performance económica Como resposta à pouca afluência de viajantes para os de Junho, com regresso a 29 do mesmo mês. A passagem
em mais de 400 corridas em todos os países teriormente trabalhou nas paróquias de Tula- cial e cultural do Municipio das Velas. Açores, devido à crise económica, a SATA resolveu re- ida e volta custará $850.00 mais taxas.
primeiro luso-descendente a ser tempo na Costa Leste. Seria importante que triplicar neste torneio, devido à presença deste
taurinos do Mundo. Casou com Francisco re, Merced e Hanford. Parabéns. positiva, para garantir a nossa existência. Assim, os Parabéns a todos. duzir em $400.00 dólares o preço da passagem do dia 8 Ver anúncio na página 23.
o pudessemos ver na California. super dotado campeão de golfe.
Castelo Branco e já há muitos anos que vivia Embaixador dos Estados Unidos preços praticados reflectem os custos da operação, tão
em Portugal. Esteve na California acompa- em Portugal. somente. As nossas aeronaves não fazem voo direc-
nhando o seu filho que toureou no P. Padres.
Marc Pacheco tem um Master’s De-
CULTURA HOMENAGEM RELIGIÃO Pag 26
to, por limitações de “range”, o que implica paragens
ARTE Convenção Especial em Junho vai decidir
EDUCAÇÃO Pág. 20, 30 gree in Public Administration, Suffolk Maria F. Simões Tribuna vai ter nome de Donald Morgan novo técnicas e pernoitas das tripulações fora da base. Estes Que é feito do nosso
Mais uma Conferência
University; Bachelor’s Degree in Hu-
man Services, New Hampshire Col-
lege; Associate’s Degree in Agron-
publica livro
No dia 22 de Março
Rua em San José
Para comemorar os 30
Pároco das Cinco Chagas
O Rev. Donald Mor-
custos são muito importantes, bem como é o combustí-
vel, claro está. Sobre este último factor, estamos a tra-
balhar com base nos mercados forward para o Verão
Teatro?
Já nem nos lembramos qual foi a ultima vez
União da IDES, SES,
Será que é desta vez? Será que esta conferên- 2009, altura em que voaremos. O preço do combustível
UPEC e UPPEC
anos do Tribuna Portu- gan irá substituir o que houve teatro na nossa Comunidade. Já
cia terá gente bastante para ser considerada omy, University of Massachusetts na Casa dos Açores guesa, a cidade de San
de Hilmar terá lu- Rev. Tony Mancuso hoje, no Inverno, não será necessáriamente igual ao foi há tanto tempo.
uma verdadeira conferência? Será que apren- Stockbridge School of Agriculture. José está a pensar dar o
preço que pagaremos neste próximo Verão, como se
gar a apresentação nome de Portuguese Tri- como pároco da Ig- Vimos outro dia uma foto de 1986 de uma
demos algo com todas as outras que foram Está no Senado Estadual desde
do livro de Maria F. bune à actual Rua 33 no reja Nacional Por- constata da comparação dos preços “spot” e “forward”. peça de teatro, onde estava Cunha de Olivei-
passando em frente a nós, sem a maioria dos 1993, tendo ocupado durante tuguesa das Cinco O Conselho Supremo da Irmandade do Espírito Santo do unir-se, tomando o nome de PORTUGUESE FRATER-
Simões intitulado Little Portugal. O que importa realçar é que a SATA procura apenas ra, Antonieta, Luciano Cardoso, Inês Eiras,
nossos estudantes dar por isso? Esta homenagem ao único jornal português da Chagas em San José
Estado da California (I.D.E.S), Conselho Supremo da So- NAL SOCIETY OF AMERICA.
a sua vida politica importantes “As Lavadeiras, suas cobrir os custos operacionais da rota!” Hélio Paiva. Outros tempos. ciedade do Espírito Santo do Estado da California (S.E.S.), Nos dias 20 e 21 de Junho vai haver uma Convenção Es-
Será mesmo possível? Será? California é do agrado da nossa comunidade e a partir de 1 de Jul-
cargos naquele Estado. Tem lidas”. A Casa dos Amigos da Praia - Luciano Pinheiro, Celestino Aguiar, Jose Mendes, Luis Cabeceiras, Roberto Monteiro (Presidente Com tantos bons actores que temos na nos- Conselho Supremo da União Portuguesa do Estado da pecial para a aprovação oficial da união.
Temos uma boa equipa, só falta mesmo todos espelha bem o respeito que o poder político do ho. O Padre Mor- Leia a entrevista na página 16.
EDITORIAL
Parabéns, Tribuna
Que poderia eu dizer do semanário
que foi a menina dos meus olhos, até
30 Anos de Comunidade que o vendaval financeiro me “des-
tronou”? Alegra-me, porém, que o
Nos tempos que vão correndo, para um jornal da diáspora TRIBUNA tenha sido sempre TRI-
fazer 30 anos, dá para tirar alguns chapéus e beber um BUNA, ao fim de 30 anos. O título
bom copo de Curral Atlântico. não se refere apenas ao molho do pa-
Depois de ter visto o nome de José Avila e o seu grupo, pel que se publica periódicamente,
sido mencionado tantas vezes pelos nossos colaboradores mas engloba a inteligência e esforço,
nesta edição festiva, e já que estamos em tempo de festa, a clarividência que o faz singrar por
recordei-me daquela anedota do enterro do Manuel Jarro- tantos anos. Parabéns.
ca. Toda a aldeia veio cumprimentar a viúva e só diziam Aos parabéns junto um abraço de
elogios e louvores do marido. A viuva desconfiando desta regozijo ao seu proprietário e direc-
manifestação tão expontânea e carinhosa, chamou o filho tor, que à roda do leme faz respingar
e disse: ”Oh João, vai ver se é o teu pai que está no e galgar as ondas que lhe batem no
caixão!” casco, rasgando-as altaneiramente.
Não é fácil manter um jornal aproa-
Isto só para dizer, que o sucesso deste jornal, não se deve do ao rumo, para mais quando dedi-
sómente ao José Ávila e ao seu grupo, mas sim a todos cado a quem escolhe ver (televisão)
aqueles que enchem as páginas deste quinzenário com os e ouvir (rádio) a ler. Sim, não é fácil
seus excelentes escritos, aos nossos patrocinadores e às manter, ano após ano, altaneiro, um
nossas organizações festivaleiras que tradicionalmente en- jornal, nomeadamente um que bate
chem as nossas páginas de cor, alegria e juventude. Todos Requisitos para um jornal vencer viço. No conjunto, esta “Tribuna” é
às portas da diáspora. É admirável
eles são mesmo os nossos heróis, num tempo internético e na ambiência diaspórica: Tenho nas preciosa.
que o “Tribuna” tenha singrado de
global que não deixa muito tempo para se ler jornais. mãos um bom exemplo - antes de Há uma alegria que me brota do fun-
Gostaria de mencionar que todos aqueles que fizeram ilhéus para escolhos e destes para
marés favoráveis. Para sobreviver, tudo, limpo, layout com gosto, a cor do do alma: ao fundo da página 2,
este jornal, durante anos a fio, estão também de parabéns,
um jornal de diáspora tem de zigue- contrabalançada com o preto e bran- lá aparece o meu nome como funda-
pois sem eles nunca poderia ter havido os 5, 10, 20 e os
30 anos. zaguear até atingir a meta, de edição co, boa colaboração em bom por- dor. Isso leva-me ao tempo em que
O importante agora é olhar para o futuro e desenhá-lo de a edição. tuguês ou inglês, existência e boa o “Tribuna” foi considerado, com
uma maneira certa, justa e que o Tribuna continue a ser Na minha idade (71 anos) não verei o distribuição da publicidade, notícias muita honra, “o jornal mais literário
um farol na nossa Comunidade. “Tribuna” atingir o centenário, uma que abranjam os acontecimentos ou da diáspora portuguesa nos Estados
data de grande celebração, contudo actividades da comunidade portu- Unido”. Isso sem desmerecer do
E já agora um pedido - porque é que cada assinante não as seus 30 anos é data que penetra guesa no Estado, em Portugal e no como e quanto nele hoje se publica.
arranja outro e assim poderíamos multiplicar por dois na mente e solavanca o coração. Ele Região Autónoma... portanto que O que interessa é que das raízes bro-
o número daqueles que nos lêem. ainda é bebé que criei em 1979, com tenha mais do que simplesmente tou árvore frondosa, e quem cuida
os maiores interesses e esmero que internet e blogues. Não esquecendo dela é sr. Jose Ávila. É por isso que
Aos nossos amigos que apreciam Desporto as nossas des- um jornalista comunitário possa ter. uma revisão cuidada, que conserte espontâneamente exclamo: PARA-
culpas por não termos a vossa página nesta edição, e a Foram raízes transmissíveis, e ainda as gralhas e a pontuação. Gostei de BÉNS, TRIBUNA.
razão é que este jornal esta a ser feito a 16 de Agosto, para bem. Hoje, sinto-lhe ainda o pulsar, folhear a edição da segunda quinze-
assim podermos ir aos Açores gozar uns dias de férias. na de Junho (2009). Estas caracterís-
um pulsar que é de regozijo e aplau-
ticas lá estão, com maior ou menor
João Brum
so por sua continuidade.
jose avila Agosto 2009
Tribuna da Saudade
A Senhora de
Ferreira Moreno
Monserrate
C
reio que a “presença” de Nos- “A ermida de Monserrate, no lugar da Ga- cente da pequena sacristia contígua.
sa Senhora de Monserrate nos lera na Caloura, é um templo que possui Esta ermida deve vir intacta do seu início
Açores encontra-se circuns- cri- diversos e valiosos motivos artísticos. Fica e assim oferece-nos um modelo puro do
ta unicamente à ermida dessa situada numa propriedade de Alexandre referido século 17”.
invocação no sítio da Galera, na Caloura Raposo d’Amaral e encontra-se presen- Seguidamente, Ataíde descreve pormeno-
em S. Miguel. temente restaurada. Era outrora objecto rizadamente quer o exterior quer o interior
Galera, ou Galé, foi assim denominada duma curiosa romaria”. (História das Igre- da ermida. Porém, a fim de poupar espa-
pela ponta de terra avançada mar adentro, jas & Ermidas do Concelho da Lagoa). ço e tempo, abstenho-me em transcrever,
e que (no dizer de Frutuoso) por parecer Frei Agostinho de Santa Maria (1642- ainda que resumidamente, todas essas va-
de longe desta figura e feição, ou seja, se- 1728), no décimo volume do “Santuário liosas referências. Aqui e agora, julgo ser
melhando antiga galé, ficou na toponímia Mariano”, descreveu que a ermida de N.S. mais conveniente investigar as origens de
local com tal designação. Há quem diga, de Monserrate estava situada não muito Monserrate.
no entanto, que foi por causa de em tempos distante do mar no alto dum monte, “numa Aparentemente, o curioso título da Se-
recuados se ter afundado nessas paragens granja de terras do pão, vinhas e pomares, nhora derivou do latim mons serratus,
uma galé, vinda das Índias, carregada de donde se descobre uma larga vista e uns traduzido por Monte Serrado em espanhol
especiarias. formosos horizontes. É este sítio muito e localizado a cerca de trinta milhas no-
Seja como for, a Galera (como descreveu alegre, delicioso e fresco, onde muitas pes- roeste de Barcelona, aonde teria parado
Carreiro da Costa) é incontestavelmente soas edificaram casas p’ra lá viverem e go- uma imagem de Nossa Senhora esculpida
uma das muitas regiões pitorescas de S. zarem da presença da milagrosa imagem pelo Evangelistas S. Lucas. Durante a in-
Miguel, pela vastidão do panorama que da Senhora colocada no altar-mór, onde vasão dos mouros no ano 718, a imagem
se divisa, quer p’rós lados de Vila Franca, se vê assentada com o Menino Jesus em foi transferida de Barcelona e escondida
quer p’ràs bandas de Ponta Delgada, quer seu regaço, mostrando que está serrando numa gruta (Santa Cova) nas montanhas
ainda p’rós sítios onde a Serra do Vulcão um penhasco. É uma escultura de madei- de Montserrat, ali permanecendo até ser
se ergue como gigante da lenda. ra com alguns cinco palmos de estatura, descoberta no ano 890.
A Ermida de Nossa Senhora de Monserra- de muita devoção e romagem, e operando Evidentemente que tudo isto, em associa-
te foi erguida entre os anos de 1665 e 1668, muitos prodígios e milagres. A sua festa ção com tantas outras histórias fabulosas,
pois que em 1668 junto a ela já existia uma celebra-se a 8 de Setembro, dia da sua na- de duzentos anos ali se encontra presidin- é o directo produto das mais diversas nar-
N
albergaria p’ró abrigo dos romeiros. A sua tividade”. rativas lendárias que seria fastidioso repe-
do às vindimas, e projectando p’ró mar os
construção deveu-se ao padre Manuel de o quarto volume de “Etnogra- tir nesta ligeira crónica. O certo é que se
reflexos da sua luz divina.
Oliveira Pimentel. fia, Arte & Vida Antiga dos construiu um santuário a Nuestra Señora de
O padre Manuel de Oliveira mandou-a
Em 1846, devido a estar muito arruinada Açores”, Luís Bernardo Leite Montserrat, também conhecida por La Mo-
construir no século 17. Os sentimentos
e ser invadida de animais, a ermida este- de Ataíde anotou: “Em outro reneta, devido à sua aparência trigueira.
piedosos deste sacerdote ficaram mais re-
ve na iminência de ser demolida, mas foi recanto da nossa paisagem, no sítio da velados no albergue que, junto dela,
reparada e ainda existe. (Padre João José Galera, na Caloura, aparece a ermida de mandou edificar p’ra abrigo dos romeiros,
Tavares, A Vila da Lagoa & O Seu Con- N.S. de Monserrate, sobressaindo do mi- ainda existente em 1688 e do qual julgo ser
celho). údo enxaquetado de muros tisnados que um vestígio o arco, hoje tapado mas visível
Carreiro da Costa escreveu a este respeito: servem de abrigo aos vinhedos. Há cerca e sem explicação, que se vê na face de nas-
4 COLABORAÇÃO 1 de Setembro de 2009
O
tage Publications of
California acaba de s dois homens falavam da de gente rica e poderosa. mundial.
editar mais dois livros: sobre a “Projecção do Mas, a nação que assumiu volun- Depois de todos os outros, o
My Californian Frien- poder militar”.Isto é, táriamente o papel de guardiã, de sistema democrático de governo
ds (poesia) da autoria estar num determina- líder e mantenedora da paz ame- é, ainda, aquele que melhor se
do Dr. Vasco Pereira do canto do Globo, e projectar ricana, está sofrendo o peso des- ajusta aos “handicaps” da psico-
da Costa, terceirense o poder até aos quatro cantos sa responsabilidade.Como nação logia humana. Debaixo do “pára-
residente em Coim- do mundo.No tempo dos impé- nuclear, ela assumiu a responsabi- águas” democrático, há lugar
bra, que até recente- rios, projectar o poder, fazia-se lidade de servir de “umbrela” de- para todos as políticas, credos,
mente desempenhou com a anexação ou conquista de fensiva das nações democráticas religiões , crendices,ganância
as funções de Director paises ou territórios, cultural e . E até algumas não democráticas mercantilista, ciência, bruxaria
Regional da Cultura economicamente subdesenvol- E as antigas nações dominantes, e até a violência.Todas as carac-
do Governo Regio- vidos. Assentar arraiais, tomar agora sem os fumos do orgulho teristicas da imperfeita natureza
nal dos Açores e, The conta,dominar os povos desses imperialista e as rivalidades que humana. Uma ditadurainha às
Portuguese Presence territórios,impor-lhes a cultura, a as dividiam,sentaram-se à som- vezes, até nem seria mau,como
in California (prosa) língua e a religião,como imperati- bra do “guarda-chuva” america- muitos julgam, se não fossem as
da autoria do conheci- vo civilizacional, e explorar tudo no, e deixaram que fosse este país consequências futuras .Porque
díssimo professor aposentado de Português da UCLA e colaborador o que houvesse para explorar.Ex- a gastar os bilões do trabalho da a ditadura, é como a mula. não
deste jornal, Dr. Eduardo Mayone Dias, um dos mais ávidos investi- plorar não apenas as potenciali- sua gente, em armas cada vez assegura continuidade e, eventu-
gadores e escritores sobre a temática da emigração portuguesa para dades e riquezas da terra,mas os mais sofisticadas e dispendiosas, almente, vem tudo a acabar num
a Califórnia. próprios povos desses territórios. e muitas delas já obsoletas.Como banho de sangue.
Sabemos de um desses impérios, aviões a custar biliões de dolares Os dois homens da NPR, não
Estas duas novas edições em inglês são o resultado do trabalho de que baptizava piedosamente os cada cópia. pediram a minha opinião.Mas
tradução de Katharine Baker, Dr. Bobby Chamberlain e do professor negros, arrancados às familias, E era isso que os dois homens, isto de “projectar” o poder mili-
Diniz Borges. antes de os embarcar com desti- na NPR, estavam discutindo: tar como meio de manter a paz,
no às plantações americanas.Essa a “projecção” do poder militar por vezes é pior emenda que o
Desde há longos anos que o Dr. Vasco Pereira da Costa - especialista era então a forma de “projectar” e o encargo explícito de velar soneto.E perguntaria: porque raio
em Pedagogia - toma parte em actividades culturais na Califórnia, o poder imperialista da força, da pela segurança dessas nações, e é que o sr. W. Bush, concordou
particularmente como convidado nas Conferências sobre Educação cultura, da língua , da religião e a estabilidade através do mun- em meter misseis na Polónia, em
da Luso-American Education Foundation de Dublin e no Simpósio da rapina.Enfim, tempos que lá do.Papel que a nação americana volta da fronteira da Russia ?
Literário Filamentos da Herança Atlântica, que se realizou em Tu- vão. se julga no direito e no dever de Não sabia ele, perfeitamente, que
lare durante mais de uma década sob a orientação de Diniz Borges. Depois da queda de todos esses representar,uma vez que é, para os russos iam encarar a decisão,
Dessas viagens brotou o My Californian Friends, uma colectânea de impérios clássicos, ficou em cam- todos os efeitos, a nação mais como um insulto e um desafio ?
poemas sobre a temática da emigração e da cumplicidade e empatia po apenas um.Graças à sorte na poderosa,militar, económica, Não esteve o mundo prestes a ir
geradas no autor pelos muitos açorianos com quem conviveu neste guerra, ao poder económico, ao científica e tecnologicamente.E pelos ares, quando os sovietes
estado. avanço tecnológico e industrial, no desempenho dessa missão,que tentaram meter misseis em Cuba
houve uma nação que passou a os estrategas julgam justa e
The Portuguese Presence in California do Prof. Mayone Dias, vem ? Há coisas que estamos fazendo
substituir os antigos impérios tra- necessária,já queimamos e conti-
preencher uma lacuna que se faz sentir a algum tempo sobre a história lá por fora, aparentemente com
dicionais da Inglaterra, da Fran- nuamos a queimar a vida de de-
dos portugueses na Califórnia. É uma abordagem geral, apresentada boas intenções,que não tolera-
ça, de Portugal, da Hespanha, da zenas de milhares de americanos
em estilo muito agradável e de leitura fácil que já notabilizaram o Holanda, etc.Os povos nativos, e milhares de biliões de dollars. riamos perto das nossas frontei-
acreditado autor. O seu poder de síntese e de grande comunicador são passaram a ter consciência dos E assim discutiam os dois inter- ras. Julgo que é importante ter
nota fundamental desta análise introdutória à nossa emigração para seus direitos e poderes,graças ao locutores, um defendendo o papel em conta não apenas os nossos
a Califórnia, Esperamos que este pequeno livro venha a ser leitura avanço que as nações imperiais dos Estados Unidos, e criticando interesses, mas tambem a sensi-
recomendada a todos os jovens luso-descendentes e a todos aqueles lhes foram concedendo, e o resto, a atitude passiva e pacifista da bilidade, a cultura e os interesses
que se interessam pela nossa história neste Estado. é da história.E os impérios, que Europa,muito regalada à sombra dos que julgamos nossosrivais
A edição deste livro pela PHPC é também um tributo e reconheci- “projectavam” o seu poder até da “umbrela” nuclear americana, ou inimigos.Ou esta maneira de
mento por quem tanto tem escrito acerca dos açorianos na Califór- aos confins do mundo, reduzi- reduzindo ao máximo as suas ver, é apenas um pacifismo ingé-
nia. ram-se à sua insignificância ter- despezas militares, enquanto a nuo e idealista, de tipo cristão,
ritorial. E, aparentemente, sem América continua a manter ba- ultrapassado e perigoso no mun-
Colabore com mais uma iniciativa de inquestionável valor da nossa grande dificuldade.Porque as ri- ses à volta do mundo,mais de do de hoje? Se tal é o caso, é pena
editora comunitária, marcando presença numa das várias apresen- quezas vindas desses territórios, 60 anos depois da guerra que se que assim seja.
tações que estão planeadas para o próximo mês de Setembro (dias beneficiavam apenas uma cama- julgaria seria o último conflito
20 a 26). Consulte o anúncio com o calendário das apresentações na
página 5 desta edição).
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Português para
Crianças
A Escola JARDIM INFANTIL Chame já e reserve um espaço
DOM DINIS apresenta Portu- para a sua criança para Setembro.
guês Para Crianças, que terá iní- Para mais informações chame
cio em Setembro. Este programa para o número
tem como objectivo assistir fa- (408) 993-0383
mílias que tentam ensinar as suas
crianças a manter e desenvolver ou visite
a língua portuguesa durante a in-
fância. www.domdinis.com
Crianças entre os três e os seis
anos de idade:
S
e alguma coisa me con- do corpo. Mas perceberam tam- de magoar alguém que caminha- os seus filhos à vida assim que os na gritaram: “Mas como é que
fortou nos últimos dias, bém que morreu uma criança – e va pela berma, alguém que vinha considerarem autónomos. Vão alguém se pode esquecer de um
foi constatar a forma perceberam que houve um pai no carro em frente ou mesmo al- olhar para eles, fazer as contas ao filho durante três horas?!” sabe
civilizada como muitos que morreu com ela. Confirme- guém que viajava ao meu lado. tempo e à sua própria biologia – que o seu maior desafio ainda está
portugueses reagiram à história se o género humano como se tem A questão é que, na maior parte e simplesmente lavar as mãos a para vir: a fase da vida em que os
de João Carlos Moreira, o técni- verificado até hoje e a vida de das ocasiões, a decisão que faz tudo o resto. E por quem eu mais filhos já não serão apenas o seu
co de informática de Aveiro que João Carlos, tal como existia, ter- pender a nossa história pessoal temo, neste momento, é precisa- brinquedo predilecto. E essa, até
se esqueceu do filho dentro do minou no mesmo instante que a para o Céu ou para o Inferno não mente pelas crianças desses pais porque ocorre todos os dias sem
automóvel durante uma manhã do filho João Pedro. Para além do chega sequer a ser uma decisão, que tão cruel e sumariamente as atenções do Ministério Públi-
de sol. Talvez tenha sido da re- desabamento familiar previsível mas apenas um impulso. Mesmo condenaram João Carlos Morei- co ou da imprensa, é uma tragé-
cessão, talvez tenha sido da in- em casos como este, João Carlos ra. Nenhum dos que esta sema- dia ainda maior.
no que diz respeito a uma coisa
segurança – talvez tenha sido do Moreira terá agora de lidar com a
tão importante como a edução (e
medo que sentimos e do instinto culpa. E a culpa é um elixir muito
a protecção) dos nossos filhos,
de relativização moral que de- poderoso – provavelmente o mais
senvolvemos quando o medo co- poderoso dos elixires, mais pode- muitos gestos do nosso quotidia-
meça a transformar-se em terror. roso até do que o medo, o ódio ou no são fundamentados em im-
Não sei. A verdade é que muitos o amor. Se “uma vida não cabe pulsos. Assim é a vida do século
portugueses compreenderam que no percurso entre Alvalade e as XXI. Assim se define aquilo a
uma tragédia daquele tipo tam- Portas de Benfica”, como cantam que chamamos stress: a neces-
bém podia acontecer-lhes a eles os Deolinda, a verdade é que toda sidade de fazer escolhas – e de
– e que, perante a imputação a ela pode resolver-se apenas na fazê-las no mais curto espaço de
João Carlos do crime de negli- paragem de Sete Rios. João Car- tempo possível, porque entretan-
gência grosseira, com direito a los Moreira, infelizmente, saiu to há outras escolhas a fazer.
pena de prisão até cinco anos, em Sete Rios. E, a partir agora, É isso que nos distingue dos ani-
se empenharam em recordar ao vai ter de viver com isso – perpe- mais. O que nos distingue dos
Ministério Público que os pais de tuamente, o que é muito mais do animais não é ter filhos e cuidar
T
Maddie McCann nem sequer ha- que cinco anos. deles. Até os cãezinhos da rua
viam ido trabalhar, mas sim para udo isso já nós sabemos têm filhos e cuidam deles. O
a farra, sem que por isso tenham – e, se me dedico aqui a que nos distingue dos animais é
vindo a ser acusados do que quer constatar o óbvio, é por- a possibilidade de nos esquecer-
que fosse (pelo contrário, foram que este caso me tocou. mos dos nossos filhos, ainda que
e continuam a ser tratados como Toda a gente tem as suas histórias apenas por um instante fatídico.
príncipes pela justiça e como es- sobre esses delicados instantes Só os cãezinhos da rua não se
trelas pop pela imprensa). em que uma decisão apressada esquecem nunca dos filhos pe-
Morreram duas pessoas em Avei- quenos. Pois àqueles que, apesar
pode fazer toda a diferença. Eu,
ro – e muitos portugueses perce- de tudo, persistiram em ver na
infelizmente, tenho várias. Já feri
beram-no. Perceberam que houve história de João Carlos Moreira
a mão esquerda de uma mulher
uma menina que perdeu um irmão um conto de desamor, eu gostava
boa e generosa, já parti um braço apenas de lembrar-lhes que são
de quem já gostava. Perceberam
a um amigo com quem jogava fu- como os cãezinhos da rua. Ora,
que houve uma mãe a quem foi
arrancado como que um pedaço tebol – e não raras foram as vezes os cãezinhos da rua vão entregar
em que, ao volante, estive perto
6 COLABORAÇÃO 1 de Setembro de 2009
É um jornal de virtude,
Que reluz além fronteira:
Saudade é ponto fulcral
PARABÉNS çosas. Mas, como nem sem-
pre o mar é de rosas, come-
Tenho muito orgulho em
ser assinante do Tribuna
Com visual cativante; E se chama ilha Terceira. TRIBUNA! çaram a encresparem-se desde a sua fundação e por
N
Deus lhe dê muita saúde algumas ondas que fizeram o nosso filho mais velho, o
Para o levar sempre avante. Viva a ilha e as cidades, o Tribuna mudar de rumo Ruben Anthony, ter sido o
a comemoração
Viva América e Portugal, com novos mestres e novas primeiro bebé a ser anun-
dos 30 anos da
As luso-comunidades Vivam as Comunidades campanhas, e, para que não ciado no “nosso” jornal.
fundação do
Têm nele o paradeiro: E o povo em geral. encalhasse contra os roche- Desde então, tenho dado
“nosso” Tribu-
Quinzenário de saudades dos, foram tomadas algu- o meu modesto e periódi-
na, não poderia passar sem
“On-line” pró mundo inteiro. Me despeço com ternura mas preventivas mas nem co contributo e fico muito
dedicar alguns “traços” so-
E na rima habitual, sempre positivas medidas. grata aos estimados leitores
E bem trato o Editor Um abraço, com doçura, bre esta notável efeméride.
Porém, o Tribuna continuou pela prova do seu interesse
E seus colaboradores Ao editor do Jornal. Foi com o amigo e con-
a enfrentar os contratempos e apreço.
Que se dão com tal fulgor terrâneo João Brum como
sempre com a esperança de Ao Sr. José Ávila, toda a
Às crónicas de valores. Rosa Maria Silva mestre que o Tribuna foi
melhores dias. sua família, colaboradores,
“Azoriana” lançado à água na cidade
Nos últimos anos, graças ao assinantes, anunciantes e
Nossas Festas são lembradas de San José, em Setembro
seu destemido e dedicado leitores vai a minha pro-
No registo da quinzena de 1979. Com excelentes
timoneiro, o Tribuna tem funda gratidão. Só com a
colaboradores e uma ópti-
sulcado mares mais calmos colaboração e apoio de to-
ma apresentação gráfica, o
ainda, que, por vezes, al- dos nós, o Tribuna poderá
Tribuna foi muito bem rece-
guma vaga mais traiçoeira prolongar a sua viagem por
bido pela nossa comunida-
lhe atravesse pela proa e lhe mais 30 anos.
de e, durante algum tempo,
cause certa e imprevista os-
navegou em águas bonan-
cilação. PARABÉNS TRIBUNA!
Crónica de Montreal
Antonio Vallacorba
avallacorba@aol.com
É
Contactar 209-664-0352 vossas comunidades.
com muito prazer e com um sen- Sobretudo, acho relevante a importância
so de dever que venho aqui hoje que o jornal dispensa às actividades reli-
LÍDER DO FUTEBOL saudar a Tribuna Portuguesa por
ocasião da passagem do seu 30º
giosas e sócio-culturais do nosso povo aí
radicado, muitas das quais acompanhadas
aniversário. de lindíssimas reportagens fotográficas.
Mais do que nas pessoas, cujo fim se vai Evidentemente, nem tudo tem sido um
AGORA PODE VER A LIGA acentuando conforme a passagem de cada mar de rosas. E, como director do jornal
ESPANHOLA NO ESPN aniversário, a acumulação de anos numa “A Voz de Portugal”, de Montreal, sinto
instituição é signal de prestígio e idonei- as dificuldades porque de vez em quando
LIGA PORTUGUESA dade. Daí o orgulho com que uma empresa o amigo José Ávila possa enfrentar para
NA RTP E SPT NO PACOTE costuma divulgar a data da sua fundação garantir a feitura regular e a sobrevivência
nos cartazes publicitários, entre outros. deste importante Orgão da Comunicação
LUSO $24.99 Contrariamente, as pessoas, em especial Social da diáspora portuguesa.
RTP $4.00+100 CANAIS TURBO BRONZE $19.99 AO MÊS as mulheres, nada gostam de “descobrir” Felicito o distinto amigo José Ávila, com
as suas idades. votos das maiores prosperidades e para
Especial válido por 12 meses Quando comecei a colaborar para a Tribu- que continue a acreditar neste projecto; e
na, fi-lo com a ideia de levar o abraço da uma saudação muito especial para todos
Instalamos de 1 a 4 Tv’s com contrato de 2 anos minha comunidade até às da Califórnia, na os colaboradores, com um forte abraço da
ANTENA ESPECIAL SÓ PARA A RTP E RADIO E forma de algumas notícias e de maneira a minha comunidade para a vossa.
CANÇÃO NOVA estarmos mais “próximos” uns dos outros, E, da minha humilde inspiração, aqui vai
pois já basta o facto de estarmos longe das esta...
COMPRE A ANTENA E NÃO PAGA NADA POR MÊS nossas terras de origem. Parabéns à Tribuna
LIGUE AGORA MESMO PARA LUCIANO COSTA Infelizmente, a minha doença há obstado a neste querido dia;
que eu colabore mais regularmente como longa vida e fortuna,
1-559-435-1276 CELL 1-559-347-8257 seria para desejar. com paz e alegria.
No entanto, para mim tem sido muito en-
Falamos Português
COSTA ELECTRONICS
DEALER AUTORIZADO DO DISH NETWORK
COLABORAÇÃO 7
Rasgos d’Alma
Trintão
Tribuna
Luciano Cardoso
lucianoac@comcast.net
É
jornais deixaram de ser muito do pacatamente na diáspora, longe que nos assaltará num futuro não zermos é darmo-nos ao luxo de
Verão. que eram. Com múltiplas opções da saudosa terra mãe e sem o dó- muito distante. nos contertarmos fàcilmente com
O calor aperta. e montes de material a perder de cil aconchego da lingua materna Para tal, a seção em inglês teria o que temos, adiando em demasia
O corpo geme. vista, os leitores do século XXI que os filhos vão esquecendo e que começar a alargar-se e a im- o que já devíamos ter.
A mente escalda. tem muito mais para lerem e mui- os netos camuflando bem a seu pôr-se paulatinamente com mais
A inspiração entrou de férias. to menos tempo para o fazerem. gosto. vigor. Apesar das lamúrias, a meu ver,
E
Mas o jornal não tem culpa. Quer Quase toda a gente se queixa que Quer queiramos quer não, o fu- a Tribuna Portuguesa, que debu-
festejar a tempo e horas os seus anda p’ráí “superbusy” e excessi- u não desgosto do Tri- turo é agora. A tradição é boni- tou há três longas décadas sob a
fulgurantes trinta anos ao servi- vamente stressada. buna nos seus moldes ta mas o saudosismo não resolve pena sonhadora de João Brum e o
ço da comunidade, com edição A leitura é terapia cada vez mais actuais. Acho que ser- nem a rapaziada nova se compa- simbolo voador de Duarte Santos
condigna que muito nos orgulhe. seletiva. ve adequadamente a dece com a nossa teimosa inabili- continua em muito boas mãos e
Jornal que presentemente não se nossa geração e a geração dos dade em não irmos ao seu encon- tem mesmo pés para andar.
É orgulho nosso este celebrado adapte às pressionantes exigên- nossos pais e avós. Ainda há por tro nem comunicarmos nos seus O importante é não lhe atarmos
trintão Tribuna que nos bate re- cias hodiernas corre eminente cá muita gente que fala, escreve, termos. Este é o seu país que lhe os braços ou cortarmos as asas.
gularmente à porta de quinze em perigo de vida. lê e se revê confortàvelmente em oferece e facilita válidas alterna- Claro que, nisto de voluntarioso
quinze dias. bom português no interior destas tivas. Já não são poucos os que se jornalismo na diáspora, todos
Ao longo de três décadas, no cui- A vida do Tribuna, ao longo dos páginas. Embora sem conseguir afastam. Se não aprendermos a concordamos: sonhar é fácil.
dado exercicio da palavra escrita anos, não foi fácil. agradar por completo a gregos e cativá-los nem nos atrevermos a Mas tambem não podemos dis-
e da reportagem retratada, re- A vida do Tribuna, hoje em dia, trioanos – há sempre os ranhosos lançar a tempo e horas platafor- cordar que, dado o nosso poten-
sistindo às mais diversas intem- continua a não ser fácil. velhos do Restelo que nicam e ma jornalistica que os seduza, em cial, o céu é o limite.
péries, tem sabido impôr-se aos Os desafios aumentam enquanto se picam por tudo e por nada – o breve, seremos história encader-
poucos nos milhares de corações a capacidade de resposta teima Tribuna vai conseguindo matar nada em edição bilingue de mais Ad multos annos, Tribuna!
imigrados que para cá vieram e em resumir-se pràticamente ao graciosamente o desconsolo à ou menos luxo exposto ao vil pó
ficaram sem nunca descurarem empreendedor José Ávila que – esmagadora maioria dos que o das luzidias prateleiras comuni-
o culto apego à mimosa lingua com um belíssimo computador, folheiam com renovado entusias- tárias.
berço. uma ótima máquina fotográfica e mo. Creio, no entanto, que não O que não é lá muito prudente fa-
Apesar de crescentemente por- um fraterno telefone em contacto vai levar muitos anos para que
tinglesada, americanizando-se permanente com o seu deligente essa realidade comece a mudar
de ano para ano a olhos vistos, a grupo de colaboradores – teima consideràvelmente.
vasta comunidade lusoamericana em fazer maravilhas. Sei que não é fácil. Mas os ali-
da longinqua costa do Pacifico Para muitos leitores, sobretudo cerces jornalisticos da ponte de
cada vez mais reconhece neste dos mais adiantados na Terceira transição para o futuro comu-
brioso jornal local um marco dig- Idade e já há muitos anos cá radi- nitario, a meu ver, teriam de ser
no de relevo, indispensável ao re- cados, o Tribuna é mesmo aque- lançados quanto antes. Seria
gisto editado da nossa afirmação la pequena maravilha bisemanal muitissimo interessante termos
étnica cá por estas longinquas – companhia ideal que esperam nos nossos lares pais, filhos e
paragens. ansiosamente para lhes encher netos com interesse comum em
Com a explosão massiva da inter- periòdicamente aquele vazio pró- passar de mão em mão o mesmo
net nesta nova era medática, os prio de quem se resignou a viver “periódico” inserido na realidade
8 PATROCINADORES 1 de Setembro de 2009
CA LL!
LAST
COLABORAÇÃO 9
Do Pacifíco ao Atlântico
Tony Silveira na Convenção da LAFF
Rufino Vargas Quero, antes de mais, agrade- da janela traseira do seu veículo, metermos a mão na consciência,
cer a confiança que em mim o Escudo Portugês, o centro da chegaremos à conclusão de que
depositou o Concelho 47-B de nossa Bandeira Portuguesa e, na podemos e devemos fazer um
San Jose, para vos dirigir algu- caixa da carrinha, um emblema pouco mais em prol da Socieda-
Tribuna Portuguesa
aqueles que não falam portu- Bandeira dos E.U.A. Afinal, ali qualquer que seja a forma como
guês, mas, depois de quase 20 mesmo à minha frente, encon- é feita, vai contribuir, claro, para
anos a leccionar a língua portu- trava-se o esquema e o plano o bem comum. Temos que ser
F
guesa em 2 escolas comunitárias para esta minha dissertação. mais activos nos nossos Conce-
oi um pedido, privilégio desta grande nação, actualmente nesta área, é justo que vos dirija Na mensagem que consta do lhos locais, a começar por mim,
e honra que não ousaria a viver quiçá um dos momentos a palavra na língua que melhor programa e que Liz Rodrigues, como Secretário do Concelho
recusar, quando recebi mais dificeis e dramáticos da sua domino, português. Gary Resendes e Liz Alves es- 47-B de San Jose, tendo sempre
a mensagem electróni- gloriosa história. Em Roma sê Na verdade, e sendo esta, tal creveram, respectivamente Pre- em mente e em vista a noção
ca (e-mail) do Director – Editor Romano – na América sê Ameri- como o próprio nome indica, sidente, Presidente da Juventude de que o nosso esforço, grande
deste jornal - José Ávila, para ra- cano, assim reza o velho dictum. uma Fderação Fraternal “Luso- e Presidente dos 20-30, lê-se ou pequeno, irá fazer a diferen-
biscar algumas linhas referentes Em suma, seja lá onde fôr, temos Americana”, o ideal seria que os que ao longo dos anos a Socie- ça, destruindo pouco a pouco a
dois idiomas se usassem, sempre dade tem sido objecto de muitas contagiosa e maléfica doença
à efeméride em causa – 30 anos que demonstrar respeito se pre-
que possível, mas também há mudanças, mas que os seus ob- da indiferença. Não seja cada
de existência e serviço à diáspo- tendemos ser respeitados. Claro que compreender que o inglês é jectivos e propósitos mantêm- qual mais um ou um a mais,
ra Portuguesa, na costa ociden- que esta teoria constitui quási um o idioma oficial deste país. Tal- se intactos: “Unindo um povo mas sim aquele ou aquela que
tal dos Estados Unidos. Julgo Mandamento universal. A nossa vez seja por isso que em todas com laços comuns numa força se diferencia e se distingue pe-
oportuno vincular a relevância preocupação mais premente , é as Convenções a que assistimos de preservação da sua cultura e los seus actos, mais do que pelas
de servir sobre o mero facto de de transmitir com enaltecimen- predomina o inglês, e o portu- tradições”. E, se me dão licença, palavras. Considero sumamente
existir, porque existir sem servir to às gerações futuras o que te- guês parece ser utilizado quase gostaria de adicionar a palavra importante e fundamental que
é equivalente a um zero à esquer- mos de bom e nos orgulhamos e que “por favor” ou “por carida- “língua”. tenhamos sempre presente a ri-
da , como se propalava na boa excluir-eradicar os nossos usos e de” ... Os autocolantes no veículo do queza que brota da UNIDADE
giria popular há meio século. O costumes considerados pernicio- Já por algumas vezes observei referido jovem, fizeram-me evo- NA DIVERSIDADE, respeitan-
Tribuna foi fundado em San José sos ou menos apelativos, que por a presença em Convenções an- car a célebra afirmação poéti- do sempre as opiniões alheias e
teriores, de jovens portugueses ca “ A MINHA LÍNGUA É A a liberdade de quem nos rodeia.
da California em 1979, sendo o vezes erroniamente persistimos
que estão radicados em Portu- MINHA PÁTRIA”. Consequen- A nossa prioridade deverá ser o
seu primeiro Director , o picoen- em perpetuar. Na opinião deste gal, mas que vieram participar temente, falar-se de cultura, de Bem da Organização, e não os
se João Brum e depois de muitas plebeu, isto representa o Azímute nas Convenções e, confesso, que tradições, de heranças e de cos- interesses pessoais, que podem
vicíssitudes e metarmofoses ao (direcção) para guiar este forum fico muito feliz e, orgulhoso até, tumes, e deixar de lado a língua, converter-se num ápice em au-
longo de 30 anos, transformou-se da comunidade Portuguesa.Três ao vê-los e ouvi-los falar os dois é, a meu ver, incompleto. Daí a tênticos caprichos.
no que eu considero ser o arauto décadas de assistência à primeira idiomas, português e inglês, temática escolhida para esta mi- Estou plenamente convicto de
Português no «Far-West Ame- geração de emigrantes utilizando com o mesmo nível de fluência nha apresentação, que pretende que o sonho que tiveram os fun-
ricano». A imprensa escrita, na a língua de Camões e concomi- e correcção. O mesmo já não ser apenas uma semente que, dadores da organização ou orga-
época actual está declaradamen- tantemente usando o idioma e acontece com muitos dos nossos como qualquer outra, irá encon- nizações que, ao longo dos anos
te na mó de baixo, problema este língua franca de Shakespeare na jovens e adultos inclusivé, que, trar algum terreno pedregoso, sofreram a sua metamorfose e
provocado pela nova realidade secção de Inglês destinada aos claro, falam correctamente a mas na esperança de que alguma desta surgiu a que hoje conhe-
língua inglesa, mas cujos conhe- semente venha a cair em solo cemos por F. F. L.A., foi , sem
electrónica denominada internet. que não falam a nossa língua., é
cimentos da língua portuguesa fértil. É essa a minha intenção, o dúvida, o bem-fazer e servir os
Os grandes periódicos estão so- de facto um pormenor de realçar estão muito aquém daquilo que meu objectivo, o meu sonho! seus membros em particular, e o
frer revezes que ameaçam a sua e que merece o nosso encómio e seria de esperar. Seria talvez A Federação, a Sociedade e a público em geral , ajudando-os
própria sobrevivência. Alguns admiração. Nesta sociedade que aqui o momento para reconhe- Fundação têm feito muito, e nas mais diversas formas e nos
jornais estão a desaparecer, es- é práticamente uma mini-Nações cer publicamente o empenho de continuarão fazendo em prol dos mais diversos sectores da vida
tabelecem parcerias com outros Unidas, autêntica Babilónia, em muitos pais e avós, alguns aqui seus membros, não esquecendo sócio-política e económica. Um
ou contraem-se em peso e quali- que se fala mais de 150 línguas, presentes, que não se poupam a os milhares de jovens que, de ideal puro e são que, custe o que
dade, como posso constatar com não podemos ser uma Ilha, te- esforços para que os seus filhos e Costa a Costa, são recipientes custar, e doa a quem doer, deve-
o periódico – San Jose Mercury mos que ser um continente sem netos aprendam português, quer dos mais diversos benefícios que rá ser mantido como força mo-
News- que diáriamente chega fronteiras. ”Cria fama e deita-te a em suas casas, quer nos Liceus, a Luso-America oferece, de for- triz da Organização. A própria
à minha porta. São sinais dos dormir”, asssim dizia a vox popu- Colégios e Universidades, ou até ma muito especial as Bolsas de terminologia de “Fraternal” e
mesmo nas ditas escolas comu- Estudo de que os jovens acadé- “Fraternalismo”, lembram-nos,
tempos turbulentos que estamos li do povo de antanho, em plena
nitárias que existem por toda a micos são recipientes. Tudo isto ou deviam lembrar-nos a toda
a singrar, em que a solução mais contradicção com vox Dei (voz Nação. é digno do nosso apreço, do nos- a hora, da grande realidade que
viável é apertar o cinto e usar o de Deus). Perfeito é só um-Deus-, Desde há muito que tenho den- so estímulo e do nosso profundo somos todos irmãos e partilha-
nosso talento para suplantar este mas todos nós incluindo este pe- tro de mim este descontenta- reconhecimento. mos deste abraço fraterno de
novo desafio. Não podemos ig- riódico devemos prosseguir no mento, sempre que ouço alguém Á semelhança do Presidente origem e bem comuns, na ma-
norar o facto real que estamos caminho da perfeição. A emigra- dissertar sobre a nossa cultura, Kennedy, que sempre demons- nutenção e propagação da nos-
a viver na América, um país ção para estas paragens estag- as nossas tradições, os nossos trou um enorme respeito pelos sa cultura, das nossas tradições
diferente do nosso Portugal. A nou, o que vai consequentemente costumes, etc., mas poucos são portugueses e luso-americanos, e, desculpem o atrevimento, da
maioria de nós foi bem acolhida, constituir um desafio e ameaça os que vão mais além e enu- devemos ter sempre em mente nossa língua.
inseriu-se na sociedade Ameri- à preservação e continuidade do meram a língua portuguesa. A que o mais importante e mais Falando português ou inglês, ou
cana sem entraves significantes e uso de Português nesta terra. nossa língua faz parte integrante eficaz é o que podemos nós fa- misturando até os dois idiomas,
da nossa cultura. Ela é o elo de zer pela Sociedade Fraternal há que reconhecer o enorme
alcançou a prosperidade almeja- Este prognóstico não se restringe
ligação entre o povo e povos que Luso-Americana, e não o que trabalho e os grandes sacrifí-
da, sonho que o torrão natal e Pá- exclusivamente a este jornal, mas a partilham, como sejam, e para ela poderá fazer por nós. Se as- cios que muitos fazem, não só
tria que lhe deveria ter sido Mãe também a todas outras organiza- além do Brazil, os Países Afri- sim pensarmos e assim agirmos, durante a Convenção anual,
e cruelmente a enjeitou. Em sinal ções, óra cívicas ou religiosas, canos de Língua Oficial Portu- entregando-nos de alma e cora- mas também ao longo do ano,
de reconhecimento por todo este que se ufanam de ostentar o pavi- guesa, ou PALOP. ção às suas louváveis causas, às por essas cidades fora, em prol
maná, não é mais que justo que lhão Lusitano. Felicidades, longa Esta semana, e a pedido do jo- suas metas e aos seus propósitos, da família da Luso-America. A
respeitemos os usos e costumes vida e ad multos annos. vem Aníbal, que ainda não per- podemos ter a certeza de que os língua é, afinal, um instrumen-
tence a esta família Luso-Ame- benefícios, o fruto e as regalias to de comunicação e desde que
ricana, seguia-o de San José virão por acréscimo. nos façamos entender e levemos
a San Leandro, para ajudá-lo O mais importante, é fazermos a bom porto a nossa mensagem ,
como intérprete nuns assuntos a diferença, através do nosso é quanto basta.
que ele tinha que tratar com o trabalho, do nosso contributo, Aqui deixo o meu grito, a minha
Sindicato sediado na referida da nossa adesão às firmes con- sugestão, o meu sonho: ajudem
cidade. Durante a viagem de vicções desta prestigiosa So- a divulgar cada vez mais e so-
aproximadamente 40 minutos, ciedade. E, na minha modesta
bretudo entre os nossos jovens,
os autocolantes que o jovem ha- opinião, muitos são os que so-
o orgulho das nossas origens e o
via afixado no vidro e na caixa frem daquela que eu conside-
interesse pela língua portugue-
da sua carrinha, deram-me, di- ro, a incurável enfermidade do
gamos, uma inspiração para este nosso século e que podemos sa, a sexta língua mais falada em
meu discurso: Na parte cimeira denominar de “indiferença”. Se todo o mundo.
10 COLABORAÇÃO 1 de Setembro de 2009
Reflexos do Dia–a–Dia
Diniz Borges
é imperativo que
...
d.borges@comcast.net continuemos com esta voz
O
jornal Tribuna Portu- ne. Mas tal há dez anos, e hoje que salvaguardar e apostar nes- tinuará a necessidade de órgãos mas. Continuo a acreditar que a
guesa celebra 30 anos. com o Tribuna Portuguesa sendo tes órgãos de informação. Não que falem dos nossos anseios e comunidade necessita duma voz
Um marco importante o único jornal em língua portu- nos iludamos com o romantismo dos nossos triunfos, que apesar sua e o Tribuna, neste momento,
na vida dum órgão da guesa na Califórnia, é imperativo de que os órgãos do mainstream da inevitável metamorfose, con- e ainda bem, é essa única voz.
comunicação social, particular- que continuemos com esta voz, americano serão voz de um grupo tinuem a expressar a identidade Também penso que é imperativo
mente, nas comunidades de ori- que é o único registo que temos étnico, muito menos de um grupo lusa em terras de Cabrilho. Que que tenhamos uma voz assente
gem portuguesa nos EUA, e de das nossas vivências portugue- étnico, numericamente limita- mesmo em inglês poderão ser a nos valores do nosso legado cul-
uma forma mais particular no sas neste estado do pacífico. Tal do e geograficamente disperso, voz da identidade portuguesa. tural, mas virada para um futuro
mundo de hoje, onde as novas como escrevi em 1999, continuo a como é o nosso na Califórnia. É Há que ter órgãos da comunica- que já é o nosso amanhã de ma-
tecnologias predominam. Numa pensar que “apesar da nossa assi- que embora com números, como ção que exprimem as idiossincra- nhã. Se há uma coisa que peca-
era em que todos os dias fecham milação ao mainstream (desejada é o caso dos hispânicos, os mé- sias de americanos—que os nos-
mos, em termos de comunicação
jornais nos EUA, há que reco- em muitos aspectos), sem a im- dia americanos não respondem às social, é fazer-se a mesma virada
sos filhos são—mas conscientes
nhecer e agradecer a persistência prensa de língua portuguesa fica- necessidades desse grupo. Daí a para o passado. Não há que ter
das suas raízes e do seu legado
deste quinzenário. Daí que, no ríamos sem voz. Ou será que há existência de jornais hispânicos. medo do futuro nem a ousadia de
cultural. Há que passar do folclo-
momento em que colocamos as quem pense que o San Jose Mer- E o mesmo acontece com outros desafiar o presente.
merecidas trinta velas no bolo do cury News, o Sacramento Bee, o grupos, que há muito perderam a rismo, e do saudosismo, que por Por último, e já mesmo com a sa-
aniversariante e ao soprá-las fa- San Diego Tribune ou mesmo os língua materna, mas que conti- vezes preenchem as páginas dos borear o bolo do aniversariante,
zemos o desejo “secreto” que o mais pequenos como o Turlock nuam com a sua própria voz co- jornais portugueses da Califór- desejo fazer o que nunca o fiz.
Tribuna Portuguesa tenha muitos Journal ou o Tulare Advance- lectiva, embora no idioma inglês. nia, para um formato que fale dos Um agradecimento público ao
anos de vida, gostaria, de reflec- Register poderão ser a nossa voz Aliás, a denominada alternative assuntos que serão pertinentes meu amigo José Ávila, com quem
tir um pouco sobre a imprensa colectiva? Para além da ocasio- press—imprensa alternativa está em poucos anos, aliás, já o são: nem sempre concordo quanto
em língua portuguesa no estado nal referência às nossas festas, a florescer cada vez mais nos Es- o nosso envolvimento político, ao conteúdo do jornal (diga-se
da Califórnia. É uma reflexão que acham uma piada tremenda, tados Unidos. Com os grandes a educação dos nossos filhos, a que também não me tenho que
feita no ano de 1999, há 10 anos, pouco ou nada dão das nossas órgãos a serem cada vez menos passagem da nossa herança cul- preocupar com o pagamento
num crónica incluída no livro O vivências comunitárias. Não es- a voz do povo, e cada vez mais tural, a nossa história colectiva e das contas do mesmo), mas por
Outro Lado do Sonho: Reflexos peremos que os jornais acima re- a voz das multinacionais e plu- individual, e o contacto com uma quem tenho imenso respeito.
das Comunidades Açor-Ameri- feridos, e tantos outros nas cida- ricontinentais, cada grupo tenta cultura de origem portuguesa Um agradecimento colectivo—
canas, e que foi feita em respos- des californianas onde vivem os erguer a sua própria voz com os viva e dinâmica. sem procuração de ninguém, é
ta a uma pergunta feita por John portugueses, sejam porta-vozes pequenos meios de comunicação, Em género de conclusão poder- óbvio—mas como elemento da
Melo, então editor do extinto das nossas realizações, dos nos- quer em formato de jornal ou re- se-á dizer que temos de salva- comunidade portuguesa, a minha
Portuguese-American Chronicle. sos anseios, da nossa necessidade vista tradicional, quer através das guardar a nossa frágil imprensa
O excerto que aqui reproduzo vi- de nos afirmarmos como grupo populares revistas electrónicas, gratidão pelo trabalho que faz e
portuguesa na Califórnia. Como
E
nha em resposta à pergunta se a étnico possuidor da sua cultura e através da Internet. a dedicação em manter este jor-
comunidade temos a necessidade
comunidade precisava ou não de das suas tradições.” ntretanto, e com a ine- nal. Tenho a certeza que a comu-
de órgãos que sejam porta-vozes
um periódico, qualquer, periódi- Depois de divagar para um episó- vitável assimilação das da nossa maneira de estar no mun- nidade está grata! Segundo, um
co, em língua portuguesa. dio anedótico do sempre surpre- gerações vindouras, do. Como comunidade temos, agradecimento muito particular,
Desois de dissertar sobre o meu endente Instituto Camões, tratei que cada vez menos se diria mesmo, o dever cultural de porque sei que as minhas opini-
vício pelos jornais. É que ao o que para mim ainda é pertinen- expressam na língua portuguesa, apoiarmos a nossa imprensa, que ões politicas, sociais e culturais,
contrário do Presidente da Repu- te, talvez, com o avanço de uma ou pelo menos não têm conheci- por seu turno tem obrigação de fogem à ortodoxia, e nem sempre
blica, Cavaco Silva, que quando década, ainda mais pertinente, mentos suficientes para uma lei- se adaptar às realidades de uma são vistas pelos leitores (por ve-
era primeiro-ministro dizia que ou seja a necessidade de termos a tura séria e complexa, não será comunidade em transição.” zes até por alguns colaboradores)
raramente lia jornais e revistas, nossa voz e da mesma ser uma voz paradoxal pensar-se num jornal Foi o que escrevi em 1999. Pen- com bons olhos. Porém, o José
eu sou um consumidor de jornais evolucionista: “sem esquecer que português na Califórnia? Se so que continuamos a necessi- Ávila sempre teve a coragem de
e revistas. Das tradicionais e das as futuras gerações serão mais tar duma imprensa em língua as publicar. Daí que estou-lhe
estamos pensando em fazer os
electrónicas. Hoje, ao contrário americanas do que portuguesas, portuguesa, ou bilingue, como grato por acreditar na verdadeira
mesmos jornais, claro que sim.
de 1999, faço uma grande parte e que os jornais que temos hoje, o Tribuna já o é. Penso que há liberdade de expressão.
Se estamos pensando em modifi-
das minhas leituras, particular- possivelmente, não servirão num modificações a fazer-se, porém o Parabéns, Tribuna Portuguesa!
mente de jornais e revistas, onli- amanhã não muito longínquo, há car, radicalmente, as estruturas e
tempo encarregar-se-á das mes- Obrigado, José Ávila!
o conteúdo, penso que não. Con-
Memorandum
jornalismo missionário
João-Luís de Medeiros
jlmedeiros@aol.com (parabéns, Tribuna Portuguesa)
V
imos aqui com justificado or- Socorro-me nesta circunstância dos dize- Muitas décadas antes da vinda de Cristo, A nossa voz colectiva merece ser escutada
gulho participar na celebração res do dr. Mário Mesquita, um dos mais já havia nas ruas de Roma uma espécie nas suas legítimas reivindicações. Temos
da festa de aniversário natalício cotados especialistas nacionais no âmbi- de boletim informativo chamado “Acta o dever de cultivar um regime de perma-
da Tribuna Portuguesa. Trinta to do Jornalismo moderno: “... a impren- Diurna”. Muito mais tarde, começaram nente alerta cívico: a imprensa da Diaspo-
anos... bonito rol. Suponho que estamos de sa compreendeu que a tendência para a surgir leis para defender a liberdade da ra corre o risco de ser instrumentalizada
acordo com a noção elementar de que o va- ignorar,disfarçar ou camuflar os seus pró- imprensa: em 1766, a Suécia apresentou como “palaquim” para o desfile feudal das
lor cívico-cultural dum jornal não se mede prios erros se reflectia negativamentwe na a sua primeira lei nessa matéria; depois, pequenas-vaidades associativas e gover-
pelo volume das suas páginas, ou pelo es- sua própria imagem e reputação”. E mais veio a primeira emenda constitucional que namentais. Na minha dupla qualidade
plendor fotogénico das suas imagens. Face adiante perguntava: para que leitores es- afirma, claramente , “Congress shall make de veterano democrata e de signatário do
à consistência do relacionamento cordial crevem os jornalistas? Quem é o famoso no law abriging the freedom of speech, or “memorandum” (cordialmente reprodu-
A
existente entre a sua direcção e o signa- destinatário do texto jornalístico, tantas of the press...” zido nesta página) gostaria de saudar a
tário, admito que o leitor mais apressado vezes invocado em vão? presença de jornais de ex- valentia cívica do jornalista José Avila,
possa ser induzido na dúbia percepcão de Perguntas que continuam pertinentes. Pes- pressão portuguesa em terras director da Tribuna Portuguesa : um cava-
estarmos a pisar as margens da parcialida- soalmente, creio que os jornais têm que da Califórnia vem do tempo lheiro conhecedor dos labirintos empresa-
de étnica. cuidar dos seus percursos, sem se deixa- em que já era tecnicamente riais do sector privado da economia, que
Não há perigo! O relacionamento entre a rem cegar pelo imediatismo dos interesses. possível “exibir” fotografias na imprensa já provou que não aceita subordinar a in-
direcção de Tribuna Portuguesa e o sig- Não se pretende ignorar os dilemas empre- (1880). Nesse ano “nasceu” em S. Francis- tegridade dos princípios do pluralismo de-
natário continua em franco vigor, porque sariais, mas é pena que tais factos sirvam co, o mais antigo jornal português “A Voz mocrático ao clientelismo do mercenariato
nasceu na vertente de solidariedade demo- de justificação para que alguns jornais te- Portuguesa” (cuja publicação durou cerca político da moda.
crática (de que me sinto muito lisonjeado, nham de apequenar o seu conteúdo até ao de sete anos).
como “caloiro” da comunidade califor- limite da “foto-memória” do infantilismo Seria porventura interessante referenciar a Parabéns! Votos de longa vida para
niana). Diria que a dispersão geográfica jornalístico... constelação de títulos de jornais que ilu- Tribuna Portuguesa, e à sua
da “açorianidade” em terras da Califórnia Para não fatigar o prezado leitor, não va- minaram o firmamento da opinião pública prestimosa Direcção.
tem sido positivamente contrariada por um mos “estoriar” o percurso de um Jornal de expressão portuguesa. Limito-me aos
instrumento de confirmada valia cívico- que é, aliás, sobejamente conhecido na di- contornos duma opinião pessoal: a nossa
cultural. Sinto-me honrado em subscrever áspora. Muitos reconhecem que o jorna- Comunidade é portadora de honrosa tradi-
o veredito popular que considera Tribuna lismo é uma das pioneiras vacinas contra cão no jornalismo – tradição que tem sido
Portuguesa o valioso denominador co- a alienação cívica, por sinal uma vacina mantida e enaltecida nas páginas de Tribu-
mum do pluralismo comunitário... mais antiga do que a língua portuguesa. na Portuguesa.
COLABORAÇÃO 11
N
esses produzindo altos volumes. tos factores que afectam a produ- Moon Bay.
em só reconhecido Esta nuvem negra no horizonte de ção numa determinada área. Wis-
como America’s Dai- Wisconsin tem sido causada por consin tem ainda uma enorme O Tribuna quer
ryland, Wisconsin modernas, enormes e eficientes abundância de forragens, milho, saudar a Ashely,
tem sido reconhecido fábricas de queijo na California, grão, e a baixos fretes, adequada bem como seus
como terra dos compradores de Idaho e agora em Texas e New quantidade de água, reconhecidas pais, amigos deste
leite, com os seus braços abertos México. Por algum tempo, peri- organizações da agropequária, jornal há longos
e também os seus livros de “che- tos na indústria estavam preven- infraestruturas adequadas à cul- anos.
cks”, mas o panorama no “Badjer do que esta oferta de prémios e tura da produção do leite, e prin-
State” está mudando. abonos não poderia continuar. cipalmente um significante apoio
Entre 1988 e 2002, a produção de Mais que um gerente geral de co- Estadual.
leite em Wisconsin caíu aproxi- operativas assumiram a desagra- Há uns quantos anos duas Coo-
madamente 12%, mas desde 2002 dável missão de informar os seus perativas estavam planeando jun-
a esta data, a produção aumentou produtores que eles estavam rece- tar as suas forças para construir
cerca de 11% e rápidamente es- bendo demasiado pelo seu leite. uma grande e moderna fábrica
tará no seu ponto mais alto de 25 Que representam estes prémios de queijo, em Wisconsin, mas
biliões de libras em 1988. Num nos preços do leite? Nós compa- desistiram, principalmente pela
passado não muito distante, a rámos o preço mínimo recebido incerteza na produção do leite,
maioria das explorações produto- nos ultimos 7 anos pelos produto- mas agora que esta está fugindo
ras de leite em Wisconsin teriam res de Wisconsin, com os preços da California é talvez tempo para
elevado número de Cooperativas pagos em outras regiões do País e repensar essa aventura na cha-
e fábricas de quejo impacientes concluímos que os preços pagos mada “Dairyland”.
para comprar o seu leite. Os pré- pela classe III nas ordens Federais Substânciais mudanças estão
mios e abonos pagos para compe- foi de 10 a 15% menos que os pre- acontecendo nesta indústria, e a
tir pelo leite resultaram em que ços de Wisconsin, mas a diferen- presente mudança desta década
o Estado alcançou preços relati- ça diminuiu para 5-7% em 2007 será muito mais acentuada de
N
vamente altos. Esses dias talvez -2008. que as mudancas das ultimas três
tenham acabado. o entanto não está décadas.
Os produtores de leite em Wis- bem claro quando
consin estão presentemente comparamos os pre-
procurando novos compradores ços de Wisconsin
de leite, muitos deles vendem à com todas as áreas do mercado.
Eduardo da
Silveira, M.D.
Diplomado em
Gastroenterologia.
Especialista em Doenças
do Fígado e do Aparelho
Digestivo.
Paulo Ferreira
Pedro Salvador
Matador
Luís Procuna
Grupo de Forcados
de Turlock
Admissão: $20.00 - crianças
com menos de 12 anos,
entrada grátis.
NOTA: a venda à porta de bilhetes será limitada.
COLABORAÇÃO 13
Agua Viva
Filomena Rocha
Festa do Bom Jesus em San José
filomenarocha@sbcglobal.net
M
bom.
as tenho encontrado gente boa também.
Ainda me lembro de quando me pediram
para ser Editora desta Tribuna. Nem todas
as experiências são gratas, e ser responsável
por um Órgão de Comunicação Social, é assunto sério,
se deveras se tem a verdadeira noção do que isso signi-
fica, mas nunca me hei-de esquecer do voto de confiança
que me foi dado pela então figura da nossa praça comer-
cial, João Rodrigues da Silveira, para que eu adquirisse
este jornal. Segundo ele, ou eu ficaria com Tribuna e este
teria continuidade, ou com muita tristeza de todos, ha-
veria de fechar. Um dilema pelo qual eu não queria ser
responsável. E resolvi pelo sim, apesar das dificuldades
do momento com computadores e outras máquinas que
trabalhavam à base de químicos e papel especial, com su-
cessíveis avarias e sem peças no mercado para substituir
as já velhas e cansadas, de modo a que o semanário saísse
a tempo e horas. Foram tempos conturbados, de amor e
sacrifício, apenas compensados pela sensação agradável
da victória do dever cumprido de cada vez que saía mais
uma edição, que haveriam de ficar para as minhas memó-
rias de jornalista, junto com meu marido e filha, pessoas
amigas e colaboradores que nunca esquecerei. Entre tan-
tos, José Ávila, sempre com a sua página de Tauromaquia,
e agora ele como editor e proprietário, a celebrar os 30
anos deste quinzenário Tribuna, único registo escrito de
ocasiões sempre especiais da Comunidade Portuguesa na
California. Apesar da nova tecnologia, e por isso tudo ser
mais fácil e perfeito, é sempre uma tarefa árdua que de-
veriam todos apoiar a fim de celebrar-se com dignidade
quem somos na Diáspora.
Felicidades Tribuna! Parabéns a todos os que fazem de ti
o nosso Arauto.
Depois de três horas de um excelente espectáculo dirigido por Brian Martins, a Grande Final. O adeus a um ano de muito trabalho
Newark Youth Council # 30 - Radio Waves Sacramento Youth Council # 4 - An Old World Through New Eyes. Director: Judy Teixeira
Realizou-se no dia 8 de Agosto de 2009, muito bonita, com muito empenho de to- Best Dancing - Best Musical/Variety -
pela 1 hora da tarde no Center for the dos os participantes e com muito “baru-
Performing Arts em San José, o “Luso- lho” dos seus apoiantes. 1º lugar - Youth Council # 4 Sacramento 1º lugar - Youth Council #11 Mountain
American 54th Annual Youth Theatrical O Director do Programa foi Brian Martins, 2º lugar - Youth Council # 24 Northern View / Santa Clara
Program”. Desfilaram naquele palco 380 coadjuvado por Michelle da Silva, sendo San Joaquin Valley 2º lugar - Youth Council # 28 Norco
jovens com uma assistência de cerca de Gary Resendes o Mestre de Cerimónias. 3º lugar - Youth Council # 18 Gustine/ Corona
2400 pessoas. Havia três prémios em disputa neste certa- Los Banos 3º lugar - Youth Council # 33 Newcastle
Foram doze os “Youth Councils” que con- me - Best Individual Performer, Best Dan-
correram a este programa. Como se pode cing e Best Musical/Variety. Best Individual Performer
observar pelas fotografias, foi uma tarde Os vencedores foram: Michael Rosa, Youth Council #2 San José
CONVENÇÃO 15
Gustine/Los Banos Youth Council # 18 - We are “The New Onda”. Director: Debra Silveira
Northern San Joaquin Valley Youth Council # 24 - The New Portuguese Wave with an Old
Folklore Flare. Director: Michelle Morris-Rocha
Norco Corona Youth Council # 28 - Hollywood goes to Coimbra. Director: Diana Sales
Gustine/Los Banos Youth Council # 18 - We are “The New Onda”. Director: Debra Silveira
16 CONVENÇÃO 1 de Setembro de 2009
Mountain View / Santa Clara Youth Council # 11 - New Wave Encounter. Director: Jeannie Hylkema
Recipientes do Youth Awards com Gary Resendes, State Youth President, que foi o MC no Sábado
No domingo houve Missa pelo causou grande sensação, pela do dia, e quando isso acontece é
Padre Robert Barcelos e diga-se sinceridade, pela facilidade de se um bom sinal para a Igreja e para
de passagem que a homília do jo- ligar com aqueles que o estavam aqueles que a seguem.
vem padre, que se ordenou há um o ouvir, pelo bom humor, tudo Parabéns à Luso e ao jovem
ano, na Igreja das Cinco Chagas, isso fez que ele fosse a sensação pároco de Buena Park.
CONVENÇÃO 17
LAFF 20-30’s State President August Correia Jr., LAFF State President
Daniel Sequeira, LAFF State Youth President Sara Rodrigues
LALIS Board of Directors: Standing L-R: Jose M. Machado, Jose da Costa, Hermano de Melo, Tony
Martins, Linda Vieira, Jose da Silva, Narcie Ferreira, Carlos Amaral, and Joseph B. Vieira.
Sitting L-R: Cecelia Souza, Michelle Machado Moreira (Vice-Chair), John Manuel Dias (Chairman), Edite
Furtado (President) and Joan Peros
SPRSI Board of Directors: Sitting L/R: Marshall Susan Goodman, Mistress of Ceremonies Angie Brasil,
President Tisha Marie Cardoza, Vice President Constance Brasil, Inside Guard Esther Rocha, Director Audrey
Burman
Standing L/R: Directors Julianna Piatek, Manuela Wyatt, Patricia Languemi, Marie Edwards, Maria George,
Pam Smith, Caroline Silva, Outside Guard Geraldine Thomas
LAFF 2009-2010 State Youth Board: Standing L-R: Stephanie Cunha, Brandon
Simões, Victoria Rocha, Mimi Rocha, Gary Resendes, Briana Rebolo, Sara Pepe, Anthony
Machado. Sitting L-R: Kyle Martins, Matthew Teixeira, Sara Rodrigues, Christina Souto,
and Antoinette Machado.
SPRSI Youth Board: Sitting, L/R, Secretary/Treasurer Jasmine Wyatt, Past President
Brianne Mattos, President Tanya Nieto, Mistress of Ceremonies Cristina Nieto
Standing L/R, Trustee Jocelyn Thomas, Past Officer Sara Dutra, Vice President Jessica
Wyatt, Outside Guard Monica Menese, Inside Guard Victoria Brasil, Marshall Ashley
Glenn
SPRSI 20-30 Board: Sitting L/R, Immediate Past President Constance Brasil, Pre-
sident Sara Dutra; Standing L/R, Mistress of Ceremonies Lydia Peros, Vice President
Manuela Brasil, Parlimentarian Brianne Mattos
A Sociedade Filarmónica União Portuguesa de Santa Clara abriu a festa dos jovens
Agradecimento
da Rainha
Antoinette
Machado
“I would like to thank everybo-
dy who supported me, the LUSO-
American Fraternal Federation, and
LUSO- American Education Foun-
dation. None of this could have been
accomplished without your support. I
am so grateful to have this wonder-
ful opportunity, and I could not have
done it with out all your support.
Thank you.
Eu queria agradecer a todos que aju-
daram na minha campanha para ser
a Rainha da Convenção da LUSO-
American. Nada podia ser feito sem
o seu donativo para o Luso-American Tony Silveira foi o orador principal do Banquete da Luso-American
Fraternal Federation e Luso-Ame- Fraternal Federation realizado no Domingo.
rican Education Foundation. Estou O seu discurso foi em prol da defesa intransigente da Língua Portu-
muito agradecida por esta oportuni- guesa. Disse: “Muitas das vezes quando se fala em tradições, cultura,
dade, eu sei que nada podia ser possí- esquecemo-nos da Língua”.
vel sem o vosso apoio, obrigada.” No final ainda disse: “Aqui deixo o meu grito, o meu sonho...
Leiam o discurso completo na página 9.
PATROCINADORES 19
20 COLABORAÇÃO 1 de Setembro de 2009
Sabor Tropical
Elen de Moraes Tribuna Portuguesa
elendemoraes_rj@globo.com e a sua receita de sucesso
O
jornal Tribuna Portu- para arrecadar fundos para im- milhares de pessoas que não têm
guesa comemora seus primir e lançar o livro do Daniel acesso a assinatura do jornal, por
trinta anos e recebe as Arruda, quando recebi, aqui no morarem em outros países: ler o
congratulações da Co- Brasil, um exemplar - o 1º que Tribuna na íntegra, online, toda
munidade Portuguesa – e não só vi - do Tribuna, de Setembro de quinzena. Um grande e admirá-
- dentro e fora da Califórnia e os 2005. Uma surpresa que o amigo vel passo do jornal em direção
Raposo me fez enviando a maté- ao futuro, de mãos entrelaçadas
A
merecidos aplausos são por con-
ria publicada sobre o “sonho” do com a modernidade.
ta da excelência do seu trabalho Daniel. A emoção bateu forte! o mencionarmos o
e da seriedade na divulgação da Enfim, estava sendo apresentada jornal não podemos
notícia, na fidelidade dos aconte- a um jornal sério, feito por pes- omitir os créditos de-
cimentos expostos através de fo- soas sérias e comprometidas em vidos a quem está no
tografias, pela gentileza no trato fazer o bem sem escolher a quem, seu comando: o José Ávila. Um
com parceiros e patrocinadores, empenhadas em ajudar sem pedir
homem de visão, um Ser humano
pelo incentivo e acolhida aos nada em troca.
E foi através dele que muitos por excelência, um sonhador! E
seus colaboradores e pelo valor
e atenção que dispensa aos seus amigos do Daniel tomaram co- se assim não fora não teríamos,
certamente, em nossas mãos, o
Vende- se Leitaria de Cabras
leitores. nhecimento do seu “sonho” e
contribuíram financeiramente, Tribuna, como temos tido toda 8.9 acres com irrigação própria
Concilia muito bem o seu pa-
pel de imprensa moderna ao seu inclusive os de Gustine - a quem quinzena. Casa com 3700 pés quadrados, 5 quartos de cama, 3 quar-
princípio ético, opinando sobre Daniel chamou carinhosamente Para o Tribuna Portuguesa, seus tos de banho, toda remodulada.
os variados casos que podem de “anjos” - que também abraça- leitores, colaboradores, anun-
Perto da auto-estrada e Shopping Center
atrair a atenção dos seus leitores, ram a idéia e decidiram financiar ciantes, parceiros e todos que
dele participam, de um modo ou Fica situada a 1 milha do novo Hospital do Kaiser
mas sempre priorizando aqueles a maior parte da publicação do
O
livro. de outro, deste distante Brasil Permanente, em Dale Road, Modesto, California
que são de interesse público. Perto do novo Liceu
Paga-se um alto preço para se jornal, além de noti- mando o meu abraço, os meus
fazer um jornal sério, que tenha ciar toda campanha, votos de um feliz aniversário, de Extraordinário investimento de $990K dolares
credibilidade, formador de opi- em janeiro de 2006 um novo ano de muitos sucessos Os animais existentes não estão incluídos
e prosperidade e quero registrar
nião, que não apela para aspectos deu-nos o “Just cause”
o orgulho que sinto em ser uma Contactar AHMAD SHAMA (209) 505-5268
popularescos, que não vive da AWARD pelo nosso trabalho e
desgraça do povo, que não mani- pequena partícula deste concei-
se fez presente no lançamento do tuado jornal.
pula os leitores divulgando casos livro, cobrindo todo evento, oca-
sensacionalistas. Um bom jornal sião em que tive o imenso prazer
não deve se contentar em so- de conhecer o seu Editor e Di-
mente apresentar a notícia, mas,
retor, Jose Ávila, e compreender
também, levar educação e cultura
para todos que o lêem, como tem o motivo do grande sucesso do
feito o Tribuna Portuguesa. jornal, pelo perfeito desempenho
Em meio às gratas lembranças e bonito trabalho desse homem
que sempre gosto de remexer, incansável.
está o momento em que fui apre- Em Outubro de 2008 vi a reali-
sentada a este jornal. Fazíamos, zação de um novo sonho, só que
eu e José Raposo, a campanha desta vez o sonho era meu e de
Ao Sabor do Vento
A nossa Língua
é a nossa Pátria
José Raposo
raposo5@comcast.net
T
rinta anos?! coragem de debruçar-me sobre temas con- sequer molharam os pés. Durante o tempo que estou nesta terra, vi
troversos, como tenho feito. O jornal tem sido um veículo de informa- jornais nascerem, desaparecerem e até al-
A Tribuna está a ficar velha e o Há anos, quando o Tribuna tinha outros ção e até certo ponto de educação e instru- guns serem entregues já moribundos a no-
Zé Ávila cada vez mais novo! donos, fui convidado para ir a San Jose a ção. Na minha opinião, a imprensa escrita vos donos que lhes cortaram o oxigénio e
Durante esse tempo tenho contribuído fim de ser entrevistado sobre algo que se terá sempre um lugar de destaque pois que nem sequer tiveram a delicadeza de infor-
com os meus artigos sobre vários assun- passou na comunidade e do qual eu fui já diz e muito bem o ditado: marem à família de assinantes que haviam
tos, dando a minha opinião em muitas coi- um dos protagonistas. Era uma hora da - Palavras leva-as o vento. morrido.
sas que se passam na comunidade e pro- madrugada quando a entrevista terminou As páginas do Tribuna chegam a todo o Vamos trabalhar em conjunto para que o
curo sempre escrever acerca do que vejo e ela nunca foi publicada, porque houve lado que há Portugueses. Muitas das nos- Tribuna cresça e não seja acometido pela
ou ouço. alguém que telefonou a ameaçar que se tal sas organizações recebem o jornal sem pa- “swine flu” ou nenhuma “doença incurá-
Sei que algumas pessoas ameaçaram can- coisa acontecesse, levaria o Jornal ao Tri- garem um centavo. O jornal publica anún- vel” e para que a nossa gente continue a
celar a assinatura do jornal ou até, talvez, bunal. A pessoa que me entrevistou meteu cios a informar certos eventos sem que patrocinar o único jornal Português que
tenham cancelado por causa de algo que o rabo entre as pernas e por aí ficou. receba remuneração alguma. Sei de fonte temos nestas paragens.
eu tenha escrito. Nesse ponto tenho de congratular o Zé Ávi- segura que ele já pagou pela deslocação de Os assinantes, os colaboradores, a equipa
Por incrível que pareça alguns que sabem la por não ser medricas. Durante o tempo certas pessoas menos protegidas pela sorte de redação, tu Zé e todos nós, estamos de
escrever tanto ou melhor do que eu, me que ele tem estado ao leme do Tribuna, sei e o Zé tem feito benefícios no anonimato parabéns. Com toiradas ou com festas,
têm pedido uma vez que outra para que eu que tem enfrentado todas as tempestades e e nunca usou as Páginas do nosso jornal com crónicas ou com críticas, com anún-
escreva abordando este ou aquele assun- tem conseguido navegar em mares tumul- para se vangloriar ou se enaltecer, quer cios ou fotografias, continua Zé, porque a
to. Outros, porém, me congratulam por ter tuosos onde muitos, anteriormente, nem seja pessoal ou profissionalmente. nossa língua é a nossa Pátria!
COMUNIDADE 21
Alguns nasceram na Ladeira Grande na Ilha Terceira, mas outros nasceram já na America. Esta montanha de gente são os descendentes dos Borbas, da Ladeira Grande
No dia seguinte à reunião e numa festa surpresa, Lícia e Alvarinho Bor- Os Borbas - João, Elsie, Belmira, Alvarinho, Velma e na cadeira Maria.
ba, celebraram os seus 50 anos de casados. O João, Maria e Belmira nasceram na America (Visalia); Alvarinho, Elsie e Velma na Ladeira Grande
Super
Promoções:
Mateus Rosé $5.99
Grão Vasco $7.99
Esporão Reserva
Branco $12.99
Segunda garrafa
Scotch Whisky
5 cents
Johnny Walker Linguiça das melhores Companhias:
Goulart, Barcelos, São Jorge
Pão fresco das Padarias Hiser,
Blue label $147.99 Santa Clara, Nine Islands
Alguém anda a
Quarto Tércio
José Ávila
brincar com o fogo! Atiro o meu
josebavila@gmail.com
É pena que às vezes algumas pessoas O que nós vimos em Laton não se sua maneira. Não nos armemos em
da nossa comunidade não compreen- pode repetir. Não interessa se Laton é espertos, porque sabemos que assim chapéu ao ar,
dam que nós não vivemos nos Aço- uma pequena aldeia perdida no Vale vamos perder. dou três tiros nele
res, nem em Portugal Continental e de San Joaquin. Hoje em dia não há A união faz a força, mas, enquanto e fico marado com
que este País tem as leis que tem e segredos de localizações, nem de uns estão a trabalhar para tentar pre- o que vi em Laton.
nós temos de obedecê-las, a não ser eventos. Todo o mundo sabe de todo servar algumas tradições, não muito Como é possivel
que queiramos deitar tudo a perder e o mundo e não me venham com a queridas de muita gente, há outros fazer-se aquilo? Para
voltar ao tempo da maria cachucha. cantilena de “quem é que vem a La- que fazem o que querem e depois bom entendedor meia
Já é tempo que todos compreendam ton?” quem se lixa é o mexilhão aficiona- palavra basta. An-
que não vivemos isolados em guetos Artesia possívelmente ainda é mais do. damos a brincar aos
e que à nossa volta há toda uma so- pequena que Laton e um dia foram Todo o cuidado é pouco nas três ulti- cowboys? Quem é que foi responsável por aquilo?
ciedade diferente da nossa e com ou- visitados por quem não tem nada mas corridas até ao fim da temporada E se a festa brava acabasse hoje, de quem era a culpa?
tras tradições, com outras maneiras para fazer se não chatear os outros. O - a dos Milagres e as duas da Feira de Iriam rezar para as Igrejas para ver se ela voltava?
de ver e viver o mundo e que nós, por problema é que eles conhecem a lei, Thornton.
muitos direitos que tenhamos por vi- além de ter um apoio de milhões de
ver aqui, temos que respeitar as leis, dólares e milhares de pessoas influen- Para que todos compreendam o perigo que existe
e muitas delas custaram os olhos da tes neste Estado, que os subsidiam- quando se enfrenta um toiro, como os nossos forcados o
cara a muita boa gente. podendo manobrar os cordelinhos à fazem, vou deixar aqui algumas fotos de pegas que não
foram consumadas, para que possam admirar o perigo
209-545-8727
www.ModestoBacktoNeck.com
Ideiafix
portuguese
Miguel Valle Ávila
miguelvalleavila@tribunaportuguesa.com
Garrett Monteiro
All the Right Notes
Garrett, age 10.
Last summer, Garrett and his family traveled to Lisbon,
Portugal. Garrett studied with a music teacher there every
day for a full month at the Academy of Portuguese Guitar
music school.
“It was an amazing place,” said Garrett. “The people and
the culture was very different than here.”
Garrett’s mom, Ines, said, “The instructor was very plea-
sed with Garrett and had never had a student his age that
took to the guitarra so well.”
Garrett’s family has taken him to several Fado concerts in
the Bay Area to give him inspiration.
In addition to the guitarra, Garrett plays piano and sa-
xophone. He practices about an hour or so a day. “You
keep playing and playing a song over and over until you
get good at it,” Garrett said. “It’s fun to practice becau-
se, when you finally get the song right, it feels great. It’s
really a good feeling when you can play a song you have
heard.”
Garrett is a fifth grader at The Assumption School in San
Leandro.
“Music boosts my confidence and helps me raise my gra-
des, too,” said Garrett.
He is in the MUSE Program Honor Band.
Playing before an audience can make anyone nervous.
Garrett said, “To me, it depends on the audience. If it’s
mostly people I know, like at school, I don’t get nervous He is on the track and field team at school, loves video
before a performance. But if it’s a new audience, I can get games (racing games are his favorite) and is fascinated
stressed out.” with books about world records.
Learning to play a musical instrument is never easy. But Garrett’s dad was a drummer and always played music Maybe he’s looking for his next challenges in those
what if you wanted to learn to play an instrument that is for Garrett when he was younger. Today Garrett enjoys books.
rare? How do you find a teacher? a wide variety of music, from jazz to classical to rock. “I
For Garrett Monteiro, it meant traveling to Portugal! like Linkin Park and Rise Against. One of my favorite Source: Kidscoop.com
Garrett’s grandmother plays the Portuguese guitarra – an saxophone players is Stan Getz.” Reprinting permission requested from
instrument that few people in the Bay Area have ever seen While music will always be an important part of Garrett’s NorCal Publishing
or heard. The 12-stringed guitarra is heard mainly in Fado life, at this time he isn’t sure what he wants to do for a
(fah-doo) music, also known as the Portuguese blues. career.
Why learn the guitarra? “I like a good challenge!” said Until then, he has a variety of interests.
California Chronicles
Ferreira Moreno
August in the
Azores
A
t the moment, I don’t have an It is with that title that she is honored at Most Holy Savior of the World
updated calendar listing all the Faja de Baixo and Agua de Pau, on Sao in Ribeirinha da Ribeira Gran-
festivals, religious or otherwi- Miguel Island, as well as on Santa Maria de, and ends with the festival of
se, occurring in the Azores Island in the hamlet called Anjos, where Senhor Born Jesus da Pedra at
Islands during the month of August. Ho- a little church named Our Lady of the An- Vila Franca.
wever, retroceding to the time of my de- gels has stood since the early settlement In closing, it is worthwhile to
parture from the Azores and my arrival in of the island in the 15th century, when a mention that August is also the
California half a century ago, precisely in makeshift chapel was built on the site. month allocated for the people
August of 1955, I recall that the calendar Curiously, in February of 1493, aboard the of the Azores to pay homage
for August was filled with a most diver- “Nina” on his return voyage of discovery, to some of their favorite saints,
se assortment of festivities, church pro- Christopher Columbus anchored in view such as St. Cajetan on the 7th,
cessions and cheerful family excursions, of that site, and some of the crew went St. Laurence on the 10th, St.
transforming August into a month of won- ashore to pray at that primitive chapel. Clare on the 12th, St. Rock on
derful memories. With the invocation of Our Lady of Ajuda the 17th and St. Bartholomew on
It all lasted from the beginning until the (Help), she is honored at Fenais da Ajuda, the 24th.
end of the month, like a well organized 8retanha and Covoada, on S, Miguel Is- Throughout-the Azores Islan-
pilgrimage where piety would mix with land, at Santa Barbara on Terceira Island, ds, we can find towns and pa-
exuberant joy. The weather seemed to con- at Santa Cruz on Graciosa island, at Pedro rish churches named after those
cur with the all around merrymaking. To Miguel on Faial Island and at Prainha do saints. Their feast—days have
A
counterbalance the heat, there was always Norte on Pico Island. always been celebrated with
the option of enjoying a whiff of freshness s Our Lady of the Gloria much devotion and loving joy by
and relaxation under a shady tree. The air (Glory), as well as Our Lady the faithful.
was sweet with the fragrance of grapes, of the Assuncao (Assumption),
apples and apricots, cantaloupes and wa- she receives due homage, res-
termelons. pectively, at Santo Espirito and at Vila do
Essentially, August was a month reserved Porto, both on Santa Maria Island. As Our
and dedicated to Our Blessed Lady. On the Lady of Livramento (Deliverance) she is
Island of Sao Miguel, for instance, it ope- honored on S Miguel Island at the locality
ned with the feast of Our Lady of the Sno- called precisely Livramento.
ws in the town of Relva, and closed with
the feast of Our Lady of Victories at Santa
As Our Lady of Victory, she is still venera-
ted at Vila do Porto on Santa Maria Island,
Join us in bringing more content and even
Barbara da Ribeira rande.
By the middle of the month, on August 15,
and was equally venerated in the past at
Vila Franca and at Relva, on Sao Miguel
better quality to the oldest Portuguese bi-
the celebrations reached a high point, with
the feast commemorating the Assumption
Island. Those little churches have since
disappeared, but on the shores of Furnas
lingual newspaper on the West Coast.
of the Virgin Mary. According to Tradi-
tion, it is believed that Mary was taken up
Lake, on Sao Miguel, stands the beautiful
Ermida Nossa Senhora das Vitorias.
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to Heaven by the Angels, so she became Also, on Sao Miguel Island, the month
known as Our Lady of the Angels. of August begins with the festival of the