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Revisão da Lei Federal de

Parcelamento do Solo
“Substitutivo PL 3.057/2000”

Élisson Cesar Prieto


Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional de
Universidade Federal
Política Urbanade Uberlândia (UFU)
- CONEDRU

Conselho Estadual de Desenvolvimento


Regional e Política Urbana (CONEDRU)
Belo Horizonte, 18.11.2008
Revisão da Lei Federal de Parcelamento do Solo
“Substitutivo PL 3.057/2000” – Élisson Prieto/UFU
CONEDRU, Belo Horizonte, 18.11.2008

PANORAMA
- O Projeto de Lei n. 3.057/200 (de autoria do Bispo
Wanderval) tratava do registro de loteamento
suburbano de pequeno valor
- Em 2002, o então relator Dep. João Sampaio propôs a
reformulação integral da Lei Federal n. 6.766/1979,
unificando diversas propostas apensadas
- A atual lei federal de parcelamento do solo já vigora
por 28 anos, com uma grande alteração em 1999, pela
Lei n. 9.785.
- Foi, até 2001, a principal legislação de ordenamento
territorial urbano no Brasil
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PANORAMA
- Em 2003, o projeto foi arquivado e desarquivado,
sendo designado na Comissão de Desenvolvimento
Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados, um novo
relator que apresentou um novo parecer.
- Em 2005, foi designado um novo relator, que
apresentou outro parecer
- Em 2006, diante de diversos requerimentos pedindo
aprecição do projeto por comissões, foi criada uma
Comissão Especial apenas para tratar do projeto,
composta por 31 membros titulares
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PANORAMA
- Em 2006, a Comissão Especial designou um novo
relator, o Deputado Barbosa Neto, que apresentou um
novo parecer, que teve várias emendas, mas que não
foi votado.
- Em 2007, com o encerramento da legislatura, o
projeto foi novamente arquivado e desarquivado, sendo
constituída nova Comissão Especial e desginado um
novo relator, o Deputado Renato Amary
- Em outubro, o relator apresentou o primeiro
Substitutivo que, após receber emendas, tornou-se o
Substitutivo n. 2, aprovado em 17/12/2007.
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PANORAMA
- 8 anos de tramitação em 3 legislaturas
- 3 comissões de mérito e 5 relatores
- 332 emendas e substitutivos
- diversas reuniões e audiências públicas
- Em maio de 2008, foi realizado pelo Ministério das
Cidades um seminário sobre o tema, que se desdobrou
em 5 seminários regionais pelo país
- O Conselho das Cidades também criou, por resolução,
uma Comissão de Articulação e Pactuação para
elaboração de propostas ao PL 3.057/2000
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ESTRUTURA DO SUBSTITUTIVO
Título I – Disposições Gerais (arts. 1º e 2º)
- Definições

Título II – Parcelamento do Solo para Fins Urbanos (arts. 3º


ao 76)
- Requisitos urbanísticos e ambientais
- Responsabilidades
- Projeto
- Licenciamento
- Registro do parcelamento
- Contratos
- Intervenção
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ESTRUTURA DO SUBSTITUTIVO
Título III – Regularização Fundiária Sustentável em
Áreas Urbanas (arts. 77 ao 99)
- Procedimento
- Regularização Fundiária de Interesse Social e Interesse
Específico
- Demarcação Urbanística e Legitimação de Posse
- Registro da Regularização

Título IV – Disposições Penais, Complementares e Finais


(arts. 100 ao 138)
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MODALIDADES
Lei n.º 6.766/
766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/2000

1. Loteamento 1. Loteamento
- subdivisão de gleba em lotes com 2. Desmembramento
abertura, modificação ou ampliação de
3. Condomínio urbanístico
vias
4. Parcelamento Integrado à
Edificação
2.Desmembramento
- subdivisão de gleba em lotes sem 6. Loteamento com acesso
abertura, modificação ou ampliação de controlado
vias 7.Parcelamento de Pequeno Porte;

(Remembramento)
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LOTEAMENTO
É a divisão de imóvel em lotes destinados à edificação,
com abertura de novas áreas destinadas a uso público,
ou com prolongamento, modificação ou ampliação das
existentes.

DESMEMBRAMENTO
É a divisão de imóvel em lotes destinados à edificação,
que não implique a abertura de novas áreas destinadas a
uso público, ou o prolongamento, modificação ou
ampliação das já existentes.
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PARCELAMENTO INTEGRADO À EDIFICAÇÃO


É o parcelamento em que a construção das edificações
nos lotes ou unidades autônomas é feita pelo
empreendedor, concomitantemente à implantação das
obras de urbanização.
* Loteamento, Desmembramento e Condomínio
Urbanístico, integrados à edificação

PARCELAMENTO DE PEQUENO PORTE


É o parcelamento de imóvel com área total inferior a
10.000m² (dez mil metros quadrados), ou o
desmembramento que não resulte em mais de 5 (cinco)
unidades. Está dispensado da reserva de área pública
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CONDOMÍNIO URBANÍSTICO
É a divisão de imóvel em unidades autônomas
destinadas à edificação, às quais correspondem frações
ideais das áreas de uso comum dos condôminos,
admitida a abertura de vias de domínio privado e vedada
a de logradouros públicos internamente ao seu
perímetro.

- Admitido apenas em municípios com Gestão Plena


- Necessária lei municipal (locais onde podem ser implantados,
dimensões máximas, critérios de contiguidade, formas admissíveis
de fechamento, necessidade ou não de EIV, critérios de
manutenção da infra-estrutura, outros requisitos para assegurar
integração do sistema viário, mobilidade urbana e acesso a bens de
uso comum do povo)
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LOTEAMENTO COM ACESSO CONTROLADO


É o loteamento para fins urbanos, a ser aprovado com
controle do acesso.

- Necessária lei municipal ou estadual autorizando essa modalidade


- Necessária permissão do direito de uso das áreas internas, de
forma onerosa, a associação de proprietários
- Deve prever integração futura ao sistema viário e acesso da
população em geral a equipamentos comunitários e áreas de uso
público.
- Regra de transição = 3 anos
* Aplicar-se-ão todas as regras válidas para os condomínios
urbanísticos
* um percentual de 10% de área de uso público interno
Cidade de Uberlândia/MG – setor Sul
Cidade de Uberlândia/MG – setor Sul

Áreas
institucionais

Muro
Vias Portaria
internas acesso
controlado
Cidade de Uberlândia/MG – setor Sul

Áreas
institucionais
No condomínio
urbanístico: área
interna + externa
em outra área ou
contrapartida

No loteamento
fechado: depende
da lei municipal e
concessão de uso
Cidade de Uberlândia/MG – setor Sul

Vias
internas
No condomínio
urbanístico: são
particulares, pagam
inclusive IPTU,
assim como áreas
internas.
No loteamento
fechado:
pertencem ao
Município e seu uso
e manunteção
concedido à
associação
Cidade de Uberlândia/MG – setor Sul

Muro
No condomínio
urbanístico: são
definitivos.
Irreversível
No loteamento
fechado: pode ser
revertido e
integrado ao
sistema urbana
Portaria
acesso
controlado
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REQUISITOS URBANÍSTICOS
Lei n.º 6.766/
766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/
057/2000
LOTES LOTES
Área mínima = 125 m² Área mínima = 125 m²
com Testada mínima = 5 m * nos Parcelamentos integrados
à edificação = 100 m²
* nas ZEIS para Municípios com
Gestão Plena, permite < 100 m²
CONTRAPARTIDAS
CONTRAPARTIDAS
Município pode exigir reserva de
faixa non aedificandi destinada a Município com Gestão Plena pode
equipamentos de abastecimento de exigir:
água, serviços de esgotos, energia - outorga onerosa
elétrica, coletas de águas pluviais, - doação de área com recursos para
rede telefônica e gás canalizado. habitação popular
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REQUISITOS URBANÍSTICOS
Lei n.º 6.766/
766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/2000
Áreas institucionais Áreas institucionais
- sistema viário mínimo de 15%
- área para faixas de domínio (+) área para infra-estrutura
- espaço livres de uso público básica e complementar
- equipamentos urbanos e (-) sistema viário
comunitários
* nas ZEIS para Municípios com Gestão
Plena, permite < percentual
* dispensado no caso de parcelamento
de Pequeno Porte
* em condomínio, devem ser externas
ao perímetro ou substituída por doação
para o fundo municipal de habitação
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REQUISITOS AMBIENTAIS
Lei n.º 6.766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/
057/2000
e Lei n.º 4.771/65 APP
APP admite a intervenção ou supressão
- admite supressão de por utilidade pública, interesse
vegetação com autorização do social ou baixo impacto ambiental
Poder Executivo Federal, quando - para ser transposta por sistema
for necessária à execução de viário, usada implantação e
obras, planos, atividades ou manutenção de sistemas de
projetos de utilidade pública ou drenagem ou atividades de utilidade
pública
interesse social
* os parcelamentos em área
consolidada com APP degradada
podem utilizá-la como área de lazer
(5% de impermeabilização e 15%
de ajardinamento)
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REQUISITOS AMBIENTAIS
Lei n.º 6.766/
766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/
057/2000
e Lei n.º 4.771/
771/65 EIA-RIMA
EIA-RIMA obrigatório:
obrigatório: - para empreendimentos
- para projetos urbanísticos maiores que 1 milhão de m²
maiores que 1 milhão de m² - para empreendimentos de
(100 hectares) significativo impacto ambiental,
- em hipóteses definidas na segundo a autoridade
legislação estadual ou municipal licenciadora

Legislação Ambiental Legislação Ambiental


- não há referência - Parcelamentos devem observar
leis e planos de manejo
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RESPONSABILIDADES
Lei n.º 6.766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/2000
Empreendedor Empreendedor
A infra-estrutura básica dos - Demarcação dos lotes, áreas destinadas
a uso público e APPs;
parcelamentos é constituída
- Implantação do sistema viário; infra-
pelos equipamentos urbanos de estrutura básica (exceto sistemas
escoamento das águas pluviais, individuais de disposição de esgoto);
iluminação pública, esgotamento infra-estrutura complementar exigidos por
legislação estadual ou municipal;
sanitário, abastecimento de edificações no parcelamento integrado à
água potável, energia elétrica edificação; recuperação das APPs
pública e domiciliar e vias de definidas na licença urbanística e
circulação ambiental integrada;
- Manutenção da infra-estrutura básica e
complementar e das áreas destinadas a
uso público até a expedição da licença
final ou instituição de condomínio
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RESPONSABILIDADES
Lei n.º 6.766/
766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/
057/2000
Infra-estrutura básica Infra-estrutura básica
Equipamentos urbanos de:
Equipamentos urbanos de:
- abastecimento de água potável
- escoamento das águas pluviais
- disposição adequada de esgoto
- iluminação pública - distribuição de energia elétrica
- esgotamento sanitário - sistema de manejo de águas pluviais
- abastecimento de água potável
- energia elétrica pública e Infra-estrutura complementar
domiciliar - iluminação pública
- vias de circulação - pavimentação
- redes de telefonia, fibra ótica e outras
redes de comunicação e de gás
- outros elementos não contemplados
na infra-estrutura básica
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LICENCIAMENTO – COMPETÊNCIAS
Lei n.º 6.766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/
057/2000
Estado Estado
* Aprovação: *Apenas Licença Ambiental
- localizados em áreas de - nos parcelamentos em Municípios sem
Gestão Plena
interesse especial (proteção aos
- área superior a 1 milhão de m²
mananciais ou ao patrimônio
- localizado em mais de um Município;
cultural, histórico, paisagístico e
arqueológico) - com vegetação secundária em estágio
médio e avançado de regeneração do
- localizado em área limítrofe do bioma Mata Atlântica
Município, ou que pertença a - cujo impacto ambiental direto
mais de um Município ultrapasse os limites territoriais de um
ou mais Municípios
- área superior a 1 milhão de m² - cuja implantação coloque em risco a
* Anuência Prévia sobrevivência de espécie da fauna ou
- da autoridade metropolitana da flora silvestre ameaçada de extinção
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LICENCIAMENTO – COMPETÊNCIAS
Lei n.º 6.766/1979 Subs. 2 - PL n.º 3.057/
057/2000
Município Município
* Fixação de Diretrizes:
* Fixação de Diretrizes e em qualquer situação
Aprovação:
nos casos em que a
* Emissão da Licença
competência não for estadual
urbanística e ambiental
nem da autoridade
integrada
metropolitana
- nos Municípios sem Gestão
Plena: com licença ambiental
estadual
- nos Municípios com Gestão
Plena: em qualquer situação
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LICENCIAMENTO
Licença Urbanística e Ambiental Integrada
ato administrativo vinculado pelo qual a autoridade
licenciadora estabelece as exigências de natureza urbanística
e ambiental para o empreendedor implantar, alterar, ampliar
ou manter parcelamento do solo para fins urbanos e para
proceder à regularização fundiária

Licença Final Integrada


ato administrativo vinculado pelo qual a autoridade
licenciadora declara que o empreendimento foi fisicamente
implantado e executado de forma regular, com atendimento
das exigências urbanísticas e ambientais estabelecidas pela
legislação em vigor ou fixadas na licença urbanística e
ambiental integrada
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MUNICÍPIOS COM GESTÃO PLENA


Devem possuir:
1. Plano Diretor, independentemente do número de habitantes,
aprovado e atualizado nos termos do Estatuto da Cidade
2. órgãos colegiados de controle social nas áreas de política
urbana e ambiental, ou, na inexistência destes, integração com
entes colegiados intermunicipais constituídos com essa mesma
finalidade, assegurados o caráter deliberativo das decisões
tomadas, o princípio democrático de escolha dos representantes e
a participação da sociedade civil na sua composição
3. órgãos executivos específicos nas áreas de política urbana
e ambiental, ou integração com associações ou consórcios
intermunicipais para o planejamento, a gestão e a fiscalização nas
referidas áreas, nos termos da Lei nº 11.107/2005
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MUNICÍPIOS COM GESTÃO PLENA


O que pode:
1. emitir, com autonomia, a Licença Urbanística e Ambiental
Integrada
2. implantar condomínios urbanísticos e loteamentos fechados
3. diminuir a área mínima dos lotes (125 m² ou mesmo 100 m²)
nas áreas de ZEIS
4. diminuir as áreas destinadas a uso público nos parcelamentos a
serem implantados em ZEIS
5. reduzir, no plano de regularização fundiária de interesse
específico, o percentual de áreas destinadas a uso público e
tamanho dos lotes.
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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Novos Parcelamentos Irregulares
INTERVENÇÃO
Assentamentos Informais
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Lei municipal disciplina a regularização fundiária sustentável,


dispondo sobre:
- critérios, exigências e procedimentos para elaboração e execução
dos planos de regularização fundiária
- requisitos e procedimentos para a emissão da licença
urbanística e ambiental integrada;
- mecanismos de controle social a serem adotados;
- as formas de compensação cabíveis.
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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
2 tipos de Regularização:
- INTERESSE SOCIAL
promovida pelo Poder Público em áreas definidas como ZEIS
(excluídos assentamentos cuja aquisição do domínio já esteja
consumada)
* pode haver redução de APP e de percentual de área para uso público

- INTERESSE ESPECÍFICO
nos demais casos, em que se observará as disposições sobre
parcelamento e seus requisitos urbanísticos e ambientais
* pode haver redução de área do lote e percentual de área de uso
público, mas não pode haver redução de APP
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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Demarcação Fundiária
procedimento administrativo pelo qual o Poder Público, no
âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca
o imóvel, definindo seus limites, área, localização e
confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e
qualificar a natureza e o tempo das respectivas posses

Legitimação de Posse
ato do Poder Público destinado a conferir título de
reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação
urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e
natureza da posse. Após 5 anos, o direito real de posse
converte-se em direito de propriedade

Registro da Regularização se dá com abertura de matrícula


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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Procedimento
1. Poder público responsável pela regularização fundiária de
interesse social lavra auto de demarcação e informa o cartório
2. O cartório notifica o proprietário com prazo para impugnação
3. Se não houver impugnação, a demarcação é registrada no
cartório
4. O poder público elabora o plano de regularização fundiária,
licencia, expede o título de legitimação de posse em favor do
morador.
5. Após 5 anos do registro do título de legitimação de posse,
formaliza-se a conversão do título de legitimação em título de
propriedade, por simples requerimento e certidões
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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Gratuidade no Cartório
- Hoje a isenção de taxas e emolumentos é assegurada para:
* proprietário com renda familiar de até 5 salários mínimos
* primeira aquisição pelo SFH
* regularização pelo Poder Público

- Com o projeto, a gratuidade só será aplicada se:


* primeira construção residencial com até 70 m²
* Renda família for até 3 salários mínimos (isenção de 20% se renda
for até 5 salários mínimos)
* Imóvel estar situado em ZEIS
* Construção até 70 m² e área do terreno até 250 m² ou unidade
autônoma até 35 m²
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REMETE AO PLANO DIRETOR E À


LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
- Modalidades admissíveis de Parcelamento
- Articulação do Desenho Urbano
- Disciplina dos Condomínios Uurbanísticos e
Loteamentos Fechados
- Exigências de áreas reservadas ao uso público
- Exigência da Infra-Estrutura Complementar
- Normas sobre o Licenciamento Urbanístico e
Ambiental
- Disciplina da Regularização Fundiária Sustentável
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OUTRAS DISPOSIÇÕES
- Alterações no Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2000)

1. cria 2 novos instrumentos


t) a demarcação urbanística para fins de regularização
fundiária;
u) a legitimação de posse. (NR)

2. Inclui como substituto processual para ações de usucapião


o Município ou ente público a ele vinculado com atuação na
área de desenvolvimento urbano.

3. Inclui a possibilidade de outorga onerosa de alteração de


uso (rural para urbano) nos casos de alteração do perímetro
urbano por meio de lei municipal.
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OUTRAS DISPOSIÇÕES
- Alterações no Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2000)

4. Acrescenta dentre as hipóteses de outorga onerosa do direito


de construir e de alteração de uso, as seguintes medidas:
I – a implantação de equipamentos comunitários;
II – a realização de obras ou serviços de interesse público;
III – a doação de imóvel para implantação de programas
sociais ou ambientais;
IV – o pagamento dos emolumentos relativos aos atos de
registro necessários à regularização fundiária de interesse
social.

5. Dispõe que o acréscimo e a redução de potencial construtivo


derivados da transferência do direito de construir devem ser
registrados na matrícula do imóvel.
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CONTATO
ÉLISSON CESAR PRIETO
Universidade Federal de Uberlândia
(34) 3239-4221
elissonprieto@gmail.com

eam escritório de
apoio aos
UFU municípios

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