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Algumas noções de desenvolvimento urbano da Póvoa

de Varzim (Manuel Amorim na primeira pessoa)

Temos o núcleo urbano mais antigo da Póvoa criado a partir da Igreja


Matriz. O núcleo piscatório estava separado do núcleo urbano, porque os
pescadores formavam uma comunidade de costumes próprios, por exemplo:
não existiam casamentos entre o núcleo piscatório e o núcleo urbano. Ainda
sobre o núcleo urbano há que dizer que as habitações mais antigas são dos
séculos XVII e XVIII, e que a Igreja Matriz foi aberta ao povo em 26 de Janeiro
de 1757.
(…)
Na zona piscatória desenvolveu-se um bairro – conjunto de ruas com
características próprias. De notar as casas com postigos de iluminação e os
mirantes recuados.
A Igreja da Lapa foi aberta ao povo em 15 de Agosto de 1772. Uma data
importante do desenvolvimento local é a da nomeação de corregedor D.
Francisco de Almada e Mendonça para corregedor do distrito do Porto.
Os reflexos da política seguida pelo corregedor foram por exemplo: água
potável à Póvoa, a construção do primeiro Paredão e a construção da Câmara
Municipal da Póvoa.
É neste século XVIII que começa a efectuar-se a ligação urbana entre o
antigo núcleo da Matriz e o núcleo piscatório através da criação de um espaço
urbano – a Praça do Almada que foi local de Feira e Jardim Público.
A existência de um Jardim Público na Póvoa, como noutras cidades, era um
local de convívio e vida colectiva.
Contra os espíritos atrasados da época, ele (entenda-se David Alves)
manda estudar e proceder aos trabalhos de abertura da Avenida Mouzinho de
Albuquerque. Esta artéria é um eixo fundamental da zona balnear. Outro dos
pólos urbanos de desenvolvimento é a zona balnear. Área destinada ao
arrendamento de casas na época de Verão. (…) No início do século XX, a
partir dos anos 30, inicia-se um processo de desenvolvimento turístico que traz
à Póvoa centenas de famílias, motiva a construção de instalações hoteleiras,
zonas desportivas de recreio. Por último, a partir de 1950, o braço trabalhador
começa a fixar à nascente da cidade, zonas como Regufe, Barreiros, Nova
Sintra.
O caminho-de-ferro, a linha do Porto a Famalicão foi um motivo de
progresso. A linha de caminho-de-ferro começou a funcionar em 1873. (…)

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