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Universidade do estado do Rio Grande do Norte.

Faculdade de Filosofia e Ciências sociais – FAFIC


Departamento de Filosofia
Disciplina: Seminário de monografia I
Professor: Adalberto Ximenes
Aluno Elon Torres Almeida.

Projeto de Pesquisa

Compreendendo a Filosofia e a Fé Cristã numa perspectiva agostiniana

Mossoró,
2008
Título: Compreendendo a Filosofia e a Fé Cristã numa perspectiva agostiniana.

Tema: Filosofia e Fé Cristã.

Problematização: Como Sto. Agostinho desenvolveu o pensamento da Fé cristã


com respeito a Deus, e quais argumentos usa para influenciar esse pensamento até
os dias atuais?

Justificativas: Vamos partir de um princípio de que estudar comparativamente a


filosofia com a fé cristã não é nada novo. Segundo o autor que escolhemos Colin
brown em seu livro “Filosofia e Fé Cristã”, a filosofia não começa na Idade Média,
mas a Idade Média é um bom ponto por onde começar um relato da Filosofia e da
Fé cristã. Segundo o próprio autor.

Contra os pagãos, que culpavam a influência


“corruptora e debilitadora” do cristianismo
pela queda de Roma perante as hordas
invasoras do norte, agostinho escreveu a
Cidade de Deus. Foi à primeira tentativa de
fazer uma filosofia cristã da história.

Vivemos realmente os mesmos anseios e expectativas nos dias atuais.


Dos mesmos questionamentos a respeito da existência de Deus, nossa origem, vida
pós morte etc. Por isso nos sentimos bem familiarizados quando encaramos esses
questionamentos em sala de aula ou nos corredores das universidades, nas
discussões acaloradas e até mesmo ideológicas! Não importa o teor da conversa. O
que se diz ateu se revela dogmático pelo ateísmo gnosiológico ou até agnóstico.

Outros por sua vez se dizem praticantes de comunidades cristãs,


mas, depois de começar o curso tendem por uma neutralidade de fé, em
contrapartida com a razão.

Ao estudarmos as raízes do pensamento medieval notamos que a


influência dos teólogos-filósofos contribuiu para uma melhor compreensão destes
questionamentos. Lacunas deixadas na Idade Antiga, o que torna indispensável
recorrermos a pensadores tais como Justino Martin, Thomas de Aquino, Anselmo,
Agostinho, entre outros.

Objetivo Geral – Desmistificar o estudo filosófico como uma cadeira complicada e


estranha à nossa concepção religiosa e demonstrar que ao estudarmos a filosofia
associada à fé cristã poderemos sondar a nossa origem e nortear a nossa trajetória
na perspectiva agostiniana.
Objetivo Específico – Abordar a temática da fé cristã e filosófica no estudo
acadêmico tomando por base Sto. Agostinho.

Hipótese. A Fé Cristã e a Filosofia caminhando juntas em busca das respostas para


uma compreensão conciliatória da existência de Deus, bem como da origem do
homem num mundo físico e metafísico.

CRONOGRAMA.

Data Cronograma do Projeto.


Etapas Junho Julho agosto

Levantamento Bibliográfico 06 -12


Análise e Desenvolvimento 03 – 31
Entrega do Projeto 07-14

REFERÊNCIAS:

01 – Brown, Colin. Filosofia e Fé Cristã – São Paulo: vida Nova. 2007

02 – Xavier, Antônio. Introdução ao Estudo de filosofia. São Paulo: Editora Ática


S/A, 1986.

03 – Durant, Will. Filosofia da Vida. São Paulo. Companhia Editora nacional. 1959

04 – Reale , Giovann. História da Filosofia Volume I e II. São Paulo. Paullus.

05 – o Livre arbítrio/Sto. Agostinho. Paullus. São Paulo. 1995


Fichamento.

Filosofia e Fé Cristã.

Browin Colin – Filosofia e Fé Cristã – tradução de Georgon Chown – São Paulo:


vida Nova. 2007.

1. A filosofia não começou na Idade Média.


2. Um Intelectual como Thomas de Aquino tem mais influência atualmente...
3. Pensadores medievais haviam de determinar o pensamento europeu
4. A Idade Média começou por volta do século X dC
5. Na igreja primitiva havia uma espécie de amor e ódio com a filosofia secular
6. Estavam levados a efeito num nível mais ou menos intelectual
7. O pensador que mais se destacou deste período inicial foi Sto. Agostinho.
8. O pensamento posterior de agostinho foi colorido pelas idéias filosóficas
9. Com o maniqueísmo, agostinho debatia o problema do mal
10. tanto católicos e protestantes tiveram sua origem em agostinho
11. uma raiz do pensamento medieval que se estendia ainda mais longe foi à
filosofia grega
12. no Século III d.C, Plotino desenvolveu o neoplatonismo.
13. O pensamento medieval foi também influenciado por Aristóteles
14. o platonismo infiltrou-se na igreja medieval
15. a obra Do Consolo da Filosofia foi traduzida para o idioma anglo-saxão
pelo rei Alfredo
16. O pensamento da Idade Média posterior caracterizava-se pelo interesse
metafísico em vez de pela física
17. o interesse escolástico pelas questões teológicas que apresentavam um matiz
filosófico
18. o interesse medieval pela metafísica revelar-se foi nos debates intermináveis
acerca da natureza das coisas
19. os pensadores medievais diferiam muito entre si quanto às respostas que
davam.
20. Debates acerca de tais questões foram se alastrando pelos séculos afora.
21. o pensamento medieval era uma curiosa mistura da fé cristã com a filosofia
pagã
22. O pensamento grego deixou sua marca
23. Anselmo pode ser visto como parte da conquista da Inglaterra pelos
normandos.
24. A outra coisa que Anselmo é lembrado é o seu argumento ontológico
25. Colocar o argumento desta maneira é simplificá-lo demais
26. O debate não morreu de modo algum, até mesmo hoje
27. O argumente da forma como conhecido, ainda é possível que deixem ainda
incólume o argumento de Anselmo
28. Anselmo estava se permitindo um pouco de teologia natural
29. teremos motivos para olhar por repetidas vezes esta visão geral da filosofia.
30. Anselmo estava procurando fazer exatamente isto
31. As obras de Anselmo foram relativamente poucas em números e de volume
reduzido
32. Como Anselmo, Aquino era italiano.
33. Suas duas obras principais são duas enormes Sumas ou compêndios de
teologia e filosofia.
34. A Suma Teológica dificilmente tem rival quanto ao tamanho, eficiência e
apresentação sistemática.
35. A originalidade de Aquino, porém, não se acha tanto em qualquer insight.
36. Assim como ocorre com a maioria dos pensadores que examinamos.
37. As provas de Aquino quanto à existência de Deus são conhecidas como as
cinco vias.
38. seu ponto de partida era a convicção de que a existência de Deus não era
evidente aos homens por si mesma.
39. Tais argumentos são atraentes e plausíveis.
40. não temos o direito de atribuir a uma causa quaisquer capacidades a não
ser aquelas que são necessárias para produzir o respectivo efeito.

Resumo

O autor da obra “Filosofia e Fé Cristã”, começa afirmando que embora a


filosofia não comece na Idade Média, recebeu muita influência de vários
pensadores como Thomas de Aquino, um dos pensadores que até na atualidade
consegue influenciar católicos e protestantes. Pensamentos que determinaram
todo o pensamento filosófico posterior. Partindo da Igreja Primitiva donde
segundo o autor havia um misto de amor e ódio para com a filosofia passando
pelo gnosticismo e o maniqueísmo ao qual pertencia Agostinho. Este outro
pensador influenciou também os dois maiores grupos ou tendências religiosas
cristã. Por sua vez, plotino é apresentado neste trabalho como um neoplatonista
de destaque que fora influenciado por Aristóteles. Por sua vez, a filosofia cristã,
segundo o autor, foi fortemente influenciada com o platonismo através dos seus
diversos teólogos. Os escolásticos tinham um interesse muito grande pela
questão filosófica no campo da metafísica e teológica como também sobre a
natureza das coisas e dos pensamentos, onde entre outro pensador chamado
Anselmo, que deixou um profundo estudo sobre questões ontológicas, aparece
mais uma vez nesta obra a citação a Aquino que trata da existência de Deus na
sua Suma Teológica, baseando-se na própria existência de Deus, mesmo que
para isso, tenha que recorrer à fé e ao testemunho cristão. Fica muito evidente
que o autor desta obra tenta unir a Fé Cristã à Filosofia tomando por base a
causa primeira que tanto trabalhou Thomas de Aquino na Suma Teológica e
principalmente Agostinho, que apela para a Soberania de Deus em suas obras,
mais de perto na Cidade de Deus, um clássico da literatura Filosófica-cristã.

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