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AGROECOLOGIA MILITANTE
Contribuições de Enio Guterres
1ª edição
EDITORA
EXPRESSÃO POPULAR
2006
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 7
TRIBUTO AO COMPANHEIRO ENIO GUTERRES ............................................. 9
PERDEMOS UM COMPANHEIRO, GANHAMOS UM DESAFIO ................... 13
1. OS CAMINHOS DA TRANSIÇÃO – a longa passagem da agricultura química
para a agricultura camponesa ecológica ................................................................... 17
2. SECA NO RIO GRANDE DO SUL – quem são os responsáveis? ........................ 29
3. MONOCULTURA DA SOJA – riqueza para alguns, crise e miséria para a maioria ... 37
4. QUEM VAI COMER A SOJA ENVENENADA? ................................................ 45
5. BIODIESEL – oportunidade para a agricultura camponesa ................................... 47
6. TECNOLOGIAS APROPRIADAS ....................................................................... 49
7. SOBERANIA ALIMENTAR, BIODIVERSIDADE E
DIVERSIDADE CULTURAL ............................................................................... 53
8. AGRICULTURA CAMPONESA X AGRICULTURA IMPERIALISTA ............. 73
9. BASES TEÓRICAS E EPISTEMOLÓGICAS DA AGROECOLOGIA
A PARTIR DA SOCIOLOGIA RURAL ................................................................ 91
10. NIM (Azadirachta indica) ..................................................................................... 97
11. ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PARA O PLANTIO
CAMPONÊS .......................................................................................................... 99
12. A MOTIVAÇÃO DOS CAMPONESES PARA O DESENVOLVIMENTO
RURAL SUSTENTÁVEL (a partir do conhecimento local) ................................ 131
13. PLANEJAMENTO – Quem não sabe onde quer chegar não chega lá nunca .... 135
14. A FORMAÇÃO DO MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados)
no Rio Grande do Sul e o primeiro assentamento rururbano ............................... 145
Ivani Guterres
Agosto de 2005
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Começar pequeno
O que nasce grande é o monstro. O que é normal nasce pequeno.
Alguns se entusiasmam com a agroecologia e querem começar
tudo de uma vez e quebram a cara. Muitos técnicos, partidários da
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Div ersificar a pr
iversificar odução – escapar da monocultura
produção
A monocultura é um dos principais desastres da agricultura
química e um dos principais meios de concentrar renda e inviabilizar
os pequenos agricultores, bem como esgotar o solo e desequilibrar
o meio ambiente.
Construir um novo modelo começa pela diversificação da
produção, pelo que se chama de policultivo – muitos tipos de produ-
ção – e pela combinação da criação de animais com agricultura, como
forma de aproveitar os resíduos animais como adubação orgânica.
Disponibilidade de água
Coletar água da chuva, fazer pequenos açudes, cuidar das fon-
tes e nascentes de água, criar peixes, ter sempre água boa, em abun-
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Matas e pomar es
pomares
As árvores e as matas são fundamentais para o equilíbrio ecoló-
gico e controle de pragas, pois abrigam boa parte dos inimigos na-
turais. São importantes também para manter a umidade e regular o
clima e as chuvas. Uma parte pode ser destinada ao consumo do-
méstico, como lenha e madeira e outras necessidades, garantindo
sempre sua reposição.
O pomar tem também uma dupla importância: garante uma
grande biodiversidade (animal e vegetal) ao mesmo tempo em que
contribui para uma alimentação equilibrada, saudável e variada.
E o plantio de árvores pode ser também uma boa fonte de ren-
da. Pode ser utilizado em sistemas de agroflorestas, combinando
produção de frutas ou de madeira com produção agrícola e animal
(leite, carne, mel etc.). A falta de madeira no mundo tende a ser cada
vez maior e quem hoje plantar árvores está, além de equilibrando a
natureza, fazendo uma poupança para o futuro.
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O efeito estufa
Em uma estufa de vidro ou de plástico, como essas usadas pelos
agricultores para cultivar hortaliças e flores nas regiões frias, com risco
de geada, a atmosfera interior é mais úmida. Os raios luminosos
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Março de 2005
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“ALERTA – Soja: tragédia e engodo”. Apresentado no Terceiro Simpósio Interna-
cional da Soja por Sally Fallon, autora do livro Nourishing Traditions: The Cookbook
that Challenges Politically Correct Nutrition and the Diet Dictorcrats (1999, 2ª edi-
ção, New Trends Publishing)/”Tradições da Nutrição: livro de receitas que desafia
politicamente a nutrição correta e os ditadores de dietas”), e presidente da Weston
A. Price Foundation, Washington, DC (www.WestonAPrince.org)
Mary G. Enig, PhD, é a autora de Know Your Fats: The Complete Primer for
Understanding the Nutrition of Fats, Oils and Cholesterol Association, e vice
presidente da Weston Price Foundatin, Washington, DC.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, com co-tradução de Eduardo Rache
da Motta. Maio de 2004.
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Mais detalhes podem ser encontrados em www.gazzoni.pop.com.br
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Marca
arca Modelo Potência Preço R$ Obs.
G. Horse GH 18 18 CV 11.000,00 3 rodas
Tramontini DF 18 18 CV 16.600,00
Yanmar TC 14 14 CV 19.000,00
G. Horse 204 20 CV 27.000,00 Tracionado e com
dir. hidráulica
Yanmar 1145-4 39 CV 58.860,00
Agrale AG 4230 26 CV 43.000,00
G. Horse 454 45 CV 45.000,00 Tracionado e com
dir. hidráulica
Massey 250 ADV 51 CV 77.300,00
Yanmar 1155-4 55 CV 65.050,00
Fonte: tabela fornecida pela montadora Metade Sul Ltda.
Maio de 2005
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A biodiversidade funcional
Que é biodiversidade? – A biodiversidade é o conjunto de di-
versos organismos vivos que habitam a terra. Esse termo nos indica
o caráter diverso da vida, formada por bactérias, fungos e liquens,
protozoários e algas, bichos de diferentes tipos, insetos, moluscos,
crustáceos, peixes, plantas superiores, répteis e anfíbios, aves, ma-
míferos e outras espécies. O próprio homem forma parte da
biodiversidade terrestre, assim como a cultura dos diferentes gru-
pos humanos. O conceito de biodiversidade abarca também as di-
ferentes comunidades de organismos, ou seja, os ecossistemas, onde
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Regulação biótica
A regulação biótica é outra das funções ecossistêmicas de gran-
de importância que se efetua na natureza e onde a biodiversidade é
a chave dessa função. Esta consiste na regulação do crescimento de
populações de organismos por outros organismos e tem grande
importância no controle de todo tipo de explosão populacional de
qualquer organismo que se converter em praga, sejam esses
microorganismos insetos, mamíferos ou plantas, como as mal cha-
madas “daninhas”.
Em todos os grandes grupos de organismos, desde nosso ponto
de vista, existem espécies potencialmente pragas que são os organis-
mos fitófagos e parasitas no geral de uma alta taxa de reprodução e
propagação. Há predadores que são animais que se alimentam de
outros animais e que chamamos reguladores biológicos ou organis-
mos benéficos, e outros que por seus hábitos de alimentação
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Proteção do solo
A natureza tende por meio da biodiversidade de plantas cobrir
sempre o solo se existem condições mínimas para seu desenvolvimen-
to. Esta é uma reação natural própria da utilização de recursos, com o
fim de reprodução e competição pela sobrevivência, e que conduz à
produção de biomassa. As plantas não só ocupam o solo também que
o desenvolvem através do trabalho de suas raízes, exaltando a vida de
diferentes organismos que encontram nelas aporte de matéria orgâ-
nica. Um solo capaz de suportar uma produção vegetal abundante é
uma mescla de substâncias inorgânicas procedentes do substrato ori-
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A modo de resumo
Desde o ponto de vista prático, existe um grupo de elementos
vitais para que se produzam os efeitos ecossistêmicos benéficos que
ajudariam a preservação da natureza e a deter os efeitos negativos
que sobre ela está desenvolvendo a agricultura intensa. Essa agricul-
tura com a alta destruição da biodiversidade, o solo e o uso de subs-
tâncias tóxicas e contaminantes, que não só afetam a vida natural e
a destruição dos recursos do qual depende a humanidade para sua
alimentação e outras necessidades, mas também ameaça a própria
saúde e existência da humanidade.
No quadro abaixo, enumeramos os elementos essenciais no
restabelecimento da biodiversidade funcional e as funções princi-
pais que podem desempenhar.
A recuperação da biodiversidade funcional está ligada à recons-
trução da paisagem daquelas zonas deterioradas. As bases para a re-
cuperação da biodiversidade funcional e a paisagem são as seguintes:
• Reflorestar as partes altas das colinas e as ladeiras fortes com espé-
cies autóctones ou mistura de espécies autóctones e introduzida sem-
pre que estas últimas não tenham efeitos negativos sobre o sistema.
• Reflorestar todos os cursos dos rios, permitindo que, além de
árvores, se estabeleçam outras plantas autóctones e pastagens que
cubram o solo.
• Proteger as zonas de escorrimentos com árvores, capoeiras e
vegetação espontânea.
• Estabelecer barreiras vivas em zonas de ladeiras dedicadas à
agricultura, forma de deter a erosão ou produzir barreiras naturais.
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Recursagem, segundo Mazzetto, Carlos E. Silva (1999), in “Cerrados e cam-
poneses no Norte de Minas: um estudo sobre a sustentabilidade dos
ecossistemas e das populações sertanejas”. Belo Horizonte, IGC/UFMG. 250
páginas (dissertação de mestrado), é a atividade de extrair recursos naturais da
natureza pelos lavradores locais. Ela significa mais do que uma coleta aleató-
ria. Representa uma extração ordenada, pressupõe um recurso ofertado pela
natureza, mas adquirido pela intervenção humana. É um potencial da nature-
za recursado pelo conhecimento sistematizado e conjunto de técnicas da fa-
mília, que está embasado numa classificação e discriminação do meio, passa-
da de geração a geração.
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Via Campesina do Brasil (2004). “Estratégias para o desenvolvimento do
campesinato no Brasil” (textos para debate). Brasília, mimeo, 37 páginas.
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agroecologia militante!!!!!!!!!!!!!!!!.pmd
Quem controla as sementes?
controla São patenteadas – os donos são as multinacionais São dos agricultores que produzem há dezenas
como a Monsanto, que vão cobrar altos preços e centenas de anos, melhorando e conservando-as.
pela tecnologia gerada por eles – monopólio.
Como contr olar os inços,
controlar Usando pouco veneno no início mas depois Equilibrando, nutrindo o solo, e o meio ambiente,
IMPERIALISTA
pragas e doenças? surge novos inços, novas pragas e novas doenças, com rotação de cultura, diversidade de plantas,
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mais resistentes que exigirão maior quantidade uso de caldas, controle biológico e preservando
e novos venenos. os inimigos naturais.
Qual o tipo de cultivo pr
cultivo edominante?
predominante? Monocultura – no verão, só soja, ou só milho; Policultura – produção diversificada no inverno e
no inverno, só trigo. no verão, consórcio de plantas, cultivo de árvores,
e produção de animais.
Qual a forma e tipo de adubação usado? Aduba-se as plantas e não o solo – altas doses de Aduba-se o solo e não a planta – adubos orgânicos,
fertilizantes químicos – NPK + adubação foliar plantas de adubação verde de inverno e de verão,
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biofertilizantes, caldas etc.
Quem controla esse modelo?
controla Multinacionais da biotecnologia e da agroquímica. Os pequenos e médios agricultores com suas
Antes da produção, Monsanto, Syngenta, cooperativas e associações, grupos de base, e
Dow, Dupont; e, depois da produção, movimentos sociais, organizados para produzir,
Bung, Cargil, Adm. etc. industrializar e comercializar.
E a produtividade é maior?
produtividade Sua justificativa é “alta eficiência e produtividade”. As pequenas propriedades que adotam a diversidade
No entanto, se compararmos quantidade obtida biológica têm um rendimento muito maior em
e emprego total; tem escassos níveis de termos de utilização eficiente de recursos e de maior
produtividade. produção por hectare.
Qual é o custo de pr odução
produção Custos elevados, pois depende de uma grande Baixo custo de produção, pois não depende de
desse modelo? quantidade de insumos externos importados. insumos externos, pode se produzir tudo.
O que ocorr
ocorree nesse modelo com Já ocorreu contaminação, mistura das sementes Um meio ambiente equilibrado diminui a incidência
o meio ambiente? transgênicas nas variedades crioulas de milho no de pragas e doenças. Com o tempo, os inços deixam
México; Contaminação das lavouras vizinhas. de competir com as plantas. Reaparece e cresce a
13/6/2007, 09:36
Já existem mais de 2 mil processos da Monsanto população de inimigos naturais das pragas e doenças,
contra agricultores nos EUA, que usaram eliminando a necessidade de aplicar venenos.
sementes transgênicas, muitas vezes sem saber.
O aparecimento de novas pragas, doenças e
8. AGRICULTURA CAMPONESA X AGRICULTURA
novos inços.
Quais os conceitos rrelacionados
elacionados com os transgênicos? E como está a no
novva
fase da agricultura moderna?
• Rastr eabilidade – É uma maneira de acompanhar a produção desde a lavoura até o su-
Rastreabilidade
permercado, incluindo o possível uso do produto como ração para animais. Então pode-
se saber se qualquer alimento teve ingrediente transgênico em alguma fase de sua produ-
ção ou industrialização.
• Cer tificação – São normas de produção, tipificação, processamento, embalagem, dis-
Certificação
tribuição e identificação da qualidade de produtos orgânicos de origem animal e vege-
tal, conforme normas nacionais (Instrução Normativa n o 7, de 17/5/99), e normas
internacionais.
•R otulagem – Refere-se à obrigatoriedade do aviso nos rótulos da presença de transgênicos
Rotulagem
nos alimentos, como forma de exigir o cumprimento do Código de Defesa do Consumi-
dor, Lei no 8.078, de 11/9/90. Com o Decreto no 4680/03, de 28/4/03, a rotulagem ago-
ra é obrigatória no Brasil para qualquer alimento que contenha qualquer ingrediente
transgênico em mais de 1%.
• Taxa tecnológica – É uma taxa cobrada pelas empresas, no caso a Monsanto, pela
tecnologia que ela desenvolveu na produção dos transgênicos. É também chamada royalties
e será cobrada obrigatoriamente de todos os que usarem sementes transgênicas, mesmo
que guarde as sementes em casa. Isso é permitido pela Lei de patentes.
• Lei de patentes – Lei no 9.279/96, que regula a propriedade industrial no Brasil, sendo
regulamentada em 1997, quando entrou em vigor no dia 15 de maio. Garante o direito à
propriedade intelectual, expressa a força de quem detém tecnologia: o monopólio de uso
de uma patente de invenção por um período de 20 anos.
• Lei de pr oteção de cultiv
proteção ar
cultivar es – No 9.456/97, foi promulgada em 25 de abril de 1997
ares
e regulamentada pelo Decreto no 2.366/97. Os produtos que agora compõem a dieta
alimentar da população mundial foram em algum momento anterior ao início da agri-
cultura, há cerca de 12 mil anos, plantas silvestres. Com o início da agricultura, as plantas
que hoje são cultivadas passaram por alterações genéticas e fenotípicas na própria natu-
reza. Durante todo o tempo de desenvolvimento da agricultura, as sementes sempre fo-
ram um recurso de livre acesso para os agricultores, que produziam suas sementes e tro-
cavam entre si. Essa lei foi criada para garantir o direito de propriedade dos cultivares
por parte dos melhoristas ou empresas, com a perda por parte dos produtores do livre
acesso a esses recursos.
•M edida P
Medida Prrovisória 113 – Lei que autorizou a comercialização da safra de soja 2002/
2003, clandestina e contaminada com transgênico do RS, e manteve a proibição do plan-
tio da safra de soja 2003/2004.
• E ngenharia genética - Técnicas que permitem isolar, cortar e colar partes do código
Engenharia
genético de diferentes espécies e introduzi-las no genoma de outro organismo. É através
da engenharia genética que se produz o transgênico.
• B iossegurança – Significa o uso sadio e sustentável dos produtos tecnológicos em ter-
Biossegurança
mos dos seus impactos à saúde humana, à biodiversidade e ao meio ambiente. Antes de
colocar um alimento transgênico na mesa do povo, deve-se analisar sua segurança para a
vida – sua biossegurança.
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a. Insustentabilidade socioambiental
• Quais serão as conseqüências da erosão genética?
• E os impactos pela expansão da soja?
• Até quando vai se usar agrotóxicos e herbicidas em larga escala?
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Concentração de terra
No Brasil estão os maiores latifúndios que a história da huma-
nidade já registrou. A soma das 27 maiores propriedades existentes
no país atinge uma superfície igual àquela ocupada pelo Estado de
São Paulo, e a soma das 300 maiores atinge uma área igual à de São
Paulo e do Paraná.
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Os latifúndios improdutivos
Segundo o cadastro do Incra, de agosto de 2003, apenas 30%
das áreas das grandes propriedades foram classificadas como produ-
tivas, enquanto que 70% foram classificadas como não produtivas.
Portanto, o próprio cadastro do Incra, que é declarado pelos pró-
prios proprietários, indicava a presença da maioria das terras das
grandes propriedades sem uso produtivo.
Mais de 120 milhões de ha improdutivos.
As pequenas unidades são as que mais empregos geram no campo.
A tecnologia também chegou às pequenas unidades.
Outro mito que os defensores do agronegócio apresentam para
justificar o baixo número de empregos na grande propriedade é a sua
integral mecanização. Assim, a grande propriedade seria a grande
consumidora de tratores e outras máquinas e implementos agrícolas.
O Censo Agropecuário indicava que, no total, 63,5% dos tra-
tores estavam nas pequenas unidades de produção e apenas 8,2%
nas grandes unidades. Até entre aqueles de alta potência (mais de
100 CV), as pequenas unidades possuíam mais tratores.
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a. A desqualificação planejada
Desde sempre a economia camponesa no Brasil tem sido
desprestigiada politicamente e desqualificada ideologicamente, a não
ser nos discursos populistas, nas práticas de políticas públicas com-
pensatórias, ou nas ladainhas filantrópicas que vêem no camponês
os resquícios de tempos românticos ou bucólicos de convívio com
uma natureza sublimada.
É necessária a transição democrática socialmente inclusiva e
ecologicamente sustentável para que haja um processo de transi-
ção da situação atual de dependência e de subalternidade do
campesinato aos valores econômicos e sociais dominantes para uma
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d. Agroecologia e campesinato
Eduardo Sevilla Guzmán “se atreveria” a definir o campesinato
como uma forma de manejar os recursos naturais que permite a
reprodução do homem e a natureza (que são um todo), conservan-
do a biodiversidade ecológica e sociocultural.
A agroecologia é uma forma de entender e atuar para campenisar a
agricultura, a pecuária, o florestamento e o agroextrativismo, a partir
de uma consciência intergeneracional (não exploração de crianças e
velhos), de classe (não exploração do capital ao trabalho), de espécie (não
exploração dos recursos naturais), de gênero (não exploração do homem
à mulher), de identidade (não exploração entre etnicidades).
Isso tudo pode parece uma utopia.
Utopia é algo que nós damos um passo para próximo dela, ela
dá um passo se afastando de nós... Se damos dois passos para próxi-
mo dela ela dá dois passos se afastando de nós..., no entanto isso faz
com que nós caminhemos.
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Conceito de sistema
Sistema é um arranjo de componentes físicos, um conjunto ou
coleção de coisas, unidas ou relacionadas de tal maneira que formam
e atuam como uma unidade ou um todo (Becht, 1974).
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• Limites
• Componentes
• Relação entre componentes
• Entradas e saídas
• Processos em um ecossistema
• Processos em um agroecossistema
• As relações entre componentes pode ser de distintos tipos
Existe na rrealidade
ealidade um agr oecossistema?
agroecossistema?
Todo agroecossistema é uma construção social, produto da
coevolução dos seres humanos com a natureza. Por quê? Diferenças
entre ecossistema e agroecossistema.
Todo ecossistema é um conjunto em que os organismos, os flu-
xos energéticos, os fluxos biogeoquímicos vivem em equilíbrio es-
tável, é dizer, são entidades capazes de automanter-se, auto-regular-
se e auto-reparar-se independentemente dos homens e das sociedades
baseado em princípios naturais.
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O enfoque holístico
Considera a propriedade/lote agrícola como a unidade de análise.
Esse lote está integrado por diferentes subsistemas.
O lote se integra a sistemas maiores com os quais troca materiais
e informações.
O lote está afetado por diferentes elementos externos.
Os agroecossistemas estão integrados por três elementos prin-
cipais, que por sua vez são determinantes dos agroecossistemas, es-
tabelecendo o tipo de agricultura.
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Antecedentes históricos
O documento traz uma síntese histórica da assistência técnica e
extensão rural no Brasil desde a década de 1940, passando pelas di-
versas épocas com suas diferentes formas institucionais de atuação.
Teve seu início ainda na década de 1940, “no contexto da política
desenvolvimentista do pós-guerra”, que tinha como objetivo principal
a modernização da agricultura, “inserindo-se nas estratégias voltadas à
política de industrialização do país. A Ater foi implantada como um
serviço privado ou paraestatal”. Posteriormente, com apoio do gover-
no do presidente Juscelino Kubitschek, foi criada, em 1956, a Associa-
ção Brasileira de Crédito e Assistência Rural – Abcar, constituindo-se,
então, um sistema nacional articulado com associações de crédito e
assistência rural nos Estados. Em meados da década de 1970, o gover-
no do presidente Ernesto Geisel “estatizou” o serviço, implantando o
Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural – Sibrater,
coordenado pela Embrater e executado pelas empresas estaduais de Ater
nos Estados, as Ematers. Como parte da política nacional de Ater, du-
rante mais de uma década, a participação do governo federal chegou a
representar, em média, 40% do total dos recursos orçamentários das
Ematers, alcançando até 80%, em alguns Estados.
“Em 1990, o governo do presidente Collor de Mello extinguiu a
Embrater, desativando o Sibrater e abandonando claramente os es-
forços antes realizados para garantir a existência de serviços de Ater
no país.” Sobrou para os Estados as Emater’s, em que a política do-
minante de cada região adotava o que mais lhes convinha. A partici-
pação financeira do governo federal caiu abruptamente, passando a
ser irrisória em relação ao orçamento das empresas de Ater do setor
público ainda existentes, que gira em torno de R$ 1 bilhão por ano.
“A conseqüência desse processo de afastamento do Estado e di-
minuição da oferta de serviços públicos de Ater ao meio rural e à
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Objetivos específicos
Dentre os objetivos específicos, identificamos vários que nos
identificam com a proposta de uma visão de Ater, tais como a pro-
dução de alimentos básicos, primeiro para o auto-sustento das fa-
mílias, depois para o mercado, preservação dos agroecossistemas,
novas formas associativas, valorização do conhecimento local, mé-
todos participativos e educativos etc..
• Estimular a produção de alimentos sadios e de melhor quali-
dade biológica, a partir do apoio e assessoramento aos agricultores
familiares e suas organizações para a construção e adaptação de
tecnologias de produção a serem adotadas, e para a otimização do
uso e manejo dos recursos naturais.
• Desenvolver ações que levem à conservação e recuperação dos
ecossistemas e ao manejo sustentável dos agroecossistemas, visando
assegurar que os processos produtivos agrícolas e não agrícolas evi-
tem danos ao meio ambiente e riscos à saúde humana e animal.
• Incentivar a construção e consolidação de formas associativas
geradoras de laços de solidariedade e que fortaleçam a capacidade
de intervenção dos atores sociais como protagonistas dos processos
de desenvolvimento rural sustentável.
• Fortalecer as atuais articulações de serviços de Ater e apoiar a
organização de novas redes e arranjos institucionais necessários para
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Recursos financeiros
Na esfera federal, o MDA deverá incluir no Plano Plurianual-
PPA e no Orçamento Geral da União-OGU o volume de recursos
necessários para viabilizar as ações de Ater requeridas pela Agricul-
tura Familiar, indispensáveis à implementação e continuidade da
oferta de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural.
Caberá ao Dater/SAF/MDA identificar, captar e alocar recursos
de outras fontes, buscando viabilizar convênios com outros ministé-
rios e outras entidades governamentais e não governamentais. Do
mesmo modo, caberá ao Dater/SAF/MDA promover ações capazes
de viabilizar a alocação de recursos de parceiros internacionais.
Outra parte dos recursos deverá ser canalizada para um Fundo
Nacional de Apoio aos Serviços de Ater, a ser constituído e admi-
nistrado pelo Dater/SAF/MDA. Aos recursos desse fundo teriam
acesso, mediante seleção e avaliação de projetos, entidades de Ater
credenciadas e que atendam às exigências da Política Nacional de
Ater, correspondentes às condições mínimas de infra-estrutura,
equipes multidisciplinares, capacitação técnica, condições de
abrangência e garantia de continuidade dos serviços aos grupos/
comunidades participantes de diferentes projetos de desenvolvimen-
to rural sustentável, respeitando as diferenças regionais.
O programa nacional de Ater deverá estabelecer critérios de par-
ticipação financeira da União, de modo a favorecer os municípios e
Estados com maiores dificuldades financeiras, visando assegurar a
universalização da oferta dos serviços. De igual forma, devem ser
observadas as peculiaridades geográficas e produtivas de cada região.
A participação da União se dará de forma tal que fique assegurada uma
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Alocação de recursos
Quanto a alocação de recursos financeiros, requisito básico para
credenciamento de entidades prestadoras de serviços, gestão e co-
ordenação do Sistema Nacional de Ater, o documento prevê:
“disponibilização para os Conselhos Estaduais ou Câmaras Téc-
nicas Estaduais de Ater para o financiamento de instituições ou
organizações de Ater credenciadas, que tenham trabalho perma-
nente e continuado no âmbito dos Estados e/ou municípios, con-
forme estabelecido neste documento, com parecer dos Conselhos
Estaduais, buscar seu credenciamento junto aos Conselhos ou
Câmaras Estaduais de Ater designados pelo MDA, mediante pro-
cedimento definido pelo Dater”.
Da mesma forma, nos Conselhos Estaduais ou Municipais na
gestão a alocação dos recursos corre o mesmo risco dos vícios histó-
ricos desses fóruns dirigidos por interesses locais e regionais onde o
poder econômico das elites políticas controlam a Ater de acordo com
suas vontades.
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ENIO GUTERRES
EDSON CADORE
VILMAR QUADRADO
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c. Modelos e receitas:
• Convencido da necessidade de planejar e avaliar, buscam-se
métodos de planejamento. Existem muitas receitas em moda. Co-
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O que é um planejamento?
São sinônimos de planejamento: plano, programa ou projeto.
Planejamento é um processo com quatro fases básicas:
• Conhecer a realidade.
• Tomar uma decisão, decidir.
• Agir.
• Criticar.
Planejar é conhecer para tomar uma decisão: diagnóstico, prog-
nóstico, estudos, pesquisas – gera um produto –, plano operacional,
execução, acompanhamento, controle, avaliação – monitoramento.
Planejamento e avaliação são como duas faces da mesma moeda.
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Objetiv os do planejamento:
bjetivos
• aumentar a previsibilidade
• reduzir o acaso, as incertezas
• Como? Planejando as ações.
O centro no processo do planejamento é a decisão.
Planejamento tem que fazer parte do cotidiano, da vida de to-
dos. De uma forma ou de outra todos fazemos planejamento.
A participação é fundamental. Só executa um planejamento
quem planeja. E só toma decisão quem tem alternativas.
Decisão (estratégia) – reduzir o universo que vamos ver no futuro.
Objeto do estudo – é decomposto em campo temático, para che-
gar aos indicadores. Sinônimos de campo temático – estrutura do con-
junto de ações, linhas estratégicas, elos condutores e eixos estruturantes.
Isso define o rumo. Mas é preciso ter quem coordene e dê o comando.
A espontaneidade leva à fragilidade.
Cenário atual – é a situação atual, um diagnóstico; e cenário
desejado – é a situação que se deseja dentro de um determinado prazo
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a. A validação progressiva
Como validação progressiva se compreende o processo de
legitimação continuada e progressiva das macrodecisões (assumidas
no nível dos coletivos sociais) e em interação constante com as
*
Conforme Horacio Martins de Carvalho (2004).
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A formação do MTD
Em entrevistas com lideranças, que foram os principais pilares
para a formação do MTD, ficou clara a origem desse importante e
contemporâneo movimento social. Foram três, as organizações que
deram origem ao movimento: a Federação dos Metalúrgicos do Rio
Grande do Sul (com seus sindicatos filiados), a Pastoral Operária e
o Movimento da Luta por Moradia.
“A história do Movimento dos Trabalhadores Desempregados é
um conjunto de discussões e lutas, é a realidade das duas últimas
décadas perdidas na economia, com conseqüências sociais desastro-
sas na camada mais empobrecida dos trabalhadores e, por fim, é a
história de um desafio, um desafio complexo diante da atual situa-
ção de recuo nas lutas massivas por parte do conjunto da esquerda
brasileira.” (Texto da coordenação estadual do MTD, 2001).
No início da década de 1990, com a crise econômica e a moderni-
zação do setor industrial, no país e no Estado, deflagrou-se um proces-
so de demissões e rotações de trabalhadores nas indústrias metalúrgicas,
aumentando em muito o número de trabalhadores desempregados.
Notícias divulgadas nos jornais, como Correio do Povo, de 14 de no-
vembro de 1995, demonstravam essa situação: “A produção industrial
brasileira apresentou queda de 6,7% em setembro, segundo divulgou
ontem o IBGE. O Rio Grande do Sul obteve o pior resultado entre as
principais capitais, no período, com queda de 25,9%, influenciada em
especial pelo setor de equipamentos e máquinas agrícolas. De janeiro a
setembro, a produção industrial no Estado caiu...”.
Com isso o movimento sindical entra em crise, com o fim das
greves por melhores condições de trabalho, o descenso das mobili-
zações, lutas pequenas, o medo de perder o emprego, a diminuição
da ação dos sindicatos e dos sindicalistas.
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Da forma de organização
Após um amplo processo de discussão, a organização interna de-
liberou que cada assentado iria ter uma parcela individual por famí-
lia, dividida em fração ideal de mil metros quadrados (20 m x 50 m)
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Considerações finais
Essa experiência está só começando. Teremos que fazer ainda
muitas reflexões, no sentido de ajudar a aperfeiçoá-la, no decorrer
de sua construção. Terá esse projeto, que ora inicia, ainda muitos
questionamentos com respostas a serem buscadas. Citando algumas
frases das pessoas que se manifestaram pela idealização de uma nova
vida, logo no início do processo, quando numa oficina de planeja-
mento foram colocadas as questões: “O que queremos fazer? E onde
queremos chegar?”, vieram algumas respostas: “Quero fazer o meu
sonho acontecer”; “Clarear os caminhos, separar o joio do trigo,
eliminar dúvidas e adquirir um norte”; “Trocar idéias, aprender a
trabalhar coletivamente para ter um futuro melhor”. São vontades
e sonhos que ainda devem se concretizar.
Outras reflexões consideráveis são as relacionadas com a
interação do assentamento com o mercado, de como a buscar a
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1. REALIDADE BRASILEIRA
História das idéias socialistas no Brasil – Leandro Konder .................... R$ 15,00
Belo Monte – uma história da guerra de Canudos – José Rivair Macedo
e Mário Maestri ................................................ R$ 10,00
Mato, palhoça e pilão – o quilombo, da escravidão às comunidades
remanescentes (1532-2004) – Adelmir Fiabani ........................... R$ 18,00
É preciso coragem para mudar o Brasil – Entrevistas do Brasil de Fato – José Arbex Jr.
e Nilton Viana (orgs.) ............................................. R$ 13,00
A linguagem escravizada – língua, história, poder e luta de classes
Florence Carboni e Mário Maestri .................................... R$ 10,00
Tiradentes, um presídio da ditadura – memórias de presos políticos
Alípio Freire, Izaías Almada, J. A. de Granville Ponce (orgs.) .................. R$ 10,00
Morte e vida Zeferino – Henfil e humor na revista Fradim – Rozeny Seixas ........ R$ 8,00
Dossiê Tim Lopes – Fantástico Ibope – Mário Augusto Jakobskind .............. R$ 10,00
2. CLÁSSICOS
Clássicos sobre a revolução brasileira – Caio Prado Júnior e Florestan Fernandes .... R$ 10,00
Reforma ou revolução? – Rosa Luxemburgo ............................ R$ 8,00
Sobre a prática e sobre a contradição – Mao Tse-tung ...................... R$ 7,00
Fundamentos da escola do trabalho – M. M. Pistrak ....................... R$ 10,00
O papel do indivíduo na História – G. V. Plekhanov ....................... R$ 10,00
A nova mulher e a moral sexual – Alexandra Kolontai ..................... R$ 10,00
Lenin – coração e mente – Tarso F. Genro e Adelmo Genro Filho ............... R$ 10,00
A hora obscura – testemunhos da repressão política – Julius Fucik, Henri Alleg
e Victor Serge ................................................. R$ 13,00
Estratégia e tática – Marta Harnecker ................................. R$ 10,00.
Marx e o socialismo – César Benjamin (org.) ............................. R$ 10,00
Florestan Fernandes – sociologia crítica e militante – Octavio Ianni (org.) ......... R$ 18,00
Che Guevara – política – Eder Sader (org.) .............................. R$ 13,00
Gramsci – poder, política e partido – Emir Sader (org.) ...................... R$ 10,00
Trabalho assalariado e capital & Salário, preço e lucro – Karl Marx .............. R$ 10,00
Teoria da organização política I – escritos de Engels, Marx, Lenin,
Rosa e Mao – Ademar Bogo (org.) ................................... R$ 15,00
5. IMPERIALISMO
Imperialismo & resistência – Tariq Ali e David Barsamian .................... R$ 12,00
6. AMÉRICA LATINA
Políticas agrárias na Bolívia (1952-1979) – reforma ou revolução?
Canrobert Costa Neto ............................................ R$ 10,00
Rebelde – testemunho de um combatente – Fernado Vecino Alegret ........... R$ 6,00
Rumo à Sierra Maestra – os diários inéditos da guerrilha cubana
Che Guevara e Raúl Castro ........................................ R$ 10,00
EZLN - Passos de uma rebeldia ...................................... R$ 10,00
7. LITERATURA
A mãe – Máximo Gorki .......................................... R$ 15,00
Contos – Jack London ........................................... R$ 10,00
Assim foi temperado o aço – Nikolai Ostrovski ........................... R$ 18,00
Os mortos permanecem jovens – Anna Seghers .......................... R$ 20,00
8. ESTUDOS AGRÁRIOS
A história da luta pela terra e o MST – Mitsue Morissawa ................... R$ 20,00
Pedagogia do Movimento Sem Terra – Roseli Salete Caldart .................. R$ 15,00
MST ESCOLA – Documentos e estudos 1990-2001 – Setor de Educação do MST ... R$ 15,00
A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL – João Pedro Stedile (org.)
- Volume I – O debate tradicional: 1500-1960 ........................... R$ 13,00
- Volume II – O debate na esquerda: 1960-1980 .......................... R$ 13,00
- Volume III – Programas de reforma agrária: 1946-2003 .................... R$ 13,00
TEXTOS TEMÁTICOS
O Consenso de Washington – a visão neoliberal dos problemas latino-americanos
Paulo Nogueira Batista ........................................... R$ 3,00
Valores de uma prática militante – Leonardo Boff, Frei Betto, Ademar Bogo ....... R$ 3,00
História, crise e dependência do Brasil – Plinio Arruda Sampaio e João Pedro Stedile . R$ 3,00
A ofensiva do império e os dilemas da humanidade – Noam Chomski,
Arundhati Roy e Samir Amin ....................................... R$ 3,00
O neoliberalismo ou o mecanismo para fabricar mais pobres entre os pobres ...... R$ 3,00
A política dos Estados Unidos para o mundo e o Brasil – Samuel Pinheiro Guimarães R$ 3,00