CONCELHIA DE VILA NOVA DE FAMALICÃO

CINCO MEDIDAS IMEDIATAS

PARA REINICIAR O DESENVOLVIMENTO DE FAMALICÃO

1. Concretização do “Pacto Municipal para o Desenvolvimento”, envolvendo as associações empresariais, as

escolas e os organismos públicos relevantes numa estratégia comum de desenvolvimento para o nosso
Município. Esta iniciativa integrará o “Pacto Municipal para o Emprego” que permitirá abrir caminho aos
jovens famalicenses para, em colaboração com o IEFP, criar 1 000 novos empregos ao longo do mandato.

2. Criação da “Conta de Desenvolvimento Social”, um instrumento de apoio aos filhos das famílias com
maiores dificuldades. De acordo com um regulamento a aprovar pela nova Câmara Municipal, será
disponibilizado, por cada filho que nasça, um depósito social de 500 euros que poderá ser utilizado para o
prosseguimento de estudos, para a criação de uma empresa, ou para o desenvolvimento de um projecto
socialmente útil. (critério: menos de um salário mínimo per capita e não dispor de património próprio para
além da habitação – custo anual previsível: 350.000€).

3. Implementação de um programa temporário (2010) de apoio às famílias e às empresas para minimizar o

impacto da crise: redução das taxas do IMI, para facilitar a vida às micro e pequenas empresas; criação de
um prémio à criação de emprego por crédito do pagamento de taxas municipais; programa especial com o
IEFP de apoio financeiro às empresas com objectivo de proporcionar 500 estágios profissionais
considerados relevantes para a economia local; isenção de taxas para obras de recuperação e reabilitação
de edifícios; isenção da derrama para as micro e pequenas empresas; redução da “factura da água” para
famílias mais carenciadas.

4. Agilizar para desenvolver: decisão da CM sobre projectos de construção no prazo máximo de trinta dias.

5. Criação imediata da Agência Municipal da Economia e Inovação, liderada por uma personalidade de
prestígio, que promova o investimento no Município e que, em particular, contribua decididamente para a
instalação de novas indústrias no nosso concelho.

PARTIDO SOCIALISTA – Rua S. João de Deus, 116 – 1º - Apartado 309 - 4760-162 VILA NOVA DE FAMALICÃO
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CINCO LINHAS PROGRAMÁTICAS

PARA MUDAR A POLÍTICA NO NOSSO MUNICÍPIO

I. UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento económico e social do nosso Município precisa de uma Câmara Municipal activa, que
envolva os famalicenses num projecto fundado nos factores críticos do sucesso das sociedades actuais. O
papel do investimento municipal é demasiado importante para se resumir às pequenas obras de decoração
de espaços públicos, que, sendo necessárias, não são evidentemente suficientes para constituírem factores
positivos de progresso e de diferenciação do nosso Município.

A CM socialista constituir-se-á como factor de inovação, empreendedorismo e atracção de investimento

económico e será um agente activo na renovação do tecido empresarial famalicense.

A CM socialista criará a Agência Municipal da Economia e Inovação (AMEI), a quem incumbirá promover o
investimento no Município e, em particular, contribuir decididamente para a instalação de novas indústrias
no nosso concelho.

Criará Conselho Municipal de Economia e Inovação, órgão consultivo de auscultação regular da Câmara,
juntando as instituições representativas do empresariado do concelho (a começar pela ACIF, mas sem
esquecer a Associação Empresarial do Baixo Ave, sedeada na Trofa, e a AIMinho, com sede em Braga), o
CITEVE, as associações sectoriais do têxtil e vestuário e da indústria transformadora de carnes, empresas de
grande relevância para a economia local e o emprego, as instituições de ensino superior com actividade no
concelho (Universidade Lusíada e Cespu) e na região (Universidades do Minho e do Porto e Instituto
Politécnico do Cávado e Ave), escolas profissionais e centros de formação profissional da região, Centro de
Emprego/IEFP e institutos de ciência e tecnologia da região.

Normalizará e potenciará as relações institucionais com a ACIF.

Procurará adquirir e recuperar antigas instalações industriais e aí instalar, em coordenação com a AMEI:

• uma incubadora de empresas, conferindo prioridade àquelas que resultem de projectos académicos e
se articulem em rede com empresas e instituições de base tecnológica;

• um espaço para acções de divulgação orientadas para o tecido económico do concelho;

• um show-room a utilizar por empresas implantadas no concelho, mediante marcação e a preços

reduzidos;

• um balcão informativo sobre a oferta de terrenos disponíveis e as condições de implantação e

licenciamento de novas indústrias no concelho;

• as valências operacionais do Pelouro das Actividades Económicas, Inovação e Investimento, dotando-

o de condições técnicas e logísticas para ser interlocutor válido junto da AICEP, do IAPMEI, das
associações empresariais e das empresas, promovendo o concelho no âmbito da estratégia de
internacionalização da economia portuguesa e de captação de investimento estrangeiro.

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Promoverá o comércio tradicional, na cidade e nas freguesias, revendo taxas municipais e condições de
licenciamento, e apoiando fortemente acções de animação sazonal (Natal, Antoninas, Páscoa, saldos, etc.) e
a formação de parcerias informais, por rua ou zona de comércio, entre comerciantes. Facilitará ainda as
acções relevantes de empreendedorismo que valorizem a zona comercial tradicional da cidade.

Elaborará um estudo que monitorize o funcionamento das grandes superfícies comerciais já estabelecidas
no concelho antes de a CM apreciar o licenciamento de novas unidades.

Apoiará a instalação e funcionamento de empresas que nasçam por iniciativa de jovens empreendedores,
facultando-lhes as condições mais vantajosas em termos de licenças e taxas cobradas pelo Município,
incluindo a isenção de algumas delas.

A CM socialista pugnará pela rápida construção da “variante poente”, uma via fundamental para potenciar o
desenvolvimento integrado do Município.

Promoverá a reabilitação do Parque de Campismo de Gondifelos, incluindo a construção de uma Pousada da

Juventude que aproveite e potencie a eco pista Famalicão/Póvoa.

Construirá uma verdadeira Casa da Juventude no centro da cidade, em condições de conforto e dignidade
que promovam a difusão da cultura científica, o intercâmbio de opiniões, a ocupação dos tempos livres dos
jovens e o fomento do associativismo. Construirá uma ciclovia no centro da cidade.

Com recursos escassos, a CM não pode desbaratar dinheiro sem sentido só para satisfazer clientelas
políticas. O investimento municipal será programado atendendo ao interesse geral, de forma participada
com os famalicenses, tendo em conta a rentabilidade social das intervenções e o alinhamento com a
estratégia de desenvolvimento definida

Vila Nova de Famalicão dispõe de duas escolas superiores a quem o Município tem pedido pouco – e mal,
como se viu com o projecto do Parque da Cidade encomendado à Universidade Lusíada e depois deitado ao
lixo sem justificação.
A CM socialista iniciará imediatamente contactos com as escolas secundárias e superiores para a
formalização de parcerias estratégicas, envolvendo-as num papel mais activo na empregabilidade e na
promoção do desenvolvimento económico e social de Vila Nova de Famalicão. A criação de estruturas
permanentes de investigação, de programas específicos de formação complementar, de uma rede do
conhecimento orientada também para o Município, a mobilização para a disseminação do uso das novas
tecnologias, em suma, a utilização protocolada dos recursos das escolas ao serviço dos cidadãos e das
empresas famalicenses tem de ser promovida.
O desenvolvimento nos tempos actuais só se consegue com a formação de competências que permitam
empregabilidade e competitividade para as nossas empresas; com captação de investimento; com adequada
oferta de serviços (transportes, saúde, comunicações, cultura, lazer) e com uma estratégia de intervenção
municipal que dinamize a disponibilidade destes factores.
Não há desenvolvimento sem simplificação e desburocratização: os projectos de construção (de habitação,
de edifícios comerciais ou industrias) terão decisão da CM num prazo não superior a 30 dias.

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II. UMA POLITICA DE URBANISMO

VN Famalicão não tem, neste momento, política de urbanismo. O Plano Director Municipal está há oito anos
em revisão e não há outros planos urbanísticos aprovados ou publicamente discutidos.

Nada foi feito nos últimos oito anos para tornar a gestão urbanística mais transparente ou para proporcionar
o seu escrutínio.

A CM socialista fará a revisão do PDM num mandato e iniciará imediatamente a elaboração dos planos
urbanísticos para as áreas críticas do Município (nomeadamente, Delães / Riba de Ave, Joane / Pousada,
Ribeirão / Lousado, Parque da Cidade). É altura de acabar com aprovações esquisitas de projectos com a
justificação de que o PDM está em revisão.

Construirá o Parque da Cidade e os equipamentos e infra-estruturas que concebeu mas não foram realizados
nestes últimos oito anos por incapacidade da actual Câmara (a Casa da Juventude, o Museu do Surrealismo,
o Arquivo Histórico Municipal, a passagem inferior sob a Avenida 24 de Julho, etc.)

O Parque da Cidade, projectado para a Devesa, será construído em obediência a um plano urbanístico
devidamente discutido e aprovado, promovendo a sua relação com o espaço envolvente e com o Parque de
Sinçães.
A CM socialista promoverá a distensão da cidade, nomeadamente para Norte, sacudindo a pressão
imobiliária a Sul e integrando de facto o novo Palácio da Justiça na cidade, através de um plano urbanístico
para a zona que promova o nascimento de uma “nova centralidade” ali e que concorra para a requalificação
urbana de Mões, Santo Adrião e do Bairro S. Vicente (Gavião), e possa viabilizar uma solução urbanística
marcadamente residencial e de serviços de qualidade para a zona onde chegou a estar previsto o “campus”
da Universidade Lusíada.
Classificará as construções antigas existentes na Rua Direita a Norte do Largo dos Eixidos. Intervirá de forma
decidida na Rua Direita, favorecendo a instalação de um comércio do tipo “cultural”, artesãos, ateliês de
artistas plásticos, músicos, Universidade Sénior, etc. Nesse âmbito, concessionará o Largo dos Eixidos para
instalação de uma “casa de chá / esplanada de Inverno” que possa conviver com um espaço onde possam
actuar os músicos e / ou formandos das escolas da Banda de Famalicão e da Artave.
Lançará um programa de intervenção em Lousado e Ribeirão (em articulação com a Câmara da Trofa), que
seja factor de ordenamento e requalificação do território naquela zona da bacia do rio Ave.
Concluirá as intervenções de requalificação urbana em curso em Joane, Riba de Ave e Ribeirão, instalando
“Lojas Municipais do Cidadão” que serão âncoras do renovado espaço público.
Promoverá activamente a requalificação do quarteirão urbano em que se enquadra o antigo Hotel Garantia,
no centro da cidade, valorizando o comércio de conveniência e a habitação permanente.
A actual zona desportiva - que inclui o Estádio Municipal, o Pavilhão municipal e as Piscinas e Campos de
Ténis - será melhorada, no âmbito de uma intervenção de requalificação do Estádio Municipal, com o intuito
de criar as melhores condições para a prática do desporto no centro da cidade e para uma utilização
polivalente desses equipamentos.

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A CM socialista sempre defendeu a criação de uma nova zona desportiva – não a construção de um novo
estádio – pelo que desenvolverá as acções necessárias para, de forma faseada, criar novas infra-estruturas
desportivas destinadas principalmente às denominadas “modalidades amadoras”.
Promoverá a construção de novos túneis e / ou passagens desniveladas para facilitar a circulação automóvel
e, principalmente, a circulação dos peões.
A CM retomará o processo de plantação de árvores nos centros urbanos do concelho.

III. UM PAPEL ACTIVO NA MELHORIA DA OFERTA DE SERVIÇOS DE SAÚDE

A CM deve preocupar-se, prioritariamente, com as pessoas, com os famalicenses e tudo fazer para que
encontrem no seu concelho resposta adequada para satisfação das suas principais preocupações.

A CM socialista terá um papel activo na mobilização dos melhores recursos para estimular a oferta de
serviços de saúde, públicos ou privados. Promoverá a criação de mais unidades de saúde familiares (USF’s)
para aumentar a oferta de cuidados de saúde primários por todo o concelho e será agente activo de
promoção da crescente diferenciação da oferta hospitalar.

IV. UMA POLÍTICA SOCIAL SOLIDÁRIA

A política social é uma das marcas da gestão autárquica socialista. A próxima CM aprofundará as iniciativas
de apoio social aos mais carenciados, nomeadamente através do reforço dos meios materiais, técnicos e
humanos da “Rede Social”, de forma a que o Município de Vila Nova de Famalicão possa atingir a médio
prazo a “inclusão social”, através de estratégias exequíveis e da definição de objectivos calendarizados no
tempo, adequados aos grupos populacionais a que se destinam.

Será definida uma política de apoios consequentes e universais às IPSS, de acordo com o trabalho
desenvolvido na comunidade, a qualidade das valências e o número de utentes.
Será criada a “Conta de Desenvolvimento Social”, um instrumento de apoio aos filhos das famílias com
maiores dificuldades. De acordo com um regulamento a aprovar pela nova Câmara Municipal, será
disponibilizado, por cada filho que nasça, um depósito social de 500 euros que poderá ser utilizado para o
prosseguimento de estudos, para a criação de uma empresa, ou para o desenvolvimento de um projecto
socialmente útil.
.A CM socialista reformulará a Acção Social Escolar, no sentido de a tornar mais eficaz e mais justa.

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V. TRANSPARENCIA E PARTICIPAÇÃO PARA UMA DEMOCRACIA MELHOR

A CM tem sob sua responsabilidade a gestão de um imenso território e de recursos financeiros públicos
muito significativos. Esta gestão deve ser participada, através do acompanhamento e escrutínio dos
famalicenses, o que exige transparência nos actos e disponibilidade para a discussão prévia e subsequente. A
CM socialista proporcionará todas as melhores condições à Assembleia Municipal e aos famalicenses
interessados em acompanhar as decisões e as políticas municipais.
Obviamente, não haverá excluídos na intervenção pública nas reuniões da Câmara e da Assembleia
Municipal. Será reposto o regulamento que permite às oposições uma fiscalização mais eficaz das
actividades da CM.
A CM socialista promoverá uma ampla colaboração com TODAS as Juntas de Freguesia, sem discriminação
de qualquer tipo, e reforçará significativamente as transferências financeiras como forma de garantir
autonomia financeira, descentralização e responsabilidade.

Dignificará a Assembleia Municipal e o trabalho dos deputados municipais, afectando um endereço de e-

mail do servidor do Município a cada deputado e melhorando as condições de trabalho no auditório da
Biblioteca Municipal.

Concentrará num só edifício municipal a sala de sessões da Assembleia Municipal e os serviços deste órgão
autárquico e respectivos grupos parlamentares. Para esse propósito, serão encaradas, entre outras
possibilidades, a reabilitação do antigo Tribunal da Comarca, junto aos Paços do Concelho, ou do edifício do
antigo Colégio Camilo Castelo Branco.

Instituirá o cargo de Provedor do Munícipe, a eleger por maioria qualificada de 2/3 pela Assembleia Municipal

Pugnará por uma Administração Municipal aberta e transparente, responsável e que não fuja ao escrutínio
público. Em conformidade, será incentivada a participação dos munícipes nas reuniões públicas da Câmara e
melhoradas as condições de comodidade e audição proporcionadas aos munícipes que assistem às reuniões
da Assembleia Municipal.

Reduzirá ao mínimo essencial o número de assessores e adjuntos que, por escolha política, apoiam o
Presidente e os Vereadores da Câmara Municipal.

Extinguirá as publicações de índole promocional da Câmara, investindo as verbas daí resultantes na

transparência, facilidade de utilização e qualidade da informação prestada pela Câmara, em especial aquela
veiculada para melhorar o atendimento e a informação dos munícipes.

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