You are on page 1of 48

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007

SÉRGIO CABRAL FILHO


Governador
CHRISTINO ÁUREO DA SILVA
Secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

SÉRGIO CABRAL FILHO


Governador
CHRISTINO
CHRISTINO ÁUREO DA SILVA
Secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento

BENITO GONZAGA DA IGREJA JUNIOR


Diretor Presidente
AUGUSTO DA COSTA PEREIRA
Diretor de Pesquisa e Produção
RUBENS SIQUEIRA VILARINHO
Diretor de Administração e Finanças

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
2
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

FFIIPPEERRJJ

Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro


Vinculada a SEAPPA
Secretaria de estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento
Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca
24120-191 - NITERÓI – RJ

tel: 55 + 0xx21 2625-6747 * 2625-6742


fax: 55 + 0xx21 2625-6734
www.fiperj.rj.gov.br
fiperj@fiperj.rj.gov.br

RReellaattóórriioo ddee AAttiivviiddaaddeess -- 22000077

Coordenação Geral
Diretoria Executiva

Elaboração
Coordenadoria de Pesca Marítima
Coordenadoria de Aqüicultura e Pesca Interior
Coordenadoria de Extensão
Coordenadoria de Administração
Coordenadoria de Finanças

Apoio
Assessoria de Comunicação Social

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
3
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Índice

I. OS 20 ANOS DA FIPERJ – HOMENAGEADOS .......................................................................... 5


II. SINERGIA ............................................................................................................................... 6
III. MENSAGEM DA DIRETORIA EXECUTIVA ................................................................................ 8
IV. PESCA EXTRATIVA .................................................................................................................. 12
1. Vocação Pesqueira Fluminense ............................................................................... 12
2. Estatística Pesqueira do RJ ...................................................................................... 13
3. Terminais Pesqueiros Públicos ................................................................................ 14
4. Assistência Técnica e Extensão Pesqueira ............................................................... 16
A. Capacitação de Pescadores ............................................................................ 17
B. Organização Comunitária ............................................................................... 18
C. Cidadania e Projetos Sociais ........................................................................... 20
D. Conservação e Beneficiamento da Produção Pesqueira ................................ 21
E. Crédito Pesqueiro ........................................................................................... 22
V. AQÜICULTURA FLUMINENSE ................................................................................................. 23
1. Vocação Aqüícola Fluminense ................................................................................. 24
2. Assistência Técnica e Extensão em Aqüicultura ..................................................... 25
A. Capacitação de Aqüicultores .......................................................................... 26
B. Associativismo e Cooperativismo ................................................................... 27
C. Licenciamento Ambiental ............................................................................... 28
D. Crédito Aqüícola ............................................................................................. 28
E. Piscicultura de Águas Interiores ..................................................................... 29
F. Ranicultura ...................................................................................................... 29
G. Maricultura ..................................................................................................... 31
VI. PESQUISA PESQUEIRA E AQÜÍCOLA ...................................................................................... 32
1. Unidades de Pesquisa e Linhas de Estudo ............................................................... 32
2. Principais Resultados de 2007 ................................................................................. 33
A. Ecologia e Ecossistemas Costeiros .................................................................. 33
B. Algologia ......................................................................................................... 34
C. Produção e Nutrição de Organismos Aquáticos ............................................. 35
D. Ranicultura ...................................................................................................... 36
E. Aqüicultura Interior ........................................................................................ 37
VII. MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................... 38
1. Educação Ambiental ................................................................................................ 40
VIII. DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS DE PESQUISA ......................................................................... 41
IX. PRINCIPAIS PROGRAMAS E REDES DE TRABALHO ................................................................. 42
X. PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS ................................................................................................ 42
XI. RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL ...................................................................................... 43
1. Entidades de Representação ................................................................................... 43
2. Entidades de Pesquisa ............................................................................................. 45
3. Entidades de Ensino ................................................................................................ 45
4. Organizações Governamentais de Âmbito Federal ................................................. 45
5. Organizações Governamentais de Âmbito Estadual ............................................... 46
6. Organizações Governamentais de Âmbito Municipal ............................................. 46
7. Organizações não Governamentais ........................................................................ 47
XII. PALAVRAS FINAIS .................................................................................................................. 47
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA .............................................................. 48

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
4
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

I- Os 20FonteANOS
a. Erro! DA FIPERJ - HOMENAGEADOS
de referência não encontrada.Erro! Fonte de referência não encontrada.

Em 2007 a FIPERJ comemorou 20 anos de vida institucional e para marcar esta passagem com
o brilhantismo necessário foram realizadas diversas programações ao longo do ano, que
culminaram com uma solenidade comemorativa, realizada em outubro, na AC-RJ, Associação
Comercial do Rio de Janeiro.

A solenidade contou com a presença de ilustres personalidades e representes do setor


pesqueiro fluminense, de autoridades públicas de diferentes esferas de governo e de poder,
além de professores, pesquisadores e técnicos de universidades e empresas de pesquisa.
Na oportunidade, a Diretoria Executiva e os funcionários da FIPERJ prestaram justa
homenagem ao Professor OLINTHO SILVA, pesquisador aposentado e grande idealizador da
Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro.

Professor OLINTHO SILVA recebendo o justo reconhecimento por uma vida dedicada à FIPERJ e à pesca fluminense.

Também se prestou justa homenagem à memória do Almirante Paulo Moreira, cientista


visionário, que viveu à frente de seu tempo, considerado pai da maricultura brasileira,
representado pelo Vice-Diretor do IEAPM Com. Miguel Brum Magaldi.

Com. Magaldi, Vice-diretor do IEAPM, recebendo placa de A sessão solene comemorativa dos 20 anos
honra ao mérito pelo justo e pleno reconhecimento à da FIPERJ reverenciou a memória do
memória do saudoso Alm. PAULO MOREIRA. Almirante Paulo Moreira e o legado que em
favor da aqüicultura brasileira.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
5
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

II- SINERGIA

Nenhum homem é uma ilha completa em si mesma.


Todo homem é um pedaço do continente,
Uma parte de terra firme.

Se um torrão de terra for levado pelo mar a Europa fica menor,


Como se tivesse perdido um promontório ou perdido o solar de um amigo teu ou o teu
próprio - JOHN DONE

SINERGIA – autor desconhecido

Os versos de John Done são como uma voz de nosso tempo, em nosso agitado
cotidiano, onde somos cobrados a todo instante pelas necessidades do trabalho.
Temos de nos lembrar a todo instante: NENHUM DE NÓS É UMA ILHA

Às vezes tudo que queremos é um pouco de paz e tranqüilidade.


Mas o destino ou a trajetória da vida profissional
Pode nos convocar para missões da mais alta importância.
Missões para as quais não podemos dizer não.
Mesmo que sintamos em nosso íntimo que não estamos tão bem preparados.

Há trabalhos que exigem coordenação e espírito de equipe.


Uma interação que possa superar as diferenças de personalidade
E unir os talentos de cada um para alcançarmos o mesmo objetivo.

Associar forças, somar as competências, estabelecer a real sinergia,


Para juntar idéias e construir um resultado melhor.

Estilos, loucuras e formações diversificadas são o que fazem


Um diferencial competitivo numa equipe vencedora.
Lealdade, honestidade, transparência e integridade - são os traços de muitos.

À vezes o pessimismo e o negativismo afloram em situações críticas da vida.


O sábio compreende:
O IMPOSSÍVEL É APENAS AQUILO QUE NINGUÉM TEVE A CORAGEM DE REALIZAR.
A MULTIPLICAÇÃO DE FORÇAS SUPERA A LÓGICA MATEMÁTICA.

Cada um com a sua personalidade.


Cada qual com o seu dom.
Forças diferentes que se fundem na armadura
Contra os perigos da mais audaciosa missão.
Sem entender as diferenças e respeitar as opiniões alheias
Não alcançaremos a sinergia essencial.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
6
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Impulsionados por um sonho,


Movidos pela paixão,
Somos envolvidos pela magia
E nos transformamos em bravos guerreiros, marchando pelos campos,
Até a vitória final.

Unidos, somos todos maiores do que somados.


Juntos, temos forças contra as ameaças que nos fazem cair.
Um escudo de proteção diante das surpresas que surgem no caminho.

As dificuldades nos fazem mais fortes.


Cada obstáculo vencido é um aprendizado para que superemos novos desafios.

Assim se criam verdadeiras amizades,


O inabalável espírito de equipe.
Ter a percepção de saber o que fazer na hora certa para apoiar um companheiro.

Com a confiança mútua,


Esforço coordenado
E cooperação voluntária,
O que parecia ser uma tarefa intransponível torna-se um estimulante desafio.

Momentos inesquecíveis,
Que conferem um significado infinito à existência finita do homem.

NENHUM HOMEM É UMA ILHA COMPLETA EM SI MESMA.


TODO HOMEM É UM PEDAÇO DO CONTINENTE,
UMA PARTE DE TERRA FIRME. – John Done

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
7
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

III- MENSAGEM DA DIRETORIA EXECUTIVA

O início dos anos 90 marcou significativamente a pesca nacional. No plano federal, a


extinção da SUDEPE, órgão de desenvolvimento da pesca, acompanhada pela sua
incorporação ao IBAMA, novo órgão de fiscalização, limitou o setor a uma visão focada
no interesse meramente ambiental, em detrimento de sua relevância sócio-
econômica. No plano estadual, outro duro golpe foi a desativação do Mercado de
Peixes da Praça XV, principal ponto de desembarque de pescado do Rio de Janeiro,
sem levar em conta a necessidade de um novo terminal pesqueiro, que viabilizasse
acomodação minimamente adequada e proporcionasse o crescimento estrutural da
atividade. Tais fatos, notoriamente desastrosos, resultaram na dispersão da atividade e
na desarticulação de todo arcabouço institucional, refletindo negativamente sobre o
desenvolvimento do setor.

Passaram-se 10 anos e o Governo Federal reordenou a sua política setorial,


restabelecendo uma política pública para desenvolvimento do setor, simbolizada pela
criação da SEAP-PR, com status de ministério. É lógico que muita coisa ainda há por
reconstruir e por estabelecer, frente aos desafios de uma nova ordem mundial.

No plano das políticas públicas, a FIPERJ, Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio
de Janeiro, tem a função de ser o principal representante do Governo do Estado frente
desafios para o desenvolvimento sustentado da pesca e da aqüicultura fluminense.

Em 2007 a FIPERJ completou 20 anos de vida e para caminhar rumo a excelência a


Diretoria Executiva entende ser essencial a ação institucional estar solidamente
orientada para Princípios, Desafios e Objetivos:

Trabalho em rede
Orientação para resultados
Profissionalização da gestão
Ênfase na parceria com a sociedade
Atitude e ambiente empreendedores
Articulação de recursos públicos e privados
Transparência, participação e controle social Frota agora conta com identificação
institucional.

Time de servidores em momento na sede da Fundação e por ocasião da solenidade comemorativa dos 20 anos da FIPERJ.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
8
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nesse sentido, o ano de 2007 notabilizou-se por importantes ações e conquistas na


vida da FIPERJ.

Ao iniciar uma nova gestão, o primeiro passo foi demonstrar cotidianamente que a
FIPERJ possui uma Diretoria coesa, presente e atuante, que assume papel motivador
de seu corpo funcional e que representa a instituição no espaço setorial,
apresentando-se de forma firme e propositiva. Em 2007, a Diretoria da FIPERJ esteve
presente em inúmeros eventos ligados ao setor, acompanhada de seus profissionais,
nas diferentes regiões, pelo interior do estado, recobrando e estabelecendo novas
relações institucionais.

Administrar é saber priorizar e uma das primeiras ações executadas em 2007 foi a
interligação da rede de computadores da FIPERJ à INFOVIA do Governo do Estado,
através de cabos de fibra ótica conectados ao servidor da SEAPPA. Assim, a
comunicação eletrônica na sede, finalmente, passou a ser realizada por banda larga, o
que permite maior agilidade e possibilidades, ainda sendo necessária a melhoria
dessas condições nas unidades descentralizadas, especialmente nas Estações de
Pesquisa.

Fatia significativa dos recursos orçamentários foi utilizada na recuperação e


manutenção da frota de veículos, que constitui ferramenta básica de trabalho de
campo para técnicos e pesquisadores desenvolverem as atividades finalísticas da
instituição. A frota é reduzida e antiga, o que onera os custos com a sua manutenção.
Há, portanto, necessidade empreender esforços no sentido de sua renovação, com o
uso de veículos novos e adaptados às condições dos ambientes costeiros.

Também foram realizados reparos essenciais no telhado da sede, estancando


vazamentos e deterioração que há muito vinham comprometendo a sua estrutura.

Em 2007 a FIPERJ regularizou a sua situação perante aos conselhos de


representação profissional, como o CRBio-2 e CRMV, legalizando sua ação técnico-
profissional. Por conta disso a FIPERJ pôde credenciar-se junto ao CEDRUS – Conselho
Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, habilitando-se como entidade
prestadora de Serviços de Assistência Técnica e Extensão Pesqueira e Aqüícola no
Estado do Rio de Janeiro, o que permitiu apresentar inúmeros projetos técnicos de
captação de recursos, como foi o caso do projeto aprovado junto ao MDA – Ministério
de Desenvolvimento Agrário, a ser executado em 2008.

Uma importante conquista foi a renovação de seu quadro funcional, especialmente


da área técnica, incorporando profissionais mais motivados e qualificados. A
Coordenadoria de Pesca Marítima, por exemplo, foi ampliada, recebendo um reforço
de 03 novos profissionais, sendo 02 doutores e 01 mestre. Na Coordenadoria de
Aqüicultura e Pesca Interior também ingressaram 03 novos profissionais, todos com
formação de mestres. Na área meio, que viabiliza a operacionalização da Fundação,
também houve renovação de quadros funcionais em diferentes áreas.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
9
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

De grande relevância na vida pública institucional, a modernização administrativa


mostrou-se essencialmente necessária. A FIPERJ habilitou-se ao pregão eletrônico da
CEF e Banco do Brasil, o que resultou em agilidade e eficácia no processo de compras
de produtos com preços amplamente vantajosos para a Fundação.

Efetivamente, a instituição se fez presente, cumprindo o seu papel e recobrando o


seu espaço institucional, voltando também a participar de eventos de grande
relevância.

Na 4ª edição do SEAFOOD, Feira Internacional de


Pescados, Mariscos e Tecnologia para a Indústria da
Aqüicultura e Pesca, evento que congregou os principais
representantes dos setores da indústria da aqüicultura e da
pesca latino americanos. A FIPERJ, formalmente convidada,
apoiou a realização deste evento. A Fundação, além de estar
representada por 03 de seus melhores pesquisadores, que
proferiram palestras técnicas no evento, se fez representar
por uma delegação composta por 10 técnicos, que
acompanhou os varejistas do Mercado de Peixes São Pedro
de Niterói e a equipe do
SEBRAE-RJ, que coordena
aquele trabalho de
SIGEOR, que conta com a
efetiva parceria da FIPERJ.
Na oportunidade, a
delegação também
visitou a iS-expo, Exposição Internacional de
Ingredientes e Soluções para a Indústria Alimentícia.

A FIPERJ também participou efetivamente de quatro Audiências Públicas. Duas delas,


promovidas pela ALERJ, através de sua Comissão de Agricultura, apresentando painel sobre a
Importância do Setor de Aqüicultura e Pesca no Estado do Rio de Janeiro. As demais foram
sobre a Pesca em Macaé e Desenvolvimento Territorial Agrário, respectivamente.

A Fundação esteve igualmente presente em momentos


nitidamente difíceis e delicados, onde a orientação técnica
especializada e isenta mostrou-se imprescindível, como nas
ocasiões onde se constatou problemas ambientais, que
resultaram na mortandade de peixes e
outros organismos aquáticos, causando
prejuízos particulares aos pescadores
artesanais. Tais fatos foram
especialmente notados nas Lagoas de
Araruama, Jacarepaguá e Barra da
Tijuca, todos decorrentes do
lançamento de esgotos residenciais in
natura, sem tratamento minimamente
adequado, além de lixos urbanos.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
10
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A FESTA DO PADROEIRO DOS PESCADORES


No dia em que se homenageia o padroeiro dos pescadores, SÃO PEDRO, a Diretoria e
os técnicos da FIPERJ estiveram diretamente presentes em diversas comunidades
pesqueiras, em vários municípios fluminenses, ministrando palestras, participando das
comemorações e solenidades religiosas, representando a instituição.

Barqueata comemorativa da Festa de São Pedro, percorrendo a Baía da Guanabara.

O CONSUMO DE PESCADOS NA SEMANA SANTA


Nas semanas que antecederam as comemorações da Semana Santa, a FIPERJ desenvolveu
campanha institucional com as finalidades de:
estimular o consumo regular pela população de carne de pescado ao longo do ano inteiro.
informar à população sobre os benefícios à saúde pelo consumo da carne de pescado.
orientar os consumidores quanto à escolha adequada do pescado de qualidade.
promover a pesca, destacando a sua importância sócio-econômica e ambiental.
divulgar os trabalhos da FIPERJ em favor do desenvolvimento da pesca no RJ.
destacar a pesca do Estado do Rio de Janeiro - 3º maior produtor nacional.

O consumo per capta de pescado no Rio de Janeiro ultrapassa os 20 kg/ano, comparando-se aos valores
encontrados nos países desenvolvidos. E o que é mais importante: atende a todas as classes sociais da população.

Essa é a nova FIPERJ, que, de peito aberto e espírito renovado, retoma o seu papel
institucional, consolidando-se mais e mais a cada dia no cenário da aqüicultura e da
pesca fluminense. E para registrar as principais atividades desenvolvidas pela
instituição no ano que passou é que temos o orgulho em apresentar o nosso Relatório
de Atividades 2007, ao tempo em que manifestamos nossos votos de agradecimento a
todos aqueles que estiveram conosco nessa nova trajetória. A todos o nosso muito
obrigado e até breve.
F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
11
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

IV- PESCA EXTRATIVA

1- VOCAÇÃO PESQUEIRA FLUMINENSE

Apesar de contar com apenas 0,5% da superfície territorial brasileira, o Rio de Janeiro
é o Estado que possui uma das mais extensas linhas costeiras do país (850 km),
ocupando a 3ª posição, quando comparado às demais unidades federativas. A faixa
costeira fluminense conta com um contingente de 33 municípios, que representa 19
mil km2 ou 42% da superfície estadual. O RJ possui ainda 04 grandes setores costeiros:
Litoral Sul Fluminense, Litoral da Baía da
Guanabara, Litoral da Região dos Lagos e Litoral
Norte Fluminense – vide mapa anexo. São 03
grandes baías (Ilha Grande, Sepetiba e
Guanabara) e 34 lagoas costeiras de médio e
grande porte. Não bastasse tal realidade, ainda
há 365 ilhas, totalizando um perímetro de 650
km de extensão. Some-se a todo esse
arcabouço a ocorrência de um fenômeno
natural que enriquece as águas da plataforma costeira fluminense, mantendo alta
diversidade de espécies pesqueiras, conhecido como RESSURGÊNCIA (fenômeno em que a
água do mar, fria, fértil em plâncton, situada em grande profundidade, sobe à superfície em forma de correnteza
ascensional).

Abrigando o 2º maior mercado consumidor do


país, o Estado do Rio de Janeiro tem na pesca
uma importante atividade sócio-econômica,
envolvendo um contingente de pescadores
próximo de 70 mil pessoas. Além da
predominância da pesca artesanal, há também
expressiva representação da pesca industrial.
Tal fato fundamenta a posição de destaque do
RJ, como responsável pela produção anual de
68 mil toneladas de pescado marítimo (14% da
produção nacional), ocupando a 3ª posição na produção brasileira de 500 mil t/ano.
Outro feito notável e agora melhor compreendido é o consumo per capta de carne de
pescado pela população fluminense, que ultrapassa os 20 kg/ano e equivale aos
índices dos países desenvolvidos. Do saboroso camarão à conhecida e popular
sardinha, os pescadores fluminenses abastecem o mercado interno, fornecendo
alimento saudável a todas as classes sociais da população e ainda exportam
pescados de maior valor comercial para o mercado internacional.
A esse conjunto de atributos naturais e vantagens competitivas denomina-se
VOCAÇÃO PESQUEIRA. E é por esse motivo que, a exemplo do que ocorre há
anos em outros estados da federação, é estratégico o estabelecimento imediato de
políticas públicas integradas para fortalecer e desenvolver em bases sólidas a Vocação
Pesqueira do Fluminense.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
12
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2- ESTATÍSTICA PESQUEIRA DO RJ

Desembarque da pesca artesanal no Gradin – São Gonçalo Comércio de pescados no Gradin – São Gonçalo

Para a compreensão adequada da magnitude da pesca fluminense é básico e


fundamental o aprimoramento da Estatística Pesqueira, uma vez que a coleta
sistemática de informações consiste em ferramenta indispensável ao conhecimento e
à tomada de decisões de políticas públicas para a proteção e o desenvolvimento do
setor.

Elevando-se a confiabilidade da Estatística Pesqueira Estadual a patamares mais


abrangentes e representativos poderão ser auferidas importantes informações, dentre
as quais podemos destacar:
Produção Estadual
Valor da Produção
Sazonalidade da Produção
Destino da Produção
Principais Espécies
Nº de Pessoas na Atividade
Perfil Sócio-Econômico
Nº e Tipo de Embarcações
Artes de Pesca Utilizadas
Perfil Tecnológico
Pregão na CEASA, em Irajá, Rio de Janeiro
Industrialização

Um dos desdobramentos mais importantes da realização desse trabalho reside na


possibilidade real de figuração dos números do setor nos registros socioeconômicos
oficiais do governo estadual, que atualmente não dispõe dos dados mínimos que
permitam inferir a relevância da atividade, que, omitida, acaba relegada a uma
condição marginal, o que é muito preocupante.
Embora ainda não exista previsão orçamentária necessária, a FIPERJ direcionará
esforço para a retomada de sua participação na Estatística Pesqueira do RJ. É
necessário, portanto, estabelecer parceria com o Governo Federal para varais ações,
dentre as quais a adoção e implantação do sistema oficial de geração de dados
estatísticos da pesca.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
13
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3- TERMINAIS PESQUEIROS PÚBLICOS

À luz da legislação brasileira, Terminal Pesqueiro Público – TPP é a estrutura física


construída e aparelhada para atender às necessidades das atividades de
movimentação e armazenagem de pescado e de mercadorias relacionadas à pesca,
podendo ser dotado de estruturas de entreposto de comercialização de pescado, de
unidades de beneficiamento de pescado e de apoio à navegação de embarcações
pesqueiras.

As atividades básicas realizadas na área de um Terminal Pesqueiro Público são:


descarga, transporte, manuseio, classificação e pesagem de pescado;
beneficiamento, comercialização, estatística e armazenagem de pescado;
fabricação e armazenagem de gelo;
comercialização de víveres, combustível, petrechos, energia elétrica, água e gelo para o
abastecimento de embarcações pesqueiras;
aproveitamento industrial de resíduos e rejeitos do manuseio e do beneficiamento de pescado;
reparos e manutenções de embarcações pesqueiras;
formação, capacitação e qualificação de pessoal para o desempenho da atividade pesqueira e de
apoio à atividade pesqueira;
serviços bancários, de comunicações, de alimentação e ambulatoriais destinados a atender aos
usuários do TPP;
fiscalização e inspeção do exercício da atividade pesqueira e das questões trabalhista, sanitária,
aduaneira, fazendária, ambiental e marítima, realizadas pelos órgãos competentes, que exercerão
suas funções no TPP de forma integrada e harmônica;

A desativação do Mercado de Peixes da Praça XV e a lacuna deixada pela falta de um


terminal substituto minimamente adequado ao desembarque de pescado no Estado
do Rio de Janeiro têm prejudicado severamente a pesca fluminense.

A estrutura atual da antiga Fábrica de Sardinhas 88, na Ilha da Conceição, em


Niterói, há muito, extrapolou a sua capacidade. É pequena e inadequada, além de ter o
seu cais encurtado a cada dia, devido à expansão e o avanço do setor offshore. Os
barcos pesqueiros encontram-se encurralados, dividindo no mesmo espaço de cais
operações simultâneas de desembarque, parqueamento e armação de pesca, o que é
absolutamente inadequado. Tal situação desestrutura e desagrega o setor e pode vir a,
particularmente, estimular a pesca industrial a estabelecer-se em outras unidades da
federação, refletindo prejuízos para toda a cadeia pesqueira fluminense.

Atual ponto de desembarque de pescado na antiga Fábrica de Sardinhas 88, na Ilha da Conceição, em Niterói.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
14
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Embarcações sem locais apropriados para parquear e instalações externa e interna da antiga Fábrica de Sardinhas 88, na Ilha da
Conceição, em Niterói – onde as atividades de armação de pesca e desembarque de pescado são cada dia mais difíceis .

O setor é unânime em apontar como fundamental a implantação imediata dos


Terminais Pesqueiros Públicos no RJ, uma vez que a precariedade da infra-estrutura
atual contribui sobremaneira para a pulverização do desembarque e a retração da
atividade como um todo. Só na Baía de Guanabara existem mais de 42 pontos
informais de desembarque, dificultando quaisquer ações de interesse público.

A estrutura atual do mercado da CEASA, em Irajá, Rio de Janeiro, também se mostra imprópria e ineficaz para a adequada
comercialização e distribuição da produção do pescado do estado.

Em 2003 o Governo Federal comprometeu-se com a implantação do TERMINAL


PESQUEIRO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO, TPP-RJ. Segundo as últimas informações da
SEAP/PR, o TPP-RJ deverá ser construído na localidade da Ribeira, Ilha do Governador,
município do Rio de Janeiro.
Considerando a importância estratégica do setor, a Prefeitura de Niterói, através da
Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, também obteve o compromisso
do Governo Federal para a construção de um terminal voltado à pesca artesanal no
município, o CIPAR – CENTRO INTEGRADO DA PESCA ARTESANAL.
O Governo Federal também lançou edital para ampliar o cais e promover melhorias no
TERMINAL PESQUEIRO PÚBLICO DE ANGRA DOS REIS, pois, hoje, apenas uma
embarcação por vez pode atracar no terminal para fazer o desembarque do pescado.
A FIPERJ, como órgão do Governo do Estado voltado para o desenvolvimento do setor
pesqueiro, participa ativamente das discussões dos TPP’s, representando o Governo do
Estado em seus respectivos Conselhos Gestores.

Devido à relevância que encerra essa infra-estrutura de apoio à atividade, a FIPERJ


também apoiou o pleito do SAPERJ, junto ao Governo Federal / Secretaria do
Patrimônio da União, SPU, para cessão de uma área de mar na localidade do Barreto,
Niterói, para a implantação de um terminal de ancoragem e parqueamento de
embarcações, objetivando a indispensável preparação das operações que antecedem
as jornadas de pesca.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
15
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4- ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO PESQUEIRA


A assistência técnica e a extensão pesqueira prestadas pelos técnicos da FIPERJ visam à
difusão de modernas tecnologias de pesca, socialmente apropriadas a cada perfil de
pescador. O aprendizado e a utilização cotidiana de técnicas e de conhecimentos
objetivam resultar em aumento da produção de pescado, geração de emprego e
renda, proteção do meio ambiente e melhoria das condições de vida das comunidades
pesqueiras.

Colônia de Pescadores Z-24, de Associação de Pescadores do Rio São João Associação de Pescadores Livres do Gradin
Saquarema. em Cabo Frio. em São Gonçalo.

Nem sempre os problemas da pesca restringem-se à questão tecnológica. Em muitas


oportunidades é igualmente importante facilitar o acesso aos programas de governo,
como o Óleo Diesel a Preço Subsidiado e as linhas de Crédito específicas, ou mesmo o
conhecimento da Legislação, que envolve a atividade pesqueira e nesse aspecto o
trabalho e a ação de nossos técnicos é fundamental.
Em 2007, o CEDRUS, Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável,
reconheceu oficialmente a FIPERJ como entidade habilitada a prestar os serviços de
Assistência Técnica e Extensão Pesqueira em todo o Estado do Rio de Janeiro, estando
a ação institucional da Fundação devidamente registrada e regularmente
acompanhada pelo CRBio-2, Conselho Regional de Biologia – ES e RJ .
Principais Resultados:
Em 2007, foram atendidos diretamente mais de 2.700 pescadores, chefes de
família, através de ações articuladas, envolvendo entidades relacionadas à pesca,
detalhadas a seguir.

Melhoria da comercialização de varejo Reunião com escarnadeiras de siri na Reunião com comunidade de pescadores
no Mercado São Pedro – Niterói. Praia da Luz – São Gonçalo. em Saco do Mamanguá – Paraty.

A Fundação também participa efetivamente de redes de trabalhos específicas, como é


o caso do Sisgeor/Sebrae-RJ de apoio à Comercialização Varejista de Pescado do
Mercado São Pedro, em Niterói.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
16
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A- CAPACITAÇÃO DE PESCADORES
Uma das estratégias de trabalho mais valorizadas na FIPERJ é a capacitação de pescadores em
diversos temas ligados ao setor pesqueiro. A Fundação conta com técnicos especializados e a
estrutura de sua ESCOLA DE PESCA ASCÂNIO DE FARIA, que oferece cursos para pescadores e
familiares, além da comunidade do seu entorno, através de parceria estabelecida com a
Faetec.
Principais cursos realizados em 2007 na Escola de Pesca Ascânio de Faria:
Processamento de Pescado,
Mecânica para Motores Marítimos,
Auxiliar de Cozinha,
Agente Ambientalista,
Informática Básica,

Curso de Mecânica de Motores Curso de Beneficiamento de Pescado Detalhe de curso em sala de aula

A atual Diretoria da FIPERJ trabalha no sentido de que em sua Escola de Pesca Ascânio de Faria
os cursos oferecidos sejam exclusivamente direcionados ao pescador profissional, sendo,
portanto, cursos próprios da atividade pesqueira:
Pescador Profissional – em parceria com a Capitania dos Portos
Observadores de Bordo
Conservação do Pescado
Boas Práticas no Processamento do Pescado
Legalização de Pequenas Unidades de Beneficiamento de Pescado
Conserto e Confecção de Redes
Marcenaria de embarcações
Calafetagem e Pintura de Embarcações
Primeiros Socorros no Mar
Uso de GPS
Associativismo e Cooperativismo,
Marinharia
Como Acessar as Linhas de Crédito para a Pesca
Como se Credenciar aos Benefícios do Diesel Subsidiado

Escola de Pesca Ascânio de Faria Confecção e reparos de redes de pesca Marcenaria de embarcações de pesca

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
17
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Através de parcerias com associações de pescadores, colônias de pesca, organizações da


sociedade civil, prefeituras, empresas petrolíferas, dentre outras organizações, a FIPERJ
também promove cursos de capacitação nas próprias comunidades pesqueiras.

Beneficiamento e Conservação de Confecção e Reparo de Redes de Pesca Pintura de embarcação


Pescado

Principais Resultados de 2007:


Nº de cursos realizados: 38
Nº de alunos capacitados: 1.080
Nº de Palestras Técnicas Realizadas: 13

B- ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA
Uma ação especialmente relevante e própria do
trabalho dos técnicos que prestam a assistência técnica
e que fazem a extensão pesqueira é o apoio e o
estímulo à organização comunitária.
O acentuado nível de competição da vida moderna,
frente às diferentes atividades econômicas pela
ocupação do espaço marinho exige dos pescadores
capacidade de organização para exercer representação,
sobreviver e ser bem sucedido na vida profissional, em
A organização fortalece as comunidades
favor da manutenção de suas atividades laborais. pesqueiras, melhorando a qualidade de vida.

Nesse universo, o estímulo ao associativismo e ao cooperativismo, assim como as demais


formas de representação, viabiliza o pescador, facilitando a incorporação de tecnologias, a
obtenção de insumos a preços mais favoráveis, acesso a programas governamentais, captação
de recursos para implantação de projetos, conservação e beneficiamento da produção, novos
mercados para comercialização, etc.

Um dos exemplos de destaque em 2007 foi o Projeto Especial de Integração Social da Pesca
Artesanal, PEISPA. Desenvolvido pela Colônia de Pescadores Z-24, com apoio da Prefeitura de
Saquarema, Petrobras, Capitania dos Portos, Emater e FIPERJ, o Projeto permitiu a realização
de uma série de ações, onde a capacitação de pescadores e mulheres de pescadores foi o
grande destaque. A melhoria dos processos de captura e a adoção de medidas que viabilizam a
conservação adequada do pescado resultarão em maior oferta de matéria-prima de qualidade.
Além dos cursos que ministrou na área de conservação e processamento do pescado, a FIPERJ
também vem dando suporte ao processo de legalização da unidade de beneficiamento de
pescado da Colônia Z-24, junto ao Serviço de Inspeção Sanitária Estadual. Assim os pescadores
já planejam criar uma cooperativa para abastecer o mercado regional e também a merenda
escolar de vários municípios da região, o que deverá resultar em efetiva geração de emprego e
renda.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
18
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Cursos de Capacitação Realizados no PEISPA:


Conserto e Confecção de Redes, Boas Práticas de Fabricação,
Educação Ambiental, Beneficiamento do Pescado,
Associativismo e Cooperativismo, Culinária de Frutos do Mar
Marinharia.

Livro de receitas de Culinária de PEISPA - conquista dos pescadores de


Unidade de Beneficiamento de Pescado da
Frutos do Mar produzido por Saquarema e da Colônia Z-24
colônia Z-24 de Saquarema
alunos do PEISPA

Em 2007, na Região da Costa Verde, em Mangaratiba, iniciamos um importante trabalho de


apoio à organização e estímulo à união dos pescadores e mulheres marisqueiras, nas
comunidades de Muriqui e Conceição de Jacareí. Tal ação vem permitindo às pessoas de ambas
as comunidades o acesso à cidadania, como à documentação básica de certidões de nascimento,
carteira de identidade, carteira de pescador profissional, etc.

Nas regiões dos Lagos e Norte Fluminense, a FIPERJ colaborou com a Shell do Brasil e a ONG
Gaia Social, no treinamento em Elaboração e Gestão de Projetos Sócio-Ambientais, dirigido a
organizações de pescadores artesanais. A FIPERJ continua apoiando esta iniciativa, acolhendo
projetos e estabelecendo parcerias com entidades da pesca para a captação de recursos para
implantação de projetos sócio-ambientais e econômicos.

Organizações de Pescadores Atendidas em 2007:

Federações: 05
Sindicatos: 02
Colônias de Pescadores: 16
Associações de Pescadores: 21
Outras organizações ligadas à Pesca: 28

Companheirismo e seriedade profissional


fortalecem as relações de confiança entre
técnico e comunidade, como no momento
na Colônia Z-4, em Cabo Frio.

F
FIIIP
F PE
P ER
E RJ
R J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
19
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

C- CIDADANIA E PROJETOS SOCIAIS


A FIPERJ iniciou um trabalho cujas ações viabilizaram a inclusão social de comunidades de
pescadores, garantindo acesso à cidadania. Na Costa Verde, o apoio da FIPERJ foi essencial para
a obtenção de diversos documentos elementares, que culminaram na regularização do pescador
para o exercício legal de sua atividade profissional.

Carteira de Identidade e CPF: ............. 54 pessoas


Carteira de Pescador Profissional: ...... 16 pessoas
Apoio à Organização Comunitária: .... 80 pessoas
Colônias de Pescadores Envolvidas: ... 03
Prefeituras Envolvidas: ....................... 02

Ações como estas permitirão que muitos pescadores se creditem do direito ao seguro defeso,
viabilizando assim a segurança social de suas famílias.

Este trabalho representa mudança da cultura institucional, que apesar da predominância da


natureza técnico-científica de seu trabalho, compreende a necessidade e a relevância de
também desenvolver linha de ação voltada para a cidadania das comunidades de pescadores,
especialmente daquelas sob risco social.
Outra realidade de risco social bastante preocupante e atual consiste nos conflitos que ocorrem
no espaço de navegação, especialmente na Baía de Sepetiba, envolvendo navios mercantes e
barcos de pesca. Não menos graves são os conflitos de natureza fundiária, que envolvem
comunidades pesqueiras em diferentes municípios fluminenses. Em 2007, a imprensa veiculou
conflitos envolvendo comunidades pesqueiras, que sofrem pressão para deixarem os locais
onde vivem há gerações. Dos pescadores quilombolas da Marambaia, no Rio de Janeiro, aos
artesanais de Zacarias, em Maricá, urge a necessidade dos Governos Federal e Estadual
promoverem a imediata regularização fundiária dessas comunidades, garantindo-lhes o direito à
moradia e ao trabalho. Não bastassem às zonas de exclusão, impostas pelas atividades de
exploração de petróleo e gás, que, limitam o ambiente pesqueiro, pressões acirradas da
especulação imobiliária e do turismo predatórios restringem o acesso e expulsam as
comunidades pesqueiras dos lugares onde vivem há várias gerações.

Mansões, hotéis, resorts e outros empreendimentos


Hotéis e pousadas na Praia da Ferradura, em Búzios. imobiliários existentes ao longo do litoral do RJ – foto
Mangaratiba.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
20
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

D- CONSERVAÇÃO E BENEFICIAMENTO DA PRODUÇÃO PESQUEIRA

Um projeto estratégico para a FIPERJ é o que estimula a implantação de Pequenas Unidades de


Beneficiamento de Pescado, aproveitando-se da legislação sanitária estadual vigente para
agroindústrias de base familiar. A implantação dessas unidades, acompanhada de um programa
de capacitação profissional fundamentado na legislação e nas boas práticas de conservação e
processamento do pescado, além da necessária assistência técnica regular, pode representar
real possibilidade de emancipação e melhoria da qualidade de vida para as comunidades
pesqueiras, uma vez que permitirá:
Agregar valor à produção pesqueira,
Gerar postos de trabalho na comunidade,
Melhorar a qualidade do produto,
Eliminar a figura do atravessador,
Obter melhor remuneração pelo produto do trabalho,
Acessar novos mercados de comercialização, como a merenda escolar,
Diversificar a produção, evitando-se os desperdícios da captura incidental,
Reduzir a pressão sobre os estoques pesqueiros,
Possibilitar a implantação prática do conceito de pesca responsável.

Para atender aos seus objetivos mais relevantes, as iniciativas comunitárias em favor do
processamento da produção pesqueira requerem esforço e apoio institucional para o necessário
salto de qualidade e aprimoramento.

A FIPERJ vem cooperando com a UFF, através da equipe do Laboratório do Pescado, da Fac. Veterinária, em favor das mulheres
escarnadeiras de siri, da Praia da Luz – S. Gonçalo.

A capacitação profissional, fundamentada na legislação vigente e nas boas práticas de


conservação e processamento do pescado, viabiliza a produção de produtos de
qualidade, melhorando as condições de renda da comunidade.

Ação articulada entre a Colônia de Pescadores Z-4, de Cabo Frio, e a FIPERJ, permitiu a realização de 03 cursos de conservação e
beneficiamento do pescado.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
21
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Principais Resultados de 2007:


Nº de cursos realizados: 06
Nº de alunos capacitados: 125
Municípios contemplados: 07
Projetos Elaborados de Pequenas Unidades de Beneficiamento de Pescado: 03
Apoio para Obtenção de Registro na Inspeção Sanitária Estadual: 02 entidades
atendidas.

E- CRÉDITO PESQUEIRO
Importantes programas de crédito, como o PRONAF, ainda não
conseguem beneficiar a contento os pescadores artesanais na mesma
proporção que atendem aos agricultores familiares. Ainda há pouca
tradição do agente financeiro no trabalho com as linhas de crédito para
a pesca, reconhecendo a necessidade de ajustar procedimentos
específicos para o trabalho com o crédito pesqueiro. Na grande maioria
das regiões administrativas do Banco do Brasil em território fluminenses
o crédito PRONAF encontra-se vedado, uma vez que nos poucos projetos de financiamentos
vigentes qualquer problema de quitação influencia diretamente os níveis de inadimplência,
interrompendo automaticamente o acolhimento de novas propostas. Um importante papel a
ser desenvolvido pela FIPERJ consiste na aproximação do público beneficiário com o agente
financeiro, assim como o necessário esclarecimento aos pescadores a respeito do papel
educativo do crédito, evitando-se assim a recorrência dos casos de inadimplência.

A FIPERJ é entidade legalmente habilitada para cuidar da emissão das DAP’s –


Declaração de Aptidão ao PRONAF, da elaboração e acompanhamento da execução de
projetos técnicos.

O universo de clientes do PRONAF Pesca no RJ: pescadores artesanais de rios e de mares, catadores de caranguejos,
escarnadeiras de siris, pescadores de cercada e outros tantos.

Uma das formas de se vencer as dificuldades de acesso ao crédito PRONAF Pesca no RJ é através de ações articuladas com as
entidades representativas dos pescadores.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
22
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

V- AQÜICULTURA FLUMINENSE

De forma simplificada, a aqüicultura consiste na arte de cultivar plantas ou criar organismos


aquáticos, em água doce ou salgada.
“Apesar da indiscutível importância que a pesca possui
para a segurança alimentar do planeta, subsiste o sério
problema do esgotamento dos estoques pesqueiros
em nível mundial. A crise global do setor pesqueiro
tem afetado profundamente a qualidade de vida dos
povos ligados aos ambientes aquáticos (marinhos e
continentais), especificamente dos pescadores
artesanais. Entretanto, recentemente tem entrado em
cena a aqüicultura, graças a sua notável capacidade de
produzir organismos aquáticos em cativeiro, característica
que faz com que seja considerada uma alternativa viável
para o setor pesqueiro. Além de sua capacidade de gerar
empregos diretos e indiretos para comunidades de
pescadores artesanais, ela produz alimentos de alto teor
protéico e tem gerado divisas para os países que a
praticam através do incremento das exportações.” Luis
Vinatea Arana, professor adjunto do Dpto. de Aqüicultura
da UFSC.

Além de beneficiar as populações tradicionalmente envolvidas com o setor pesqueiro, a


aqüicultura tem sido incentivada também para o desenvolvimento de populações rurais. A
aqüicultura é atividade reconhecidamente importante pela FAO (Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e Alimentação) para o desenvolvimento de populações rurais.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
23
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1- VOCAÇÃO AQÜÍCOLA FLUMINENSE


As características geográficas predominantes no Estado do Rio de Janeiro apontam para a
necessidade de desenvolver outra grande potencialidade: a AQÜICULTURA.
ATRIBUTOS NATURAIS QUE FAVORECEM A AQÜICULTURA NO RIO DE JANEIRO:
Clima quente,
Solos e topografia adequados,
Abundância de recursos hídricos,
Diversidade hidrográfica – 10 regiões hidrográficas,
Possibilidade de desenvolver a atividade em água doce ou salgada,
Presença de reservatórios, açudes, pequenas barragens de terra, etc.
Litoral recortado, rico em baías, enseadas, lagoas costeiras, estuários e manguezais, etc.

PRINCIPAIS ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO DA AQÜICULTURA NO RIO DE JANEIRO:


Ausência de procedimentos apropriados ao licenciamento ambiental de projetos de
pequeno porte e de baixo impacto
Desconhecimento técnico dos órgãos ambientais sobre a atividade,
Dificuldade de licenciamento ambiental,
Dificuldade de obtenção de outorga de água,
Inexistência de plano de desenvolvimento da maricultura,
Inexistência de parques aqüícolas delimitados para a maricultura,

O amplo universo de espécies da aqüicultura atual

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
24
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2- ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO EM AQÜICULTURA


A assistência técnica e a extensão aqüícola prestadas pelos técnicos da FIPERJ visam à difusão de
modernas tecnologias de cultivo e de criação de organismos aquáticos, com fins comerciais e
responsabilidade ambiental.
E objetivando dinamizar a prática institucional, os técnicos da FIPERJ se utilizam de importantes
ferramentas metodológicas, que constituem fundamentos elementares para multiplicar os
resultados de seus trabalhos. Visitas de assistência técnica, reuniões de grupos, unidades
demonstrativas, dias de campo, demonstrações de métodos, cursos e treinamentos fazem o dia
a dia de nossos técnicos e produtores, onde o aprender a fazer fazendo é o mais importante.

A assistência técnica de qualidade Grupo de produtores recebem assistência Captura de peixes para realização de
valoriza a qualidade da água. técnica no campo. acompanhamento técnico e Biometria.

Em 2007, foram atendidos diretamente 952 aqüicultores, de 36 municípios fluminenses,


através de ações articuladas, envolvendo entidades relacionadas às distintas atividades
aqüícolas, detalhadas a seguir.
Um elemento fundamental e cada dia mais importante para o sucesso da aqüicultura
fluminense é a articulação institucional com outras entidades locais, como as que são feitas com
as secretarias municipais de agricultura e de meio ambiente, Sebrae e extensionistas da Emater-
Rio.

A FIPERJ também participa efetivamente de redes de trabalhos específicas, como o Sisgeor/Sebrae-RJ, de apoio à maricultura e à
aqüicultura de águas interiores. Técnicos da FIPERJ no Dia de Mar (Baía da Ilha Grande) e Dia de Campo ( Piraí).

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
25
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A- CAPACITAÇÃO DE AQÜICULTORES
O princípio básico da aqüicultura moderna fundamenta-se no conhecimento, na observação e
aplicação dos conhecimentos técnico, econômico e ambiental, sem os quais o interessado na
atividade tende ao fracasso.
Assim, para a FIPERJ, a componente Capacitação é de extrema relevância. Os produtores passam
por constantes treinamentos e capacitações. Outras metodologias também são utilizadas no
aperfeiçoamento profissional dos aqüicultores, como as visitas, excursões e reuniões técnicas,
unidades demonstrativas, dias de campo, etc.
Os técnicos da FIPERJ também participam regularmente de congressos, treinamentos
especializados e encontros técnicos, objetivando o acompanhamento da evolução tecnológica
da atividade e as tendências do setor.

Capacitação de Técnicos e de Aqüicultores. Aprender a fazer, fazendo – filosofia de Capacitação de Aqüicultores da PEIXE-
A FIPERJ aposta nas redes de trabalho. trabalho é sucesso entre os aqüicultores SUL. Cooperativismo é vital para
assistidos pela FIPERJ desenvolver o setor.

A FIPERJ apoiou a realização do VI A FIPERJ também apoiou a realização do V Aprendizagem prática viabiliza a
Seminário Estadual de Aqüicultura Seminário Estadual de Maricultura, sustentabilidade dos projetos.
Interior, promovido pelo Sebrae. promovido pelo Sebrae.

Principais Resultados de 2007:


Nº de Aqüicultores Atendidos: 952
Nº de Cursos/Treinamentos realizados: 08
Nº de Palestras Técnicas realizadas: 16
Nº de Aqüicultores Capacitados: 195
Nº de Técnicos Capacitados: 21
Nº de Estudantes Atendidos: 290

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
26
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

B- ASSOCIATIVISMO E COOPERATIVISMO

As características fundiárias do Rio de Janeiro, de predominância de


estabelecimentos rurais de pequenas dimensões espaciais,
condicionam os empreendimentos aqüícolas ao perfil de pequeno
porte e regime de microempreendedores, muitas vezes de base
familiar. Tal realidade impõe aos aqüicultores a necessidade de
organização da produção sob formas associadas ou cooperadas, facilitando o acesso a
programas governamentais e aos bens de produção, especialmente no que se refere à
conservação, ao beneficiamento, ao escoamento e à comercialização dos produtos.

As experiências bem-sucedidas da PEIXE-SUL, RASS e


COOPERCRÃMMA viabilizam a comercialização, o processamento
e o escoamento da produção de tilápias e
rãs, principalmente, através das unidades de
beneficiamento implantadas. Novas
perspectivas de mercado estão sendo
abertas, como as peles de tilápia e de rã para
a produção de mantas de couro, que a cada
dia mais caem no gosto de estilistas do mundo fashion.

Unidade de beneficiamento de pescado Modernos equipamentos e instalações Filés de tilápia prontos para ser
dos cooperados da PEIXESUL fazem o beneficiamento de tilápias e rãs
embalados – sabor da aqüicultura do RJ
dos aqüicultores da COOPERCRÃMMA

Na maricultura, experiências bem-sucedidas também despontam, especialmente na Baía da Ilha


Grande, onde pequenas fazendas marinhas trabalham em escala comercial com a criação de
moluscos bivalves (vieiras e mexilhões) e o cultivo de algas marinhas.

Fazenda marinha na Ilha Grande Lanternas para Criações de Vieiras Exemplar de Vieira ou Coquille

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
27
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

C- LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente autoriza a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente
poluidores e aqueles capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.
A inexistência de procedimentos apropriados ao licenciamento ambiental de projetos de
pequeno porte e de baixo impacto ambiental remete a aqüicultura do RJ a uma condição
irregular e de absoluta marginalidade, fatos que causam sérios desconfortos a produtores,
técnicos e gestores. É indiscutível o fato de que a lei é igual para todos, mas adotar
procedimentos idênticos para licenciar projetos de dimensões e impactos ambientais
absolutamente distintos representa incoerência que precisa ser superada.
E quando o licenciamento ambiental refere-se à maricultura, o que é muito difícil beira ao
impossível. Os PLDM’s - Planos Locais de Desenvolvimento da Maricultura não conseguem
materializar-se, fazendo com que a delimitação de áreas específicas para a atividade,
denominadas Parques Aqüícolas, sejam cada vez mais distantes da realidade dos produtores,
retardando sobremaneira o desenvolvimento de todo o setor. Acaba que a existência de
conhecimento científico, de técnicos capazes, de linhas de crédito para financiar as atividades,
de mercados ávidos pelos produtos aqüícolas e de pessoas necessitando de trabalho e renda
não constituem elementos suficientes para proteger e regularizar os empreendimentos,
permitindo o estabelecer uma realidade ambientalmente sustentada e socialmente responsável
para a nossa maricultura.

D- CRÉDITO AQÜÍCOLA
Atualmente, existem linhas de crédito suficientemente adequadas ao financiamento de projetos
de aqüicultura. Programas como o PRONAF e o MOEDA VERDE MULTIPLICAR dispõem de
condições bastante vantajosas e adequadas às diferentes atividades aqüícolas, especialmente
em termos de taxas juros, carências, garantias de comercialização e mecanismos de proteção do
produtor, através de moeda produto.
Resta então o impasse: por qual razão o número de projetos de financiamento de crédito em
favor da aqüicultura é tão inexpressivo, a despeito dos verdadeiros potenciais da atividade em
território fluminense?
O fato é que há entre os diferentes atores envolvidos na atividade se estabelece o sentimento
de incertezas decorrentes da ausência de licenciamento ambiental regular. Assim, para o receio
generalizado entre técnicos e empreendedores de financiar com recursos de crédito
implantação de projetos que podem ser facilmente caracterizados irregulares a qualquer
momento. Por outro lado, são raros os casos onde são obtidas licenças ambientais, existindo
casos onde a sua emissão se deu após um período de tempo de 9 anos.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
28
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E- PISCICULTURA DE ÁGUAS INTERIORES


O conhecimento e o emprego de técnicas simples e adequadas garantem projetos sustentáveis,
social e economicamente, e responsáveis, ambientalmente.

Biometria permite mensurar o Uso racional de ração reduz custo de Acompanhamento e controle da
desenvolvimento do plantel de peixes. produção e protege o meio ambiente. população planctônica.

A adequação das diretrizes para o setor da piscicultura vem buscando maior eficiência para a
sua operacionalização e obtenção de resultados significativos. A assistência técnica continuada e
as iniciativas de capacitação são ferramentas indispensáveis à transferência de novas
tecnologias aos piscicultores, dando suporte e solidez aos Pólos de Piscicultura do RJ. A
integração entre os elos que compõem a cadeia produtiva da atividade deverá compatibilizar
simultaneamente o crescimento econômico, desenvolvimento, eqüidade social e equilíbrio
ecológico.

O padrão dos projetos de piscicultura do RJ: tanques de pequena superfície, com Raros são os projetos de grande porte
lâmina d’água total dos projetos menor que 2ha. no RJ, como este em Porciúncula.

Principais Resultados de 2007:


Piscicultores Atendidos: 715
Municípios Beneficiados: 25
Nº de Cursos/Treinamentos realizados: 04
Palestras Técnicas: 14
Reuniões Técnicas: 06
Público Participante: 445

Sistema de exploração em Tanqe-Rede: realidade em espelhos d’água de maior superfície. No Sul Fluminense, o Projeto
Tanque Rede na Represa de Ribeirão das Lajes, desenvolvido pela PEIXESUL e APRILAJES, conta com a orientação dos técnicos
da FIPERJ.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
29
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A pedido da Prefeitura de Itatiaia, técnicos da FIPERJ, acompanhados do presidente da Colônia de Pescadores Z-4, visitaram a
Represa de Funil, analisando o potencial para implantação de Projeto de Piscicultura em Tanque Rede. A Prefeitura pretende
discutir o assunto com FURNAS para verificar a viabilidade de um projeto de piscicultura naquele espelho d’água.

Projeto iniciado em 2007, a piscicultura ornamental é de baixo impacto ambiental, sendo apropriada para jovens aqüicu
Atualmente o mercado de peixes ornamentais do Rio de Janeiro é abastecido por produtores de outros estados, como MG

F- RANICULTURA
O ano de 2007 marcou mudanças profundas na estratégia de ação da FIPERJ para a atividade de
ranicultura. A base de ação para os trabalhos foi deslocada da sede da Fundação, localizada em
Niterói, para a Estação Experimental Almirante Paulo Moreira, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio
de Janeiro, objetivando melhorar as condições de apoio técnico e científico para os ranicultores
e suas organizações.
Diante da crescente produção e comercialização da carne de rã no Estado do Rio de Janeiro, no
qual 20 municípios desenvolvem esta atividade, a Fundação priorizou a assistência técnica
contínua, visando atender todo o setor, possibilitando assim, um incremento de quantidade e
qualidade na produção estadual.

Diferentes fases da vida do animal são trabalhadas na FIPERJ - pesquisa, assistência técnica e capacitação de ranicultores.

Por intermédio do PROGRAMA MOEDA VERDE MULTIPLICAR foram desenvolvidas ações de


fortalecimento de cooperativas e associações de produtores.
Principais Resultados de 2007:
Ranicultores Atendidos: 18
Municípios Beneficiados: 10
Nº de Cursos/Treinamentos realizados: 03 – nível básico
Ranicultores Capacitados: 32
Reuniões e Palestras Técnicas: 05

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
30
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Modernas Instalações do Abatedouro da Coopercrãmma, em Cachoeiras de Macacu, infra-estrutura que viabiliza a ranicultura.

Principais Ações:
Atualização do cadastro de ranicultores
Realização de visitas técnicas a ranários em diversos municípios
Produção de Material Didático – Boletim Técnicas para Criação de Rãs e Folder Técnico

G- MARICULTURA
A pesca marinha não é uma fonte inesgotável de recursos, ao contrário da demanda por esses
produtos. Devido ao crescimento da população e mudanças nos hábitos alimentares, o preço do
pescado, vem aumentando continuamente, afastando uma parcela significativa de
consumidores, dessa excelente fonte de proteína animal. Essa tendência só será revertida com
fornecimento regular de produtos de qualidade, provenientes da Maricultura.
O desenvolvimento da Maricultura surge então como alternativa sócio-econômica aos
pescadores artesanais, principalmente na geração de novos empregos e oportunidades para
jovens em suas áreas de origem.

 MALACOCULTURA: Criação de Moluscos Bivalves  Mexilhões, Vieiras e Ostras:


Mexilhão (Perna perna)  espécie que se fixa a costões rochosos na faixa da variação de
maré. Seu cultivo pode variar de 8 a 10 meses de acordo com as condições locais.

Fazenda marinha de mexilhões – I. Grande. Corda com colônia de mexilhões. Mexilhões cozida.

Coquilles ou Vieiras (Nodipecten nodosus)  espécie de hábito bentônico com grande


sensibilidade à variação de salinidade. Do crescimento à fase comercial são 12 a 18 meses.

Fazenda marinha de Vieira – Ilha Grande. Maricultor com lanterna de Vieira. Vieiras - produtos da fina gastronomia.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
31
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Ostras do Mangue (Crassostrea rhizophorae)  espécie com características estuarinas que


se fixam nas raízes de mangues. Suportam variedade de salinidade e amplitude de maré.
Ostra do Pacífico (Crassostrea giga)  espécie com características a mais popular no mundo,
conhecida como ostra japonesa ou ostra do Pacífico. No Brasil a espécie atinge tamanho
comercial em oito meses, contra dois anos nos Estados Unidos e na Europa.

Ostra giga. Ostras frescas conservadas em gelo. Ostras - produtos da fina gastronomia.

Principais Resultados de 2007:


Maricultores Atendidos: 18
Municípios Beneficiados: 06
Associações de Maricultores Atendidas: 01
Empresas Produtoras Atendidas: 03

VI- PESQUISA PESQUEIRA E AQÜÍCOLA

Voltada para as áreas aqüícola e pesqueira, a pesquisa desenvolvida pela FIPERJ consiste em
importante pilar de sua ação institucional, uma vez que objetiva aumentar o acervo de
conhecimentos e também o uso desses conhecimentos para desenvolver aplicações, atividades,
produtos ou processos, novos ou tecnologicamente aprimorados.

Para tanto, a Fundação conta com uma equipe de 09 pesquisadores, distribuída em suas duas
unidades de pesquisa.

1- UNIDADES DE PESQUISA E LINHAS DE ESTUDO

a) Estação Experimental de Aqüicultura Almirante Paulo Moreira - Guaratiba, Rio de Janeiro.

Produção e Nutrição de Organismos Aquáticos – peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios,


algas, etc.
Ecossistemas Costeiros
Ecologia de Peixes, Crustáceos, Moluscos, Anfíbios, Algas, etc.
Algologia
b) Estação Experimental de Aqüicultura Interior - Campos dos Goytacazes.

Piscicultura com fins de Engorda, Ornamental e Reposição Ambiental


Ecossistemas Ribeirinhos

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
32
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2- PRINCIPAIS RESULTADOS EM 2007

a) ECOLOGIA E ECOSSISTEMAS COSTEIROS

O Manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre a terra e o mar, próprio para a


alimentação, proteção e reprodução de diversas espécies. Os manguezais funcionam como uma
verdadeira maternidade e berçário de várias espécies. Esta linha de pesquisa está direcionada,
diante da necessidade urgente de recuperar e preservar esse ecossistema na Baía de Guanabara
e na Baía de Sepetiba. A base onde são realizadas as pesquisas referentes à produção de mudas
e ao cultivo de plantas de mangue para reflorestamento de áreas degradadas é a Estação
Estuarina Almirante Paulo Moreira – EEAPM. A restauração prática e efetiva desses
ecossistemas pode ser realizada em toda a costa fluminense, através da celebração de parcerias
de cooperação institucional, com participação efetiva das comunidades locais, voltadas para a
produção de mudas, a implantação e a revitalização de mangues. Para tanto são estabelecidas
Unidades de Observação e de Demonstração, fundamentadas a partir de ações de extensão
pesqueira, de assistência técnica e de capacitação voltadas diretamente para representantes
selecionados na comunidade local.

A FIPERJ desenvolve pesquisa e estudos sobre os manguezais, dominando a tecnologia para a revitalização desse importante
ecossistema.

Bioecologia dos peixes da Baía de Sepetiba.


Ecologia de comunidades de peixes do Canal do Bacalhau, no manguezal de Guaratiba –
Baía Sepetiba – RJ.
Ecologia dos peixes da zona de arrebentação em praias arenosas do município do Rio de
Janeiro.
Produção de mudas e cultivo de plantas de mangue para reforço no reflorestamento de
áreas degradadas.

Baía de Sepetiba: manguezal, peixes capturados com deformidades; cercada de captura de peixes e coleta de caranguejos.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
33
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) ALGOLOGIA

As algas microscópicas – fitoplânctons, são de elevada importância por constituírem o primeiro


nível trófico da cadeia alimentar nos ecossistemas aquáticos marinho e dulcícola, garantindo a
alimentação de larvas de moluscos, crustáceo, e peixes.

Microalgas são organismos fundamentais na base da alimentação de larvas de moluscos, crustáceos, peixes, etc.

Atualmente, mais de 150 espécies de algas são usadas comercialmente para prover alimentos
aos seres humanos e animais, servir como agentes espessantes em sorvetes e eliminar doenças
em forma farmacêutica. O que poucos sabem é que as algas e outros plânctons podem ser
usados como biomassa para produção de biocombustíveis.

As algas usam a energia do sol, para converter água e CO2 em biomassa. São organismos
fotossintéticos que utilizam o ambiente aquático para se desenvolverem, ao contrário do
biodiesel que estamos acostumados a ver, que é produzido a partir de plantas cultivadas na
terra.

Na Estação Experimental Almirante Paulo Moreira – EEAPM, a FIPERJ desenvolve importantes


trabalhos na área da algologia e dos demais microorganismos planctônicos, com destaque para:

obtenção de culturas em massa de fitoplânctons para fins de aqüicultura,


estudos no emprego de biomassa algal na produção de biodiesel
acompanhamento técnico nos cultivos de macroalgas para aproveitamento industrial.

Pesquisas em Desenvolvimento
Culturas de Rotíferos
Cultura de Copépodes
Estudos para emprego da biomassa algal como biocombustível - seqüestro de carbono

Projetos em Andamento
Manejo e Conservação dos Caranguejos de Importância Econômica do Estado do Rio de
Janeiro
Avaliação do Desenvolvimento de Larvas da Ostra de Mangue (Crassostrea rhizophorae)
Alimentadas com Microalgas Marinhas Nativas .

Público Atendido pelo Técnico/Pesquisador


Aqüicultores - 28
Estudantes Universitários – 100
Estudantes do Ensino Médio - 70

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
34
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

C) PRODUÇÃO E NUTRIÇÃO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS


Instalada na Estação Experimental de Aqüicultura Almirante Paulo Moreira - EEAPM, a Unidade
de Tecnologia do Pescado - UTPo, realiza trabalhos de pesquisa relacionados à nutrição de
organismos aquáticos. O objetivo principal das pesquisas é determinar as exigências de
nutrientes essenciais de espécies de pescados com importância para a aqüicultura brasileira, em
especial para o Rio de Janeiro. Assim, desenvolve pesquisas relacionadas às exigências
energéticas (balanço proteína/energia) e lipídicas e ácidos graxos para peixes, principalmente.
A elevada demanda atual sobre a maricultura, especialmente sobre a criação de moluscos
bivalves e a demanda por informações técnicas e científicas pelos produtores, técnicos e
instituições de ensino e extensão fizeram com que a FIPERJ priorizasse o estabelecimento de
uma nova linha de pesquisa aplicada a essa atividade.
Em 2007, foi implantado na EEAPM um laboratório estruturado para desenvolver estudos sobre
o cultivo/criação e nutrição de novas espécies de organismos aquáticos marinhos.

Instalações do novo laboratório para estudos de Produção e Nutrição de Organismos Aquáticos.

Principais Projetos Elaborados em 2007:


Avaliação Nutricional e Histológica da Ostra Nativa Crassostrea rhizophorae (Guilding,
1828), Mollusco Bivalvea. (Projeto aprovado em 2008 para o biênio 06/08).
Apoio ao desenvolvimento da malacocultura no Estado do Rio de Janeiro através do
monitoramento da sanidade da vieira (Nodipecten nodosus, Linnaeus,1758): Efeito da
contaminação microbiana induzida na larvicultura e na composição nutricional.
Aproveitamento integral de resíduos da indústria do biodisel e café: projeto de enzimas
de interesse industrial de toxificação e reuso como ração para piscicultura.
Avaliação do desenvolvimento de larvas da ostra do mangue (Crassostrea rhizophorae)
alimentadas com microalgas marinhas nativas.
Implantação da Rede de Piscicultura Marinha.

Projetos e Frentes de Trabalho em Andamento:


Avaliação Nutricional e Histológica da Ostra Nativa Crassostrea rhizophorae (Guilding,
1828), Mollusco Bivalvea (em execução).
Implantação da Rede de Piscicultura Marinha (em execução).

Público Atendido pelo Técnico/Pesquisador


Aqüicultores – 200.
Estudantes Universitários – 110.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
35
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

D) RANICULTURA

O desenvolvimento da pesquisa na área de ranicultura direciona esforços para experimentos


para a melhoria da produção da criação comercial nos ranários: primeiro, com a elaboração de
um regime alimentar utilizando-se, ainda, as rações existentes no mercado; num segundo passo,
a utilização de novas fontes de ingredientes na alimentação dos girinos, objetivando melhorar a
digestibilidade e aumentar a absorção dos nutrientes. Estas novas etapas da investigação serão,
sempre, acompanhadas de estudos histopatológicos, que mostrarão a sanidade dos animais em
observação, que já vem sendo realizados pelo Instituto Biológico de São Paulo.
Acoplado a estas ações, foi iniciado no mês de setembro de 2006, junto ao Centro de
Biotecnologia Agropecuária da Universidade Federal de Viçosa (BIOAGRO), Departamento de
Bioquímica e Biologia Molecular da UFV, o projeto “AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ENZIMÁTICAS
NA FORMAÇÃO DO TRATO DIGESTÓRIO DE GIRINOS DE RÃ-TOURO (Rana catesbeiana SHAW,
1802)”, que se encontra em fase final de conclusão. Foram acompanhadas, quantitativa e
qualitativamente, as atividades das enzimas digestivas destes anuros durante o seu período
larvar.

Projetos e Frentes de Trabalho em Andamento:


Efeito do nível de proteína na ração sobre o desenvolvimento de girinos de rã-touro
(rana catesbeiana shaw, 1802).
Melhoria da técnica de criação da Rã-touro (Rana catesbeiana) em cativeiro, utilizando
manejos nutricional e sanitário.
Avaliação do desempenho da rã-touro (Rana catesbeiana SHAW, 1802)
submetida a alimentação com rações comerciais para engorda, utilizando-se os
parâmetros zootécnicos, rendimento de carcaça e condição de higidez.

Avaliação das relações dos níveis de energia metabolizável e proteína bruta em


rações balanceadas, para as fases de crescimento e terminação da rã-touro
(Rana catesbeiana SHAW, 1802), utilizando-se os parâmetros zootécnicos, o
rendimento de carcaça e o estado de higidez dos animais.

Avaliação do desempenho de girinos da rã-touro (Rana catesbeiana SHAW,


1802) submetidos a alimentação com rações comerciais, utilizando-se os
parâmetros zootécnicos e condição de higidez.

Efeito do nível de proteína na ração sobre o desenvolvimento de girinos de rã-


touro (Rana catesbeiana SHAW, 1802)

Avaliação das atividades enzimáticas na formação do trato digestório de girinos


de rã-touro (Rana catesbeiana SHAW, 1802).

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
36
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E) AQÜICULTURA INTERIOR
Os avanços da piscicultura ganharam forças no contexto sócio econômico do setor do
agronegócio, quando se percebeu as suas potencialidades, quando em comparação com outras
atividades agrícolas.
Os aperfeiçoamentos tecnológicos da atividade têm sido significativos, desempenhando um
importante papel na melhoria das condições sócio econômicas das populações rurais.
Existe, portanto, a necessidade de geração de tecnologia regional para a transformação da
piscicultura de subsistência ou artesanal em uma atividade produtiva, rentável e
ambientalmente responsável.
Os trabalhos concentram-se na Estação Experimental de Aqüicultura Interior e contam com toda
a sua infra-estrutura, que é composta de laboratório de reprodução artificial de peixe de água
doce, viveiros para produção e pesquisas de espécies nativas, além de uma Unidade de
Processamento e Beneficiamento de Pescado.

Há forte potencial para o estabelecimento da Piscicultura Ornamental no Estado do Rio de


Janeiro, considerando as condições naturais e a demanda da população fluminense, amante da
aquariofilia. Atualmente, o mercado fluminense é abastecido em sua grande parte por
piscicultores familiares da Zona da Mata Mineira. A atividade demanda pequeno volume de
água e reduzido espaço físico, caracterizando-se assim como de baixo impacto sobre o meio
ambiente. Pra lograr o êxito necessário, requer organização associativa/cooperativa dos
produtores, sendo particularmente interessante para a geração de emprego e renda para jovens
rurais.

Projetos Elaborados
Introdução do cultivo de peixes ornamentais para assentados rurais do Zumbi dos
Palmares em Campos dos Goytacazes e São Francisco do Itabapoana no Estado do Rio
de Janeiro – Projeto de Desenvolvimento e Cidadania Petrobrás.
Produção de Piau-açú (Leporinus macrocephalus) para aqüicultores familiares e
pescadores artesanais das regiões norte e noroeste fluminense.

Participação em Cursos:
Curso de Pós-graduação latu sensu, em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem
Animal

Criação de Peixes Ornamentais. Estação Experimental Aqüicultura Matriz de Tilápia para reprodução.
Interior.

Público Atendido pelo Técnico/Pesquisador


Aqüicultores - 46
Estudantes – 82

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
37
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

VII- MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Em todo o mundo, a redução dos estoques pesqueiros tem origem em vários


fatores que vão da pesca predatória à degradação ambiental, causada pelas
diferentes formas de ocupação humana e pela poluição industrial, que
afetam negativamente os oceanos, os recifes de corais, os manguezais, as
zonas estuarinas, etc.
Estudos recentemente divulgados, patrocinados pela ONU/FAO, sobre a
poluição dos oceanos apontam diretamente para problemas decorrentes do
efeito estufa, do aquecimento global, da pesca predatória, da poluição
industrial e da ocupação humana desordenada, sendo que, na Região Sudeste do Brasil, os
principais agentes da degradação dos mares estão relacionados à atividade de petróleo e ao
despejo de esgotos e lixos urbanos.

Derramamento de óleo de navio polui a Despejo de esgoto na Lagoa de


praia de Icaraí – Niterói. Jacarepaguá.

É imperioso compreender a necessidades de proteger o ambiente, onde a pesca se desenvolve,


preservando-o também dos efeitos degradantes decorrentes de outras atividades que
impactam-no sobremaneira, não limitando as ações de fiscalização ao combate à pesca
predatória, apenas.

Em 2003, derramamento de produtos Mortandade de peixes no Canal do Cunha Pescador da Ilha do Governador tenta
tóxicos no Rio Pomba, arrasou a pesca – Baía da Guanabara – Rio de Janeiro. vencer a poluição e levar o seu barco
ribeirinha. ao mar.

A atividade pesqueira talvez seja a atividade que mais necessita de um ambiente limpo, sadio e
preservado para sobreviver, motivo pelo qual urge a necessidade de adoção de um modelo de
gestão pautado num Código de Conduta para uma Pesca Responsável.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
38
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Comunidade Pesqueira no Canal do Cunha Derramamento de óleo na Baía da Despejo de esgotos urbanos na
– sob a Linha Vermelha – poluição Guanabara, em 2005. Lagoa de Araruama é causa
ambiental e exclusão social no Complexo mortandade de peixes.
da Maré.

A FIPERJ atua no sentido de apoiar ações propositivas, indutoras da construção de ambiente de


coexistência pacífica e de responsabilidade social e ambiental, entre as diferentes atividades de
interesse econômico e a pesca.

Em 2007, a FIPERJ esteve presente junto às comunidades pesqueiras em momentos críticos,


quando os pescadores tiveram suas atividades laborais bastante prejudicadas, chegando a ser
suspensas em alguns casos. A imprensa noticiou os fatos mais marcantes, como aqueles
ocorridos nas Lagoas de Araruama e de Jacarepaguá, com mortandades freqüentes de peixes,
decorrentes dos derramamentos de esgotos domiciliares in natura nestes espelhos d’água, sem
o tratamento adequado. Os órgãos ambientais se limitaram a atribuir as mortandades à
ocorrência de algas tóxicas, sem esclarecer, no entanto, que estes organismos desenvolvem-se
em ambientes ricos em matéria orgânica. Não se tem informações de que os responsáveis pelos
danos tenham sidos identificados e punidos, conforme prevê a legislação, creditando os
prejuízos à conta dos pescadores, que não puderam capturar nem comercializar, enquanto
perduraram aquelas situações desastrosas.

Mortandade de peixes na Lagoa de


Araruama: um problema ambiental
recorrente, que trouxe sérios
prejuízos econômicos, sociais e
ambientais à pesca artesanal da
Região dos Lagos em 2007.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
39
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1- EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental representa especial instrumento para ação direta da FIPERJ em favor da
pesca sustentável e do meio ambiente saudável, consistindo em importante instrumento de
mudança de comportamental.

Consiste, portanto, em ferramenta essencial para sensibilização e adoção de um modelo de


gestão pautado no Código de Conduta para uma Pesca Responsável proposto pela FAO.

Rio Paraíba do Sul, município de Itaocara – A FIPERJ apoiou o Projeto Piabanha, que promove a reposição das espécies de peixes
nativas, através da soltura de alevinos, após o desastre ambiental da Indústria Cataguazes de Papel, em 2003, que resultou em
grande mortandade de espécies de peixes nativas do Rio Paraíba do Sul.

No DIA MUNDIAL DA ÁGUA, na Estação Experimental de Aqüicultura Almirante Paulo Moreira,


em Guaratiba, Rio de Janeiro, a FIPERJ realizou o 1º ENCONTRO PARA CONSCIENTIZAÇÃO DE
JOVENS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CONSERVAÇÃO DA ÁGUA, que envolveu intensa
participação de 47 alunos e professores do CIEP 305 – Heitor dos Prazeres.

Na oportunidade, foram debatidos os dez artigos da "DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS


DA ÁGUA". Pesquisadores da FIPERJ e professores do CIEP ministraram palestras, estabelecendo
um animado e concorrido debate sobre a importância da água para a manutenção da vida no
planeta Terra, a necessidade da preservação dos recursos hídricos e de suas condições de
potabilidade para as gerações futuras.

Os alunos demonstraram grande interesse em observar nos microscópios os diferentes organismos planctônicos, que são base
da cadeia alimentar, além de visitar o ranário e outras unidades de pesquisa existentes na Estação.

Os alunos conheceram as diferentes unidades de pesquisa com organismos aquáticos na Estação


Experimental e também puderam ver através de microscópios importantes microorganismos da
coleção de fitoplanctons e zooplanctons que a FIPERJ mantém e saber sobre a importância
destes seres na cadeia ecológica.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
40
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O ponto alto do Encontro foi o painel com a exposição de desenhos artísticos temáticos dos
alunos das diversas turmas participantes.

Comemorações do Dia Mundial da Água – alunos do CIEP Heitor dos Prazeres puderam debater vários temas, como a "Importância
da Água para Manutenção da Biodiversidade", além de poder apreciar uma exposição sobre a conservação da natureza

VIII- DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS DE PESQUISA:

Painel XII Congresso Latino Americano de Ciência do Mar - XII COLACMAR


Boletim Informativo da FAPERJ – Alimentação para Larvas de Caranguejos
Revista Boletim do Instituto de Pesca - Maricultura
Revista Boletim do Instituto de Pesca – São Paulo
Revista Estuarine Coastal and Shelf Science
Revista Fisheries Manangenent and Ecology
Revista Panorama da Aqüicultura
Revista Aquaculture
Revista Aquaculture Nutrition
Journal of the World Aquaculture Society
Periódico Nacional BIOTEMAS – Mestrado – UFSC
Revista Rio Pesquisa, Ed. FAPERJ, n°1, p.18-19, 2007.
Congresso Mundial de Aqüicultura - EUA
Congresso Caribenho e Latino-americano de Aqüicultura – Porto Rico
V Seminário Estadual de Maricultura - Cabo Frio
X EBRAM - Encontro Brasileiro de Malacologia – Rio de Janeiro
VI Seminário Estadual de Aqüicultura Interior – Cabo Frio
44ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia
4ª SEAFOOD - Feira Internacional de Pescados, Mariscos e Tecnologia para a Indústria da
Aqüicultura e Pesca

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
41
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

IX- PRINCIPAIS PROGRAMAS E REDES DE TRABALHO:

Programa Moeda Verde Multiplicar


Pólos de Piscicultura
Cultivo Intensivo de Tanques-rede / Gaiola no Ribeirão das Lajes
Programa Rio Rural GEF - Piscicultura e Pesca Artesanal no Norte e Noroeste Fluminense
Conselho Estadual de desenvolvimento Rural Sustentado - CEDRUS
Câmara Técnica de Agricultura Familiar do CEDRUS
Terminais Pesqueiros Públicos – Rio de Janeiro e Niterói
Fórum de Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros do Estado do Rio de Janeiro
Programa Nacional de Aqüicultura - EMBRAPA
Comitê Bacia Lagos São João
Lagoa de Araruama – Defeso Específico e Ordenamento Pesqueiro
Cultivando a Sustentabilidade da Piscicultura Familiar – São Gonçalo
Gestão Estratégica Orientada para Resultados – Piscicultura, Ranicultura, Maricultura e
Mercado de Peixes São Pedro-Niterói
Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo
Rede de Piscicultura Marinha - RPM

X- PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS:

Congresso Mundial de Aqüicultura - EUA


Congresso Caribenho e Latino-americano de Aqüicultura – Porto Rico
4ª SEAFOOD - Feira Intern. Pescados, Mariscos e Tecnologia para a Ind. Aqüicultura e Pesca
iS-expo, Exposição Internacional de Ingredientes e Soluções para a Indústria Alimentícia
I ESAE - Encontro Estadual de Agroenergia
XII COLACMAR - Congresso Latino Americano de Ciências do Mar
V Seminário Estadual de Maricultura - Cabo Frio
X EBRAM - Encontro Brasileiro de Malacologia – Rio de Janeiro
VI Seminário Estadual de Aqüicultura Interior – Cabo Frio
VI Piraí Fest Paladar – Festival de Gastronomia e Cultura de Piraí
I Encontro de Piscicultores de Nova Iguaçu
I Jornada de Gastronomia da Universidade Estácio de Sá
44ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia
V Semana Acadêmica UNISUAM das Ciências da Saúde e Ciências Biológicas
V Semana do Produtor Rural da UENF – Campos dos Goytacazes
VII Semana do Produtor Rural do Colégio Agrícola Federal de Bom Jesus do Itabapoana
X Festival do Mexilhão de Angra dos Reis
Reuniões Técnicas do Projeto Tanque Rede na Represa de Ribeirão das Lajes
Reuniões Técnicas do GEOR - Gestão Estratégica Orientada para Resultados
Reunião Técnica do Grupo de Pesquisa do Projeto Aquabrasil de manejo Aqüícola
Reuniões Técnicas - Comitê Organizador Internacional - Congresso Mundial de Aqüicultura
Curso de Pesquisa Participativa – Rio Rural – GEF
Dia Especial – Dia internacional da Água
Seminário Regional CRMV-RJ Itinerante – Campos dos Goytacazes e Itaperuna

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
42
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Treinamento Prático em Fazendas Marinhas – Rio Maricultura – Ilha Grande – Angra Reis
Curso Elaboração e Gestão de Projetos Sócio–ambientais – GAIA – A. Cabo e Cabo Frio
Curso de Piscicultura – UENF
Curso de Fabricação de Embutidos – UENF
Curso Técnicas de Manipulação e Processamento de Pescado no Entreposto de Piraí

XI- RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL:


Por longos tempos, as instituições públicas brasileiras cometeram o equívoco de pensar que
poderiam atingir os seus objetivos agindo de forma isolada e reativa. Tal estratégia sucumbiu ao
fracasso, pois as instituições que mantiveram este princípio afastaram-se de sua missão social.

Dessa forma, a FIEPRJ é uma instituição predisposta ao estabelecimento de relações inter-


institucionais de parcerias e de co-responsabilidade em áreas de interesse comum, em favor do
pescador, da pesca e do ambiente onde ela se desenvolve.

Em diversas oportunidades, a FIPERJ vem contribuindo de forma decisiva e construtiva para que
o seu público encontre condições de acesso a programas e ações públicas, considerando-se os
três níveis de governo. A começar pelo próprio Governo Estadual e o fortalecimento de linhas
programáticas em favor do setor pesqueiro. Em nível Federal, colaborar para ampliação da
abrangência de cobertura de seus programas. E nos municípios, a parceria com as prefeituras e
suas diversas secretarias, fundamental para o estabelecimento da sinergia necessária à
consecução de nossas missões institucionais em favor da aqüicultura e da pesca fluminense.

No plano da iniciativa privada a situação não é diferente. A FIPERJ crê na eficácia e na


construção de ações mútuas em prol das comunidades pesqueiras e reafirma a sua disposição
frente ao estabelecimento de ações conjuntas em prol do segmento pesqueiro.

1- ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO:
ACRIMAC - Associação dos Coletores e Criadores de Mariscos de Arraial do Cabo
AMALIS - Associação dos Maricultores do Litoral Sul Fluminense
AMAPERÓ - Associação dos Maricultores do Peró
AMAR-CF - Associação dos Maricultores de Cabo Frio
AMBIG - Associação de Maricultura da Baia da Ilha Grande
ANFAL - Associação Nacional dos Fabricantes de Ração
APAC - Associação de Pescadores de Arraial do Cabo
APELGA - Associação de Pescadores Livres do Gradin
APESCASIRILUZ - Associação de Pescadores e Catadores de Siri da Praia da Luz
APREBAN - Associação dos Pescadores do Recreio dos Bandeirantes
APRILAJES – Associação de Piscicultores de Ribeirão das Lajes
APSJ - Associação de Pescadores do Rio São João - Cabo Frio
AQUABIO - Associação Brasileira de Aqüicultura e Biologia Aquática
ACQUAPEIXE – Associação Regional de Piscicultores do Vale do Macacu
AREMAC - Associação da Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo
AREMAC Associação da Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo
Associação de Barqueiros de Arraial do Cabo

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
43
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Associação de Pescadores da Barra da Tijuca - APELABATA


Associação de Pescadores da Barra da Tijuca - APELABATA
Associação de Pescadores da Gamboa – Cabo Frio
Associação de Pescadores da Ilha da Madeira
Associação de Pescadores da Ilha da Madeira
Associação de Pescadores da Praia da Pitória – São Pedro D’Aldeia
Associação de Pescadores da Praia do Siqueira – Cabo Frio
Associação dos Barqueiros de Boca Aberta
Associação dos Maricultores de Armação dos Búzios
Associação dos Pescadores da Praia do Siqueira

Colônia de Pescadores Z- 02 – São João de Barra


Colônia de Pescadores Z- 04 – Cabo Frio
Colônia de Pescadores Z- 05 – Arraial do Cabo
Colônia de Pescadores Z- 06 – São Pedro da Aldeia
Colônia de Pescadores Z- 07 – Itaipú / Niterói
Colônia de Pescadores Z- 08 – Niteroí
Colônia de Pescadores Z- 09 – Magé
Colônia de Pescadores Z- 14 – Pedra de Guaratiba / Rio de Janeiro
Colônia de Pescadores Z- 15 – Sepetiba / Rio de Janeiro
Colônia de Pescadores Z- 16 – Mangaratiba
Colônia de Pescadores Z- 17 – Angra dos Reis
Colônia de Pescadores Z- 23 – Armação dos Búzios
Colônia de Pescadores Z- 24 – Saquarema
Colônia de Pescadores Z- 25 – Itatiaia

Conselho Regional de Biologia – 2ª Região RJ e ES - CRBio 2


Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia - CRMV
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-RJ

Cooperativa Agrícola de Santo Eduardo - Campos dos Goytacazes


Cooperativa PEIXESUL - Cooperativa dos Aqüicultores do Sul Fluminense Ltda.
COOPERCRÃMA – Cooperativa de Piscicultores e Ranicultores do Vale Macacu e Adjacências

FAERJ - Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro


FAPESCA – Federação das Associações de Pescadores do estado do Rio de Janeiro
FEPERJ - Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro
FETAG – Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Rio de Janeiro
FNTTAA - Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Afins
FIRJAN – Federação das Industrias do Estado do Rio de Janeiro
RASS - Ranicultores Associados do Estado do Rio de Janeiro
SAPERJ - Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro
SIPERJ - Sindicato das Indústrias de Pesca do Estado do Rio de Janeiro
UEPA-RJ - União das Entidades de Pesca e Aqüicultura do Estado do Rio de Janeiro

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
44
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2- ENTIDADES DE PESQUISA:
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária / Agroindústria de Alimentos
FIOCRUZ – Fundação Instituto Oswaldo Cruz
IBAMA / CEPSUL - Centro Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul
IB-SP - Instituto Biológico de São Paulo
IED-BIG - Instituto de Eco-desenvolvimento da Baia da Ilha Grande
Instituto de Pesca de São Paulo
PESAGRO-RIO - Empresa de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

3- ENTIDADES DE ENSINO:
USU - Universidade Santa Úrsula
USS - Universidade Severino Sombra
USP - Setor de Ictiologia do Museu de Zoologia
UNISUAM - Sociedade Unificada de Ensino Superior Augusto Motta
UFV - Universidade Federal de Viçosa
UFRRJ–Universidade Federal Rural do Rio Janeiro/Est.BiologiaMarinha/Lab.Ecolog. Peixes
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro / Setor de Ictiologia - Museu Nacional
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFF – Universidade Federal Fluminense /
UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Dpto. Oceanografia
UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense
UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana
PUC - Pontifícia Universidade Católica do RJ
IEAPM - Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira
FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande
FERLAGOS – Fundação de Ensino da Região dos Lagos
FAETEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica
ESTÁCIO - Universidade Estácio de Sá – Campus Cabo Frio
Estação de Biologia Marinha - UFRRJ
Escola Municipal Professor Castilho
Escola Municipal Margarete Mieeh
Escola Municipal Euclides da Cunha.
Colégio Agrícola Federal de Bom Jesus de Itabapoana
Colégio Agrícola Estadual Antônio Sarlo
CIEP 305 Heitor dos Prazeres

4- ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE ÂMBITO FEDERAL:


BB - Banco do Brasil
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CEF - Caixa Econômica Federal
FURNAS Centrais Elétricas - Usina de Campos dos Goytacazes
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento / Serviço de Inspeção Federal
MD - Ministério da Defesa / Marinha do Brasil – Capitania dos Portos do RJ
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
45
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

MMA - Ministério do Meio Ambiente


MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia / FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.
SEAP-PR - Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República

5- ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE ÂMBITO ESTADUAL:


ALERJ – Assembléia Legislativa do RJ – Comissão de Agricultura
CASERJ – Companhia de Silos e Armazéns do Estado do Rio de Janeiro
CEASA – Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro S.A.
CEDAE – Companhia Estadual de Águas e Esgotos
DRM – Departamento de Recursos Minerais
EMATER-RIO – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro
FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Janeiro
FEEMA - Fundação de Engenharia do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro
IEF - Instituto de Estadual de Florestas
ITERJ – Instituto de Terras e de Cartografia do Estado do Rio de Janeiro
PRODERJ – Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro
SEA - Secretaria de Estado do Ambiente
SEAPPA – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento
SECT- Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia
SEDIS - Secretaria de Estado e Desenvolvimento, Indústria e Energia
SEE – Secretaria de Estado de Educação
SERLA – Superintendência Estadual de Rios e Lagoas
SES – Secretaria de Estado de Saúde
SETRAB – Secretaria de Estado do Trabalho

6- ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE ÂMBITO MUNICIPAL:


Prefeitura Municipal de Angra dos Reis - Secretaria de Pesca
Prefeitura Municipal de Araruama
Prefeitura Municipal de Arraial do Cabo - FIPAC - Fundação Instituto de Pesca de A. do Cabo
Prefeitura Municipal de Barra do Piraí
Prefeitura Municipal de Barra Mansa
Prefeitura Municipal de Cabo Frio - Secretaria de Meio Ambiente
Prefeitura Municipal de Cachoeiras de Macacu
Prefeitura Municipal de Casimiro de Abreu - Secretaria de Agricultura
Prefeitura Municipal de Itaboraí
Prefeitura Municipal de Itaguaí
Prefeitura Municipal de Itatiaia - Secretaria de Indústria, Comércio e Agricultura
Prefeitura Municipal de Magé
Prefeitura Municipal de Mangaratiba - Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca
Prefeitura Municipal de Maricá
Prefeitura Municipal de Niterói – Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia
Prefeitura Municipal de Nova Iguaçú
Prefeitura Municipal de Paracambi
Prefeitura Municipal de Pinheiral
Prefeitura Municipal de Piraí - Secretarias de Agricultura / Turismo e Meio Ambiente
Prefeitura Municipal de Rio Claro
Prefeitura Municipal de Rio das Flores
F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
46
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Prefeitura Municipal de Rio de Janeiro


Prefeitura Municipal de São Gonçalo - Secretaria de Meio Ambiente
Prefeitura Municipal de Saquarema - Secretaria de Agricultura e Pesca
Prefeitura Municipal de Seropédica
Prefeitura Municipal de Silva Jardim
Prefeitura Municipal de Valença
Prefeitura Municipal de Volta Redonda
Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes
Prefeitura Municipal de Paraty - Secretaria de Meio Ambiente
Prefeitura Municipal de Iguaba Grande - Secretaria de Agricultura e Pesca
Prefeitura Municipal de Porto Real

7- ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS:


Aqüicultura Sem Fronteiras
Consórcio Lagos - São João
FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
LIGHT - Light Serviços de Eletricidade S.A
Projeto PIABANHA
SEBRAE-RJ – Serviço de Apoio apequena Empresa do Estado do Rio de Janeiro
SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SESC – Serviço Social do Comércio
SESI – Serviço Social da Indústria
SHELL do Brasil
WAS - World Aquaculture Society

XII- PALAVRAS FINAIS:

Graças a todo esse esforço conjunto chegamos ao final do ano de 2007 com resultados
quantitativos e qualitativos significativamente relevantes. Superando paulatinamente as
dificuldades cotidianas de um orçamento público dos menores e de uma infra-estrutura que
requer melhorias básicas, conseguimos atender a um contingente de quase 4.000 pessoas, entre
pescadores, aqüicultores e suas famílias.
Nosso Relatório de Atividades do ano de 2007 mostra não só resultados e ações frias e
numéricas. Sobretudo mostra os ganhos sociais atestados pelo nosso público pela maneira mais
franca: a do sentimento. São produtos do esforço de trabalho árduo e o compromisso
profissional de uma equipe de pouco mais de 60 funcionários, que, movida pelo sonho e
impulsionada pela paixão, sente-se arrebatada pela Sinergia oriunda da magia e do desejo de
realizar e construir.
A todos os nossos amigos e parceiros o nosso muito obrigado e até breve.

Nenhum homem é uma ilha completa em si mesma.


Todo homem é um pedaço do continente,
Uma parte de terra firme.
Se um torrão de terra for levado pelo mar a Europa fica menor, como se tivesse perdido um promontório
ou perdido o solar de um amigo teu ou o teu próprio - JOHN DONE

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
47
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Em 22 de março de 1992 a ONU, Organização das Nações


Unidas, instituiu o "Dia Mundial da Água", publicando um
documento intitulado
"DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA.

Declaração Universal dos Direitos da Água

1º- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada
região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.
2º- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal
ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação,
a cultura ou a agricultura.
3º- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito
limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
4º- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos.
Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da
vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos,
por onde os ciclos começam.
5º- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo
aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação
moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6º- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se
saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em
qualquer região do mundo.
7º- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua
utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma
situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8º- A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica
para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo
homem nem pelo Estado.
9º- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as
necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10º- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em
razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

F
FIIIP
F PE
P ER
ERRJ
J–
J –2
– 20
2 00
0 07
077
48

You might also like