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DIREITO E HISTÓRIA

Direito dos povos sem escrita


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Direito sem escrita: Caracterizado pela ausência de textos escritos, um direito


que era transmitido oralmente, inexistindo códigos ou leis escritas, respeitados
religiosamente.
Direito e Religião: A base de todo direito era a religião, o homem vivia temente
aos poderes sobrenaturais, e ao que poderia acontecer caso transgredisse. Temia o
castigo do poder divino, podendo desencadear sobre o indivíduo ou por todo o grupo
uma série de calamidades. Inspirados por estes temores e superstições, ditavam-se
as regras de conduta.
Direitos em nascimento: Não há ainda uma consciência do jurídico, sendo a religião
a base das regras de conduta do indivíduo na sociedade. Os costumes ditam as
regras, que são voltadas para os interesses do grupo e não para os indivíduos.
Fontes do Direito: O costume é a principal fonte do direito nessas comunidades, o
precedente judiciário, provérbios e adágios.
Casamento: Realizado por membros de família diferentes; existia a tolerância da
poligamia, mas sendo mais comum a união de um homem com mais de uma mulher,
ocorrendo muito raramente a poliandria.
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Direito Mesopotâmico
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O Código de Hamurabi, até pouco tempo o primeiro código de leis que se tinha
notícia, é uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições semitas. Ele
apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para
uma vasta gama de crimes. Contém 282leis, abrangendo praticamente todos os
aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio, propriedade,herança, direitos
da mulher, família, adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais
características são: Pena ou Lei de Talião, isto é, “olho por olho, dente por
dente” (o castigo do criminoso deveria ser exatamente proporcional ao crime por
ele cometido), desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a
posição social da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes (os
homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os
mushkhinum) e igualdade de filiação na distribuição da herança. O Código de
Hamurábi reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos
preços, organização dos artesãos, etc.) e garantir o regime de propriedade privada
da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os
mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os julgamentos.
Anterior ao Código de Hamurábi, tem-se o Código de Ur-Nammu, descoberto em 1952
pelo assiriólogo e professor Samuel Noah Kromer.
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Direito Egípcio
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Instrução dada ao Vizir Rekmara (XII dinastia, Séc. XVIII a.C.) " quando um
queixoso
vem do alto ou Baixo Egito, ...é a ti que cumpre cuidar que tudo seja feito
conforme a lei, que tudo seja feito conformes os regulamentos que lhe dizem
respeito.
Não afastes nenhum queixoso, sem ter acolhido a sua palavra, para um vizir a
segurança é agir segundo a regra, dando resposta ao queixoso.
Aquele que é julgado não deve dizer “não foi me dado meu direito".
Quando ele vir a ti não recuses nenhuma palavra, atenta no que ele diz." O
queixoso gosta mais que preste atenção ao que se diz do ver sua queixa atendida".
Com base neste documento antigo torna se possível supor que alem se dedicarem a
outras ciências, o exercício da justiça era praticado, pois existe uma clara
referencia à lei, aos regulamentos, à regra e ao exercício da Justiça.
Os antigos Egípcios constituíram o mais duradouro império da antiguidade Oriental,
beneficiados pela fertilidade propiciada pelo Rio Nilo- uma jóia como dizia
Homero.
Destacaram se na matemática, geometria, arquitetura e medicina.
Porem no âmbito judiciário se tem pouca informação, devido o material (jurídico)
encontrado esta muito deteriorado.
Mas existem documentos que comprovam a existência do Direito no antigo Egito.
A lei escrita era sua principal fonte , os egípcios conheciam as leis e exigiam
seu cumprimento perante as autoridades constituídas.
Havia preocupação com a conservação dos atos jurídicos, e um dos principais
funções do vizir consistia em servir de Juiz na solução das lides. O Faraó contava
com auxilio de uma espécie de conselho de legislação
No antigo Egito a justiça já era escalonada em instancias, havia uma espécie de
tribunal superior chamado Kenbet aat.
O maat era um princípio jurídico e filosófico que alcançaria o significado de
justiça, verdade e ordem. A poligamia era permitida, porem pouco praticada.
As penas no Egito eram sádicas e curiosas, a língua no Egito antigo se chama COTA.

Direito Hebraico
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O direito hebraico é um direito religioso.O direito é dado por deus ao seu povo, e
desde o principio é imutável, só deus o pode modificar, idéia que reencontraremos
nodireito canônico e no direito muçulmano. Os intérpretes, mais especialmente
osrabinos, podem interpretá-lo para o adaptar à evolução social, no entanto, eles
nunca o podem modificar. Há uma espécie de aliança entre Deus e o povo que ele
escolheu, oDecálogo ditado a Moisés é a Aliança do Sinai, o Código da Aliança de
Jeová, o Deuteronômio é também uma forma de aliança.
Sua origem partiu dos Hebreus, que porventura viviam em tribos nômades, conduzidas
por chefes. Eles atravessam a Palestina na época de Hamurabi, penetram no Egito,
retornam (o Êxodo) à Palestina e instalam-se aí entre os Hititas e os Egípcios.
O Êxodo, é a fuga do povo hebreu da perseguição e da escravidão faraônica no
Egito, foi comandado por Moisés, grande líder e legislador. Na época em que viveu
Moisés, assim como o período histórico do Êxodo, ainda é um problema para os
historiadores. Uma corrente defende que o faraó opressor dos hebreus teria sido
Ramsés II e o faraó do êxodo, seu sucessor Merneptah, por volta de 1230 a.C.
Sua fonte vem da Bíblia que é um livro sagrado e nele contém a "Lei" revelada por
Deus aos Israelitas. Compreende (na sua parte pré-cristã, isto é, o Antigo
Testamento) três grupos de livros.
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Direito Persa
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No Império persa a grande fonte do direito era a vontade do soberano de direito


divino. Transgredir a lei emanada do soberano era ofender a própria divindade. Os
crimes de menor importância eram punidos com chibatada que podia ser, em parte,
substituída pela multa pecuniária.
Os crimes mais graves eram severamente punidos com castigos bárbaros como a marca
a fogo, a mutilação, a cegueira e a própria morte. A pena de morte era aplicada em
casos de homicídio, estupro, aborto, grave desrespeito à pessoa do rei, e traição.
Os rebeldes recebiam punição exemplar: "eram levados à corte real onde lhes
cortavam o nariz e as orelhas; mostravam-no ao povo e em seguida eram conduzidos à
capital da província em que se haviam revoltado e aí eram executados.
Havia diversos processos de executar a pena máxima: o veneno, a empalação, a
crucifixão, o enforcamento, o apedrejamento, etc. Apesar desses castigos severos,
convém notar que a lei não permitia que se punisse com a pena de morte alguém que
houvesse cometido um único crime; nem mesmo um escravo deveria ser punido com
atrocidade por causa de uma única falta: seus méritos deveriam ser levados em
consideração.
O rei era o supremo juiz, sobretudo em matéria penal. Em matéria civil
encontramos, já sob o reinado de Cambises, filho de Ciro, juízes nomeados pelo
soberano. É conhecido o caso de Sesamnés, juiz real condenado à morte por haver
recebido dinheiro a fim de pronunciar uma sentença injusta: após a sua morte,
arrancaram-lhe a pele e forraram com a mesma cadeira em que se costumava sentar
para exercer suas funções. Punição aplicada por Cambises (530-522 a.C.).
Outra pena tipicamente persa foi a do escaffismo, ou seja, o suplício dos botes:
"tomavam-se dois botes ajustáveis, deitava-se de costa num deles o malfeitor,
cobria-se com o outro. A cabeça, as mãos e os pés ficavam de fora, e o resto do
corpo fechado. Faziam-no comer a força e picavam-lhe os olhos, passando-lhe na
face uma mistura de leite e mel, deixando-o com o rosto exposto ao sol, que ficava
coberto de moscas e formigas, restava no meio de seus próprios excrementos e os
vermes que iam surgindo no meio da podridão de suas entranhas iam-lhe devorando o
corpo. Evidencia a História que Mitríades (quem teria criado tal pena) foi vítima
desta pena, obra de sua própria criação, morrendo depois de dezessete dias de
doloroso martírio"

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