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A-Mor-Cego

O cardume de arraias pestilentas Cruza os ares Em algum oceano de poluio A ratazana pedinte Estende sua caneca A uma mariposa clemente Que procura nos bolsos Um pouco de pureza Para remediar a situao Quadro Tragicmico D' um Crculo Vicioso Estabelece-se, ento Um Tringulo De Relaes Doentias A ratazana cria azas Auto intitula-se A-Mor-Cego Esquece-se da dor dos roedores E devora a mariposa Depois de t-la desposado com virilidade

Na surdina alardeia o vaga-lume: - Crime Passional! Tudo isso acontece num instante Durante a sombra provocada pelo cardume De arraias pestilentas Que pairam sobre escombros e dejetos Na procura de ter consigo A tnue luz do sol Em algum lugar distante... Dos olhos alheios Num oceano de impurezas ntimas e reais
Deivid Machado Gomes 01/10/13 - 14:14 horas, Casa 09, Santa Maria, RS, Brasil.

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