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– E depois, volatilizou-se?
– E isso já é conhecido?
– Leia n’A Tribuna uma pequena notícia sobre um tipo que desapareceu. A
notícia é minha. Fiz uma visita à mulher, o caso interessou-me. E também o há-de
interessar a si.
Eis A Tribuna, eis duas belas colunas de alto a baixo, na terceira página –
«texto de Luís Manuel Ferreira». Com autoria e tudo, embora o chefe costumasse
advertir: «Nada de nomes, nada de fulanismos, um jornal é um trabalho colectivo,
não quero exibições.» Título: «O mistério da gabardina». Um prelúdio biográfico de
Rodrigo dos Santos Abrantes, muito pela rama (nem, aliás, haveria que dizer),
pormenores do seu quotidiano, com uma ou outra insinuação matreira,
apontamentos sobre o ambiente familiar, umas coisas acerca da Novilectra, onde
a a estima por Rodrigo era de sublinhar, e, por fim, a versão, confessadamente
insegura, do achado da gabardina, das diligências da Judiciária e dos telefonemas
anónimos (…).
Após uma leitura atenta do texto, responde de forma cuidada ao questionário que se segue:
2. “(…) seria preciso que a própria imprensa criasse a notícia e criasse o herói.”
4. Atenta no segundo parágrafo do texto. Classifica todas as formas verbais, quanto ao modo e
quanto ao tempo.
A professora,
Paula Cruz