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João Maria Funzi Chimpolo

Doutorando em ciências técnicas


Professor Universitário e Consultor de Empresas
Mestre em Direcção e Administração de empresas (Cuba – 2003)
Engenheiro em licenciaturas da gestão de empresas (Cuba - 2000 )
Coordenador dos caursos Económicos na Universidade de Belas Angola 2007 -
2009
Director de empresa (2005 - Angola)

A INDÚSTRIA PETROLÍFERA SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO SÓCIO-


ECONÓMICO DE ANGOLA – DESAFIOS E PERSPE
LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

1. Mapa de Produção petrolífera de Angola durande 1980-2008 80


2. Mapa de Investimentos Aprovado por Ano 17
3. Importações da China/US de Produtos apartir de África 23
4. Mapa de Composição do Bloco 0 40
5. Mapa percentual da Produção de Petróleo Há nível Mundial 63
6. Principais Países Produtores de Petróleo 82
7. Maiores Exportadores de Petróleo 82
8. Maiores Consumidores de Petróleo 84
9. Maiores Importadores de Petróleo 85
10. 20 Maiores Reservas de Petróleo do Mundo 86
11. Mapa de Investimentos Aprovados por Sector deActividade 87
12. Mapa dos Projectos de Petróleo Provenientes de Angola 87
13. Companhias presentes em Angola, por Nacionalidade 88

5
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANIP – Agência Nacional de Investimentos Privados


OPEP – Organização dos Países Produtores de Petróleo
MINPET – Ministério dos Petróleos
LNG (GNL) – Gás Natural Liquefeito
JV – Joint-venture
SONANGOL E.P – Sociedade Nacional de Combustível de Angola, Empresa Pública
OGE – Orçamento Geral do Estado
AERS – Actividades Empresariais de Responsabilidade Social
BM – Banco Mundial
BNA – Banco Nacional de Angola
b/p – barris por dia
CABGOC – Cabinda Gulf Oil Company
COPA – Companhia de Petróleo de Angola
CPP – Contratos de Partilha de Produção
DNA – Direcção Nacional das Alfândegas
EIU – Economist Intelligence Unit
EITI – Extractive Extractive Industry Transparency Initiative
EUA – Estados Unidos da América
FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations (Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura)
FCC – Fundo de Compensação de Combustíveis
FMI – Fundo Monetário Internacional
GPL – Gás de Petróleo Liquefeito
GURN – Governo de Unidade e de Reconciliação Nacional
HRW – Human Rights Watch
IDE – Investimento Directos Estrangeiros
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
INE – Instituto Nacional de Estatística
INEFOP – Instituto Nacional de Formação Profissional
INP – Instituto Nacional de Petróleos
6
Kz – Kwanza
MAPESS – Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social
MINARS – Ministério da Assistência e Reinserção Social
MINFIN – Ministério das Finanças
MINPLAN – Ministério do Planeamento
MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola
OGE – Orçamento Geral do Estado
ONG – Organização Não Governamental
ONU – Organização das Nações Unidas
PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
PDG – Plano Director do Gás
PIB – Produto Interno Bruto
PNB – Produto Nacional Bruto
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PSA – Production Sharing Agreements
PWC – Price Waterhouse Coopers
SADC – Southern African Development Community (Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral
SMP – Staff Monitored Programme
UAN – Universidade Agostinho Neto
UCAN – Universidade Católica de Angola
UNCTAD (CNUCD) - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento
UNICEF – United Nations Children’s Fund (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
U.E.A – União dos Escritores Angolanos
UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola
USD – United States Dollar
UTEC – Universidade de Tecnologia e Ciências
VIH/SIDA – Vírus de imunodeficiência humana/ Síndroma de imunodeficiência adquirida

7
ÍNDICE GERAL

I. INTRODUÇÃO GERAL 5
CAPITÚLO I - Noções Básicas E Principais Aspectos Sobre Petróleo Em Angola 9
1.1. Origem e história do Petróleo 9
1.2. Breve história de Angola 10
1.2.1. Perfil da económia de Angola 13
1.2.2. Estatística sobre Investimentos na económia de Angola 17
1.3.O Petróleo em Angola 18
1.3.1. O surgimento, Pesquisa de Petróleo em Angola 18
1.3.2. Produção e exploração de Petróleo em Angola 19
1.3.3. Refinação de Petróleo em Angola 21
1.3.4. Comercialização de Petróleo em Angola 21
1.3.5. Exportação de Petróleo em Angola 22
1.3.6. Gás Natural Liquefeito(Projecto Angola LNG) 23
1.4.O Petróleo, Impacto e influência na económia de Angola 26

CAPITÚLO II – O Sector Petrolífero/Actividade Petrolífera Em Angola 28


2.1. Criação da Entidade/Reguladora da Actividade petrolífera Em Angola 28
2.1.1. Órgão de Gestão da Sonangol 28
2.1.2. Legislação da Indústria/Actividade Petrolífera Em Angola 30
2.2. Legislação Vigente da Indústria/Actividade Petrolífera Em Angola 31
2.2.1.Principais Características da Legislação Vigente na Actividade Petrolífera Em Angola
32
2.3. Principais Contratos, suas Características na Actividade Petrolífera Em Angola 33
2.3.1. Modalidade dos Contratos aplicáveis no Sector Petrolífero Angolano 33
2.3.2. Principais Caracteristicas dos contractos no Sector Petrolífero Angolano 33
2.4. Principais Noções e Características sobre Concessões Petrolíferas Em Angola 35
2.4.1. Decretos de Concessões 35
2.4.2. Atribuição de Concessões 35
2.4.3. Negociação de Concessões 36
2.4.4. Controlo de Concessões 37
2.4.5. Mapa de Concessões 38
8
2.5. Principais Características da Actividade Petrolífera Em Angola 41
2.6. Principais Empresas Petrolíferas Em Angola 42
2.7. Investimento no Sector/Actividade Petrolífera Em Angola 48

CAPITÚLO III – O Desenvolvimento sócio-económico de Angola – Desafios e Perspectivas


51
3.1. económia de Angola no Período Pós Independência (30 guerra Civil) 51
3.2. económia de Angola no Período “Nova Angola” 56
3.2.1. Crise do Petróleo e Seu Impacto na económia de Angola 61
3.2.2. Fases da Crise do Petróleo 62
3.3. Crise Económica Internacional e seus Efeitos em Angola 63
3.4. Desafios e Perspectivas da Indústria/Actividade Petrolífera Em Angola 68
3.4.1. Desafios da Industria Petrolífera Em Angola 68
3.2.2. Perspectivas da Indústria Petrolífera Em Angola 69
3.5. Papel e Contributo dos Agentes da Actividade Petrolífera no Desenvolvimento 71
PONTO DE VISTA (CONCLUSÃO) 76
ANEXOS 78
BIBLIOGRÁFIA 84

I. INTRODUÇÃO GERAL

A indústria petrolífera, directamente através do seu produto “petróleo” ou “ouro negro” ocupa
um papel chave no desenvolvimento da economia mundial, e em particular o caso de Angola,
onde o petróleo pode ser considerado como o elemento catalizador ou fundamental para o
desenvolvimento de Angola, logo existe necessidade de procurar compreender e estudar este
sector.

Do desenvolvimento da economia Angola existe a necessidade do conhecimento da


participação do sector petrolífero, através dos proveitos (receitas tributárias) provenientes do
sector petrolífero ou seja pagos pelas empresas inseridas no exercício de pesquisa, exploração
da actividade petrolífera, espera – se ainda poder compreender e conhecer o sector petrolífero,
9
definir as suas políticas e o contributo do mesmo no desenvolvimento sócio-económico de
Angola. Bem com procurar identificar os grandes desafios do sector e perspectivas desta
indústria motor do desenvolvimento Angolano a ter em conta.

Dai, a necessidade de conhecimento do que a indústria petrolífera angolana pode ou têm


contribuído para o desenvolvimento sócio-económico de Angola. O tempo (período) em
análise escolhido para abordagem será centrado em 3 períodos: 1º Descoberta de Angola
(colonização); 2º Independência, 3º Nova Angola (período assim denominado, ao novo período
vivido por Angola apois a Guerra civil de durou mais de 30 anos), durante estes períodos
ocorreram acontecimentos significantes, tais como a Descoberta de Angola, Petróleo e Inicio
de Exploração, Inicio da luta armada, independência, a guerra civil, fim da guerra civil, etc.

Ao longo do presente trabalho procuro identificar, analisar e apresentar, a origem do petróleo


em Angola, Normas e Princípios regentes da actividade petrolífero em Angola (Legislação
sobre actividade petrolífera em Angola), Principal entidade de gestão do sector (Sonangol E.P),
seus integrantes e claro as forma de sustento das políticas públicas que promovem ou possam
promover políticas de desenvolvimento sócio-económico no país e, que, possam garantir
presença na resposta aos desafios e expectativas que se impõem a médio e longo prazo no
desenvolvimento sócio-económica de Angola.

Definição do Problema da Investigação

A Indústria Petrolífera Angolana Seu Papel no desenvolvimento sócio-económico do país.


Desafios e Perspectivas.

Hipótese do Problema da Investigação

Melhorando Estrategicamente e Tecnicamente o sector petrolífero, Contribuiria no aumento do


produto interno bruto e desenvolvimento da economia Angolana?

Definição do Objecto da Investigação

10
Definir e apresentar a indústria petrolífero, Isto é, origem, legislação, área de actuação,
potências empresas operadoras, desafios – perspectivas. Procurar ainda entender os planos de
acções definidos pelo orgão competentes pela gestão deste sector e os projectos do governo na
gestão e regulação deste sector para melhorar o nível de satisfação da população face as
receitas provenientes da contribuição do sector, bem como, debruçar – se sobre a sua contribuir
para o desenvolvimento da estrutura sócio-económico de Angola.

O presente trabalho de investigação tem como Objectivo Geral procurar encontrar resposta
para seguinte questão: Será o petróleo o elemento catalizador ou fundamental para o
desenvolvimento de Angola? Bem como entender até que ponto a indústria petrolífera
angolana têm ou contribuiu para o desenvolvimento sócio-económico de Angola.

Objectivos Específicos da Investigação:

 Permitir um conhecimento do sector, isto é origem, crescimento do sector em Angola


nos dois períodos chaves: antes da independência e pôs – Independência. Bem com procurar
Compreender/informar á importância desta indústria no desenvolvimento de Angola,
 Analisar cuidadosamente e resumir os dados analisados bem como os indicadores
apresentados no trabalho, afim de compreender o desenvolvimento que se perspectiva de
Angola tendo com base o elemento catalizador ou fundamental para o desenvolvimento de
Angola – Indústria petrolífera.

 Debruçar – se, sobre os planos de desenvolvimento do próprio governo, e as


contribuições do petróleo no desenvolvimento mundial e em, particular de Angola, bem como
sobre os programas de projectos Sociais desenvolvidos pelas empresas do sector, no sentido de
contribuírem para o desenvolvimento de Angola.

Justificação da Investigação

Com o crescente desenvolvimento da Economia Mundial, em particular de Angola e do seu


passado onde a economia de Angola foi bastante afectada pela guerra civil, colocando Angola
juntamente com outro país Africano (Guine Bissau), entre o país mais pobre do planeta.
Todavia, agora Angola apresenta neste momento boas taxas de crescimentos apoiados ou seja

11
que tem com base fundamentalmente nas suas exportação de petróleo. Existe a necessidade de
conhecer o sector, desafios, perspectivas e contribuições do mesmo no desenvolvimento do
País.

Importância da Investigação

O presente objecto de estudo é importante, em função do seu papel no desenvolvimento das


económias mundiais em particular a Economia Angola, onde são bastante referenciado com as
informações sobre o sector, os indicadores, bem como o acompanhamento dos comunidades na
aplicação das suas receitas no desenvolvimento da economia dos países.

Ganhou ainda maior atenção na actualidade com a crise financeira que afecta a económia
mundial nos dias de hoje, crise esta que tem proporcionando ou seja afectando de as económias
dos países de maneiras significatórias, originando baixa de preços do petróleo no mercado,
redução das receitas de exportações de muitos países e ao mesmo tempo as possibilidades de
pagamento da dívida pública de alguns países. A sua importância, académicamente falando
consiste, no facto de permitir integrar e consolidar os conhecimentos de varias áreas assim
como interpretar, a luz das teorias económicas, as frequentes informações sobre o sector
petrolífero, Origem e aplicação das receitas, bem como o endividamento dos países ou seja
como são arrecadados e pagos as receitas/dividas publicas.

Estrutura do trabalho de Investigação

Visando dar uma opinião pessoal sobre o sector petrolífero, sua contribuição no
desenvolvimento mundial, em particular de Angola, bem como procurar identificar até que
ponto os indicadores são favoráveis para garantir o investimento privado em Angola com base
uma boa analise, e a produção nacional, que ajudas recebe deste sector, como reage face este
desenvolvimento. E procurar encontrar resposta pra seguinte Questão base: Será o petróleo o
elemento catalizador ou fundamental para o desenvolvimento de Angola?

12
O presente trabalho de Investigação terá com base na recolha de informação em fontes
originais, várias consultas bibliográficas, consultas á Internet, fontes tais como: biblioteca
nacional, biblioteca da faculdade de economia – Universidade Agostinho Neto e outras
existentes em Luanda, Ministério dos petróleos e empresas ligados ao sector petrolífero –
“entrevistas directas”. E também publicações, artigos e trabalhos científicos/técnicos que
tratem do assunto ou metodologias similares. Para dar ênfase e maior consistência científica ao
trabalho, será necessário a recolha e tratamento de todos os dados disponíveis relativos ao nível
ou seja indicadores económicos ou financeiros de desenvolvimento do sector ou do país.

Obrigatoriamente tratados e avaliados os dados conseguidos, será necessário o seu


enquadramento no trabalho de investigação seguindo métodos ou critérios qualitativos ou
quantitativos de Analise.

O trabalho divide-se em 3 capítulos. O primeiro capítulo é reservado a uma breve introdução


debruçando – se dos aspectos primordiais da investigação ou seja do tema em análise, tais
como: origem/historia do Petróleo, breve história de Angola e descoberta, pesquisa, exploração
e comercialização do petróleo em Angola, seguindo – se o 2º capítulo que aborda, a Indústria
ou Sector Petrolífero em Angola sua evolução e estruturação desde o período colonial até a
independência, seu impacto e influencia na económia do país, ponto de grande relevância na
medida em que a indústria necessitava de uma estrutura sólida, capaz de dirigir o sector.

Bem como, serão abordados os aspectos ligados a entidade competente a gestão do sector e
Legislação vigente do sector petrolífero Angolano, também diferentes fases ligados ao sector-
criterios de concessão de exploração, repartição do direito a exploração, etc.

O desenvolvimento sobre estado sócio-económico da económia de Angola em análise é


desenvolvido no 3ºcapítulo iniciando-se com uma apresentação sobre o estado da própria da
económia Angolana. Onde se destaca o papel da indústria Petrolífera Angola através dos seus
agentes directos e indirectos, bem como o papel das empresas petrolíferas multinacionais que
operam em Angola no quadro das responsabilidade social das mesmas. Concluindo o presente
trabalho de Investigação, abordando sobre uma análise prospectiva do sector, isto é seus
desafios e expectativa, que se apresentam sobre o sector petrolífero Angolano no período

13
“Nova Angola” e o futuro das aplicações da suas receitas no desenvolvimentos da estrutura
soció-económica de Angola.

CAPITÚLO I-NOÇÕES BASICAS E PRINCIPAIS ASPECTOS SOBRE O PETRÓLEO


EM ANGOLA

1.1. ORIGEM E HISTÓRIA DO PETRÓLEO

Organismos aquáticos, vegetais e animais, proliferam nos mães, apresentando uma lenta e
porém constante degradação bacteriológica. Esta matéria orgânica decomposta migra para
camadas superiores do subsolo e se concentra em rochas permeáveis que actuam como
14
reservatório. O conjunto dos produtos provenientes desta degradação são hidrocarbonetos e
gases que futuramente seriam conhecidos como petróleo, ou seja o “ouro negro” um produto
que daria um impulso extraordinário ao desenvolvimento económico da humanidade mas que,
em contrapartida, seria o pomo da discórdia que levaria muitos povos á guerra. Esta mesma
Matéria-prima estratégica, o petróleo, consiste ou seja é base de muitos conflitos,
condicionando de forma significativa a vida quotidiana e o desenvolvimento e crescimento
económico da comunidade internacional, caso particular de Angola.

O petróleo, etimológica resultante de: “ Petrus (pedra) “ e “ Oleum (óleo)”, logo petróleo é
“óleo de pedra”1. Como outra qualquer matéria fundamentalmente de estudo (base de estudos),
existem diversas teorias relacionadas com a sua origem. De notar a presença de duas classes
oposta quanto sua origem. Uma defendia que o petróleo é de origem Inorgânica, á outra
afirmavam que é de origem Orgânica. Mas embora objecto de muitas discussões no passado
hoje têm – se como certa de que á sua origem é Orgânica, fruto de diversos estudos
desenvolvidos ao longo do tempo, bem das opiniões fornecidas pela maioria dos cientistas ao
intervirem sobre o mesmo sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogénio. O
mesmo é possuidor de diversas definições ou conceitos. «O petróleo é um composto orgânico
constituído por dois elementos carbono e hidrogénio – Rafael Alfredo2»

Com definição científica e mais completa deste mineral, pode definir – se o petróleo com
sendo, é uma mistura de compostos orgânicos, cujos principais constituintes são os
Hidrocarbonetos, os outros constituintes são elementos compostos orgânicos contendo
elementos químicos como: Nitrogénio, Enxofre, Oxigénio (Chamados genericamente de
compostos NSO) e metais principalmente níquel e vanádio3

Este mesmo produto, no estado liquido é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos
densa que a agua com um cheiro característico e um coloração que pode variar desde o incolor
ou castanho claro ate o preto, passando pelo verde marron.

O petróleo constitui um elemento um recurso natural não renovável e também elemento da


principal fonte de energia, um conjunto de derivados são extraído do petróleo, dos quais pode –
se dizer que os principais são: Benzimas, óleo Diesel, Gasolina, Alcatrão e Polímeros Plásticos,
1
Www.wikepedia.pt/org, 08-06-2007, 9h30.
2
Alfredo, Rafael; Geólogo (DNP/MIN. Petróleo)
3
Ibid, www.wikepedia.pt

15
este último que pode ser entendido com sendo o conjunto ou seja, o composto químico de
elevada massa relativa.

1.2. BREVE HISTÓRIA DE ANGOLA

“Angola é um país grande e belo4”

“Angola era povoada pelo menos desde o século V a.C., embora existam achados
arqueológicos de ocupações muito anteriores. Os portugueses, sob o comando de Diogo cão, no
reino de D. João II, chegam ao Zaire em 1484. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelos
portugueses desta região de África, incluindo Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma
aliança com o reino do Congo, que dominava toda região. A sul deste reino existam dois
outros, o de Ndongo e o de Matamba, os quais não tardam a fundir-se, para dar origem ao reino
de Angola (c.1559).

Explorando as rivalidades e conflitos entre estes reinos, na segunda metade do século XVI os
portugueses instalam-se na região de Angola. O primeiro governador de Angola, Paulo Novais,
procura delimitar este vasto território e explorar os seus recursos naturais, em particulares os
escravos. A penetração para o interior é muito limitada. Em 1576 fundam São Paulo de
Luanda, a actual cidade de Luanda. Angola transforma-se rapidamente no principal mercado
abastecedor de escravos das plantações de cana do açúcar do Brasil.

Até finais do século XVIII, Angola funciona como um reservatório de escravos para plantações
e minas do Brasil. A ocupação dos portugueses confina às fortalezas da costa. A colonização
efectiva do interior só se inicia no século XIX, após a independência do Brasil (1822) e o fim
do tráfico de escravos (1836 - 42), mas não da escravatura.

Durante o período 1900 – 1960, A colonização de Angola, após a implantação de um regime


republicano em Portugal (1910), entra numa nova fase. O aspecto mais relevante da sua acção
circunscreveu-se à criação de escolas.

No plano económico, inicia-se a exploração intensiva de diamantes. A Diamang (Companhia


dos Diamantes de Angola) é fundada em 1922, embora opera - se desde 1917 na região da
4
Cfr, Língua Portuguesa 4ª Classe, p9

16
Lunda. O desenvolvimento económico só se inicia de forma sistemática, em finais dos anos
trinta, quando se incrementa a produção de café, sisal, cana-de-açúcar, milho e outros produtos.
Tratam-se de produtos destinados à exportação. A exportação de cana-de-açúcar, em 1914.
Pouco ultrapassava as 6.749 toneladas. Em 1940 atingia já as 39.423 toneladas exportadas. As
fazendas e a indústria concentravam-se á volta da cidade de Luanda e de Benguela.

A exportação de sisal, desenvolve-se durante a segunda guerra mundial (1939-1945). Em 1921


pouco mais foram exportados que 62 toneladas, mas em 1941 atingia-se já as 3.878. dois anos
depois as 12.721 toneladas. Em 1973 situavam-se nas 53.399. A exploração de café logo a
seguir à segunda guerra mundial, abriu um novo ciclo económico em Angola, que se prolonga
até em 1972, quando a exploração petrolífera em Cabinda começar a dar os seus resultados. A
subida da cotação do café no mercado mundial, a partir de 1950, contribui decisivamente para
o aumento vertiginoso desta produção. Em 1900, as exportações pouco ultrapassavam as 5.800
toneladas. Mas já em 1969 foram exportadas 182.944 e quatro anos depois, 218.671
toneladas5”.

Com o decorrer da história, na conferencia de Berlim, as grandes potências da era decidem


vários pontos de importância, para países colonizados com Angola, e hoje é possível afirmar
que Angola é um país situado na região ocidente da África Austral. Com um território de
1.246.700 km2, faz fronteira a norte com a República do Congo, a oriente pela República do
Congo e pela Zâmbia, a sul a Namíbia e, a ocidente o oceano atlântico. Conforme a populaça
total estima em 2004, a população de Angola 10.978.552 de habitantes.

Angola é um país de clima favorável para o cultivo de Algodão (o qual já foi produtor), do
milho, do Café (que foi um dos produtos mais importantes como fonte de receitas ao longo da
história de Angola, o que em 1978 permitiu uma exportação no valor 7.528.248 milhões de
kHz, colocando Angola em quarto lugar dos produtores de café), assim bem como à pratica da
pecuária e silvicultura. Angola é também um país, onde o seu subsolo é rico em minerais,
destacando – se, pelo seu aproveitamento económico, o Petróleo (produto do sector de
referencia do desenvolvimento de Angola), os Diamantes, o Ferro, o Maganês, o Cobre, o
Mármore e outros minerais raros do subsolo Angolano.

5
Ibid., www.wikwpedia.pt/org/wiki/hist%c3%B3ria de Angola – 20/05/2009.12H30.

17
O petróleo constitui o único mineral que consegui não só manter a produção, mas também
aumenta – lá, fruto do maior investimento do governo no sector, bem com o maior interesse
das empresas estrangeiras que são parceiras no desempenho da actividade petrolífera

A República de Angola tornou-se numa nação independente em 11 de Novembro de 1975,


depois de mais de 500 anos de colonização portuguesa. A sua lei fundamental data de 1975 –
Lei Constitucional – e tem vindo a sofrer algumas alterações devidas à implementação do
sistema democrático e pluripartidário, da ampliação do reconhecimento das garantias, dos
direitos e das liberdades fundamentais dos cidadãos e dos princípios basilares da económia de
mercado, estando prevista um segunda revisão para o tratamento de matérias
constitucionalmente dignas e importantes referentes à organização de um estado democrático e
de direito.

A constituição declara como objectivos fundamental a construção de uma sociedade livre e


democrática e que garanta os direitos e liberdade fundamentais do homem, que garanta também
a liberdade de expressão eo direito de assembleia e associação, que respeite a liberdade de
culto, e por fim que permita a posse e a protecção da propriedade privada.

A soberania reside no povo que exerce o poder político através de sufrágio universal periódico,
de forma democrática, a partir dos 18 anos de idade. As últimas eleições legislativas e
presidências foram realizadas em Setembro de 2008 e 1992 respectivamente. São órgãos de
soberania o Presidente da República, a Assembleia Nacional, Governo e os Tribunais.

A guerra civil que atingiu este país no período depois da independência, em 1975, destruiu
grande parte das infra-estruturas do país, bem como a economia de Angola. Fez também
grandes números de famílias refugiados, sem calcular o número de Angolano mortos durante
os anos de guerra.”Hoje dependente das exportações do petróleo: 60% do PIB e 90% dos
impostos arrecadados pelo governo são provenientes das vendas externas de petróleo bruto e
derivados. É o maior produtor de petróleo de África Subsaariana, segundo últimos relatórios da
OPEP, em frente da Nigéria. A maior parte do petróleo é extraída em Cabinda (60%).

A Entidade estatal líder pela pesquisa e exploração de Hidrocarbonetos (Em particular o


petróleo), SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola); foi criada em
1975 e dois anos depois ganhou o monopólio de exploração e produção. Incentivada pelas
18
associações com empresas estrangeiras, a produção cresceu aproximadamente 500% desde
1980 totalizando 960 mil barris por dia em 20036”.

Isto é até a data, 15 de Agosto de 2004, á produção diária estava acima dos 960 mil b/dia, dai
em diante esta produção só tem somado, produção diária 2005 rondava em 1.30 mil barris/dia,
2006 – 1.6 mil barris/dia, e existe a previsão de até 2010, Angola conseguirá atingir uma
produção diária na ordem de 2. Milhões de baris/dia-Mapa de Producão de Angola durante
1980-2008 em anexo (p.80).

1.2.1. O Perfil da Económia de Angola

A economia de Angola foi bastante afectada pela guerra civil que durou quase trinta anos,
colocando o país juntamente com Guiné-Bissau entre os mais pobres do planeta. Todavia,
Angola apresenta boas taxas de crescimento apoiadas principalmente pelas suas exportações de
petróleo. As jazidas de petróleo estão localizadas em quase toda a extensão da sua costa
marítima. “O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional declararam recentemente que
a economia angolana cresceu 14% em 2005 e estimam um crescimento de 25% para o ano de
2006. “Isto torna Angola numa das economias com o crescimento mais rápido do planeta,”
afirma Paulo de Sousa7”.

SECTOR PRIMÁRIO

Agricultura

Já teve o café como seu principal cultivo. Seguem-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de
cocó e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacam-se o algodão, o fumo e a borracha. A
produção de batata, arroz, cacau e banana é relevantemente importante, os maiores rebanhos
são bovino, o caprino eo suíno. Toda esta capacidade de produção perdeu-se durante o período
da guerra civil, mas os pais vai recuperando paulatinamente essas produções agora que foi
alcançada a paz.

6
Revista Petrobras – nº99 – Abril de 2004.
7
Paulo de Sousa - sócio principal da KPMG em Angola, em declarações públicas. Afirmou que três anos depois da paz
consolidada, Angola surge como uma história de sucesso económico africano, embora este facto não seja notado em alguns
sectores.

19
Mineração

Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui


também jazidas de cobre, maganêsm fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina.
As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, na província da Lunda Norte.
Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao largo de Cabinda, assegurando
ao país a auto-suficiência. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da fronteira
com a Namíbia.

SECTOR SECUNDÁRIO

Indústria

As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes,


algodão e fumo. Merece destaque, também, a produção de açúcar, cerveja, cimento, e madeira,
além de refino de petróleo. Entre as indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose,
vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco usinas hidroeléctricas, que dispõem de um
potencial energético superior ao consumo.

SECTOR TERCIÁRIO

Transporte

O sistema ferroviário de Angola compõe-se de cinco linhas que ligam o litoral ao interior, a
mais importante delas é o caminho de ferro de Benguela, que faz conexão com as linhas de
catanga, na fronteira com a república Democrática do Congo. A rede redociária, em sua
maioria constituída de estradas de segunda classe, liga as principais cidades. Os portos mais
movimentados são os de Luanda, Benguela, Lobito, Namibe e Cabinda. O aeroporto de Luanda
é o centro de linhas aéreas que põem o país em contacto com outras cidades africanas,
europeias e do resto do mundo.

20
Construção Civil

Após décadas de guerra civil, Angola teve suas infra-estruturas bastantes danificada. Com a
chegada da paz e as divisas provenientes da descoberta do petróleo, o sector da construção civil
tem experimentado um grande desenvolvimento. O sector é actualmente responsável por 29%
dos investimentos externos no país, segundo a Agência Nacional para Investimentos Privados
(ANIP).

O crescimento do sector pode ser observado tanto na reconstrução da infra-estrutura nacional


como no sector imobiliário que sofre um grande deficit. Importantes construtoras e
incorporados estrangeiras tem se instalado no país, com destaque para as portuguesas Mota-
Engil e Soares da costa e para as Brasileiras Odebrecht, Camargo Corrêa, Genea Angola,
Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Com uma das economias de mais rápido crescimento em
todo o mundo, Angola está posicionada para se tornar um membro activo da comunidade
económica global. Entre 1995 e 2004, o PIB de Angola registou um crescimento médio de 9%.

Em 2005, o crescimento das receitas do petróleo fez subir o PIB cerca de 20%. Excluindo o
petróleo e os diamantes, estima-se que a taxa anual de crescimento de 2005 seja de 14% 8.
Tendo em vista implementar a sua visão de uma transição para uma economia de mercado
forte, o Governo de Angola, por intermédio da Agência Nacional para o Investimento
Privado (ANIP), promove activamente o investimento privado por parte de cidadãos
angolanos e estrangeiros em sectores industriais bem identificados e por zonas de
desenvolvimento.

A partir da sua localização geográfica privilegiada na costa do Oceano Atlântico – pelos seus
abundantes recursos naturais e humanos – pelas políticas de desenvolvimento económico
centradas no investimento privado – Angola está em condições de proporcionar aos
investidores interessados incentivos financeiros que aumentem as potenciais rentabilidades de
capital. Hoje, quando África está no centro de todas as atenções, Angola pretende tornar-se
num ponto de atracção privilegiado para o investimento privado que constitua a chave dos seus
projectos de crescimento económico.

8
www.investinangola.com/engInvestmentStatistics.asp 01/07/2009 16h00

21
Apesar de muito desse crescimento derivar da indústria petrolífera, não há dúvidas que
múltiplos sectores da economia angolana estão também a ter um crescimento espantoso,
incluindo a construção civil, portos, bancos, serviços, comunicações, distribuição, retalho,
hospitalidade, tecnologia de informação, serviços de petróleo, agricultura e exploração mineira
de diamantes. Angola está também a desenvolver a indústria do turismo.

No sector petrolífero, por exemplo, o volume de produção é de 1,2 milhões de barris por dia,
devendo aumentar para 2 milhões de barris por dia em 2007/2008. O sucesso contínuo de
Angola na identificação e produção de hidrocarbonetos foi evidente no 18º Congresso Mundial
de Petróleo, realizado recentemente em Joanesburgo. Angola foi um dos principais
patrocinadores e organizadores.

Na indústria diamantífera, 15 novas concessões de exploração foram recentemente anunciadas


pela Endiama, empresa nacional de diamantes. A maior fábrica de lapidação de diamantes foi
inaugurada este mês de Novembro em Luanda, capital de Angola. A fábrica tem capacidade
para gerar anualmente 240 milhões de dólares na lapidaçãodediamantes.A imagem de Luanda
está a mudar de forma radical. Muitos edifícios novos estão a ser construídos, principalmente
no centro de comércio de Luanda, onde as empresas do sector petrolífero e financeiro estão a
instalar os escritórios.

Muitos hotéis novos, de duas a cinco estrelas, estão também a ser construídos, assim como um
centro de conferências internacional que foi concluído no ano de 2006. No sul de Luanda
(Luanda Sul), vastos terrenos que até recentemente eram zonas sem qualquer desenvolvimento
têm sido utilizados no desenvolvimento de propriedades, principalmente em projectos de casas
de habitação, centros comerciais e desenvolvimentos industriais.“Luanda Sul representa uma
das áreas com o crescimento urbano mais rápido de África. Só é possível compreender a
magnitude deste desenvolvimento vendo-o de avião,” afirma Paulo de Sousa.

A reabilitação aguardada das estradas e dos caminhos-de-ferro do país começou a sério agora,
em grande parte como consequência do empréstimo de 2 biliões de dólares do governo chinês.
A china e os negócios chineses estão a tornar-se cada vez mais visíveis em Angola. O
importante para estes projectos é a reabilitação da rede ferroviária de Benguela e as suas 48
pontes que eram utilizadas para exportar minerais da República Democrática do Congo nos

22
anos 70. Angola está a atrair um maior investimento estrangeiro nos sectores do petróleo e dos
diamantes, afirma a KPMG

O Instituto Angolano de Reintegração Social dos ex-Militares (Irsm) já implementou projectos


que beneficiaram directamente 40.000 ex-soldados e esperam duplicar o número de
beneficiários até ao fim do ano.“Contrariamente à imagem que persiste a nível internacional, a
guerra em Angola acabou há três anos e todas as pessoas estão tão ocupadas em ‘dividir’ os
benefícios da paz que nem pensam na guerra,” afirma Luís Fernandes, director de projecto da
unidade de trabalho da KPMG no Irsem, como parte do projecto de reintegração. Já começou a
construção de um novo aeroporto internacional em Luanda e está a ser planeada uma nova
estrada à volta da cidade. “Angola está no caminho certo para se transformar num dos mais
significativos motores económicos do continente africano,” afirma Paulo de Sousa9.

1.2.2. Estatística sobre Investimento na Económia de Angola

A Agência Nacional de Investimento Angolano garante que em 2006, já haviam aprovado 123
propostas novas de investimento avaliadas em USD 180 milhões somente para o primeiro
semestre de 2006, A maioria dos investimentos é de Portugal, África do Sul e China. No último
ano foram aprovados cerca de 200 projectos. Bem como tambêm nos últimos dois anos, a rede
de bancos comerciais em Angola tem crescido de forma significativa, particularmente com a
abertura do Novo Banco e do Banco Internacional de Crédito, a aquisição de acções do BCA
pelo banco sul-africano Absa e o Millenium Angola.

“Muitas outras instituições financeiras internacionais estão a preparar-se para entrar no


mercado angolano,” afirma Luís Folhadela, gestor sénior no departamento financeiro da
KPMG em Angola. Várias empresas angolanas estão a preparar-se para serem incluídas nas
bolsas de valores internacionais, como por exemplo Joanesburgo, Vancouver e Londres. Os
planos para criar uma bolsa de valores em Luanda já estão em fase avançada. No sector social,
a maior ênfase é a reintegração de soldados desmobilizados das Forças Armadas Angolanas e
do grupo rebelde Unita”.

Tabela. Nº2-Mapa de Investimentos Aprovados por Ano10

9
Paulo de Sousa - sócio principal da KPMG em Angola, em declarações públicas.
10
ANIP – Agência Nacional de Investimento Privado - www.investinangola.com/engInvestmentStatistics.asp

23
Year Total Approved Prosposals Amount of Investment

2003 99 USD 162 Million


2004 267 USD 416 Million
2005 295 USD 2.655 Billion
2006 463 USD 794 Million

Desde 2003, ANIP esteve implicado no lançamento de mais de 1,124 projectos que
representam mais do que bilhão US$4 da capital de investimento. Hoje, como os investidores
domésticos e estrangeiros buscam novas oportunidades de realizar regressos visados na capital,
o interesse de investimento em Angola é mais forte do que alguma vez.

fig. Nº 1-Investimentos Aprovados por Sectores de Actividade11

1.3. - O PETRÓLEO EM ANGOLA

11
Idem - www.investinangola.com/engInvestmentStatistics.asp 02/07/2009 8h00

24
É do conhecimento geral que a industria petrolífera é actualmente principal fonte de receita do
Estado Angolano. Contribuindo ou seja, os rendimentos provenientes dela são responsáveis por
mais de 80% do Produto Interno Bruto Angolano (PIB), é relevante dizer, que a economia de
Angola tem uma forte dependência das receitas proveniente deste recurso natural o que por si
só demonstra a dependência e a importância que o sector petrolífero desempenha no
desenvolvimento sócio-económico de Angola, bem como as empresas nele inseridas

1.3.1. - O surgimento, Pesquisa de Petróleo em Angola

«A actividade de prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos iniciou – se em Angola em 1910.


Nesse ano, foi concedido à Companhia Canha & Formigal uma área de 114.000 km2 no
Offshore do Congo e na Bacia do Kwanza, sendo o primeiro poço perfurado em 1915. A
PEMA (Companhia de pesquisa Mineiras de Angola) e a SINCLAIR dos Estados unidos da
América (E:U:A), já se encontram também envolvidos desde cedo na actividade de prospecção
e pesquisa em Angola.

Durante um breve período de paragem, em 1952 reiniciou – se a actividade, com concessão à


Petrofina da mesma área adicionada à sua extensão na plataforma continental em 1955. Ainda
neste período (1955) ocorreu a primeira descoberta comercial de petróleo, feita pela Petrofina
no Vale do Kwanza em parceria com o governo colonial, a Petrofina criou a Fina Petróleo de
Angola (PETRANGOL) e construiu a refinaria de Luanda para processamento do crude. Já no
ano de 1962, foi efectuado a primeiro levantamento sísmico do Offshore de Cabinda pela
Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC) e em Setembro desse mesmo ano surgiu então a
primeira descoberta de petróleo.

No ano de 1973, o petróleo tornou –se na principal matéria de exportação. Já no ano 1974 a
produção do crude, ou seja do ouro negro em Angola chegou aos 172.000 bpd, produção que
foi a máximo do período colonial. Em 1976, a produção total rondava os 100.000 bbl/d e era
proveniente de três áreas: Offshore de Cabinda; Onshore de do Congo; Onshore do Kwanza.
Durante o período de 1952 – 1976, foram realizadas 30.500 km de levantamento sísmicos,
perfurados 386 poços de prospecção e pesquisa e 302 poços de desenvolvimento. Nesta fase
foram ainda descobertos um total de 23 campos, dos quais 3 na faixa Atlântica. Em 1976, o
governo Angolano criou uma companhia de petróleo nacional - Sociedade Nacional de

25
Combustíveis de a Angola (Sonangol). Em 1978, Sonangol passa a ser o concessionário de
exploração e produção de petróleo em Angola.

A Sonangol trabalha com companhias estrangeiras por empreendimentos conjuntos (joint


ventures-JVs) e produção que compartilha acordos (PSAs). As companhias de petróleo
internacionais principais (IOCs) que operam em Angola incluem BP, Chevron, Eni, Total,
ExxonMobil, Devon Energy, Maersk, Occidental, Roc Oil, e Statoil. A empresa Sinopec
(companhia Chinesa) é uma das mais novas companhias internacionais que opera em Angola e
está comprovando ser um jogador importante quanto a ajuda do desenvolvimento, do sector
apoiando-se em empréstimos e comércio entre os dois países.

1.3.2 – Produção e Exploração de Petróleo em Angola

A produção de óleo na Angola é concentrada em blocos terrestres e numerosos


campos off-shore. Os blocos off-shore são divididos em três bandas; (junte A) a água
superficial bloqueia 0-13; (junte B) a profundidade bloqueia 14-30; e (juntam C) a ultra-
profundidade bloqueia 31-40. Os blocos adicionais estão sendo indicados agora na ultra-
profundidade no mar alto abaixam a Bacia de Congo, três dos quais estão sendo oferecidos na
corrente de Angola que autoriza em redor (veja abaixo). Os blocos 15 e o Zero foram os blocos
off-shore mais prolíficos. A maioria do petróleo angolano é média para iluminar a matéria-
prima (30 graus – 40 graus API) com o conteúdo de cor de enxofre baixo (0.12 por cento - 0.14
por cento).

Apesar da despesa de desenvolver os campos de profundidades e ultra-profundidades,


a produção de petróleo angolano têm apresentando um crescimento rapido junto à década
passada e continuará fazendo assim no a curto prazo. Os analistas de indústria (Inteligência de
Mackenzie/Petroleum de Madeira Semanalmente) estimam que em proporções de
reserva/produção atuais, a capacidade de produção total chegue ao ponto máximo em volta de
2.5 milhões de bbl/d em 2011, antes de deslizar a 2.4 milhões de bbl/d antes de 2013.

Segundo o Jornal de petróleo e Gás (OGJ), a Angola têm aprovado reservas de óleo de 9.0
bilhões de barreis (bbl) desde o Janeiro de 2008 — em cima de 8.0 bilhões em 2007. A maioria
das reservas é localizada em blocos Offshore de Angola, em parte porque a exploração terrestre

26
foi limitada em consequência da guerra civil. Contudo, há algumas reservas aprovadas
terrestres perto da cidade de Soyo e, mais notavelmente, no enclave Cabinda12.

Fig. Nº 2-Produção de Petróleo em África por País, 200713

A produção de petróleo de Angola cresceu consideravelmente junto à década passada. Em


1997, a produção de petróleo calculava-se que atingiu uma média de 710,000 barreis por dia
(bbl/d). A produção para 2007 estimou-se quase de 1.7 milhões de bbl/d e esperava-se que a
capacidade consegue-se atingir ou mesmo ultrapassar os 2 milhões de bbl/d em 2009, como a
descoberta de novos sítios de produção de profundidade.

Fig. Nº 3-Produção e Consumo do Petróleo de Angola 1997-200714

12
http://www.eia.doe.gov/emeu/cabs/Angola/Oil.html 22/07/2009 – 16h
13
EIA-Energy Information Administration Official Energy Statistics from the U.S. Government 23/07/09 12h
14
EIA-Energy Information Administration Official Energy Statistics from the U.S. Government 23/07/09 12h

27
1.3.3 – Refinação de Petróleo em Angola

A refinaria de Luanda foi construída em 1958. Era uma pequena refinaria (100.000
toneladas/ano aproximadamente 2.000 bbl/d) esta refinaria foi construída pela PETRANGOL
do grupo Belga Petrofina SA. O governo Português detinha, na PETRANGOL, acções
nominais sem participação. Durante 1972/1973, a refinaria de Luanda foi substancialmente
ampliada para 1,5 milhões toneladas/ano (30.000 bbl/d). trata – se de uma refinaria
convencional do tipo “Hidro Skimming”, cuja actividade está essencialmente vocacionada para
a produção de LPG, Gasolina Jet fuel e Gasóleo para mercado interno.

1.3.4 – Comercialização de Petróleo em Angola

A venda dos produtos derivados do petróleo, no país, até 1976 era efectuada pelas subsidiarias
Angolanas Shell, Texaco, Móbil e Petrofina, bem como pela Angol (subsidiaria da Companhia
Portuguesa SACOR). Estes produtos provinham, na sua maioria, da refinaria de Luanda, sendo
a restante resultante de importações directas que chegavam aos terminais marítimos Angolano.
A Shell e a Móbil operavam igualmente as instalações de formulação de óleos lubrificantes em
Luanda, importando óleos básicos e aditivos.

Importa ainda dizer que a exploração em água profundas em Angola começou em 1991 com a
adjudicação do bloco 16 a que seguiram os blocos 14,15,17,18, e 20. Desde 1990 foram
perfurados em Angola mais de 200 poços exploratórios e de pesquisa. No começo de 2000
havia um total de 29 blocos sob licença em terra e na faixa atlântica. As licenças estavam
atribuídas à 30 companhias, 14 das quais era operadoras. Importa ainda dizer que a primeira
plataforma do modelo FPSO (flutuante Produção Armazenamento Escoamento) foi usada no
bloco 15, no projecto Kizomba A entrou em produção em Agosto de 2004. Já nos blocos 17 e
18 bem possível farão uso do mesmo tipo de plataforma.

No exacto momento o bloco O operado pela CABGOC, com uma média de 600.000 bpd, é o
mais produtivo com cera de 70% da produção total de crude de em Angola. O segundo maior
produtor é o bloco 3 operado pela TOTAL. Como conclusão, do exercício da actividade de

28
pesquisa, exploração e produção de petróleo, a queima de gás resultante desta actividade e
também para se ter uma fábrica de produção de petroquímicos local será construída uma
fábrica para condensação do gás de petróleo liquefeito (GPL ou LNG) estimando se que a
mesma entra ou seja iniciou as sua actividades em 2008. Com as varias descobertas na faixa
atlântica Angolana.

É bem possível que Angola possa assumir definitivamente o título ou seja cimentar a posição
alcançada como principal produtor de petróleo no continente Africano. Para tal a aposta em
novas tecnologias para a exploração em águas profundas e ultra profundas tornará a indústria
petrolífera Angolana numa potência a nível mundial15».

1.3.5 – Exportações de Petróleo em Angola

Angola exporta mais de 90 % do seu petróleo principalmente à China e os EU (Estados Unidos


da America). Em 2007, os Estados Unidos importaram aproximadamente 496,000 bbl/d de
petróleo de Angola (507,000 importações de petróleo totais), tornando Angola no sexto maior
fornecedor de petróleo para os Estados Unidos depois da Nigéria.

Durante a maior parte de 2007, a Angola foi o segundo maior exportador de petróleo para à
China depois da Arábia Saúdita ocasionalmente que de têm a monarquia. Os dados mensais
indicam que a China importou 650,000 bbl/d da matéria-prima para Angola no Dezembro de
2007 (em comparação com importações dos Estados Unidos de 440,000 bbl/d durante o mesmo
mês).

Outros destinos de exportação incluem a Europa e América Latina, principalmente o Brasil —


o país lusófono, colega que está aumentando conexões políticas e económicas com a Angola,
especialmente no sector petrolífero.

Tabela. Nº 3-Importações da China/US-Pretóleo/Produtos apartir Africa (Jan – June 2007) 16

Thousand bbl/d US China


Nigeria 1,078 19
Algeria 721 26

15
www.sonangol.co.ao – 05/07/2009 – 8h00.
16
Idem - http://www.eia.doe.gov/emeu/cabs/Angola/Oil.html 22/07/2009 – 16h

29
Angola 582 465
Congo (Brazzaville) 76 99
Gabon 76 20
Chad 69 0
Equatorial Guinea 57 73
Cameroon 28 0
Sudan 0 213
Sources: EIA for US Data; Energy Compass October 2007 for China

1.3.6 – Gás Natural Liquefeito(Projecto Angola LNG)

A Chevron e a Sonangol em conjunto com outros accionistas inclusive a Total, BP e Eni estão
ligadas na construção de uma fábrica de LNG de cinco milhão de toneladas, que pode será
iniciar a sua actividade em 2010, quando as políticas sobre queima de gás nulo entrarem em
vigor.

A ExxonMobil transferiu a sua acção no projecto Angola LNG a Sonangol, temporariamente


dando a Companhia Sonangol e a Chevron as propriedades das acções iguais dos 36.4 %.
Contudo, em Abril de 2007, Sonangol assinou um MoU com Eni para dar-lhes uma acção de
13.6 %. Gás natural Segundo o Jornal de Petróleo e Gás (OGJ), a Angola tem os 9.5 trillões
de pés cúbicos (Tcf) de reservas de gás natural desde o 1 de Janeiro de 2008, aumentando
significa mente —a das reservas previstas 2007 de 2 Tcf.

Segundo a estatística (previstas pelo EIA), em 2005, a produção grossa de gás natural de
Angola foi aproximadamente 300 bilhões de pés cúbicos (Bcf). Disto, 224 Bcf (75 %) foram
soltos ou queimados, 42 Bcf (14 %) foi re-injetado para ajudar na recuperação de petróleo e 34
Bcf (11 %) foi vendido. Da acção vendida, 5 Bcf foram processados no gás de petróleo
liquefeito (GLP) e o resto de 28 bcf foi para o consumo doméstico.

Com os aumentos consideráveis em reservas de gás natural comprovadas com base em política
do governo de terminar com a queima de gás natural, os planos devem converter em
encaminhar a maior parte do gás natural no projecto LNG, para exportação com alguns para ser
usado para a produção de electricidade doméstica17.

17
Idem - http://www.eia.doe.gov/emeu/cabs/Angola/Oil.html 22/07/2009 – 16h

30
Fig. Nº 4-Reservas de Gás Natural em Africa, 200818

Deste modo, o Governo e o sector petrolífero angolano procuram avançar para a


implementação de uma política de erradicação da queima de gases, incluindo, através de um
reforço da aplicação da legislação existente, medidas de protecção ambiental mais amplas e o
desenvolvimento de um projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) consubstanciando-se na
construção de uma fábrica de gás natural petrolífera (liderado pela SONANGOL e a Chevron)
na cidade do Soyo, província do Zaire, cujo início de funcionamento está previsto para 2010,
que irá permitir o aproveitamento do produto na sua totalidade, acabando com a queima do gás
na actividade petrolífera.

O projecto Angola LNG, vai, além de eliminar os riscos ecológicos da queima de gás permitir
o surgimento da indústria petroquímica, gerando postos de trabalho directos e indirectos para o
país. Será, sem dúvida um factor de desenvolvimento para o país a julgar pelo seu impacto
económico, social e ambiental. Assim, pensamos que o projecto LNG poderá vir a contribuir
para o crescimento, desenvolvimento e segurança ambiental da comunidade local através de:

 Criação de empregos,
 Provimento de formação,
 Construção/Desenvolvimento de infra-estruturas,
 Abastecimento de gás para utilização industrial a nível nacional, e
 Redução das emissões de CO na região.

18
EIA-Energy Information Administration Official Energy Statistics from the U.S. Government 23/07/09 12h

31
É necessário que se invista cada vez mais nas questões ambientais inerentes ao sector
petrolífero através de rigor e reforço da normas de controlo das actividades petrolíferas, por
forma a evitar a degradação do meio ambiente sobretudo, junto das comunidades que habitam
próximo das áreas onde ocorrem as actividades petrolíferas.

Fig. Nº 5-Mapa de localização, Exploração do projecto LNG

Source: Total Corporate Website19

Espera-se que o gás natural venha de vários campos off-shore inclusive o Bloco 17 da Total, o
bloco 18 da Bristh Petroulem e os blocos da Chevron o Zero e o 14. Segundo o Eni o projecto
19
Idem - http://www.eia.doe.gov/emeu/cabs/Angola/Oil.html 22/07/2009 – 16h

32
produzirá um total de 128 milhões de toneladas métricas do LNG, 104 milhões de barris de
condensado e 257 milhões de barris do GLP junto por um período de 28 anos.

Espera-se ainda que com a facilidade de produção de LNG consiga-se receba 1 bilhão de pés
cúbicos por dia de gás natural e produza mais de 4 milhões de toneladas por ano do LNG para
exportação mais ou até 125 milhões de pés cúbicos com base nas necessidades domésticas. O
LNG produzido será destinado ao mercado Americano (Estados Unidos da América), destinado
para a fábrica de regaseificação em Pascagoula na Costa de Golfo dos Estados Unidos. A
história do Petróleo e seu desenvolvimento em Angola pode ser ilustrado através da Tabela-
Fig. Nº 8-Produção e Exportação de Petróleo entre os anos 1981 há 2008 (postando em
Anexo).
1.4 – O PETRÓLEO, IMPACTO E SUA INFLUÊNCIA NA ECONÓMIA DE ANGOLA

No período pós-independência, o petróleo assumiu um significado excepcional na economia


política de Angola. A indústria petrolífera é o único sector dinâmico da economia e tem um
impacto enorme e significativo no crescimento e desenvolvimento económico do país.

A contribuição líquida do sector para a balança de pagamentos tem correspondido a cerca de


metade do valor global das exportações de petróleo20, isto, devido à subida dos preços
internacionais do petróleo. No entanto, mesmo em termos puramente económicos, o petróleo
apresenta alguns inconvenientes ou riscos. Mas infelizmente o sector petrolífero em Angola
gera ainda relativamente poucos empregos para os Angolanos.

Um dos problemas que se apresenta é a excessiva dependência de Angola deste recurso,


ficando perigosamente exposta às fortes flutuações de preços que afectam o mercado
petrolífero21. Nas duas últimas décadas, o sector petrolífero tornou-se sem dúvida no único
sector dinâmico da economia Angolana, ao mesmo tempo que a estagnação ou a decadência do
resto da economia foram ampliando a dependência do país em relação ao petróleo. Esse tem
sido o seu impacto negativo no desenvolvimento de outros sectores da económia. Os outros
sectores quase que não de fazem sentir. Pelo que se defende uma maior intervenção do Estado

20
Boletim Estatístico, n.º 8, BNA, Luanda, 1998/1999.
21
De Menezes Bruzaca Aires, O Petróleo no Contexto Macro-económico, (extracto da tese sobre implicações
sócio-económicas da exploração do petróleo em São Tomé e Príncipe), Instituto Superior de Economia e Gestão,
Lisboa, sem data.

33
consubstanciando-se na atribuição de mais verbas provenientes do sector petrolífero, a serem
canalizadas em outros sectores da económia.

O petróleo constitui para o povo Angolano um recurso transmissor de confiança, segurança ou


tranquilidade, de que o futuro lhes reserva uma melhor vida e que o país poderá sair da situação
em que se encontra num futuro breve e alcançará o tão desejado crescimento e
desenvolvimento económico. Os Angolanos sentem-se orgulhosos por estarem entre os países
mais ricos em termos de recursos naturais, muitos ainda por explorar.

Em todos os aspectos, o Estado habituou-se fortemente a viver das receitas do petróleo, que é,
em última análise, um recurso não renovável, embora as reservas do país prometam muitos
mais anos de produção. No entanto, o país não pode correr o risco de esgotar esse recurso, sem
extrair deles benefício a longo prazo.

34
CAPITÚLO II – O SECTOR PETROLÍFERO/ACTIVIDADE PETROLÍFERA EM
ANGOLA

2.1.-A CRIAÇÃO DA ENTIDADE REGULADORA DA ACTIVIDADE PETROLÍFERA EM ANGOLA

Fundada a Fevereiro de 1976, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola


(SONANGOL U.E.E), é a empresa responsável pela gestão de recursos de hidrocarbonetos
em Angola, e é a força líder no desenvolvimento de Angola22. Tem uma história que se
confunde com a do país, enquanto nação independente, mercê do seu envolvimento no
quotidiano das Comunidades. Fruto de uma politica de responsabilidade social a Sonangol E.P
é, com todo o mérito, a firma de direito angolano que assume a liderança no desenvolvimento
de Angola.

A (SONANGOL U.E.E), é a empresa responsável pela gestão de recursos de


hidrocarbonetos em Angola, tem como objecto principal a prospecção, pesquisa,
desenvolvimento, produção, transporte, comercialização, refinação e transformação de
hidrocarbonetos líquidos e gasosos e os seus derivados, incluindo actividades de
petroquímica.

2.1.1 - Órgãos de gestão da SONANGOL

22
Ibid. www.sonangol.co.ao

35
De acordo o estabelecido por Lei para as Empresas Públicas, a SONANGOL tem os seguintes
órgãos de gestão:

 Conselho de Administração
 Conselho Fiscal
 Conselho de Direcção

O Conselho de Administração é órgão máximo, a quem, compete com os mais amplos poderes
dentro dos limites da Lei e dos Estatuto, a gestão da empresa, respondendo perante o Governo
pela mesma. O Conselho é composto por cinco membros: o um Presidente e quatro
Administradores, nomeados pelo Conselho de Ministros. Em anexo figura a estrutura orgânica
completa da Empresa (p.81).

O novo documento da, SONANGOL “Perspectivas para 2010”, prevê transformar e tornar a
empresa plenamente integrada, que venha a assumir um papel activo a nível internacional, ideia
reforçada depois de Angola ter aderido como membro de pleno direito à OPEP, em Dezembro
de 2006.

Segundo a própria empresa, o seu papel ao nível do sector da produção petrolífera, é, no


essencial:
 Realizar a gestão técnica dos contratos de produção e de parceria, de modo a
maximizar os interesses do Estado e da SONANGOL na qualidade de concessionária e de
investidor;

 Recolher, validar e registar os dados relativos a toda a actividade petrolífera em


Angola como parte importante do património do país;

 Maximizar os interesses económicos do Estado e da SONANGOL como


concessionária e investidora; e

 Promover e organizar a coordenação económica e jurídica do processo de negociação


dos contratos de produção, contratos de associação, e outros.

36
É uma empresa moderna, dinâmica e dinamizadora, que preparar-se para encarar os desafios do
novo milénio, de entre os quais avulta o da abertura do mercado à concorrência internacional.
Por isso, prossegue a preparação e formação contínua dos quadros como resposta eficiente a
uma actividade pertinente para o desenvolvimento de Angola.

A SONANGOL possui uma série de empresas subsidiárias, que operam em sectores tão
diversos como a indústria, transportes, telecomunicações e a banca.

Também possui joint ventures ou participação nos sectores imobiliário, dos seguros e
construção civil, entre muitos outros. Ela refere e justifica que, no passado, a falta de empresas
nacionais de infra-estruturas e de serviços obrigou a empresa a realizar esta diversificação
horizontal para sustentar o desenvolvimento do seu negócio central, o petróleo. Esta motivação
parece razoável, face aos efeitos nefastos que a guerra produziu sobre a economia do país, mas
não é evidente que esta justificação ainda se mantenha.

Mais tarde, em Agosto de 1978, foi publicado o decreto-lei nº 13/78 que dava por criado o
MINISTÉRIO DOS PETRÓLOES (MINPET), orgão estatal este que lhe competia com
funções: assegurar, dirigir e controlar a reestruturação da Indústria Petrolífera Angolana com
base na Lei das Actividades Petrolíferas, este foi um período (Pós-Independência) que marcou
o início da reactivação da actividade petrolífera em Angola.

O decreto nº 13/78 definido na altura com Lei Reguladora do Petróleo, visava orientar a
prospecção, a pesquisa e exploração do petróleo e gás em Angola.

Determinava ainda que todos direitos ligados a prospecção, pesquisa e exploração do petróleo e
gás em Angola, incluindo o desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e
gasosos, bem como o direito a associar – se a companhias estrangeiras no exercício das
actividades petrolíferas são de exclusiva responsabilidade da entidade estatal Sociedade
Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL U.E.E)

2.1.2 - Legislação Da Indústria/Actividade Petrolífera Em Angola

37
A Legislação do sector petrolífero ou seja das Actividades Petrolíferas, visa orientar a
prospecção, pesquisa, e exploração do petróleo e gás em Angola, esta lei determina a entidade
ou empresa SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola), a
responsabilidade exclusiva de gestão das actividades de prospecção, pesquisa e exploração de
recursos hidrocarbonetos bem como ainda a autorização de associar-se há companhias
estrangeiras para realização de tais actividades.

Tal autorização prevê também a aquisição pela SONANGOL de uma participação de 51% nas
Concessões de Cabinda e Fs e FST, embora a gestão das operações permanecesse sob o
controlo dos operadores.

A Actividade Petrolífera ao longo dos tempos tem apresentado uma crescente evolução,
superando, as estratégias da economia nacional no passado colonial bem como de uma Angola
independente. O sector petrolífero consegui estabelecer – se e firmou-se como um sector de
continuidade, desenvolvendo-se de uma forma geral incorporado na economia nacional o
desenvolvimento ou impactos da económia internacional.

Nas últimas décadas verificou-se uma profunda evolução do Sector Petrolífero Mundial nos
aspectos técnico e económico, permitindo fazer exploração em grandes profundidades de água,
que se reflectiu na Lei e nos modelos contratuais. E assim o Sector Petrolífero Angolano
também evoluiu, adquiriu experiencia e colmatou lacunas existentes nas primeiras Leis. Fruto
destes factores começa um processo de revisão da Lei nº 13/78.

No intuito de uniformizar os diplomas existentes, tornando mais transparentes e justo o sistema


jurídico aplicável ao Sector Petrolífero surge a Lei nº 10/04 de 12 de Novembro de 2004-Lei
Geral das Actividades Petrolíferas Em Angola. O Sector Petrolífero, procura evidenciar
esforços para continuar a uniformização de acordos futuros, fortalecer e clarificar o papel dos
diversos intervenientes da indústria petrolífera. Daí a preocupação do governo em procurar
garantir que o Regime Fiscal adoptado ou a adoptar confira estabilidade suficiente aos

38
contratos existentes para continuar a atrair investimento estrangeiro no sector e no país em
geral.23

2.2 - LEGISLAÇÃO VIGENTE DA INDÚSTRIA/ACTIVIDADE PETROLÍFERAS EM ANGOLA

A legislação vigente do sector ou seja regente das actividades petrolíferas vigente em Angola
no presente momento é a Lei nº 10/2004 de 12 de Novembro de 2004 (Lei das Actividades
Petrolíferas). Esta presente lei visa estabelecer as regras de acesso e de exercício das operações
petrolíferas nas áreas disponíveis da superfície e submersa do território nacional, das águas
interiores, do mar territorial, das zonas económicas exclusiva e da plataforma continental, bem
como clarifica também que todos os direitos minerais do petróleo pertencem ao Estado e indica
como única concessionária dos direitos para todas as actividades de exploração e produção, é a
SONANGOL-E.P.

Esta Lei visa a uniformização e sistematização dos distintos regimes fiscais aplicáveis ao
Sector Petrolífero, mais propriamente aos contratos de partilha e produção (CPP) e aos
contratos de associação e produção. Não deixando de atender as especificidades nos contratos
de partilha e produção e nos contratos de associação e participação, no respeitante à:24

 Taxa do Imposto sobre o Rendimento do Petróleo;

 Determinação da matéria colectável;

 Isenção de Imposto sobre a Produção e;

 Imposto de Transacção do Petróleo (nos CPP).

Visa um tratamento fiscal mais justo e uniforme de todos os contribuintes sujeitos ao regime
fiscal da Lei nº 10/04, tornando assim mais fácil a sua consulta e aplicação. Porem, pode-se
afirmar que a legislação em vigor, que regula o Sector Petrolífero resulta da combinação de
alguns velhos e novos diplomas de natureza fiscal diversa de difícil sistematização, resultante

23
Relatório Banco Mundial
24
www.governo.gov.ao, 02/07/2009 – 12h30

39
da não uniformidade do Regime Fiscal, cambial e aduaneiro dos campos de produção
petrolífera.

2.2.1 - Principais Características Da Legislação vigente da Actividade Petrolífera Em


Angola

Segundo uma publicação do Ministérios dos petróleos na legislação vigente existem alguns
aspectos a ter em conta ou seja, “São apontados como principais aspectos da Lei Reguladora
das Actividades Petrolíferas (Lei nº 10/04 de 12 de Novembro de 2004) os seguintes25:

 Reafirmação do principio constitucional da propriedade do Estado dos recursos


petrolíferos;

 Princípio da Concessionaria Exclusiva e da obrigatoriedade associativa;

 Princípio do risco obrigatório;

 Princípio da direcção das operações petrolíferas;

 Licença de Prospecção;

 Sistema da obrigatoriedade do concurso publico e Regime da Negociação Directa;

 Estabelecimento das regras e conceitos técnicos mais importantes das operações


petrolíferas;

 Supervisão das operações petrolíferas, em que destaca o papel do Ministério dos


Petróleos e da SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola);

 Princípio da responsabilidade;

 Direito ao uso de instalações de terceiros;


25
Ministério dos Petróleos, Revista O Petróleo, pp.30

40
 Protecção das Empresas nacionais e;

 Penalidades.

2.3 - PRINCIPAIS CONTRATOS E SUAS CARACTERÍSTICAS NA ACTIVIDADE PETROLÍFERA EM ANGOLA

Os contratos constituem instrumentos importantes mediante a qual a entidade responsável pela


gestão da actividade petrolíferas em Angola – SONANGOL. E.P (Sociedade Nacional de
Combustíveis de Angola) tem orientado as Actividades Petrolíferas.

2.3.1 - Modalidades Contratuais Aplicáveis na Sector Petrolífero Angolano

Podem-se três (3) diferentes tipos de contratos no sector petrolífero26:

 Contrato de concessão, também chamados licença ou oil leases;

 Contrato de partilha de produção;

 Contrato de serviço.

2.3.2 - Principais Características dos Contratos no Sector Petrolífero Angolano

Como Características principais dos contractos celebrados no sector ou seja no exercício das
actividades petrolíferas, existem ou Podem ser apontadas como características dos contratos
quer de concessão, de partilha e produção e de serviço, as seguintes:

26
Fundamentos e Evolução da Indústria do Petróleo, Sessão 6

41
a) Contratos de Concessão

 É Celebrando entre empresas Operadoras e a Empresa Responsável pela exploração


dos Hidrocarbonetos, neste caso á SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de
Angola);

 O contratante realiza investimentos;

 O contratante dispõe livremente do petróleo;

 O contratante paga os impostos normais do pais em que tenciona explorar o petróleo,


dentre outros, o Imposto sobre o Rendimento do Petróleo e Royalties e por vezes impostos
especiais;

 O órgão regulador pode associar-se;

 Os contratos de concessão são divididos em duas fases: Exploração;


Desenvolvimento e Produção. A 1ºfase - Exploração pode durar de 3 a 8 anos e a 2º fase -
Desenvolvimento e Produção tem um período de duração que vai ate o fim da vida útil do
poço.

b) Contrato de Partilha de Produção ( PSAs)

 Normalmente firmado com um órgão estatal - SONANGOL (Sociedade Nacional de


Combustíveis de Angola);

 O contratante realiza investimentos;

 Utiliza uma parcela da produção chamada cost oil 27para cobrir custos;

 A parcela restante (profit oil)28 é dividida entre a contratante e o órgão regulador -


SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola);

 A contratante paga impostos normais do país (Imposto sobre o Rendimento do


Petróleo);

27
Expressão inglesa que significa custo do petróleo é a parte que serve para recuperar o investimento e também
custos de divida, normalmente sob responsabilidade da empresa petrolífera.
28
Expressão inglesa que significa parte do lucro do petróleo que é dividida entre o investidor e o país.

42
 O Órgão Estatal ou seja á SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de
Angola) pode se associar.

Os Acordos de Partilha de Produção (PSAs), constituem principais meios pela qual a


entidade Reguladora SONANGOL (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola), como
concessionaria nacional, autoriza o empreendimento de exploração e produção na área de
concessão por um Grupo de adjudicatários, incluindo uma ou mais companhias estrangeiras e,
em alguns casos a própria SONANGOL.29.

Os PSAs vieram dar uma outra dinâmica ao Regime Fiscal ou seja a possibilidade do país
arrecadar rendimentos tão logo se inicie a produção, os Acordos de Partilhas de Produção
exigem, o cumprimento das obrigações fiscais por parte dos contribuinte integrantes na
produção das operações petrolíferas e não estão condicionadas a recuperação dos custos do
investimento.

c) Contratos de Serviços

 A empresa internacional de petróleo é contratada como prestadora de serviço, podendo


ou não receber a sua remuneração em óleo;

 O país hospedeiro é proprietário de todos os activos;

Podem ainda ter a cláusula de risco, ou seja, o pagamento ao estado é feito independentemente
do seu resultado (lucro ou prejuízo). Esta Lei confere ao Estado as regras de acesso e de
exercício das operações petrolíferas nas áreas disponíveis de superfície e submersa do território
nacional, das águas interiores, do mar territorial da zona económica exclusiva e da plataforma
continental.”

29
KPMG,Avaliação do sector petrolífero angolano, pp. 14-15

43
2.4 - PRINCIPAIS NOÇÕES E CARACTERÍSTICAS SOBRE CONCESSÕES PETROLÍFERAS EM ANGOLA

2.4.1 - Decretos de Concessões

O decreto de concessão é o mecanismo utilizado pelo Governo Angolano para concessão de


um Bloco. Tais decretos atribuem os direitos de concessão a concessionaria bem como as
respectivas obrigações principais. Entre elas, a execução de planos de trabalho aprovados, o
fornecimento de relatórios mensais relativos a contratos de serviço iniciados e a retenção de
amostras de corte, núcleo de perfuração e relatórios geológicos e geofísicos. O decreto de
concessão proporciona uma cobertura clara das áreas envolvidas e, em geral, as áreas que
abrangem são muito apropriadas.

2.4.2 - Atribuição de concessões

Como empresa concessionária a Sonangol atribui direitos de exploração de petróleo e de gás


natural no território e na faixa continental Angolanos. Os seus espaços para exploração estão
geralmente delimitados em áreas de superfícies de 5.000 km denominados por Blocos, os quais
são disponibilizados para concessões por um período que varia de 5 há 20 anos. Uma politica
bem sucedida na atribuição das concessões deve procurar atingir dois objectivos. Por um lado,
elevar ao máximo o valor actual dos recursos de petróleo, encontrando, desenvolvendo,
extraindo e vendendo tanto quanto possível desses recursos ao preços mais elevados. Para
atingir este objectivo, o país concessor deve atribuir concessões aos agentes certos e em ternos
certos.

Por outro lado, o impacto das operações deve ser geridos de modo a proporcionar um efeito
positivo de longo prazo no desenvolvimento da capacidade empresarial do país concessor. Isto
é, puro simplesmente as actividades petrolíferas deve sempre proporcionar ao país concessor

44
benefícios duradouros, também para alem do alcance das actividades petrolíferas para atingir
isto é preciso que estejamos a fazer as coisas certas no momento certo e da maneira correcta,
para o desenvolvimento de Angola.

2.4.3 - Negociação de Concessões

A exploração de hidrocarbonetos é evidentemente uma tarefa custosa e difícil. “ A actividade


petrolífera em si, por natureza é uma actividade de risco30”. Assim quando a empresa
concessionária realiza o processo decisão na escolha de concessões de um grupo de empresas
concorrente, são factores decisivos: as incertezas em relação aos preços futuros do petróleo, as
reservas e volumes recuperáveis, os impactos ambientais, a prosperidade das bacias, a
legislação tributária, o nível actual do conhecimento geológico das bacias, o acesso aos blocos
exploratórios e as condições operacionais vigentes.

A recente tendência de realizar investimentos geológicos com crescente complexidade


(reservatórios de águas profundas e ultra profundas) aumenta ainda mais o numero de
incertezas a considerar quando de uma concessão. Como é difícil estipular o preço de uma
concessão, os contratos são feitos com base num acordo em que o grupo de empreiteiro
concorda em vender ou comprar o petróleo ou gás explorado com base no preço estipulado na
altura do contrato.

No caso de Angola a venda do petróleo, por parte do estado é feito a favor de linha de crédito
internacionais que possibilitam a importação de bens não existentes no país.

2.4.4 - Controlo de Concessões

Durante o exercício da exploração de petróleo em Angola, o grupo empreiteiro tem de prestar,


regularmente, contas das suas actividades à SONANGOL (Sociedade Nacional de
Combustíveis de Angola). O cumprimento dos Prazos das Fases de pesquisa, e produção pré-
estabelecidos bem como os resultados obtidos são factores a considerar na renovação ou
cancelamento de concessões, ou seja visto que a actividade representa um risco, a realização de
tal actividade como qualquer outra tem um prazo definido pela concessionária Nacional, se o

30
Ibid.Rafael Alfredo, Geólogo DNP/MIN.PETROLEO

45
grupo Empreiteiro (operadores e Associadas/parceiros) encontrarem o petróleo satisfação para
estes.

Logo há necessidade das empresas Associarem-se não com a Concessionária Nacional


(definido assim no sistema fiscal da actividade petrolífera em Angola), com outras empresas,
no sentido de evitarem Avultados custos, A actividade envolve muitos custos, existe ai a
necessidade de repartir estes custos.

Por exemplo, em muitas legislações limitam os períodos de concessão de prospecção e de


extracção a um pequeno número de Anos, com possibilidades de prorrogação. “Quanto menor
for o Período mais o concessionário se sentirá pressionado a acelerar o ritmo das operações31”.

É preciso reter que um dos principais objectivos da concessão é a garantia de que as operações
serão administradas numa base estritamente económica. Os concessionários devem procurar
proporcionar os financiamentos necessários e assumir os riscos inicias particulares na
prospecção. Os concessionários são normalmente compensados por esta contribuição
importante pela possibilidade de reterem uma parte adequada dos rendimentos das operações.

«A experiência mostra que o modo de partilha dos encargos financeiros e das compensações
entre o estado e os concessionários é decisivo para a escolha destes. Se tudo o mais for igual,
um concessionário preferirá obviamente prospecção ou desenvolvimento em concessões onde a
sua percentagem na partilha seja mais elevada, ou onde os direitos de exploração ou a renda
sejam mais baixos, ou onde retorno do investimento seja mais rápido.

Do mesmo modo, se a renda do terreno for baixa o concessionário levará o tempo que for
necessário para explorar a zona da concessão antes de renunciar. Por outras palavras, um
concessionário prefira invariavelmente investir nas concessões em que o risco é baixo e as
margens de lucro mais altos. Isto nem sempre coincide com as preferências do país concessor,
que tem interesses diferentes nos vários blocos e um maior de blocos para escolher. Haveria
muito a dizer de se terem condições económicas uniformes para as concessões. Por outro lado,
pode ser perigoso insistir que todas concessões sejam atribuídas nos mesmos termos
económicos, pois isto pode privar o país concessor de colher melhores lucros nos blocos mais

31
Al-Kasim, Farouk “A politica de Concessão e gestão de recursos” Revista Energia nº 30, Dezembro/91

46
atractivos ou de diferentes modos de responder ao mercado. – Escreveu também Farouk Al-
Kasim»

2.4.5 - Mapa de Concessões Petrolíferas Em Angola

«A partir da linha de costa (linha esta que separa a terra e o mar), na costa angolana, referente a
realização da actividade petrolífera é preciso saber que a mesma esta dividida em três blocos de
concessões. Divisão esta para permitir definir as áreas de actividade, havendo assim a
necessidade de limitar as áreas de exploração.

Os blocos são: Blocos em águas Rasas (são blocos próximos da costa 0 – 200metros); Blocos
em águas Profundas (blocos situados entre 200 – 1.500 metros) e Blocos Ultras Profundos
(Acima dos 1500metros). É necessário afirmar ainda que referente a zonas de actividade, nós
começamos a desenvolver esta actividade em terra (Onshore), mas hoje a maior parte da
actividade petrolífera em Angola é desenvolvida no mar (offshore), resultante do período de
guerra em que as operações tiveram que ser interpeladas. Mas nesta altura a Fina petróleo esta
á operar no soyo – afirma o Geólogo Rafael Alfredo».

47
fig. Nº7-Mapa das Concessões Petrolíferas em Angola

Fonte: Mapa das zonas de concessões da actividade petrolífera em Angola32

O litoral angolano é composto pelas bacias sedimentárias do Namibe e dos rios Congo e
Kwanza mas até ao presente somente as bacias do Congo e do Kwanza produziram reservas
petrolíferas em quantidades comerciáveis. Após o insucesso obtido nos blocos 9, 21, 22 e 25 a
região sul continua inexplorada, motivo para qual também contribui a não descoberta de
petróleo nas perfurações feitas ao largo da costa da Namíbia, país a sul de Angola.
32
Ver, www.sonangol.co.ao/corp/concessoes_pt.shtml – 05/08/2007. 12h45

48
Não obstante o insucesso na região sul, os engenheiros do departamento de geologia da
Sonangol acreditam que nem tudo está perdido em relação aos blocos do sul. Pesquisa e analise
dos blocos bacia do Namibe estão a ser conduzidos e os nossos engenheiros crêem que ainda
poderão ter agradáveis surpresas de produção comercial na região sul. Todavia tendo e
encontra os resultados obtidos até à data, é evidente que em termos geológicos os blocos a
norte do país são mais favorecidos do que os blocos do sul.

As atividades de produção e exploração Onshore consistem principalmente em volta da


Província Cabinda e foram paralisadas durante a guerra civil da Angola. A província Cabinda é
casa de movimentos separatistas que exigem acesso a receitas do petróleo e maior participação
na política sobre o petróleo. Enquanto o governo procura marcar posições políticas, e garantir
melhor segurança, ainda ocorrem conflitos entre os militares e rebeldes na área. Alguns poços
existentes que foram furados antes da guerra são bloco Zero provando ser extremamente
prósperos (veja abaixo). A corrente que autoriza em redor está oferecendo três blocos Onshore,
dois Centro na Província Cabinda e uma na Bacia Kwanza terrestre.

O Bloco zero, está localizado no Alto mar da província de Cabinda, produzindo


aproximadamente 370,000 bbl/d (2007). A Companhia de petróleo Cabinda Gulf (CABGOC),
Chevron, uma subsidiária e operador do bloco zero desde 1955, tem uma tendo umas
participações de 39.2% no JV. Em Maio de 2004, Sonangol e o governo angolano estenderam
o contrato de CABGOC, que foi estabelecido para vencer em 2010, até 2030. Outros parceiros
incluem o Total e Eni. Os maiores campos de petróleo de produção do bloco zero são Takula
(Área A), Numbi (Área A), e Kokongo (Área B).

A chave do sucesso em descobertas comercias neste bloco crê-se estar ligado com a sua
proximidade com o rio a foz do rio Congo. Analisando o mapa de concessões pode deduzir que
as maiores descobertas derivam de poços pertos da foz do rio Congo.Isto porque os vastos
depósitos de matéria vegetal ao longo dos milénios, eventualmente originou que hoje se
encontra ao longo de Angola. Por esta razão há um interesse maior em concessões em blocos
situados além das descobertas ao longo da bacia do Congo33

33
www.sonangol.co.ao/corp/concessoes_pt.shtml – 13/06/2007, 13h20

49
Tabela. Nº 4-Mapa de Composição do Bloco 0
Grupo Empreiteiro Bloco Participação Situação
Zero
CABGOC(Operador) 39.26% Produção Actual
SONANGOL 41% Aproximadamente
ELF 10% 450.000bpd
AGIP 9.8%

2.5 - PRINCIPAIS CARACTERIZAÇÃO DA ACTIVIDADE PETROLÍFERA EM ANGOLA

O exercício da actividade petrolífera pode ser vista em duas áreas:34

 Offshore;

 Onshore.

Áreas Offshore35 – A indústria petrolífera angolana é predominantemente offshore, em finais


dos anos 70 Estado deu início a um programa para encorajar a exploração de petróleo em
offshore, originado assim a divisão da costa angolana exceptuando a Concessão de Cabinda,
em 13 blocos de exploração e licenciada a companhias petrolíferas segundo Contratos de
Partilha e Produção. Durante o ano de 1994, a concessionaria nacional solicitou a apresentação
de propostas para águas profundas, abaixo dos 200 metros, posteriormente licenciou também
blocos em águas muito profundas.

A área offshore inclui uma faixa próxima da costa que contem os Blocos 1, 13 e o Bloco 0
(Concessão de Cabinda), uma faixa de águas profundas que contem os blocos 14 e 30 e uma
faixa de águas muito profundas que contem os Blocos 31 e 34.

Áreas Onshore36 – As áreas onshore ou áreas costeiras incluem os Blocos de Cabinda, Congo
e Kwanza. Porem importa referir que actualmente menos de metade destes Blocos se
34
35
Áreas em terra firme
36
Áreas no mar

50
encontram em produção. Outros blocos onshore contêm descobertas por desenvolver, estão
numa fase de exploração ou não estão licenciados, ou seja, não se encontram abertos.

Existem no país duas bases principais de abastecimento/fornecimento de petróleo, a Base do


Kwanda no Soyo e Base de Malongo em Cabinda. Existem ainda instalações para fornecimento
de operações petrolíferas offshore em Luanda e Lobito. Desde Setembro de 2001 existem no
país 4 terminais principais exportação de petróleo:

Um terminal onshore em Malongo (Bloco 0), um FSO em Palanca (Blocos 1,2,3 e FS/FST,
FPSOs no Kuito (Bloco 14) e Girassol (Bloco 17). Existem também FPSOs em Kiame (cujas
operações cessaram em 2002) e na área de Canuku do Bloco, o Ocean Producer. O FSO em
Lombo Este e o FPSO em Kiabo foram encerrados durante o ano de 2001. Existe ainda em
Luanda uma refinaria de 35.000 bbl/dia, abastecida por um crude produzido periodicamente
nos Blocos 3 e 4.

A grande diferença entre a pesquisa e produção de petróleo em Offshore e Onshore reside no


facto de que em terra o projecto pode ser desenvolvido conforme o conhecimento do depósito
evolui, contrastando com a exploração no mar, em que engloba todas as contingências, cujos
ajustes subsequentes são difíceis de realizar, acrescidos de custos operacionais muitos
elevados.

2.6 – PRINCIPAIS EMPRESAS PETROLÍFERAS EM ANGOLA

Principais Companhias de Renome que operam no País37

Para o desenvolvimento da actividade petrolífera (pesquisa. Exploração e produção do


petróleo) Angola conta com dezoito (18) companhias nacionais e estrangeiras. Sendo cinco
(05) operadoras e treze (13) associadas às actividades operacionais. De acordo com a Lei das
Actividades Petrolíferas, são consideradas Companhias Operadoras, as companhias que

37
Algumas empresas petrolíferas que foram possível obter informações

51
executam actividades ligadas a pesquisa e exploração petrolífera numa determinada concessão
petrolíferas.

As companhias associadas podem ser nacionais e internacionais, são Companhias Associadas


Nacionais, toda pessoa colectiva de direito angolano, sedeada em território nacional que nessa
qualidade se associe a Concessionaria Nacional sob qualquer forma de Sociedade Comercial,
Contrato Consorcio e sob a forma de Contrato de Partilha de Produção. São Associadas
Estrangeiras, a pessoa colectiva constituída no estrangeiro e que na qualidade de investidor
estrangeiro se associa a Concessionaria Nacional, sob a forma de Sociedade Comercial,
Contrato de Consorcio e sob a forma de PSAs.

Companhias Nacionais

A emergência de empresas nacionais no sector petrolífero é fruto de esforços do Governo


angolano na actualização da Lei das Actividades Petrolíferas e a implementação do programa
sobre o conteúdo local. Presentemente, o Sector Petrolífero Angolano pode contar com a
aceitável presença de companhias nacionais nas operações de desenvolvimento e produção de
petróleo e gás. Neste caso destaca-se o enquadramento da Sonangol Pesquisa e Produção
(Sonangol P e P), na lista das companhias operadoras cuja experiência baseou-se dos campos
marginais38, bem como a integração da Somoil, China Sonangol e a Sinopec Internacional na
lista das companhias associadas.

Companhias Estrangeiras

A Legislação das Actividades Petrolíferas tanto actuais como antigas serve de meios
fundamentais visando a criação de incentivos comerciais e constituírem fontes motoras e
motivadoras para a fluência das companhias estrangeiras na exploração e desenvolvimento da
concessão angolana.

38
Campos sem grandes proporções de petróleo comercial.

52
Temos a destacar na década de sessenta (60) a Cabinda Gulf Oil Company (Cabgoc, Lda) no
Onshore e Offshore de Cabinda, Total, Texaco e Shell no Onshore e Offshore do Soyo.
Podemos ainda enquadrar isso fruto das inovações fiscais do país propiciaram a descoberta de
campos altamente produtivos em águas profundas e ultra profundas através da Britsh
Petroleum (BP), Esso, Chevron Texaco e a Total Fina Elf em companhia com as associadas.

SONANGOL

Fundada a Fevereiro de 1976, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola


(SONANGOL), é a entidade responsável pela gestão de recursos de hidrocarbonetos do país. A
companhia com o seu tema “Transformar Angola” é neste momento a força líder no
desenvolvimento de Angola.

A sociedade nacional de combustíveis é uma das poucas empresas angolanas que se tem
introduzido tão profundamente na vida corrente das populações. Seja entre intelectuais,
desportistas ou entre donas de casa, seja numa sala de aulas, num campo de futebol, ou ainda
numa conversa de esquina ou numa reunião de altos executivos. O fenómeno não e meramente
uma causa, nem tão pouco resultado da companhia no investimento em campanhas
publicitárias, porque, de facto, apesar de alguma lógica de raciocínio, não é assim que se deve
encarar as situação.

Logo pode se afirmar, que tudo isto é resulta da política de responsabilidade social, coerente,
actuante e até certo ponto visionária, que ao longo dos anos vai sendo, assumindo como
objectivos fundamental eo prioritário no actual corporativo da empresa referente a sociedade.

Por isso, não será difícil perceber que o sucesso empresarial da Sonangol, enquanto ente
responsável pela gestão dos recursos de hidrocarbonetos do país e força motora do
desenvolvimento de Angola, deduz –se não apenas pela boa gestão ou ainda pela evolução
tecnológica que se regista dia após dia, mas é também pelo crescente engajamento junto das
comunidades, à luz da sua política de responsabilidade social.

BP GLOBAL

53
As operações da BP foram envolvidas em Angola desde os anos 1970. Seguindo a fusão com
AMOCO. O negócio da BP em Angola se tornou numa parte fundamental da exploração da BP
mundial e pasta de desenvolvimento. A actividade Principal da BP em Angola é “upstream”,
em outras palavras, a exploração e desenvolvimentos dos recursos de hidrocarbonetos extraídos
do offshore angolano (óleo e gás). Actualmente a BP não possui um reservatório dos refinados
no país.

BP emprega aproximadamente 260 pessoais em seu negócio de Angola. Desses,


aproximadamente 75 são o pessoal local. Nós esperamos aumentar o número e proporção de
pessoal local fundadas em Angola durante os anos próximos, nós tem desenvolvemos nossa
estratégia para criar tem negócio provido de pessoal e corre por angolano e fundou Luanda
principalmente dentro. Nossa pontaria é recrutar angolano, desenvolva as habilidades
deles/delas e os permita preencher os postes seniores no negócio. O negócio da BP em Angola
é uma valiosa parte da sua pasta internacional, grande de óleo e recursos de gás. No tempo
devido é esperado que Angola faça parte ou seja desempenhe um papel importante na produção
mundial da BP.

Durante esta década nós (BP) esperamos ter investimentos no valor de $7 biliões em negócios
angolanos. Isto nos fará um dos investidores estrangeiro maior em Angola. A BP possui
participação em todos os três blocos em águas profundas principais, 15, 17, 18, nos quais
foram feitas descobertas significativas como também em águas ultras profundas bloco 31.nos
blocos 18 e 31 á BP opera como um dos administradores ou seja gestor na exploração da
actividade e o desenvolvimento, em nome do grupo de companhias que estão investido nele.
As actividades de BP em Angola envolvem sociedades com a companhia de óleo nacional
angolana, Sonangol que está administrando o desenvolvimento dos hidrocarboneto de Angola
um lado do país; e sociedades com outras companhias de óleo estrangeiras que investem
Angola dentro39.

STATOIL

39
www.BP.com (extractos traduzidos da matéria disponível no site) – 25/06/2007 – 14h59

54
A companhia Statoil é responsável por 58 por centro da produção total de petróleo e gás em
Angola, a Statoil opera em 20 campos de petróleo e gás, que compreendem 18 plataformas e
navios de produção, 4 instalações sem funcionários a bordo e 17 instalações operadas por
remoto controlo. A Statoil esta presente em mais de 29 países. Em Angola a companhia é
titular de 13.33 por cento nos blocos, 15, 17, e 31 operados pela ExxonMobil, A Total e a BP.
O bloco 15 abrange o campo Kizomba, além de outros desenvolvimentos do Kizomba A e B, a
expectativa de produção máxima de ambos é de 250 mil barris de petróleo por dia. No bloco
17, o principal campo é o Girassol que em conjunto com o Satélite Jasmim, tem uma
capacidade de Produção de 240 mil barris por dia. Já no bloco 31, foram feitas várias
descobertas, incluindo o Plutão, o Saturno Vénus e Marte. Os esforços de exploração
continuam e os resultados têm sido satisfatórios, de acordo com os resultados Apresentados
pela companhia.

HYDRO

Em Angola desde 1986, a companhia Hydro è se não a principal Assistente técnica da


Sonangol de quem é parceira também em projectos e programas de transferência de gestão e
tecnologia. Tem igualmente uma participação de 10 por cento no bloco 17. È líder na produção
de petróleo e gás no offshore, a companhia Hydro é a terceira fornecedora mundial de
Alumínio.

PGS

Companhia tecnológica com serviços direccionados no campo petrolífero, a PGS opera


principalmente na área de geofísica a nível mundial e na plataforma de produção do Mar do
norte. Presta igualmente serviços em reservatórios, incluindo aquisição, processamento,
interpretação de dados sísmicos e desenvolvimento de campos.

AKER KVAERNER

55
A companhia Aker Kvaerner é líder mundial no fornecimento de serviços de engenharia de
construção e produtos de tecnologia e soluções integradas. Os seus negócios abarcam um
conjunto de indústrias, incluindo a produção de petróleo e gás, refinação e produtos químicos,
os minerais e metais, produtos farmacêuticos e a biotecnologia. Tem ainda também negócios na
produção de energia eléctrica e na indústria de papel, os rendimentos agregados anuais pela
companhia estão calculados em 4 biliões e 500 mil dólares.

FMC TECNOLOGIES

Líder No Fornecimento De Unidades De Produção Subsea E De Sistemas De Processamento


Para A Indústria Internacional Do Petróleo E Gás. Os Seus Negócios, ou seja os serviços da
companhia incluem o desenvolvimento de campos de subsea ( sub mar), monitorização e
sistemas de controlo para gestão integrada de produção subsea, e sistemas ligeiros de
intervenção nos poços. Apoia ainda 24/24 horas aos clientes e, no local, gestão das
ferramentas, rápido envio de peças sobressalentes, entrega do campo e treinamento.

DNV

Fundada em 1864, na Noruega, a DNV nasceu como fundação independente criada com
objectivo de salvaguardar a vida, a propriedade e o ambiente. Hoje é uma instituição
internacional líder no fornecimento de serviços de gestão de risco. Os seus serviços estão
organizados em quatro sectores: Classificação Marítima; Certificação Serviços de tecnologia e
Consultoria. No ano de 2003 foi registada em Luanda a DNV Angola serviços Limitada com
objectivo de prover ao sector local petróleo, gás e processamento industrial acesso às soluções
de negócio da companhia. A partir dos seus escritórios de Luanda fornece soluções
tecnológicas e serviços de consultoria e de formação nas áreas de segurança alimentar,
qualidade, saúde e ambiente a clientes em toda a região Austral. A DNV, a partir de Luanda
coordena a presença da DNV na Nigéria, Africa do Sul, Mauritânia, Gabão e Ghana.

Companhias petrolíferas presentes em Angola:

56
Associadas e Parceiros:
Sonangol Nirangola
Daewoo Prodey
Repsol Petrogal
Hydro Ajoco
Svenska Shell
Pedco Teikokou
Marathon Neste Oil
Statoil Inaftaplin
Braspetro Naftagas
Saga Falcon Oil Holding S.A.
Petroinet
Fig.Nº8-empresas Petrolíferas e Parceiros Presentes em Angola40

2.7. - INVESTIMENTOS NO SECTOR/ACTIVIDADE PETROLÍFERA EM ANGOLA

40
Ibid. www.sonangol .co.ao/sonangolEp/jointventures

57
Segundo Pessoa Vaz41. Em uma das suas Matérias sobre o petróleo escreve: “Começa – se á
por referir que um dos principais mais importantes que caracteriza tal sistema é o da existência
de uma concessionaria exclusiva de direitos mineiros para a pesquisa e produção de
hidrocarbonetos líquidos e gasosos em todo território nacional, que é a empresa publica
SONANGOL42.

De tal principio que se encontra consagrado no artigo 2.º da Lei Geral das actividades
Petrolíferas sobre a epígrafe de Monopólio da empresa estatal, decorrem os seguinte outros
dois princípios, também constantes, respectivamente nos artigo 4.º e 16.º da citada lei:

1. Intransmissibilidade de direitos – Á Concessionaria SONANGOL é vedada a


alienação total ou parcial dos direitos mineiros que lhe forem concedidos;

2. Obrigatoriedade Associativa – Toda a sociedade ou entidade que deseja exercer em


Angola actividade de pesquisa e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos, somente o
poderá fazer em associação com a empresa estatal SONANGOL.

As modalidades de associação permitidas pela lei, para efeito de tal associação, são a sociedade
comercial, associação em participação e o contrato de partilha de produção, constituindo este
último o modelo contratual por excelência do sector petrolífero angolano. Em consequência
dos princípios acabados de referir, retira-se a conclusão de que às entidades que pretendem
investir no sector petrolífero angolano é vedado a possibilidade da atribuição de concessões
petrolíferas e/ou usufruir dos resultados das mesmas através de uma ligação à concessionária
SONANGOL.

Por tal motivo se pode também concluir que o único estatuto que pode ser atribuído às
entidades que pretendem investir directamente em Angola no sector petrolífero é o de
“Associação da Concessionária SONANGOL”. Propriamente ao acesso aquele estatuto, é de
salientar, primeiramente, que a legislação petrolífera angolana vigente estabelece apenas o
requisito de as entidades investidoras deverem deter comprovada idoneidade e capacidade
técnica e financeira.

41
Pessoa Vaz – Jurista DNEG/SONANGOL
42
Ver Concessões petrolíferas, revista do MINPET - Revista Energia Nº 49 Abril 98

58
Em segundo lugar, é importante referir que na legislação angolana actual não existem normas
que fixem os procedimentos para a aquisição do estatuto de Associação da Concessionária. No
que concerne aos concursos públicos propriamente ditos, importa referir, antes de mais, que os
mesmos são lançados pela SONANGOL após obter as devidas autorizações superiores
relativamente á futura atribuição, pelo Governo de uma concessão petrolífera, escreveu ainda
Pessoa Vaz43.

Neste processo de selecção desenvolvido pela Sonangol, a que distinguir o mesmo em dois
tipos de concursos públicos:

 O concurso para seleccionar a entidade que irá ser a Operador de uma determina área
petrolífera;

 O concurso para seleccionar o conjunto de empresas que com a Operador (neste caso
já escolhido), constituirão o grupo que irá custear as operações petrolíferas (Grupo
Empreiteiro);

Na selecção do operador, a Sonangol procura contactar directamente as empresas que ao longo


das anos se manifestam com interesse de investirem em Angola (Sector petrolífero) e em
relação às quais a empresa estatal tenha garantias de que são efectivamente detentoras de
experiência em operações de exploração de petróleo. O objecto principal do concurso é que as
empresas seleccionadas sejam possuidoras de capacidade técnica e financeira para o
desempenho desta actividade.

Já no que diz respeito ao concurso que consiste na selecção das restantes empresas para
completarem o Grupo de empreiteiro, ou seja para a selecção destas empresas que irão assumir
a participação associativa que se encontra livre na “joint venture” composta por investidores
que devem se associar à concessionaria nacional.

Interessa ainda dizer que as empresas que foram convidados para a selecção do operador, e não
conseguiram ficar com o papel de operador da área em concessão, muita das vezes também se
convida outras empresas petrolíferas que, podendo não ser detentores de capacidade técnica
para executarem operações na área petrolífera, mas possuem conhecimentos ou reconhecida
43
Vaz, Pessoa “Investir Nos Petróleos” Revista Energia Nº 49 Abril 98, P9

59
solidez financeira para suportar os custos incorridos no processo de exploração e produção do
petróleo. No concurso, também com no primeiro são dados a conhecer as condições
económicas que irão vigorar na área petrolífera concedido, bem com as percentagens titulares
por cada empresa.

Após a formação do grupo empreiteiro, a companhia nacional aprovada que esteja as propostas
apresentadas, encarrega-se de propor ao Ministério dos Petróleos a constituição definitiva do
grupo, bem como pronunciasse á público. Posteriormente decorre a fase de negociação dos
documentos legais e contratuais relativamente à concessão petrolífera. Depois das negociações,
os respectivos documentos são submetidos À aprovação do conselho dos Ministros, uma vez
aprovado o diploma de concessão, a Sonangol e o grupo de empreiteiro assinam, perante o
notário, o contrato aprovado pelo notário.

CAPITÚLO III-Desenvolvimento sócio-económico de Angola - Desafios e


Perspectivas

60
Após uma breve síntese da história do desenvolvimento dos agentes económicos tais como a
SONANGOL, e da situação da sociedade Angolana, durante a colonização, luta pela libertação
colonial, pós-independência, é momento certo para abordarmos o tema mais complexo,
contudo, muito importante, a indústria petrolífera, seu papel e sua contribuição no
desenvolvimento sócio-económica de Angola visando maior compreensão do seu
melhoramento da vida sócio-económica deste país. Essa responsabilidade é ainda hoje em
Angola, uma matéria de domínio e responsabilidade do Governo, ou seja, é o Estado quem
controla e dirige a indústria petrolífera.

3.1 - ECONOMIA DE ANGOLA NO PERÍODO PÓS INDEPENDÊNCIA (30 ANOS DE GUERRA)

“Pouco antes da independência de Angola foi criada um grupo de trabalho no seio da indústria
petrolífera, para apoiar esta mesma indústria para mobilizar os angolanos que nela
trabalhavam. O grupo de trabalho tinha como objectivo estabelecer uma estratégia que
permitisse a continuação das actividades de exploração de produção de petróleo após a
proclamação da independência. Posteriormente, o grupo de trabalho deu lugar à Comissão
Nacional de Reestruturação da Indústria Petrolífera44”.

Existe a necessidade de reconhecer que, a guerra civil que o país viveu no período depois da
independência, destruí grande parte das infra – estruturas e da económia de Angola. Mas hoje
Angola apresenta bons indicadores de desenvolvimento. Embora é real dizer que Angola
depende das receitas das exportações do petróleo e os impostos arrecadados pelo governo são
provenientes das vendas externas do petróleo bruto e dos seus derivados. Angola tem aparecido
nos últimos anos, para toda comunidade estrangeira, com futura potência mundial na produção
do crude, fruto do desenvolvimento considerado que ultimamente tem apresentado,
relativamente ao aumento das áreas de perfurações. A titulo de exemplo: Girassol, Dália (Bloco
17), Kuíto (Bloco 14) e Kizomba A, B (Bloco 15).

Durante muito tempo (Depois da independência) a maior parte das receitas do estado provêm
do sector petrolífero. Isto é Aproximadamente 90% do PIB é receita do sector petrolífero. Em
1975, a económia Angolana era caracterizada por ser, uma económia com o sector agrícola
eficiente, que satisfazia as necessidades do consumo do país e também era possível exportar

44
Ibid. www.sonangol.co.ao

61
diversos produtos resultantes do sector. Segundo Redento Maya45 – desde então a situação foi
piorando muito, tendo como base três razões:

1. A guerra civil que abalou mais de 30 anos o país;


2. O modo que o estado intervêm na economia;
3. A falta de recursos humanos necessário;

A primeira razão, tem com base no efeito da guerra civil, que destruiu e paralisou praticamente
mais de 70% das infra-estruturas económicas e sociais de Angola. A guerra civil causou ainda
a morte de mais de um milhão de angolanos, a desindustrialização e a paralisação de cerca de
60% da circulação de bens e serviços, obrigando assim cerca de 4 milhões de Angolanos a
abandonarem as suas zonas de origem.

Para desenvolvimento de um país existe há necessidade da fiscalidade (pode ser definido como
sendo o complexo de impostos que vigoram no espaço territorial, bem com é o conjunto de
«Sistema» de leis e regulamentos Administrativos), ou seja a intervenção do estado assume um
papel chave na economia. O estado intervêm no desenvolvimento, definido regras ou seja
politicas quer seja económicas quer fiscal, nesta definição interessa diferenciar benefícios
fiscais do incentivo. Por benefícios entende-se, é uma medida de carácter essencial instituído
pelo estado no sentido de permitir a realização dos objectivos públicos, extra fiscais,
económicos e sociais de a população necessita. Como principais tipos de benefícios podemos
citar: isenções; Redução de taxa no desempenho de uma Actividade; Dedução da colectável
que pode beneficiar uma entidade que contribui, etc. já incentivo é uma medida do estado, que
consiste no sentido de encorajar ou seja atrair investimentos estrangeiros, bem com nacional
com propósito de permitir o desenvolvimento deste país.

Por exemplo: as isenções aduaneiras concedidas às importações directas efectuadas no sector


petrolífero, nomeadamente bens de consumo e equipamentos, durante os últimos três anos,
situaram-se em média de um bilhão e meio de dólares. As isenções foram concedidas ao sector
por força da lei dos regimes especiais do sector petrolífero, segundo a qual as empresas
petrolíferas ficam isentas de pagamentos de direitos aduaneiros na importação de equipamentos
para investir em Angola.

45
Maya, Redento “A privatização da Indústria de Angola Vantagens e riscos”, 1997, Luanda.

62
Os dados foram apresentados pelo economista Alves da Rocha quando dissertava sobre “O
estado actual da economia angolana e perspectivas de desenvolvimento a médio prazo, no
encontro de cooperação empresarial entre a China e os países de língua Portuguesa46. Segundo
ainda Alves da Rocha, o sector mineral (petróleo e Diamante) apresentaram nos últimos três
anos um crescimento médio de 17; 60,5 e 7,5 por cento respectivamente.

A instalação da paz em Abril de 2002, criou no seio dos angolanos a oportunidade de


reconstruir o país, bem como o incido do desenvolvimento económico sustentável. Neste
período pois guerra, os Angolanos começam a deparam – se com um outro problema
“Reconstrução nacional”, permitindo assim a questões referentes aos sectores prioritários para
o desenvolvimento da Angola, sem esquecer a questão da gestão dos bens que a natureza
impõe uma limitação.

Em muitos estados Africanos é frequente tais problemas. Para os economistas Paulo


Samuelson e William Nordhaus, na 16ª edição do livro de economia (1998), estes apresentam
quatro factores determinantes:

1. Recursos Humanos
2. Recursos Naturais
3. Formação de Capitais
4. Progresso Tecnológico e Inovação

A relação apresentada por estes quatros factores, pode ser expressa pela seguinte função de
produção agregada:
Q = A*F (K; L; R)
Sendo:
Q: Produção
K: Serviços Produtivos de Capital
L: Factor de Trabalho
R: recursos Naturais
A: Representa o nível de Tecnologia na economia
F: Função de Produção

46
Forum para a Cooperação Económica China e os países de língua portuguesa, Macau –China , Agosto/2009

63
Algebricamente, com o aumento dos factores de capital, trabalho ou recursos naturais, espera-
se um crescimento do produto que traduz-se num crescimento da economia. Torna-se mais
importante o enquadramento ou a análise, até que ponto esse princípio económico tem sido
aplicado em Angola. Em termos de recursos humanos, o nosso país encontra-se situação grave
ou até mesmo de carência.

O último relatório do PNUD47 apresenta com pontos fracos, o elevado índice de mortalidade
infantil, o índice de pobreza e a queda da taxa de esperança de vida. Em termos
macroeconómicos, o aumento ou a forte capacidade de um país em recursos naturais, a
exploração dos mesmos permite um crescimento do produto interno deste país.

O grande problema que se levanta, não é a descrição do potencial dos recursos naturais, mais é
sim a correlação negativa que existe entre os recursos naturais e o desenvolvimento. Quando é
que os recursos naturais (os não explorados actualmente) começarão a contribuir positivamente
para o desenvolvimento de Angola? E porque existe esta relação negativa?

«È conhecimento que Angola é um pais rico em imensos recursos naturais, o que lhe confere
um grande potencial para o crescimento económico, reforçado pelos seus gigantescos jazigos
de petróleo, de diamantes e outros recursos e minerais preciosos. A localização geográfica de
Angola também pode ser tido em conta com um ponto favorável a intensificação de
transacções económicas com o resto do mundo e permitindo – nos situar nos numa posição
cimeira em termos de desenvolvimento na região Austral,

Com a descoberta verificadas no sector, grandes campos petrolíferos como o Girassol, dália,
rosa, lírio, Perpétua e tantos outros cujas reservas estão estimadas em cerca de 2,5 biliões de
barris, permitindo assim uma ascensão do país ao grupo dos maiores produtores ao sul do
Sahara do continente Africano, informações a nível mundial sobre as potencialidades de
Angola, são todas conhecidas, só no ano de 2000 á exportação de diamantes representou 90%
das exportações de mineiras do país, o permitiu o governo arrecadar mais receitas48».

Se não se tomar medidas que visam dar uma boa qualidade na gestão dos bens públicos o que
inclui sem sombras de dúvidas o combate a corrupção bem como a tomada de decisões que
47
Relatório do Desenvolvimento Humano 2004
48
Ribeiro, Délcio 4ª ano Gestão (Faculdade de Economia) “Os prós e contras no desenvolvimento económico de
Angola” Jornal Mural 2ª Edição – Set.2005

64
observam os critérios científicos, continuaremos a assistir esta correlação negativa e o
descrédito das instituições financeiras e dos órgãos do governo junto das grandes instituições
financeiras internacional (FMI, BM, etc.) e dos países credores.

A contribuição do petróleo ou seja do sector petrolífero no desenvolvimento de Angola joga


um papel chave neste período, Angola ou seja Africa Subsahariana têm verificado melhores
crescimentos económicos, nos últimos tempos, desde as independências dos países, segundo o
Fundo Monetário Internacional, que se mostrau optimista já desde 2008, no seu relatório
semestral da conjuntura internacional. O FMI estimava para 2007 um crescimento de 6,1%
para esta região, e previa para o ano de 2008 um crescimento económico de 6,8% para Africa
Subsahariana.

“Africa subsaariana atravessa o seu melhor período de crescimento económico, desde as


independências” sublinha o relatório, publicado em Washington nos finais de Outubro/2007. O
petróleo joga hoje um papel fundamental ou seja chave no crescimento de região, graças à
entrada de novos poços, em Angola e na Nigéria. Mas os outros países não – Exportadores de
petróleo gozam igualmente de uma boa saúde económica.

O Fundo Monetário Internacional, faz Questão de sublinhar ainda, que os países que
beneficiam dos mesmos ritmos de crescimentos “fazem progressos substâncias na redução das
taxas de pobrezas” o bom crescimento africano deve – se a “um ambiente exterior funcional”
no contexto de igualmente forte crescimento mundial mas também as politicas económicas
destes países com base na abertura crescente das suas económias. Isto permite a Africa atrair
cada vez mais capitais privados estrangeiros, e também ajudas.

O FMI nota, contudo que, globalmente, a ajuda pública dos países ricos não têm aumentado,
Nem aumentou de maneira importante, contrariamente à promessa feita por estes países
durante a cimeira do G8 de Glemeagles – Escócia/2007. O Fundo Monetário Internacional
recomenda ainda aos países Africanos que “Despendam as receitas do petróleo de maneira
prudente”, nomeadamente “Economizando para as gerações futuras”. Geralmente, o FMI
aconselha os países da região a prosseguir os esforços em matéria de Governação, Infra –
Estruturas, Luta contra Pobreza e Ambiente Favorável para as empresas49.

49
Extractos do Relatório do FMI, Jornal de Angola, 21/Outubro/2007 nº 10914.

65
“A economia angolana tem dado sinais claros que levam a crer que será das mais promissoras a
nível regional nas próximas duas décadas, pois é uma economia emergente e apresenta já, em
alguns sectores nomeadamente no petrolífero um desempenho extraordinário que coloca a
nação, com maior produtor de crude em Africa. De realçar ainda que sector tem atingido
elevados índices de actividade e exploração, o que tem permitido ao operador nacional uma
exploração de cadeia de negócio com resultados cada vez mais significantes do de vista
financeiro50”

«O perfil da economia Angolana esta decididamente em alteração e podemos comprovar não só


com os níveis de investimento que o país realiza no sector petrolífero que são extremamente
elevados, mas também ao nível dos investimentos que sido feitos na áreas não petrolífera, o
que mostra uma alteração de posição por parte dos investidores que cada vez mais confiam as
suas poupanças em Angola, facto que pode ser comprovado pela posição que Angola ocupa ao
nível da atracção de capitais provenientes de fluxos privados internacionais. Ora esta
conjuntura mostra claramente que há uma viragem no perfil da economia, e que o país deve
perceber e actuar perspectivando uma estratégia de desenvolvimento com vista a sua integração
no contexto regional. – Escreve Juliana Evangelista de Jesus».

O sector petrolífero é sem dúvidas, o sector chave ou melhor o sector que desempenha um
papel chave no desenvolvimento da economia angolana, logo será necessário introdução de
politicas de desenvolvimento sustentável, para um melhor desenvolvimento e subsistência
deste sistema.

3.2 - ECONÓMIA DE ANGOLA NO PERÍODO DENOMINADO “NOVA ANGOLA”

«Os rendimentos do governo Angolano vão aumentar substancialmente nos próximos anos
graças a um aumento significativo da produção petrolífera – indica o FMI (Fundo Monetário
Internacional), segundo a mesma organização a produção petrolífera de Angola deverá duplicar
até 2 milhões barris por dia até ao fim de 2007, e continuará à níveis muitos altos até a década
de 202051»

50
Jesus, Juliana Evangelista de; “A Caminho do Desenvolvimento” Jornal de Angola Luanda 02/05/2005.
51
www.un.org/nocticias/Angola(7/Abril/2005) – 5/09/2007 – 13h45.

66
«Prevê – se que nos anos futuros a económia Angolana conseguirá atingir um crescimento de
16%, crescimento este, derivado particularmente da dinâmica do sector petrolífero, que
expandirá os seus desempenhos a um ritmo de 21.45% sendo que o sector não petrolífero,
crescerá em 10.40% (Análise do Balanço de 2004)52».

Em qualquer das duas situações apresentada, nos parágrafos acima, é possível notar que todas
as atenções sobre o desenvolvimento de Angola têm com base o sector petrolífero. Questões
importantes surgem com base nisto: Só as receitas do petróleo servem para desenvolver
Angola? Será desenvolvimento ou Crescimento de Angola?

“o sector petrolífero é um sector da vanguarda. Existe uma diferença entre Crescimento e


desenvolvimento, associado a quantidade ( inicio do conceito de crescimento), o crescimento
pressupõe aumento de infra-estruturas, renda bruta e pré-capita, desenvolvimento implica
mudança nas estruturas de um país (económica), ou Desenvolvimento económico consiste em
um processo de enriquecimento dos países, assim como de seus habitantes, ou seja, na
acumulação de activos individuais ou públicos, e também de um crescimento da produção
nacional e pela remuneração recebida pelos que participam da actividade económica.

Há necessidade com ajuda do sector petrolífero desenvolver outros sectores da sociedade


(Agricultura, etc.), nas suas diversas variáveis, para que passemos realmente ao
desenvolvimento de Angola. Logo não podemos associar o desenvolvimento há um único
Sector (com no caso de Angola), porque desenvolvimento é mudança do ponto de vista
quantitativo e qualitativo de toda estrutura de um país – Assim defende Gaspar Sermão53»

Porém, é inevitável dizer, que a Económia Angolana, apresenta bons sinais, mas são precisos
cuidados. A produção petrolífera notavelmente apresenta números satisfatórios, ao longo dos
tempos, só para conhecimento até meados de Fevereiro de 2008 atingiu 1,9 milhões de
barris/dia, o que corresponde a um acréscimo de 200 mil barris/dia em relação ao ano passado
(2007).

Pois acredita – se que as estimativas de aumento de produção associadas ao inicio de


exploração de novos poços poderão ser diluídas pela exaustão de produção de outros poços

52
Jesus, Juliana Evangelista de; “os caminhos da inovação” Jornal de Angola Luanda 02/05/2005.
53
Sermão, Gaspar – Economista/DNC/MIN.PETRÓLEO

67
mais antigos. Segundo dados, é preciso ter em atenção que, em 2007,a produção petrolífera em
Angola representou cerca de 90% das exportações, 50% do PIB e 80% das receitas de
impostos. Chamar também atenção a industria diamantífera que continua a dar sinais de forte
dinamismo. De acordo com responsáveis da empresa nacional de diamantes de Angola
(ENDIAMA), a produção alcançada em 2007, foram de cerca de 9,7 milhões de quilates, que
representam receitas na ordem dos 1.272 milhões de dólares. Bem como ainda foi adiantado
que a produção de diamantes por via industrial ascendeu a 8,6 milhões em termos anuais, sendo
que a produção artesanal correspondem a cerca de 1,1 milhões de quilates anuais.

O maior dinamismo da actividade nos últimos anos tem com base o resultado de uma maior
cooperação internacional, que os responsáveis da empresa têm privilegiado e fomentado. Neste
sentido existe um investimento aprovado para o sector avaliado em 4 milhões de dólares, sendo
que a empresa angolana (Endiama) será é responsável por 40% do investimento, 30% é capital
português (Escom) e os restantes são detidos pelas empresas Escrison e Explorim.

É claro que a base, deste indicador do dinamismo do investimento privado é o registo de


incentivos aduaneiros sobre materiais que servem de “inputs” aos variados projectos de
investimentos. Ate Dezembro/2007, 498 empresas foram beneficiadas de incentivos
aduaneiros, num global de 592,2 milhões de dólares. As isenções têm incidência directa sobre
equipamentos, maquinas, acessórios, matérias-primas, etc. Os sectores de maior incidência de
investimentos são a industria, construção civil e obras públicas.

Pelo que, no mercado a taxa de câmbio continua a reflectir a politica cambial do BNA, que visa
a estabilização dos agregados nominais, como âncora de crescimento económico sustentável.
Esta politica prevê continuar a manter – se inalterada.

Verificando – se que em termos de taxa de câmbio efectiva, observar – se uma depreciação da


moeda, dada a fixação do kwanza face a moeda norte-americana. Ou seja, em termos práticos,
existe um encarecimento das importações angolanas, em grande parte denominadas em euros e
noutras moedas que têm vindo a apreciar – se contra o dólar, podendo daqui resultar uma maior
dificuldade no abrandamento da inflação. Pelo que podemos considerar aceitáveis, para uma
economia, um crescimento próximo 20%, taxa de inflação na vizinhança de 10%.

68
Com relação as exportações, essencialmente Angola exporta petróleo – em 2006 as exportações
constituíram cerca de 94% do total das vendas ao exterior. Relativamente aos principais
destinos, e ao contrario das aquisições ao exterior em que a União europeia detém a primazia
(A Europa tem sido parceiro privilegiado no comércio de mercadorias com Angola.

Nos últimos 5 anos, a união Europeia tem fornecido mais de 30% do total de bens adquiridos
ao exterior), neste caso são os EUA e a China os principais destinatários: mais 60% do crude
exportado em 2006, últimos valores oficiais. Relativamente ao ano transacto, existe
informações de que os países da união Europeia terão reforçado o seu posicionamento, pois as
compras totais da EU a Angola mais duplicaram, segundo agência Eurostast: alcançaram 5.5
milhões de dólares.

Segundo, analistas “face a economia Angola importa dizer que é preciso alertar para perigos
futuros, pois os sectores considerados prioritários pelo estado Angolano, como agricultura e
indústria como base para substituição das importações, são os mais atraentes para investidores
estrangeiros, que devem procurar encontrar parceiros locais.

Pois já é possível constatar uma melhoria do nível de vida da população e normalização


económica, mas também a existência de “estrangulamento estruturais” que retraem o
crescimento, cujo elevado ritmo está “próximo do esgotamento” o presente ritmo de
crescimento, designadamente no que se refere à reabilitação de infra-estruturas, decorre de
imposições de calendário eleitoral e realização de eventos desportivos, sendo insustentável, a
prazo, sob risco de desordenamento.

A principal interrogação a prazo é: será o crescimento sustentável? Ou aparecerá suficiente


iniciativa privada para assegurar a diversificação e competitividade da economia Angola, de
modo a garantir um crescimento sustentável?

O Fundo Monetário Internacional, em suas projecções, determinam que a económia Angolana


vai crescer anualmente entre 15 e 20% até 2010, graças ao sector petrolífero e ao grande
investimento público na reconstrução de infra-estruturas, mas dai em diante deverá abrandar
para 4%. Entre os constrangimentos ao crescimento avultam a falta de infra-estruturas de
transportes, comunicações, energia, mão-de-obra qualificada, logística, segurança jurídica e
contratual e de planeamento.
69
Apesar de que, as próximas eleições possam consolidar o processo de paz, existe ainda o risco
político em caso de sucessão, mas também a nível social. No longo prazo, o principal risco
politico prende – se com a capacidade da economia conseguir gerar trabalho para absorver a
população jovem, reduzindo os índices de desemprego, melhorar as condições de vida da
população por essa via e alcançar progressos nos índices de desenvolvimento social54.

Apesar de Angola ser, um dos maiores produtores de petróleos em África, Angola ainda não
possui à política de desenvolvimento sustentável, o que faz de Angola um consumidor de
derivados do petróleo como a gasolina, o gasóleo, com elevado teor de chumbo e com níveis
elevados de enxofre respectivamente.

Produtos estes que são eliminados e são actualmente considerados impróprios para o consumo
por causa dos danos irreparáveis ao homem e a natureza que estão sujeitos. “Até ao momento
de elaboração deste trabalho o governo Angolano (através do MINISTÉRIO DOS
PETRÓLEOS), anunciava o consumo de gasolina sem chumbo”.

No sentido de aumentar os índices de actividades empresarial, o estado deve intervir mais uma
vez com definido atrás, neste caso deve procurar garantir maior qualidade de serviço público e
a redução do tempo de atendimento verificado neste órgão estatal.

O próprio sector público, apresente neste momento uma evolução que é visível em
determinadas repartições onde podemos verificar um serviço de qualidade elevada e
comprovativa, mostrando assim a Necessidade de desenvolver Angola, passando por tal no
processo de formação dos funcionários, bem como da força motriz para o desenvolvimento de
Angola.

Acredito com tudo isto, que o desenvolvimento assenta em duas premissas, A introdução na
gestão pública de regra de “good Governance”, por um lado e por outro lado, a gestão
prudente de estratégias dos recursos naturais, pois neste âmbito não podemos descurar que os
recursos do sector petrolífero são fontes de energia esgotáveis e naturalmente exigirão uma
estratégia tendo como objectivo principal e imanente o posicionamento e subsistência da

54
Base de análise – suplemento Economia do semanário – Novo jornal de 11 e 18 de Abril de 2008 – Análise
BPI, Nos últimos três Meses -Um olhar confiante sobre a economia angolana

70
economia de Angola, bem como ela é ainda de opinião, que Angola devia procurar e edificar
uma marca que o pudesse distinguir a nível regional.

Marca esta que permitiria uma aposta no ensino e, é neste segmento, que devem ser realizados
investimentos fortíssimos em formação e criação de infra-estruturas adequadas para que num
espaço de tempo razoável inverta – mos o actual nível de desenvolvimento. A única forma de
alteramos a gestão e mentalidade actual passará indubitavelmente numa estratégia de ensino
que permita o avanço em áreas em que são visíveis, ainda, com fraca capacidade de gestão.

O objectivo das grandes empresas actualmente, não é realizar cada vez mais lucro, é, acima de
tudo desenvolver e garantir a sua continuidade visando a maximização da riqueza dos seus
Accionistas, e o mesmo princípio aplica-se aos estados não interessando, por si, pois não são
resultados que os números expressam o que é verdadeiramente importante, é a decisão, o
impacto que estes resultados tem na qualidade de vida dos cidadãos, dos funcionários, das
crianças, dos proprietários dos animais do meio ambiente da humanidade e, é só para isso que
existe economia, a gestão e a governação.

Importa ainda dizer, que o desenvolvimento do sector petrolífero, bem como de um país
subdesenvolvido, como Angola, tem ou cria imediatamente um problema, Formação dos
quadros nacionais necessários para o desempenho das principais funções do sector, em
particular no caso de pesquisa, sísmica, produção, refinação, distribuição, manutenção e
assistência das instalações, bem como os quadros necessários para o desenvolvimento de
Angola.

Quando não existem quadros humanos, quantitativo e qualitativamente suficiente para


satisfazer, de imediato, todas as necessidades em termos de forças de trabalho a empregar, o
país, isto é através do governo tem somente duas soluções possíveis:

1. Talvez a mais fácil e imediata, é entregar às companhias operadoras estrangeiras


também o encargo de formarem sozinhos o pessoal que elas necessitam;

2. A mais difícil e longa de realizar, consiste em criar um centro de formação nacional


que, inicialmente consiga, pelo menos, fornecer trabalhadores especializados da faixa
intermédia do ciclo produtivo do sector petrolífero, de maneira que as companhias possam, por
71
sua vez, reduzir o numero de trabalhadores contratados no estrangeiro, chamados também
expatriados.

3.2.1 – Crise do Petróleo e seu Impacto na Económia de Angola

A crise do petróleo aconteceu em quatro fases, todas depois da segunda guerra mundial
provocada pelo embargo dos países membros da Organização dos países Exportadores de
Petróleo (OPEP) e golfo pérsico de distribuição de petróleo para Estados Unidos e países da
Europa.

«A região petrolífera do Golfo Pérsico foi descoberta em 1908 no Irão, a partir daí, toda a
região começou a ser visada estrategicamente e explorada. Em 1960, na cidade de Bagdá, os
cinco principais produtores de petróleo (Arábia Saudita, Irão, Iraque, Kuwait e Venezuela)
fundaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

A criação da OPEP foi uma das formas de reivindicar perante uma política de achatamento de
preços praticada pelo cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as chamadas “sete
irmãs” (Standard Oil, Dutch Shell, Móbil, Gulf, BP e Standard Oil da Califórnia). Os três
objectivos da OPEP, definidos pela organização na conferência de Caracas de 1961, eram:
Aumentar a receita dos Países-Membros, a fim de promover o desenvolvimento; assegurar um
aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, ocupando o espaço das
multinacionais; e unificar as políticas de produção.

A OPEP aumentou o royalties paga pelas transnacionais, alterando a base de cálculo, e as


onerou com um imposto. A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de deficit de
oferta, com o inicio do processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os
produtores árabes da OPEP, como a guerra dos seis dias (1967), a guerra do Yom Kipur
(1973), a revolução Islâmica no Irão (1979) e guerra Irão-Iraque (a partir de 1980).

72
Os preços do barril de petróleo atingiram valores altíssimos, chegando a aumentar até 400% em
cinco meses (17/10/1973 – 18/03/1974) 55, o que provocou grande recessão nos Estados Unidos
e na Europa e desestabilizou a económia ao redor do mundo.
Fig. Nº 9-Evolução do Preço do Petróleo desde 1861-200156

3.2.2 - Fases da Crise do Petróleo

A Primeira fase, ocorrer em 1956 depois que o presidente do Egipto na época Gamal Nasser
nacionalizou o canal de Suez até então propriedade de uma empresa Anglo-francesas. O canal é
uma importante passagem para exportação de produtos da região para países ocidentais, pelo
que em virtude dessa crise, o abastecimento foi interrompido, com o bloqueio do Canal,
levando a um aumento súbito do preço do petróleo.

A segunda fase, aconteceu em 1973 num protesto pelo apoio prestado pelos Estados Unidos de
América a Israel durante a Guerra do Yom kippir, tendo os países árabes organizados a OPEP
aumentando o preço do petróleo em mais de 300%.

A terceira fase, ocorrer durante a crise política no Irão e consequente deposição de Xá Reza
Pahlevi o que desorganizou todo o sector de produção no Irão, onde os preços aumentaram em
mais de 10%. Na qaual foram mortos mais de um milhão de soldados de ambos os países,

55
Suslick, Saul B. “Conhecer os Incertezas: O Desafio da Indústria Petrolífera”
www.comciência.com.br/reportagens/petróleo
56
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. www.wikipédia.org/wiki/crise_do_petr%C3%B3leo

73
tendo o preço disparado em face da súbita diminuição da produção de dois dos principais
produtores mundiais.

A quarta fase, foi a guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque governado na altura por
Saddam Hussei (1937-2006), desidiu invadir o país vizinho Kuwait. Contudo incendiaram
alguns poços de petróleo do emirado provocando uma crise económica e ecológica.

A quinta fase, deu-se no ano de 2008 quando preços do barril de petróleo começaram a subir
de forma incontrolável em maio de 100% entre Janeiro e Julho, em virtude de movimentos
especulativos a nível global57».

fig. Nº 5- Mapa percentual da Produção de petróleo há nível Mundial58


Golfo Americ Afric Outro
Países Europa Asia
Pérsico as a s

% 21,76 14,53 18,52 3,62 2,51 39,06

A produção anual do mundo atinge a 24 bilhões de barris, consome-se 23 bilhões e 1 bilhão


ficam em depósitos. As reservas existentes no mundo são calculadas em aproximadamente 1
trilhão de barris de petróleo se encontram no Oriente Médio. Somente os países membros da
OPEP produzem 27.13%

3.3 – A CRISE ECONÓMICA INTERNACIONAL E SEUS EFEITOS EM ANGOLA

São muitas as notícias, estudos e artigos de opinião que garantem que a crise internacional
pode ser uma oportunidade para Angola. Vários analistas crêem que Angola pode somar
benefícios em plena crise financeira mundial. Os argumentos que utilizam para defender esta
tese prendem-se sobretudo com o facto de o país continuar a crescer numa época negra para a
economia mundial. Um dos aspectos que leva estes analistas a crer que Angola poderá passar
57
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Www.wikipédia.org/wiki/crise_do_petr%C3%B3leo
58
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Www.wikipédia.org/wiki/crise_do_petr%C3%B3leo

74
ao lado da crise, baseia-se num ponto divulgado no estudo do Banco Mundial Angolano, que
assume não rever uma baixa nos projectos de financiamento, o que demonstra um voto de
confiança para o país e para a sua economia.

Para isso, o governo precisa de continuar a investir, desde logo, na construção e reabilitação de
infra-estruturas, em especial estradas, pontes e ferrovias, assim como nos sistemas de produção
e distribuição de água e energia. Sem isso, os custos de dinamização de novas actividades
económicas, com destaque para a criação de indústrias, podem-se tornar, no actual contexto,
incomportáveis para os investidores.

Apesar do optimismo demonstrado, o Governo Angolano, apesar de não admitir abertamente


que o país pode sofrer dramaticamente com a crise, é certo que criou mecanismos para
minimizar os efeitos da crise em Angola. Sugere o “Economist Intelligence Unit” (EIU), num
último relatório, que o governo angolano recusa admitir o risco de recessão devido às eleições
presidenciais deste ano.

O Governo angolano já traçou, para este ano, um cenário de crescimento económico, “embora
com algum abrandamento”. O governo já começou a impor controlo nos gastos, por exemplo,
os orçamentos dos governos provinciais foram todos reduzidos, em média para quase metade.

O ministro da Economia, Manuel Júnior, falou da necessidade da contenção das despesas


públicas para fazer face à difícil situação financeira global. Entre as medidas previstas,
destacou a reprogramação dos investimentos públicos e, o aumento das exportações líquidas
para melhorar a balança do pagamento do país. Apesar da fraca interdependência do país com o
sistema financeiro internacional, Angola não escapa à actual crise mundial. A redução do preço
do petróleo – seu principal recurso – não é o único motivo, até porque essa crise ameaça, a
economia real do planeta.

Os sintomas da crise global já se fazem sentir em alguns sectores da economia angolana.


Petróleos e diamantes ressentem os efeitos de uma crise sem fim à vista. A crise está a afectar

75
estes sectores, fundamentalmente nos aspectos relacionados com a redução das suas receitas e
respectivos preços de exportação.

Há pelo menos quatro riscos, que podem tornar esse impacto especialmente comprometedor
para os planos das autoridades.

 A fraca competitividade da economia angolana, que tem sérias deficiências no plano


da produtividade, da absorção de novas tecnologias e da captação de investimentos privados
estrangeiros.

 O petróleo, cujas receitas poderão baixar severamente em função tanto da baixa do


preço como da previsível redução da produção.

 O peso da inflação importada. Este factor, que já tinha sido identificado em meados do
ano passado por Amadeu Maurício, governador do Banco Nacional de Angola, tem
impossibilitado Angola de reduzir a inflação para um dígito, o que deve agravar-se devido à
crise mundial.

 A possibilidade de Angola também ter aplicado os seus activos em operações de alto


risco.

a) Angola reduz 244 mil barris na produção diária de petróleo

A redução tem sido feita com base numa decisão tomada pela Organização de Países
Exportadores de Petróleo (OPEP). O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos,
reconheceu que a situação actual no mercado petrolífero é “extremamente difícil”, porque a
volatilidade dos preços tem prejudicado não só os países produtores como os países
consumidores.

O último relatório do Banco Mundial ditou que a quebra neste sector pode atingir os 50 por
cento, num cenário "pessimista" de petróleo a 40 dólares e um corte de produção de 13 por
cento. O relatório adianta ainda que o declínio do sector petrolífero vai depender “do
comportamento dos preços do petróleo e das respostas da organização de países exportadores
de petróleo”, no sentido de cortar ou aumentar a produção, em reacção às oscilações do preço.

76
O preço do barril de petróleo ronda actualmente os 40 dólares, em contraste com os 147 do
Verão do ano passado. As estimativas dos diversos organismos apontam o sector petrolífero
como fonte de entre 85 por cento e 90 por cento das receitas angolanas.

b) Banco Mundial prevê o recuo do PIB em 2009

A económia Angolana pode contrair-se em 2009, pela primeira vez nos últimos anos, devido ao
recuo "dramático" das receitas petrolíferas. A quebra nominal do PIB pode atingir os 17 por
cento em relação a 2008, com a média anual do preço do petróleo a 50 dólares e o sector não
petrolífero a crescer a 10 por cento ao ano, e a 23 por cento num cenário do barril a 40 dólares.
Os actuais números da EIU indicam que em 2008 o crescimento do PIB angolano ascendeu a
13,2 por cento, mas que este ano deverá cair para terreno negativo, menos 2,3 por cento,
recuperando para 6,2 por cento no próximo ano, "em linha com o aumento da produção
petrolífera e à medida que os anteriores cortes de produção são aliviados". A EIU "espera que o
efeito combinado de menores receitas das exportações petrolíferas, quebra no investimento
estrangeiro e abrandamento do investimento público, arraste o PIB real para um crescimento
negativo pela primeira vez desde 1993".

c) Governo pondera aquisição de diamantes às empresas mineiras para superar


crise

Angola coloca a possibilidade de adquirir diamantes a empresas privadas a operar no país para
ajudá-las a ultrapassar a baixa acentuada dos preços, afirmou um porta-voz da estatal Empresa
Nacional de Diamantes de Angola (Endiama). A medida está a ser considerada para ajudar as
empresas que operam no sector a aguentar a presente crise. A procura de diamantes em bruto
caiu nos últimos meses e deverá cair este ano 60 por cento com a recessão global a atingir
duramente a procura de bens de luxo em mercados como os Estados Unidos da América e a
Europa. A crise internacional já levou o governo angolano anunciar o cancelamento da Cimeira
Mundial do Diamante, que estava prevista para Novembro na capital.

77
d) Presidente alerta o país para os impactos da crise económica internacional em
Angola

"A crise veio revelar mais uma vez que a grande dependência da nossa economia do petróleo e
dos diamantes não é conveniente e que é necessário acelerar a diversificação económica,
realizando e promovendo investimentos noutros domínios da produção", alertou o Presidente
de Angola, José Eduardo dos Santos. O presidente angolano lembrou ainda que a crise já
obrigou "a reajustar e a corrigir algumas metas que havíamos estabelecido para o primeiro
semestre deste ano. Obrigou-nos também a adoptar soluções criativas e inesperadas para vencer
os desafios que estamos a enfrentar." De acordo com o presidente José Eduardo dos Santos, "os
cidadãos não têm informações suficientes sobre a situação real da crise económica mundial e
das suas consequências (…)”.

e) Revisão do Orçamento Geral do Estado

Com a descida dos preços do petróleo e dos diamantes o Governo angolano foi obrigado a
reajustamentos no Orçamento de Estado e no Plano Nacional para 2009. A programação
financeira, que reflecte um ajustamento da receita e da despesa ao preço actual do petróleo
bruto no mercado mundial, garante a execução das despesas obrigatórias, de acordo com o
comunicado de imprensa do Secretariado do Conselho de Ministros.

Para a elaboração do OGE de 2009, estimado em cerca de 3,1 biliões de kwanzas, o Governo
angolano baseou-se no preço médio do petróleo de 55 dólares por barril, que, entretanto,
desceu abaixo dos 40 dólares. A correcção agora aprovada pelo Conselho de Ministros surge na
sequência dos primeiros sinais de descida acentuada do preço do petróleo (que chegou a cerca
dos 150 dólares em meados de 2008), em Novembro do ano passado, quando o executivo
divulgou que iria manter o preço de referência nos 55 dólares.

78
Angola produz cerca de 1,9 milhões de barris de petróleo por dia e este recurso mineral é o
grande contribuinte para o valor total do OGE. O sector do petróleo assegura mais de 85 por
cento das receitas do Estado angolano, o Governo já efectuou uma revisão do OGE no primeiro
trimestre deste ano. «No nosso caso, o preço do petróleo e dos diamantes tem estado a descer
muito, exigindo do nosso Governo acções que visem o reajustamento do Orçamento Geral do
Estado e de algumas metas do Plano Nacional para 2009, salientou presidente José Eduardo
dos Santos.»

Contra factos não há argumentos e por muito que alguns tentem moderar e suavizar a questão,
todos os angolanos deverão estar bem cientes da dura realidade que está a chegar: todos vamos
ter que apertar o cinto! Mas o pior ainda está para vir pois até hoje nunca ninguém discutiu
com frontalidade e coragem a questão da inflação astronómica do sector imobiliário em
Angola. esta especulação vergonhosa do sector imobiliário um dia vai estoirar e as
consequências serão muito, muto pesadas em todos os sectores económicos do país. Lembrem-
se que nos Estados Unidos da América, tudo começou a desmoronar-se exactamente pela
especulação imobiliária vigente59.

3.4 - DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA EM ANGOLA

3.4.1 - Desafio da Indústria Petrolífera

A demanda continua e crescente de energia de baixo custo, e de disponibilidade de recursos de


hidrocarbonetos colocam ainda o petróleo, como uma importante fonte não renovável da matriz
energética mundial para as próximas décadas do século XXI.

A base essencial de análise da atractividade da indústria passa pela identificação do risco desta
actividade. A análise das incertezas constitui um dos elementos chave, das actividades de
exploração e produção de petróleo. No passado, em decorrência do estágio evolutivo e da
disponibilidade de prospectos de óleo e gás mais facilmente identificáveis, a maioria dos
processos decisórios para análise de risco ainda podia ser realizado de forma simples e
intuitivo.

59
Fonte: www.correiodopatriota.com/index.ph (extratos da material Editoral do Correio do patriota “A Crise
Económica e seus efeitos em Angola-21/02/2009.

79
Alem disso, os desafios na indústria do petróleo não se apresentam de forma tão diversa e
contraditória como se mostram na actualidade. Por exemplo ate recentemente, na análise de
riscos envolvidos na exploração e produção basta a observação de variáveis geológicos mais
relevantes (volumes, dinâmicas das acumulações, etc.). e as tendências gerais do mercado ( p
preço do óleo, a demanda dos derivados, etc.…) e tal ponto que a possibilidade de descoberta
de boas jazidas afastam a necessidade de uso de metodologia complexas e mais abrangentes.

Entretanto, este realidade alterou-se de maneira drástica em função da diminuição dos índices
das jazidas de petróleo mais fáceis de serem encontrados e de baixos custos, da crescente
globalização dos negócios e do envolvimentos dos diversos agentes, tornando o processo de
tomada de decisão na exploração bastante complexo e nem sempre de fácil solução.

Alem disso, as empresas envolvidas na actividade exploratórias frequentemente se defrontam


na quantificação de diferentes tipos de riscos tais como:

 Risco de um poço exploratório ou de desenvolvimento ser seco;


 Risco de uma descoberta não possuir um volume de óleo suficiente para os custos
envolvidos no seu aproveitamento económico;
 Risco relacionado com o preço futuro de óleo e gás natural;
 Risco económico – financeiro;
 Risco Ambiental;
 Risco politico vinculadas as incertezas jurídicas instituicionanais de um país detentor
de recursos petrolíferos.

“Para se ter uma noção da magnitude dos riscos que da indústria, a cada dez poços perfurados
somente um a três resultam em acumulações comerciais60”

3.4.2 - Perspectivas da Indústria Petrolífera

60

Sarkis, Nicolas. (1º de maio de 2006). Cronologia da OPEP. <http//diplo.uol.com.br/2006-05,a1304>. Tradução:


leonardo Abreu. Le Monde Diplomatique Brasil.

80
Uma vez terminada a guerra e implantada a paz no país, abre-se uma nova era e ciclo para a
reconstrução e o desenvolvimento económico e social de Angola, que lança um grande desafio
à sociedade angolana, em particular todas as instituições públicas e privadas de intervenção
económica e social, bem como a todos os cidadãos enquanto titulares dos direitos e liberdades
económicas e sociais fundamentais.

O desenvolvimento económico e social ainda que impulsionado pelo Estado e, em primeira


linha, pelas empresas estatais, com a SONANGOL à cabeça, muito deve e terá que ser
progressivamente protagonizado pela cidadania económica angolana. A aplicação pelo Estado
do princípio da igualdade entre dois grupos de empresários, estrangeiro e nacionais, com vista
ao fomento e fortalecimento do empresariado privado nacional, o que significa a aplicação aos
angolanos do princípio do tratamento mais favorável ou prioritário – princípio da
Angolanização. O que quer dizer que o empresário angolano não é igual ao empresário
estrangeiro, merecendo um tratamento diferente, mais favorável que diminua ou mesmo
elimine a diferença de condições concorrenciais que o distancia das do estrangeiro, com intuito
de criar um certo equilíbrio nas desigualdades existentes.

É responsabilidade do Estado, e em particular da SONANGOL e do MINPET, criar e oferecer


aos cidadãos, às empresas participadas por angolanos e outras instituições nacionais, um
princípio de tratamento mais favorável, prioritário ou preferencial, às condições jurídicas e
materiais que contribuam para diminuir a desigualdade concorrencial, ao mesmo tempo que
também possam contribuir para o fomento da cooperação entre investidores nacionais e
estrangeiros.

Entre o conjunto das condições que o Estado, MINPET e SONANGOL devem criar e oferecer,
destacam-se as seguintes:

 A necessidade de promulgação de medidas legislativas gerais,


 Regulamentadoras e executivas do vasto e multifacetado princípio da privatização de
empresas, de actividades ou parte de actividades do sector de petróleos,
 Promover e estimular formas empresariais, associativas de parcerias ou outras entre a
e suas SONANGOL filiadas e participadas e os cidadãos ou empresas angolanas idóneas que
pretendam exercer actividade no sector dos petróleos e seus serviços,

81
 Criação de regras estritas de selecção dos beneficiários das medidas de fomento, por
via da exigência de qualidades, de idoneidade técnica, profissional e de gestão adequadas ao
sector de actividade visada,
 Nomeação (indicação) de figuras que possam exercer funções de representantes do
Governo nas empresas participadas,
 A promoção de desenvolvimento da formação de quadros petrolíferos angolanos é
uma vertente que deve prosseguir e progredir, em quantidade e qualidade, certos de que são
eles que representam o núcleo central de uma efectiva e plena Angolanização do sector.

No que diz respeito à política do gás e ambiente, o sector deve continuar a empreender esforços
para reduzir a queima de gases. Até agora, uma grande parte do gás associado ao petróleo tem
sido queimado ou libertado para atmosfera. No entanto, o sector deve ser encorajado a reforçar
a sua política relativamente ao ambiente para reduzir a queima de gases associados, e de impor
uma observância mais rigorosa da legislação existente, de forma a salvaguardar os seus
interesses inerentes à protecção do meio ambiente. Outro desafio a considerar, será sempre o
investimento no capital humano e infra-estruturas, como parte da estratégia para um efectivo
desenvolvimento do sector, factor importante para o desenvolvimento.

Assim, o sector petrolífero deve apostar nas despesas de investimento em capital humano e
infra-estruturas básicas como por exemplo, saúde, educação, água potável, saneamento básico,
estrada etc. de modo a melhorar o nível de vida das comunidades. Os investimentos em capital
humano servirão também para ajudar o país a resolver o problema da grave carência de mão-
de-obra qualificada na indústria petrolífera e no país em geral.

O sucesso da produção de petróleo em Angola impõe mais e melhores investimentos nas novas
tecnologias. O progresso tecnológico torna-se essencial para garantir uma exploração bem
sucedida de forma a responder os novos desafios a enfrentar do futuro pela indústria petrolífera
angolana que, se assume como garante do desenvolvimento do país.

O sector deve de igual modo dar prioridade ao investimento em transportes, e infra-estruturas


de armazenamento de produtos petrolíferos em todo país, por forma, a poder aprovisionar o
país com aqueles produtos e assim satisfazer as necessidades da população.

82
A indústria angolana de petróleo deve cada vez mais expandir-se, tanto a nível regional como
internacional, apostar na melhoria da gestão dos recursos naturais e humanos, apostando cada
vez mais na formação dos seus funcionários e não só, no sentido de fortalecer o quadro do
pessoal ao serviço da industria e assim, levar progressivamente a indústria angolana no jogo
competitivo internacional. A inovação, formação, boa gestão dos recursos, know-how, etc.
constituem ferramentas chaves para o crescimento e desenvolvimento num mundo cada vez
mais globalizado.

3.5 - PAPEL E CONTRIBUIÇÃO DOS PRINCIPAIS AGENTES INTEGRANTES DA ACTIVIDADE PETROLÍFERA NO

DESENVOLVIMENTO DO SÓCIO-ECONÓMICO DE ANGOLA

A Sonangol e as suas associadas do sector petrolífero têm contribuído mediantes seus


programas sociais para desenvolvimento de Angola. Visto que todas as empresas são, ou seja
possui no conjunto das sua tarefas a desempenhar, um conjunto de programas de carácter social
para o desenvolvimento de Angola, bem com também muitas das empresas petrolíferas
presentes no país tem ajudado na reconstrução do país, isto é concretamente em algumas
localidades (Províncias), que tiveram e apresentam ainda marca da guerra civil que o país viveu
durante aproximadamente 30 anos. Falar as vezes do contributo das empresas petrolíferas no
desenvolvimento de Angola, não existe melhor maneira do que dissertar com exemplos de
projectos desenvolvidos pelas mesmas empresas.

No caso da companhia nacional de combustíveis (Sonangol); nenhuma empresa Angola é


mais assediada com pedidos de patrocínio do que a Sonangol. Para além de ser seguramente a
maior contribui ente para os cofres do estado, a companhia estatal de petróleo tomou a seu
cargo directamente, a implementação de um vasto conjunto de projectos sociais inseridos num
plano denominado “Juntos com a Comunidade.”

É neste âmbito que a Sonangol aparece em vários círculos de convivência dos angolanos: na
educação (construção, reabilitação e apetrechamento de escolas, bem com também na
concessão de bolsa de estudo); no desporto (patrocinando eventos desportivos e clubes em
varias modalidades), nas artes (exposições, premio literários, financiamentos da edição de
livros, etc.), na saúde (construção e reabilitação de hospitais), no entretimento (telenovelas e
algumas produções nacionais no ramo televisivo), enfim.

83
Cabinda foi desde logo uma província beneficiada por um sem número de projectos, mais de
três dezenas, que em 2003 absorverão cerca de milhões de dólares e que se repartem pelas
áreas acima citadas. A melhoria das condições de vida, principalmente de habilidade, para os
trabalhadores da Sonangol preocupam constantemente o conselho da administração, uma
realidade absoluta, no âmbito dos esforços empreendidos pelo grupo no senti de ajudar a
resolver só problemas nesse domínio. Para efeito ao abrigo do despacho do PCA n
175/GPCA/99 foi criada um conjunto de projectos sociais que dará conta das condições
contratuais. E assim para efectiva execução desta política social, estão já concluídas e
habitáveis complexos designados por “GEPA” e “NOVOS BAIRROS” localizados
respectivamente no Morro Bento, Corimba e na zona do Golfe-Camama61.

O atlético petróleo de Luanda, é um dos clubes de Angola que varias vezes se sagrou campeão
nacional nas variadas modalidades, é um dos emblemas patrocinados pela Sonangol. Além do
clube de Luanda existem varias outras equipas espalhadas pelo país patrocinadas pela
companhia: Sporting do Bié, Petro do Huambo, Sporting de Cabinda; Académica do Lobito,
Académica do Soyo e a Sonangol do Namibe (actualmente Atlético de Namibe). A cultura é já
um tradicional sector para a Sonangol. Projecto social que visa a valorização dos escritores
angolanos é o Grande Prémio Sonangol de literatura, instituído pela Sonangol com a
colaboração estrita da UEA (união dos escritores Angolanos) há mais de uma dezena de anos,
com o objectivo de incentivar e reconhecer a criatividade dos escritores. Concurso este que já
atravessou as fronteiras do país e hoje abrange S.tomé e Cabo Verde, existe ainda a previsão de
a partir de 2006, o prémio estender-se também a todo o espaço PALOP (Países Africanos de
Língua Oficial Portuguesa) e Timor-leste.

Interessa aqui focalizar as áreas chaves no meu entender, para o desenvolvimento de Angola. A
construção, reabilitação e apetrechamento de escolas e concessões de bolsa, são estas as áreas
de desenvolvimento, bem como constituem também as áreas preferências de intervenção da
Sonangol. Importa ainda dizer que em muitos casos, a empresa que constitui a força motora
desenvolvimento do país, conta com os seus associados nos blocos de exploração de petróleo,
por exemplo: A reabilitação da escola de formação social e humana das Irmãs Salesianas de
Angola, no município do Cazenga, em Luanda. Assim como este existe ainda muitos outros
projectos desenvolvidos pela Sonangol e seus Associados no sector petrolífero.
61
www.sonangol.co.ao/corp/socialprojects_pt.shtml, 05/08/2007, 11h59

84
A Sonangol contribui bastante nesta nova fase de Angola. Alguns mês atrás anuncio um
concurso público “Recrutamento de Bolseiros”, há necessidade de quadro qualificada para o
desenvolvimento não só do sector petrolífero, mas de pessoal qualificado para o
desenvolvimento de Angola nos diversos sectores de produção. A Sonangol desempenha
também um papel cativo na televisão angolana. Normalmente no que diz respeito à transmissão
de novelas brasileiras. Bem com ultimamente também tem apostado em patrocinar programas
produção nacional, nomeadamente “Nós e Noite”, “O Nosso Serão”, etc.

Já a companhia Bristish Petroleum exploration Angola (BP), no seu site Afirmam; em nossas
actividades em Angola, nós estamos conscientes da necessidade para de – se ter um cidadão
bem incorporado e que possa trazer benefícios tangíveis ao país durante a nossa presencia. Nós
pretedemos ser visto pelos nosso trabalhadores e pela comunidade internacional com distintos
do modo que interagimos com a comunidade. Para a BP os seus projectos sociais são todos
concebidos de acordo com as informações do governo, os líderes das comunidades, líderes
religiosos e a outros.

Os programas de investimentos social da BP são baseados ou seja concentram-se na


reconstrução de Angola, os esforços no sentido de melhorar a qualidade de vida da população,
melhorar habilidade de administração estratégicas e muitas outras. Actualmente nós nos
envolvemos em projectos de educação (faço maior realce ao concurso público que envolve toda
população estudantil: Concurso de bolsa de estudo na área de energia; Concurso de dissertação
académica); economia (programa de micro-crédito, no qual inclui um fundo avaliado em 1,5
milhão de dólares, em três anos para apoiar famílias rurais 62. Postando seriamente na formação
de quadros, a BP tem projecto que oferece oportunidades a população de ter um carreira
empresarial ou técnica na empresa.

«A BP oferece oportunidades de estágio a estudantes universitários e através deste programa


procura ficar a conhecer os estudantes com potencial para serem considerados para empregos
após a sua licenciatura. Também existe a oportunidades para técnicos júnior de operações,
mecânicos, electricistas e técnicos instrumentistas (a frequentar o 12º classe). Este programa
desenvolve-se em 4 anos, 1 ano: inglês intensivo, 2-3 ano curso técnico no estrangeiro, 4 ano
estágio profissional. na BP recruta-se também licenciados e no seu rápido desenvolvimento. A
62
Mayer, Graciete; “economia” Jornal de Angola, p10 – 23/Set. /2007

85
companhia BP procura na maioria das vezes angolanos licenciados por universidades
angolanas e do resto do mundo para trabalhar nas suas operações em Angola.

“Primeiro comecei por trabalhar como estagiária na BP e, depois de ter trabalhado noutra
companhia petrolífera, fiquei apto para comparar ambos ao ambientes de trabalho, optando,
assim, por me juntar à BP. Apercebi-me de que a BP preocupa-se mais com os seus
trabalhadores, estando sensibilizado para a prestação individual de cada pessoa, na contribuição
para a organização, um não pode trabalhar sem outro. Para mi, trabalhar com a BP constitui um
enorme, interessante e gratificante desafio. É gratificante, no sentido em que a equipa de
trabalho, por si mesmo, é encorajada e motivada a desenvolver iniciativas – assim diz Jasminea
Narciso, Engenheira de Completações; uma angolana que beneficio deste programa.63”

“A BP é uma organização em crescimento e é muito bom poder fazer parte dela. As


experiências e os desafios podem ser muito gratificantes, expondo-nos a experiências de
aprendizagem muito válidas. As oportunidades ampliam-se à medida que a companhia cresce,
opinião de um outro – Gaspar santo, Contabilista (Licenciatura em Administração de
Empresas).64”»

Assim com a Sonangol (Companhia Nacional de Combustíveis de Angola) e a companhia


Bristish Petroleun Exploration Angola (BP), muita outras empresas petrolíferas tem exercido
um papel preponderante no desenvolvimento de Angola, não só na realização dos sues
projectos sociais ou em intervenções de auxilio que a sociedade civil solicita a cada uma delas.
A iniciativa das empresas petrolíferas em Angola é de ser louvável uma vez que as actividades
desempenhadas pelas as mesmas, vem colmatar a lacuna ou demora dos níveis de
desenvolvimento serem satisfatório.

É de reconhecer as actividades das empresas petrolíferas viradas a Educação e a contribuição


das mesmas na reconstruirão de Angola. A titulo de exemplo mais uma vez, a cooperação da
Total fina E&P Angola com a Companhia Nacional de Combustíveis de Angola e outras
empresas do sector petrolífero, que esta a apoiar um programa de formação em engenharia de
petróleos da Universidade Agostinho Neto (UAN), de acordo com informações da empresas,

63
Material disponível ao público na FILDA “ Feira do Emprego” Abril/2005
64
Ibid. Material disponível ao público na FILDA “ Feira do Emprego” Abril/2005

86
este programa já beneficiaram do curso, concebido pela Sonangol e UAN, cinco estudantes
licenciados em engenharia, de um total de 20.

Importa dizer que este apoio deve continuar de especialização dos estudantes em petróleos,
visto que nos próximos anos existe a previsão do aumento da actividade de exploração
produção de petróleo (previsão para 2008 produção de 2000 mil barris por dia), a mesma Total
apoia também ainda a formação de 43 jovens no instituto Nacional de Petróleos do Sumbe, na
província do Kwanza-Sul; já a Chevron Texaco Sustainab Development Company (filiada da
Chevron Texaco Corporation), conjuntamente com o Fundo de Apoio Social (FAS), assinaram
um memorando de entendimento, visando a reconstrução do Bié, o designado “programa de
desenvolvimento do bié (PDB)”, será criado por um fundo inicial de 600 mil dólares
americanos, dos quais, 300 mil são financiados exclusivamente pela companhia Chevron
Texaco Corporation, tendo em vista a reabilitação das infra-estruturas existentes e construção
de novas estruturas educativas na província. É possível constatar a contribuição das empresas
petrolíferas nestes, dos sectores respectivamente que considero fundamental.

PONTO DE VISTA (CONCLUSÃO)

Angola é um país com enormes recursos energéticos no seu subsolo. A sua economia neste
momento fornece bons indicadores, referentes ao seu desenvolvimento. É evidente que o sector
petrolífero desempenha um papel determinante no desenvolvimento. Ou seja a estrutura fiscal
angolana hoje esta concentrada no imposto sobre as actividades petrolíferas, fruto do
rendimento auferido pelas empresas envolvidas nesta actividade.

87
É necessário também reconhecer que este grande gigante (Angola), durante um período esteve
em guerra civil, que culminou na destruição da maior das infra-estruturas, fez bastante
refugiados no estrangeiro, bem com originou a morte a muitos angolanos. Mas neste momento
em Angola esta preste a comemorar 8 anos de paz, já é altura de começar a falar de
desenvolvimento de Angola no seu todos sectores de produção. Para tal é necessário que o
governo angolano saiba definir políticas de desenvolvimento sustentável e de subsistência para
um melhor desenvolvimento de Angola e do sector chave.

Directamente é necessário saber que o desenvolvimento de um país não se faz simplesmente


com as receitas de um sector (neste caso o petrolífero), mas sim com as receitas totais
resultados dos diversos sectores de uma economia. Existe sim a necessidade de Angola
aproveitar o bom momento do sector petrolífero, uma vez que embora Angola seja o quarto
maior produtor de Diamantes do mundo, mas apesar disto os rendimentos do governo neste
sector permanecem extremamente baixos quando comparados com os valores de produção. E
com as receitas derivadas do sector petrolífero o governo deve procurar investir nos sectores
em que tem vantagens por exemplo: o sector da Agricultura, Angola já foi grande produtor de
café a nível mundial e hoje?

Apesar das contigências com que Angola hoje se depara, quer do ponto de vista da quantidade
e qualidade dos recursos humanos, como do ponto de vista de infra-estrutura, logo existem
áreas em que podemos aplicar o rigor inovação e excelência. Uma vez que hoje se exige das
pessoas um esforço intelectual e criativo para que as sociedades possam atingir grandes níveis
de desenvolvimento. Especial reconhecimento ao contributo das empresas petrolíferas no
desenvolvimento de Angola, especialmente na formação de quadros qualificados para
edificação da Angola. Reconhecer também o trabalho do estado angolano, nos seus projectos
tem sabido acompanhar as necessidades do sector petrolífero, no que concerne a quadros
qualificado.

Isto é os desafios do sector petrolífero justifica a criação de uma instituição que forme quadros
superiores de petróleos em diversas especialidades. Tal necessidade visa diminuir a formação
de técnicos no estrangeiro e esbater o défice de nacionais no sector petrolífero. Falo
concretamente do Faculdade de petróleo de Angola que será possivelmente construída na
segunda fase do campus da Universidade Agostinho Neto segundo governo.

88
89
ANEXOS

Angola

Fig nº 10-Localização Geografica de Angola e sua Divisão Administrativa65

65
www.wikipedia.org/wiki/Angola 14-09-2009, 9h30.

90
Fig nº 10i-Divisão Administrativa de Angola

91
92
Principais Países Produtores de Petróleo

93
Fig nº 11-países Produtores de Petróleo

Tabela nº6-Principais Países produtores de petróleo66

Nº Países Produção
1 Arábia Suadita (OPEP) 10,7
2 Rússia 9,6
3 Estados Unidos da
América 8,3
4 Irã (OPEP) 4,1
5 República Popular da
China 3,8
6 México 3,7
7 Canadá 3,2
8 Emirados Árabes Unidos
(OPEP) 2,9
9 Venezuela (OPEP) 2,8
10 Noruega 2,7
11 Kuwait (OPEP) 2,6
12 Nigéria (OPEP) 2,4
13 Brasil 2,2
14 Argélia (OPEP) 2,1
15 Iraque(OPEP) 2,0

Maiores Exportadores de Petróleo

66
Valores de Produção em 2006, em Milhões de barris por dia – Fonte: Departamento de Estatistica dos E.U.A
(EIA - http://tonto.eia.doe.gov) Www.wikepedia.pt/org/wiki/Petr%C3%B3leo 14-09-2009, 9h30.

94
Fig nº 12-Exportações de Petróleo, por país

Tabela nº 7-Maiores exportadores de petróleo67

Nº Produç
Países ão
1 Arábia Suadita (OPEP) 8,6
2 Rússia 6,5
3 Noruega68 2,5
4 Irã (OPEP) 2,5
5 Emirados Árabes Unidos
(OPEP) 2,5
6 Venezuela (OPEP) 2,2
7 Kuwait (OPEP) 2,1
8 Nigéria (OPEP) 2,1
9 Argélia (OPEP) 1,8
10 México 1,6
11 Líbia (OPEP) 1,5
12 Iraque(OPEP) 1,4
13 Argélia (OPEP) 1,3
14 Cazaquistão 1,1
15 Canadá 1,0
Maiores Consumidores de Petróleo69

67
Ordenados por milhões de barris exportados por dia em 2006 - Www.wikepedia.pt/org/wiki/Petr%C3%B3leo
14-09-2009, 9h30.
68
Paises que já ultrapassaram o pico de produção – Noruega, México e Líbia.
69
Www.wikepedia.pt/org/wiki/Petr%C3%B3leo 14-09-2009, 9h30.

95
Valores de Consumo em 2006, em Milhões de barris por dia:

tabela nº 8-Maiores Consumidores de Petróleo


Nº Países Produção
1 Estados Unidos 20,5
2 República Popular da China 7,2
3 Japão 5,2
4 Rússia 3,1
5 Alemanha 2,6
6 Índia 2,5
7 Canadá 2,2
8 Brasil 2,1
9 Coreia do Sul 2,1
10 Arábia Suadita (OPEP) 2,0
11 México 2,0
12 França 1,9
13 Reino Unido 1,8
14 Itália 1,7
15 Irã (OPEP) 1,6
Fonte: Departamento de Estatistica dos E.U.A.

Maiores Importadores de Petróleo70

70
Valores de Importação em 2006, em milhães de barris por dia - Www.wikepedia.pt/org/wiki/Petr%C3%B3leo
14-09-2009, 9h30.

96
Fig nº 13-Importações de Petróleo, por País

Tabela nº 9-Maiores Importadores de Petróleo


Produçã
Nº Países o
1 Estados Unidos 12,2
2 Japão 5,0
República Popular da
3 China 3,4
4 Alemanha 2,4
5 Coreia do Sul 2,1
7 França 1,8
6 Índia 1,6
8 Itália 1,5
9 Espanha 1,5
10 Taiwan 0,942
11 Países Baixos 0,936
12 Singapura 0,787
13 Tailândia 0,606
14 Turquia 0,576
15 Bélgica 0,546

As 20 Maiores Reservas de Petróleo do Mundo71

71
Valores de Reservas em 2007, em bilhões de barris de óleo equivalente - Www.wikepedia.pt/org/wiki/Petr
%C3%B3leo 14-09-2009, 9h30.

97
Fig nº 14-As 20 Maiores reservas de petróleo do mundo

Tabela nº 10- As 20 Maiores reservas de petróleo do mundo

Nº Países Produção
1 Arábia Saudita72 264,3
2 Irã 137,5
3 Iraque 115,0
4 Kuwait 101,5
5 Emirados Árabes unidos 97,8
6 Venezuela 80,0
7 Rússia 79,5
8 Líbia 41,5
9 Cazaquistão 39,8
10 Nigéria 36,2
Estados Unidos da
11 América 29,9
12 Canadá 17,1
República Popular da
13 China 16,3
14 Qatar 15,2
15 México 12,9
16 Argélia 12,3
17 Brasil73 12,2
18 Angola 9,0
19 Noruega 8,5
20 Azerbaijão 7,0
Mapa de Investimentos Aprovados por Sectores de Actividade74

72
Países Membros da OPEP: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Venezuela, Líbia, Nigéria, Qatar, Argélia e
Angola
73
O Brasil Possui Reservas não conformadas que elevariam o total a 96 bilhões de barris, levando o pa´si ao 6º
lugar no raking - www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u465318.shtml
74
Idem - www.investinangola.com/engInvestmentStatistics.asp 02/07/2009 8h00

98
Sector Total Investment (in thousands of USD) %Total Investment

Agriculture 22 2.77%
Fishing 8.6 1.08%
Mining 85.7 10.80%
Industry 173 21.80%
Construction 238 29.99%
Commerce 35.4 4.46%
Restaurants/Lodging 100 12.60%
Transportation 64.4 8.12%
Real Estate 41.9 5.28%
Education 2.5 0.32%
Health 5.8 0.73%
Other 16.2 2.04%

Os Projectos de Petróleo Provenientes de Angola 75

Angola’s Upcoming Oil Projects


Project Location Operator Peak Production (estimate) Expected Start-up
Tombua Landana Block 14 Chevron (CABGOC) 130,000 2009
Negage Block 14 Chevron 75,000 2009
Pazflor Block 17 Total 200,000 bbl/d 2010
Block 31 project Block 31 NE BP 130,000 bbl/d 2011+
Block 31 project Block 31 SE BP 130,000 bbl/d 2011+
Block 18 Block 18W BP 100,000 bbl/d 2011+
Kizomba D Block 15 Exxon 120,000 2011+
Clov Block 17 Total 150,000 bbl/d 2011-planned
Block 32 project Block 32 Total 130,000 bbl/d 2011-planned
Tabela. Nº13 - Mapa das Companhias presentes em Angola, por Nacionalidade

75
EIA - Energy Information Administration do Departamento de Energia dos Estados Unidos
www.eia.doe.gov/ 02/07/2009 8h00

99
Fonte: Ministério dos Petróleos, Revista o Petróleo, pp.26

100
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www.google.com.br
www.altavista.pt
www.wikipedia.pt
www.comciencia.com.
www.petrobras.com.br
revistas Energia
www.chevrontexaco.com
etc.…

106

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