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Haiti Rebelde:

Da Revolução dos Escravos à Luta Contra a


Ocupação das Tropas da ONU
MAPA DA REPÚBLICA DO HAITI
Capital Porto Príncipe

Cidade mais populosa Porto Príncipe


Língua oficial Francês e crioulo
Governo República semi
presidencialista
- Presidente René Préval
- Primeiro-Ministro Michèle Pierre-Louis

Área
- Total 27.750 km² (143º)
- Água (%) 0,7
Fronteira com a República Dominicana
apenas, a leste

População
- Estimativa de 2008 8.121.622 hab. (88º)
- Densidade 292 hab./km² (28º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
- Total US$: 15.820 bilhões (128º)

- Per capita US$: 1.291 (154º)


Indicadores sociais
- Gini (2001) 59.2 [2] – alto
- IDH (2006) 0,521 (148º) – médio
- Esper. de vida 60,9 anos (149º)
- Mort. infantil 48.8/mil nasc. (60º)
- Alfabetização 54.8% (154º)
Moeda Gourde (HTG)

Fonte: Wikipédia
“OS TRÁGICOS NÚMEROS DO HAITI:

 8,1 milhões de habitantes.

 80% vivem abaixo da linha de pobreza.

 Quase 75% das casas não têm água encanada ou esgoto.

 Não há coleta de lixo.

 80% da população está desempregada.

 75% das crianças nunca foram vacinadas.

 O analfabetismo atinge 50% da população.

 A expectativa de vida é de 52 anos (a média na América Latina é de 69 anos).

 A Aids atinge 5,6% dos adultos (280 mil infectados e 24 mil mortes em 2003).”

(Wilson H. Silva)
TURISMO NO HAITI (Ilhas do Caribe) atop dragons breath

Forte São Palácio


Presidencial
José

hotel

Little bay were the boat stayed


 ”Pousada Solar Singuita: Conheça
um lugar paradisíaco, onde a
exuberante fauna e flora se misturam
com requinte e luxo. Localizada em
uma belíssima costeira, a pousada
oferece 180º de vista para o mar, e é
ornamentada com palmeiras Por-au-Prince
imperiais, que enriquecem a beleza
Praia Kaliko desse lugar. O pôr-do-sol estonteante,
visto de locais estrategicamente
românticos, completa todo esse
Hoje o Haiti é o país mais pobre da América Latina.
Mas, nem sempre foi assim...
UM POUCO DA HISTÓRIA DO HAITI
Primeiros habitantes: “índios taínos”, que teriam chegado à ilha há mais de
1000 anos a.C. Denominavam a ilha como Bohio, Quisqueya, Ayiti. (AI, FS)

 O PERÍODO COLONIAL
(FASE DO CAPITAL MERCANTIL)

Dominação Espanhola: data de 1492 a “invasão espanhola” (como dizem os


haitianos atualmente), liderada por Cristóvão Colombo, numa viagem que foi
financiada pela rainha da Espanha Isabela. Os espanhóis, em homenagem à
Espanha, passam a chamar a ilha de Hispaniola, que quer dizer Pequena
Espanha.

Genocídio indígena: “Introduziram o cristianismo, o trabalho forçado nas


minas, o assassinato, o estupro, os cães de guarda, doenças desconhecidas
e fome forjada (pela destruição dos cultivos para matar os rebeldes de fome).
(...) reduziram a população nativa de estimadamente meio milhão, ou talvez
um milhão, para sessenta mil em quinze anos.” (Os Jacobinos Negros,
Toussaint L’Ouverture e a Revolução de São Domingos)
“As estimativas contemporâneas sobre a população indígena, quando
Colombo chegou, variam tremendamente, desde 3 ou 4 milhões, por Las
Casas, até a menor, meio milhão, elaborada por Nicolaus Federman, que
esteve em Hispaniola em 1529. Uma contagem feita em 1496 para um
repartimiento [censo] chegou a um total de 1.130.000. (...) Em 1530, a
população original já tinha sido virtualmente eliminada, restando cerca de 100
índios.” (A questão agrária na América Latina)

Escravidão negra: “Las Casas, um padre dominicano, dotado de


consciência, viajou para a Espanha para pleitear a abolição da escravatura
de nativos. (...)
O Governo espanhol concordou. (...) Las Casas, assombrado pela
possibilidade de ver, diante de si, a total destruição da população no período
de tempo de uma geração, recorreu ao expediente de importar os negros
mais robustos da populosa África. Em 1517, Carlos V autorizou a exportação
de quinze mil escravos para São Domingos. Assim, o padre e o Rei
iniciaram, no mundo, o comércio americano de negros e a escravidão.” (Os
Jacobinos Negros)
Em 1697, quando do Tratado de Ryswick, que determinou a passagem da parte
oeste da Ilha (a atual República do Haiti) à França, enquanto a Espanha seguia com
a parte leste (chamada hoje de República Dominicana), toda a população nativa já
havia sido dizimada pela força e pelas doenças.
(Isso explica porque hoje não há nenhum representante dos primeiros Ayitianos, pré-invasão
espanhola no Haiti.)

Colonização Francesa: “Em 1734, os colonizadores franceses começaram a cultivar


o café. A terra era fértil e a França oferecia um bom mercado. Faltava a mão-de-obra.
Além dos negros, trouxeram brancos, os engagés, que poderiam ser libertados
depois do período de alguns anos. (...) os brancos não puderam suportar o clima.
Assim os escravagistas passaram a trazer mais e mais negros, em uma quantidade
que aumentava em milhares a cada ano, a tal ponto que a África chegou a fornecer
milhões.” (Os Jacobinos Negros)
Brancos engagés: brancos “engajados”. Franceses pobres que viajavam para o Haiti, na espectativa de
lá tornarem-se ricos. Haiti era o símbolo da prosperidade. Sem dinheiro para a viagem, após chegarem
no Haiti, trabalhavam por um período de 36 meses para pagá-la.

“Ao começar a Revolução Francesa (1789), viviam na colônia cerca de 500 mil
negros, 24 mil mestiços e 32 mil brancos. O Haiti, proporcionalmente a seu território e
sua rentabilidade, podia ser considerado como uma das mais
ricas colônias da América, a “pérola das Antilhas”.” (Wickipédia)
Exportava açúcar, cacau e café.
(A importância econômica do açúcar neste período, pode ser comparada a importância do petróleo nos
dias atuais)
 A REVOLUÇÃO DOS
ESCRAVOSda população escrava,
Os movimentos insurrecionais
numericamente com uma superioridade esmagadora,
começaram a se tornar frequentes.
No Haiti ocorreu a única revolução de escravos vitoriosa na
História e o primeiro país da América Latina a conquistar a
Independência.
“Os europeus não
consideravam os
escravos pessoas, e sim
coisas, propriedades,
animais. Os negros
haitianos derrotaram os
exércitos das principais
potências do mundo
naquela época: França,
Espanha e Inglaterra. Os
grandes generais negros
se equipararam e
superaram os maiores
estrategistas da época,
inclusive Napoleão”.
(Eduardo A. Neto)
1754: Revolta do escravo Mackandal: após 4 anos de
guerrilha, este escravo foi preso e condenado à fogueira como
feiticeiro, mas diz-se que fugiu pouco antes da execução;

1789: O mestiço Vicente Ogé liderou outra revolta e acabou


preso e supliciado na roda. Boukman

1791: A Revolução dos Escravos, iniciada pelo “marron”


(fugitivo) Boukman, assassinado pelos franceses e
posteriormente dirigida por Toussaint L’Ouverture (negro livre)
põe fim a escravidão na Ilha de Santo Domingo. A França só
reconhece o fim da escravidão em 1794, e garante o apoio de
Toussaint, que é traído (por Leclerc) mandado à França e
Toussaint
assassinado pelo então cônsul Napoleão Bonaparte.
(No Brasil o fim da escravidão data de 1888)

1804: o ex-escravo Jean-Jacques Dessalines, que dirigiu a


continuidade da rebelião e expulsou as tropas francesas,
proclamou a Independência da metade ocidental da ilha em 1
de janeiro, retomou o nome Haiti (terras montanhosas).
(No Brasil, a Independência foi negociada em 1822)
Dessalines
1805: Promulgação da Constituição do Haiti. “Nenhum branco, qualquer que
seja a sua nação, colocará os pés neste território com o título de dono ou
proprietário; e não poderá no futuro adquirir propriedade alguma.”(Artigo XII).
(No Brasil seria o mesmo que expulsar os portugueses e demais europeus e proibi-los de colocar os
pés no país, no período colonial. Hoje corresponderia aqui, a não permissão de permanência no país
de nenhum proprietário estrangeiro, bem como a expulsão dos mesmos).

1806: “As terras que conquistamos com o nosso sangue pertencem a todos, quero
que sejam partilhadas com equidade”, disse Dessalines num discurso. Esta posição
do General Dessalines e da maioria dos revolucionários da Independência , não era
a posição dos demais generais proprietários (mestiços e negros livres bem antes da
abolição), que queriam continuar detendo a propriedade das terras. Para resolver
este antagonismo, os Generais liderados pelos mestiços Pétion e Gérin organizaram
uma festa na casa de Pétion, em Porto Príncipe, e convidaram Dessalines. Eles
aproveitaram para assassinar o fundador do país, na própria casa de Pétion, no
dia 17 de outubro. Depois, espalharam o corpo na entrada da capital (Porto
Príncipe). (Franck Segui)

Com a morte de Dessalines, encerra-se a Revolução Haitiana que derrotou os


exércitos da França, Espanha e Inglaterra.
A escravidão foi abolida e a Independência conquistada. Instala-se na República do
Haiti um capitalismo dependente, numa nação semi-colonial, com a formação de
uma burguesia mestiça e negra.
Latoya (não há imagens): escrava doméstica que participou da luta pela
independência. Registrou as conversas, os planos de lutas dos
senhores para comunicá-los aos chefes do exército dos negros e mestiços.
Sua participação, assim como a de outras escravas domésticas, foi
decisiva na elaboração das táticas e estratégias militares (também no
assassinato por envenenamento de muitos senhores). Depois da vitória a
história oficial nada mais diz a seu respeito.

Palácio
Catherine Flon

1ª bandeira
Azul representa os
negros e vermelho
Catherine Flon: costurou a representa os mestiços
primeira bandeira do Haiti –
1803. É o único registro a
seu respeito

bandeira atual

(A bandeira do Haiti tem as cores da bandeira francesa sem a cor branca.)


“Das finanças do Haiti saíram ajudas
econômicas e materiais para as lutas de
independência de vários países latino-
americanos contra o império espanhol,
entre eles a Venezuela. Entre os
beneficiados Simon Bolívar.” (César Neto)

Mas, no Congresso (Entrevista de


Guaiaquil, Equador, 1822 ) organizado por
Bolívar, o Haiti não foi convidado. Este
fato demonstra o racismo das burguesias
escravagistas norte-americana e latino-
americana.

Os/as presidentes de países latino-americanos “pagam” esta dívida com a invasão


militar e a repressão: Lula, Kirchner (Argentina), Lagos/Bachelle(Chile), Tabaré
Vázquez (Uruguai) e Lugo (Paraguai).
1806 - 1818- Governo de Alexandre Pètion “Conhecendo a aspiração dos
camponeses (antigos escravos) por converter-se em propietários, Pétion
decide repartir as plantações entre os antigos colonos e o povo. Esta ação
provoca o reconhecimento do povo que o batiza como Papá Bon-Kè (Papai
de Bom Coração). Em 1815 dá asilo a Simón Bolívar (expulso, à época, da
Venezuela) e lhe proporciona os materiais necessários para empreender de
novo a campanha de libertação (...)” (Wikipédia) Pètion
1818 – 1820: Governo Henri Cristophe, ditadura militar (norte da ilha);

1821: Governo Boyer. Após tentativa de independência da parte oriental da


ilha (Santo Domingos), o haitiano “Jean-Pierre Boyer, que havia assumido o
poder no Sul e promoveu a unificação da ilha em proveito da elite mulata,
detendo a doação de terras e incrementando o latifúndio.” (História das
Sociedades Americanas)
Cristophe
1825 – 1920: França reconheceu a Independência do Haiti.”Impôs ao povo
após negociação com o governo haitiano, o pagamento de uma dívida de
150 milhões de francos ouros (equivalente a 4 vezes o orçamento público de
toda a República da França). Todo o dinheiro roubado pela França sob o falso
nome de “dívida de Independência” foi saqueado do trabalho dos
camponeses haitianos. (Franck Seguy)

(Entre a deposição de Boyer e a intervenção dos Estados Unidos, o Haiti conheceu


vinte e um governantes que tiveram finais trágicos.) (Wikipédia) Boyer
 PERÍODO DA INTERVENÇÃO AMERICANA

1915 : “O pretexto era cobrar a dívida externa. O motivo real foi o saque de
reservas do Banco da República do Haiti (BRH). Da invasão do Haiti pelos
EUA não resultou o impulso do desenvolvimento da nação, mas a
desertificação do Haiti pelas empresas norte-americanas envolvidas na
cultura da borracha e cisal, para fazer roupas. Em decorrência dessas culturas
resultou uma região que se chama em crioulo savann dezole (sertão
desolado).” (Franck Seguy)

“(...) como o conjunto da América Central e da região do Caribe, o Haiti é


considerado pelo imperialismo norte-americano como a parte mais próxima de
seu “quintal”, com direito a nomear e derrubar governos quando considera
necessário. Não é casual que durante todo o século XX o imperialismo tenha
promovido invasões e ocupações militares em países da região, como
Guatemala, Nicarágua, Panamá, República Dominicana e o próprio Haiti.”
(Eduardo Almeida)

1934: Retirada das tropas americanas;

1941: EUA abdicam do controle alfandegário;


1946: uma rebelião popular derruba o governo do mestiço
Elie Lescot, sobe ao poder o negro Dumarsais Estimé.;

1950: Governo Magloire – toma o poder através de um


golpe militar. Neste governo é promulgada uma Lescot
Constituição que dá o direito ao voto. Magloire decide
perpetuar-se no poder. A rebelião popular o obriga a
renunciar;
(em nove meses o Haiti conhece 7 governos diferentes)
Estimè
 A DITADURA DUVALIER

1957: é eleito o médico negro François Duvalier, o “Papa


Doc” (Papai Médico), apoiado pelo imperialismo norte-
americano ;
Magloire
1964: É promulgada a Constituição que deu mandato
vitalício a Duvalier. Este governo impôs uma derrota ao
movimento, com métodos de guerra civil, utilizando-se de
violentas milícias que ficaram conhecidas como “tontons
François
macoutes” (bichos papões). Instituiu um regime sangrento,
Duvalier
bem como acumulou uma imensa fortuna pessoal ;
(Dois meses antes de morrer, “Papa Doc” nomeia seu
filho, seu sucessor)

1971: Governo Jean Claude Duvalier, o


“Baby Doc” (Filho do Médico) de 19 anos de
idade, assumiu o controle da ditadura militar.

1978: “Os EUA decidiram matar todos os


porcos dos camponeses haitianos, sob o
François Duvalier falso pretexto de peste suína. Naquela época,
e os EUA precisavam dos camponeses haitianos
Jean Claude Duvalier
para trabalhar nas suas plantações de cana-de-
açúcar em República Dominicana. O porco
constituía o gado haitiano para a aragem de
terras.” (Franck Seguy)

“Sem o carisma e o peso político de seu pai, as coisas começaram a se


complicar para Baby Doc. Na década de 1980, iniciou-se um processo de luta
popular contra a ditadura, culminando, em 1986, com uma insurreição que
depôs Baby Doc, obrigando-o a fugir do país.” (LIT-QI).
Fim da ditadura dos Duvalier.
“Depois de vários governos interinos,
em 1990 foram realizadas as primeiras
eleições livres.” (Lit-QI.)

 O GOVERNO ARISTIDE

1990: é eleito presidente o padre Jean-Bertrand Aristide. Um governo


de Frente Popular, significou uma vitória distorcida do movimento.
O governo Aristide foi deposto por um golpe militar encabeçado pelo
General Raoul Cedras, apoiado pelo imperialismo norte-americano, nove
meses após ter sido eleito.
“A política econômica de Cedras acentuou até as últimas conseqüências os
índices intoleráveis de miséria do povo haitiano.” (LIT-QI). Novas lutas.

1992: a volta de Aristide - “frente ao fato de que ele era a única figura que
poderia controlar a instabilidade haitiana, os marines o instalaram na
presidência, em um acordo costurado entre Bill Clinton (então presidente dos
EUA) e Aristide, que se comprometeu a aplicar uma política pró-imperialista
baseada na receita do FMI.” (LIT-QI)
“Na sua segunda presidência, Aristide
começou a monopolizar em suas mãos
os negócios do Estado e a ajuda
econômica internacional enviada ao país.
Isto provocou não somente a ruptura com
a base política que o sustentava como
também um forte enfrentamento com
outros setores burgueses haitianos, o que
acabou resultando numa guerra civil com
Protestos e manifestações anti-
a participação de diversas frações
Aristide, em Porto Príncipe, 1 de
fevereiro de 2004 armadas.” (Alejandro Iturbe)

Aristide diante desta situação e das


mobilizações dos trabalhadores inicia
uma campanha pela “intervenção norte-
americana”no Haiti.
2003: em dezembro Aristide promete
eleições em 6 meses.

2004: “diante da recusa de Aristide em


formar um governo de “unidade
nacional” com seus opositores e do risco
de uma “libanização” do Haiti, os
marines invadiram o país, derrubaram
o presidente e o levaram para o exílio.”
(LIT-QI)

2004: Os marines norte-americanos são


substituídos pelos “capacetes azuis” da
ONU, 10 mil soldados de vários países,
dirigidos pelo exército brasileiro.
GOVERNO PREVAL
2006: eleições ”... os candidatos se
pronunciaram a favor da manutenção dos
“capacetes azuis”. Préval, por exemplo,
declarou que as tropas deveriam permanecer
“todo o tempo que fosse necessário”. (...) ele
capitalizou o prestígio que Aristide conserva
entre as massas pobres, devido à
proximidade que ele teve com o ex-
presidente, no passado. (...) votaram
massivamente em Préval que, apesar da
Eleições 2006 - Haiti
fraude, obteve quase 49% dos votos – contra
menos de 12% de Manigat.
Mas, o fundamental foi que as massas se
mobilizaram maçicamente para defender seu
voto. (...) Quando finalmente o triunfo de
Préval foi reconhecido, o povo haitiano
festejou nas ruas, especialmente na capital
Porto Príncipe.” (Declaração Lit-QI)

Renè Preval toma posse defendendo a


ocupação militar do Haiti.
I I
T E!
A
H LD
B E
R E
A OCUPAÇÃO MILITAR DA ONU

A ocupação colonial
do Haiti,
dirigida por tropas do
Brasil, teve início em
1º de junho de 2004,
a pretexto de “missão de
paz” para controlar a
violência
e garantir a segurança
da população.
 O que fazem as tropas brasileiras no Haiti, desde 1º de
junho de 2004?

 O que é a Minustah?

 Por que a ocupação militar deste país tão pequeno e tão


pobre?

 Intervenção militar ou ajuda humanitária?

 Quais os interesses econômicos que estão por trás da


intervenção da ONU?
Este projeto burguês imperialista de
ocupação do Haiti é antigo! Desde
os anos 80 o Plano Reagan era
transformar o Caribe numa região de
OS INTERESSES ECONÔMICOS força-de-trabalho barata e iniciou a
DO IMPERIALISMO destruição da economia local.

O Haiti, por exemplo, naquela época,


exportava muito açúcar. Hoje o país
importa 100% do açúcar que
consome.

Desde então, todos os governos


seguintes (militares ou eleitos)
deram a sua contribuição para
transformar o Haiti no país com uma
das forças-de-trabalho mais
baratas do mundo: 50 dólares
(R$83,00) por mês por uma
jornada diária de 12 horas de
trabalho.
Michaelle – “Essa invasão no Haiti pelas tropas estrangeiras está na linha
da nova divisão internacional do trabalho do capitalismo moderno. Nessa
invasão, se vê as burguesias do Haiti e do Brasil. O Brasil está tentando,
através de seus empresários, implantar zonas francas no Haiti. Isso é
possível porque há tropas brasileiras no Haiti. Essa invasão tem um papel
econômico muito importante para o capital.”

Franck – “Por exemplo, no dia 28 de maio, o filho de José Alencar [vice-


presidente do Brasil], foi para o Haiti com Lula para verificar onde
implantar a zona franca, o agronegócio, a indústria têxtil e o biodiesel. A
mão-de-obra no Haiti é muito barata.”
Militantes da ASID – Associação dos Universitários e das
Universitárias DessalinIstas no Haiti (entrevista portal do
Pstu), 2008
“O plano Reagan, conhecido como Iniciativa para la
Cuenca del Caribe (CBI em inglês), já resumia e
definia essa intenção. Depois, as maquiladoras, os
parques industriais viriam a se instalar, inicialmente
de maneira isolada e agora agrupados e protegidos
pelas zonas francas: áreas livres, com vantagens
fiscais e total liberdade para a exploração, o tráfico
de drogas e etc. (“Toda a Roupagem da Mentira”,
.
“A fabrica Codevi é um emblema da zona
“Hanes, a mais importante
franca. Fabrica jeans para marcas
fabricante de camisetas dos EUA.
famosas, como Levis e Wrangler, e é
Essa grande multinacional acaba
parte de um conglomerado dominicano
de demitir 600 operários e
(o Grupo M), ligado ao Chase Manhattan.
operárias para fechar a planta.
Os operários recebem 46 dólares mensais
Uma das operárias fala, e sua
e trabalham vigiados por capatazes
indignação vai crescendo. Conta
armados (segundo denúncia do
como elas trabalhavam 12 horas
sindicato).” Atualmente são 18 zonas
seguidas, sem direito a
francas no Haiti.
nenhum intervalo, nem para o
almoço, nem para ir ao
banheiro, ganhando 70
gourdes ao dia. A fábrica
colocava cadeado nas portas
para evitar que eles
abandonassem a linha de
produção para ir ao banheiro.
Agora demitem todo mundo e não
querem pagar nada. Ela termina
com uma comparação justa:
somos os escravos
modernos.” Eduardo. Almeida
A Levi’s foi fundada em 1876 para produzir roupas para as FFAA dos EUA.

A partir dos anos 60 o uso de jeans se popularizou e a Levi’s e sua


concorrente Lee, ganharam muito... muito dinheiro.

Mas a partir de 1970 surgiram outras marcas. No Brasil, por exemplo, surgiu
a Topper, Oi, Hammuche, etc.

Hoje em dia qualquer empresa de fundo de quintal produz jeans. E isto


provoca a superprodução.

O processo de superprodução mundial de jeans levou a queda da taxa de


lucros e esta é a primeira e única razão da queda dos 5 presidentes da
empresa e sua quase falência entre 2001 e 2003.

A Levi’s resolve reduzir os custos de produção, sem reduzir o preço do


produto e deste modo tentar recuperar a taxa de lucro.

COMO FOI POSSÍVEL REDUZIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO?


Nos EUA uma costureira ganha em media US$ 14 por hora, ou seja, 112
dólares por dia. A Levi’s resolveu levar suas fábricas para a América Central,
em especial, El Salvador e Haiti e passou a gastar US$ 1 por dia. (Oxfam)
Portanto, ao pagar muito menos, deu um grande impulso para recuperar
a taxa de lucros. Ou seja, economizando 111 dólares por dia, ou US$
3.330 ao mês ou US$ 39.960 ao ano nas costas de cada costureira. Agora
multiplique por 10.000 operárias, que era o tamanho da fábrica nos EUA:
são 399.600.000 MILHÕES DE DÓLARES embolsados pelo proprietário
da Levi’s. Para a exportação para os EUA a distância é pequena.
É necessário ainda considerar outras economias, tais como 13º salário, férias, Previdência
Social, PLR, alimentação, gastos com materiais de segurança, etc.
A mais perfeita aplicação da máxima capitalista: aproveitar da opressão
para superexplorar (negros, mulheres e jovens, no caso do Haiti) e
aumentar a extração de mais-valia.

São muitas as multinacionais que se deslocaram para este verdadeiro


paraíso dos investimentos:
Codevi, Hanes, Levi’s, Wrangler, Larsco, Gildan, GAP, Nike, Coteminas,
entre outras

“Como uma amarga ironia do capitalismo, uma parte destas roupas volta ao Haiti já usada,
reintroduzidas por empresas estrangeiras para vendê-las a preços baixos ou como parte da
hipócrita ajuda humanitária do imperialismo. A maioria dos haitianos só usa estas roupas de
segunda mão porque não pode comprar uma nova, nem mesmo os que trabalham nas fábricas que
as produzem.(Alejandro Iturbe)”
O QUE GANHAM AS EMPRESAS BRASILEIRAS
COM A OCUPAÇÃO MILITAR

“Em agosto do ano passado, o jornal Valor Econômico trazia uma notícia sobre o
interesse da indústria brasileira no Haiti. Segundo o jornal “duas gigantes” estavam
prestes a se instalar no país: a Coteminas, que pretendia utilizar o Haiti como
plataforma de exportação de confecção para os Estados Unidos, e a OAS, que havia
vencido uma licitação para pavimentar uma rodovia.
A reportagem afirmava que os benefícios de uma fábrica da Coteminas para um país
pobre como o Haiti são óbvios. “Cerca de 80% da população está desempregada. O
governo brasileiro também sai ganhando. A saída das forças de paz está
relacionada à segurança e ao desenvolvimento econômico", avaliou o embaixador
do Brasil no Haiti, Igor Kipman.
As vantagens estipuladas pelo jornal para a exploração econômica do Haiti são a
proximidade e o acesso diferenciado ao maior mercado do mundo, os Estados
Unidos, e a mão-de-obra barata. “Uma costureira, na capital Porto Príncipe, recebe
US$ 0,50 por hora. É uma remuneração inferior aos US$ 3,27 pagos no Brasil e
muito abaixo dos US$ 16,92 dos EUA, conforme a consultoria Werner. O valor é
inferior até aos US$ 0,85 pagos no litoral da China e perde apenas para os US$ 0,46
do Vietnã e os US$ 0,28 de Bangladesh”.
(Elizângela Araújo)

O salário-hora das operárias haitianas é ainda menor, como veremos:


“...os 70 gourdes pagos atualmente a um operário não lhe permitem nem sequer
alimentar-se adequadamente para reproduzir sua força de trabalho; muito menos
alimentar à sua família.” (www.adital.org.br)
(42 gourdes = 1 dólar; 70 gourdes = 1, 66 dólar; 50 dólares/mês = 83 reais)
FORÇADOS A COMER
LAMA
NO HAITI

Os discos são feitos de argila


seca amarela misturada com
água, sal e encurtamento
vegetais ou margarina.
A lama é primeiro amassada e,
em seguida, moldados os
biscoitos e deixados ao sol.
A cor castanho-pálida dos biscoitos,
conhecidos pela população local
simplesmente como “terre”, tem sido
tradicionalmente comidos por
haitianas grávidas e crianças como
um anti-ácido e fonte de cálcio.
No entanto, para muitos haitianos
incapazes de pagar até mesmo por
um prato de arroz, “terre” se tornou a
base da alimentação (e fonte de
algum recurso para quem os produz).
 O QUE É A “MINUSTAH”?

“Missão das Nações Unidas


para Estabilidade no Haiti”

É uma operação militar


dirigida pelas tropas do
Exército brasileiro e composta ainda
por efetivos militares da Argentina,
Benin, Bolívia, Canadá, Chade, Chile,
Croácia, França, Jordânia, Nepal,
Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e
Uruguai, num total de 6.700 homens e
mulheres.

O governo Lula tem gasto 60 mil


reais por soldado (a) ao ano no
Haiti.São 1.500 no total
(5 mil reais/mês por soldado/a;
90 milhões por ano, A MINUSTAH durante uma missão nas
Que completou 5 anos em 2009). eleições de 2006 (Foto: Patrick-André
Perron)
A MINUSTAH foi enviada pela ONU,
sob a batuta imperialista de George
Bush e mantida por Barack Obama,
para reprimir violentamente as
mobilizações populares, a ação de
grupos insurgentes e proteger o
governo fantoche de René Preval.

O Governo Lula espera, com esta


submissão canina ao imperialismo,
que o Brasil ganhe um assento no
Conselho de Segurança da ONU.

Aproveitando a simpatia do povo


haitiano pelo povo e o futebol
brasileiros, não faltaram os
colaboradores: Ronaldo, Ronaldinho e
Adriano desfilaram pelas ruas , em
tanques militares, sob gritos de “Viva!”
da população local.
MV Bill aterrizando Celso Athayde e MV Bill Embaixatriz do
no Haiti Brasil
PERSONALIDADES VISITAM O HAITI PARA PARTICIPAR
DA
FARSA DA AJUDA HUMANITÁRIA
MV Bill, por exemplo,
esteve no Haiti. Retornou
ao Brasil com absurdas e
mentirosas histórias de
“povo em guerra”,
propagandeando as ONGs
e “babando” as tropas
brasileiras, em cadeia
nacional no Domingão do
Faustão/Globo” .
Brad Pit , Angelina Bill Clinton
Jolie
A MÁSCARA DA “AJUDA HUMANITÁRIA” COMEÇA A CAIR
A “Missão de paz” da ONU, dirigida pelo Brasil, sequestra, fere e mata
homens, mulheres – que também são estupradas - , jovens e crianças,
desarmadas e indefesas... Um verdadeiro terror!
DELEGAÇÃO
“Desde 2005 e 2006 começou uma DO HAITI
mudança. Foi quando supostamente NO BRASIL -
estavam atacando os “bandos armados”, 2009
mas semearam o terror nos bairros
populares para garantir o domínio da polícia
e da Minustah. Já existe uma relação com a Carole Pierre
Minustah totalmente diferente daquela de Paul-Jacob

aplaudir a seleção brasileira de futebol. Em


2008, durante o “levante dos famintos”, a
repressão da Minustah provocou muitos
mortos em Porto Príncipe e em outras Didier
cidades. Eles continuaram reprimindo várias Dominique
semanas após o levante. Por isso, nas
paredes de todas as cidades do país já se
vê pintado: “Abaixo a Minustah”
e “Fora a ocupação”.”

(Didier Dominique)

Frantz Dupuche e Franck Seguy


“...se ocupações
militares pudessem
resolver os problemas
históricos do Haiti,
este certamente seria
uma potência, dado a
quantidade de
ocupações já
ocorridas no seu
território.”
(João L. D. Pinaud,
Aderson Bussinger)

MILHARES FORAM ÀS RUAS


ENFRENTAR E LUTAR
CONTRA A OCUPAÇÃO
BATAY OUVRIYE Boletim do Batay Ouvriyè (na língua “crioula”) divulgando
a Manifestação do dia 3 de agosto de 2009, pelo
reajuste do salário mínimo para 200 gourdes, no
KLAS OUVRIYÈ A AJI! Parque Industrial Metropolitano SONAPI.
4/08/09
Lendi 3 dawout 2009, se an twa tan manifestasyon klas ouvriyè a devan
Pak Endistriyèl SONAPI a devlope: twa tan, apre yon preyanbil.
UM EXEMPLO DE LUTA DAS OPERÁRIAS E OPERÁRIOS
HAITIANOS E DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL DOS
TRABALHADORES E ESTUDANTES

FÁBRICA CODEVI QUE FABRICA JEANS PARA A L’EVIS E WANGLER

“...Os operários recebem 46 dólares mensais e trabalham vigiados por


capatazes armados (...)
Logo no inicio da operação da fábrica em 2003, foi organizado um
sindicato para lutar contra estes abusos. A reação foi imediata, com a
demissão dos 34 ativistas que organizavam o sindicato.
Uma greve de dois dias fez os patrões recuarem, admitirem os
operários de volta na primeira vitória na zona. De imediato, 370 operários
se filiaram ao sindicato. Menos de uma semana depois, a fabrica demitiu
os 370, e se abriu outra luta, de mais de um ano.
Os trabalhadores fizeram greves e uma campanha internacional que
chegou aos EUA. Uma aliança com estudantes universitários de Nova
Yorque e Los Angeles possibilitou um boicote aos jeans dessas marcas.
Finalmente a empresa teve de recuar e readmitir os operários.”
(Eduardo Almeida)
“A delegação da Conlutas retomou assim a velha tradição do
internacionalismo operário e popular.” LIT-QI
Delegação da Conlutas no Haiti - 2007

1º de Maio – Haiti - 2009

Delegação da Conlutas no Haiti – maio/2009


CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE EM OUTROS PAÍSES

“Em nome do irrenunciável direito de


soberania e de autodeterminação dos Pese a la presión contra las comparsas
povos, exigimos do governo de Lugo- sonaron los tambores por Haití, por la
PLRA a imediata retirada das tropas autodeterminación de los pueblos, se cantó ¡
paraguaias do Haiti. A ocupação deste BASTA DE GENOCIDIO FUERA LAS
país é vergonhosa e viola todos os TROPAS DE HAITI! muy emocionadamente
princípios de soberania, reciprocidade e mientras muchos jóvenes se sumaban a la
solidariedade previstos no direito marcha.
internacional.
O Partido dos Trabalhadores (PT) diz ao Esquerda Socialista dos Trabalhadores –
povo haitiano: Sua luta é nossa luta, sua Uruguai, vinculado à LIT
vitória será nossa vitória. Se estivéssemos
no Haiti, estaríamos do mesmo lado da
barricada.
Pela retirada imediata das tropas
As trabalhadoras e trabalhadores
paraguaias, brasileiras e de outros
haitianos prestaram solidariedade,
países do Haiti!
através do Batay Ouvriyè, aos
Pela autodeterminação e soberania
trabalhadores moradores do Morro
do povo haitiano!
do Alemão/RJ quando do assassinato
dos 19 jovens, por tropas do exército
Declaração do PT- Paraguai vinculado à brasileiro.
LIT.
OS FATOS EXPOSTOS COMPROVAM QUE NO HAITI:
 Não há guerra.
 Não são as gangues que ameaçam a (des) ordem econômica, promovida pelas
grandes potências imperialistas, especialmente EUA, França e Canadá.
 Os interesses econômicos das grandes multinacionais e da burguesia local,
combinados com a exploração da força-de-trabalho mais barata do mercado
latino-americano é que motivam a ocupação militar.
 O que chamam de “instabilidade” no Haiti são as permanentes mobilizações
de trabalhadores, trabalhadoras e estudantes contra a exploração a que são
submetidos.
 As Tropas da ONU querem assegurar a dominação das multinacionais e
prevenir uma insurreição de um povo que luta, derruba governos e pode fazer
uma nova Revolução.
 Lula é o guardião dos interesses econômicos e militares do imperialismo na
região, bem como da burguesia brasileira, que também garantiu um promissor
mercado de exploração da força de trabalho.

 A ação do exército brasileiro no Haiti é também um treinamento para a


repressão aos trabalhadores no Brasil: morros cariocas, ocupação do
Pinheirinho/SJC, toque de recolher para a juventude, etc.
Atualmente
o Haiti é o
elo mais
frágil da cadeia
capitalista-
imperialista
na

América-Latina.
UM PROGRAMA MÍNIMO DE APOIO AOS TRABALHADORES
E TRABALHADORAS HAITIANOS

 Fora as tropas brasileiras e internacionais do Haiti


 Liberdade sindical e política
 Abaixo o Governo René Preval, agente do imperialismo
 Solidariedade dos trabalhadores e jovens da América Latina ao povo haitiano
 Não ao pagamento da divida externa
 Aumento imediato do salário-mínimo
 Expropriação das empresas, sob controle dos trabalhadores
 Por um Haiti, livre, democrático e soberano
 Por uma federação de Repúblicas Socialistas da América Latina
Fontes:

Araújo, Elizângela. Povo haitiano vive exploração econômica e repressão política. www.elac.org

Aquino, Rubim Santos Leão; Jesus, Nivaldo Freitas de Lemos, Oscar Guilherme Lopes P.C. História
das Sociedades Americanas, Editora Eu e Você Ltda, 1981.

Batay Ouvriyè. Sobre a explosão no Haiti. www.pstu.org.br


____________Um salário mínimo inaceitável e ilegal. www.litci.org.br
____________Boletim– 4 de agosto de 2009 - Klas ouvriyè a aji (em crioulo).

Iturbe, Alejandro . Haiti, uma longa história de pilhagem e luta. www.lici.org.br


______________Didier Dominique: “As tropas no Haiti reprimem para defender o salário mais
baixo das Américas”
Iturbe, Alejandro e Choma, Jeferson. A repressão da Minustah foi selvagem. www.litci.org.br

James, C.L.R. .Os Jacobinos Negros, Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos,
Boitempo Editorial, 1ª ed. 2000.

LIT-QI – Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional . Declaração da LIT: Fora
as Tropas do Haiti;
_______Haiti: as mãos de Washington e Paris na queda de Aristide. www.litci.org.
_______O povo haitiano derrotou a fraude eleitoral;
_______No dia da visita , manifestações repudiam ocupação militar.
Neto, Eduardo Almeida . Bem vindos ao Haiti Rebelde!, www.litci.org;
____________________O povo haitiano vai resistir e vencer;
____________________A exploração e a arrogância imperial se repetem;
____________________Quem manda no Haiti são as Tropas da ONU;
____________________Batay Ouvriyè e perseguida pela Minustah e pelo Governo.

Pinaud, João Luiz Duboc e Bussinger Carvalho, Aderson. Haiti, das trevas à luz,
Documenta Histórica Editora, Rio de Janeiro, 2007.

Seguy, Franck. Nova ocupação, nova fábrica de escravos. www.elac.org.br


____________A doce escravidão no paraíso dominicano.
____________Haiti, uma nova fábrica de escravos. www.pstu.org.br
____________Haití Capitalismo de dientes apretados y represión. www.elac.org.br
____________Pssst! Ici, on est en démocratie. www.alencontre.org

Silva, Wilson H. A falência da ocupação de Lula no Haiti www.lici.org.br

Sites: www.litci.org;
www.adital.com.br; www.intermonoxfam.org;
www.andes.org.br www.pstu.org.br;
www.elac.org.br; www.wikipédia.org;

Filmografia:
“Fora as Tropas Brasileiras e Internacionais do Haiti” – Sindicato dos
Metalúrgicos de São José dos Campos – SP
“O que se passa no Haiti” - Youtube
Este material é uma elaboração do ILAESE.
Responsável: Sandra Fortes.
Contribuíram para a realização deste
material:
Franck Seguy, César Neto, Eduardo
Almeida, Júlio Condaque.

1ª edição – agosto de 2009

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