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Área
- Total 27.750 km² (143º)
- Água (%) 0,7
Fronteira com a República Dominicana
apenas, a leste
População
- Estimativa de 2008 8.121.622 hab. (88º)
- Densidade 292 hab./km² (28º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
- Total US$: 15.820 bilhões (128º)
Fonte: Wikipédia
“OS TRÁGICOS NÚMEROS DO HAITI:
A Aids atinge 5,6% dos adultos (280 mil infectados e 24 mil mortes em 2003).”
(Wilson H. Silva)
TURISMO NO HAITI (Ilhas do Caribe) atop dragons breath
hotel
O PERÍODO COLONIAL
(FASE DO CAPITAL MERCANTIL)
“Ao começar a Revolução Francesa (1789), viviam na colônia cerca de 500 mil
negros, 24 mil mestiços e 32 mil brancos. O Haiti, proporcionalmente a seu território e
sua rentabilidade, podia ser considerado como uma das mais
ricas colônias da América, a “pérola das Antilhas”.” (Wickipédia)
Exportava açúcar, cacau e café.
(A importância econômica do açúcar neste período, pode ser comparada a importância do petróleo nos
dias atuais)
A REVOLUÇÃO DOS
ESCRAVOSda população escrava,
Os movimentos insurrecionais
numericamente com uma superioridade esmagadora,
começaram a se tornar frequentes.
No Haiti ocorreu a única revolução de escravos vitoriosa na
História e o primeiro país da América Latina a conquistar a
Independência.
“Os europeus não
consideravam os
escravos pessoas, e sim
coisas, propriedades,
animais. Os negros
haitianos derrotaram os
exércitos das principais
potências do mundo
naquela época: França,
Espanha e Inglaterra. Os
grandes generais negros
se equipararam e
superaram os maiores
estrategistas da época,
inclusive Napoleão”.
(Eduardo A. Neto)
1754: Revolta do escravo Mackandal: após 4 anos de
guerrilha, este escravo foi preso e condenado à fogueira como
feiticeiro, mas diz-se que fugiu pouco antes da execução;
1806: “As terras que conquistamos com o nosso sangue pertencem a todos, quero
que sejam partilhadas com equidade”, disse Dessalines num discurso. Esta posição
do General Dessalines e da maioria dos revolucionários da Independência , não era
a posição dos demais generais proprietários (mestiços e negros livres bem antes da
abolição), que queriam continuar detendo a propriedade das terras. Para resolver
este antagonismo, os Generais liderados pelos mestiços Pétion e Gérin organizaram
uma festa na casa de Pétion, em Porto Príncipe, e convidaram Dessalines. Eles
aproveitaram para assassinar o fundador do país, na própria casa de Pétion, no
dia 17 de outubro. Depois, espalharam o corpo na entrada da capital (Porto
Príncipe). (Franck Segui)
Palácio
Catherine Flon
1ª bandeira
Azul representa os
negros e vermelho
Catherine Flon: costurou a representa os mestiços
primeira bandeira do Haiti –
1803. É o único registro a
seu respeito
bandeira atual
1915 : “O pretexto era cobrar a dívida externa. O motivo real foi o saque de
reservas do Banco da República do Haiti (BRH). Da invasão do Haiti pelos
EUA não resultou o impulso do desenvolvimento da nação, mas a
desertificação do Haiti pelas empresas norte-americanas envolvidas na
cultura da borracha e cisal, para fazer roupas. Em decorrência dessas culturas
resultou uma região que se chama em crioulo savann dezole (sertão
desolado).” (Franck Seguy)
O GOVERNO ARISTIDE
1992: a volta de Aristide - “frente ao fato de que ele era a única figura que
poderia controlar a instabilidade haitiana, os marines o instalaram na
presidência, em um acordo costurado entre Bill Clinton (então presidente dos
EUA) e Aristide, que se comprometeu a aplicar uma política pró-imperialista
baseada na receita do FMI.” (LIT-QI)
“Na sua segunda presidência, Aristide
começou a monopolizar em suas mãos
os negócios do Estado e a ajuda
econômica internacional enviada ao país.
Isto provocou não somente a ruptura com
a base política que o sustentava como
também um forte enfrentamento com
outros setores burgueses haitianos, o que
acabou resultando numa guerra civil com
Protestos e manifestações anti-
a participação de diversas frações
Aristide, em Porto Príncipe, 1 de
fevereiro de 2004 armadas.” (Alejandro Iturbe)
A ocupação colonial
do Haiti,
dirigida por tropas do
Brasil, teve início em
1º de junho de 2004,
a pretexto de “missão de
paz” para controlar a
violência
e garantir a segurança
da população.
O que fazem as tropas brasileiras no Haiti, desde 1º de
junho de 2004?
O que é a Minustah?
Mas a partir de 1970 surgiram outras marcas. No Brasil, por exemplo, surgiu
a Topper, Oi, Hammuche, etc.
“Como uma amarga ironia do capitalismo, uma parte destas roupas volta ao Haiti já usada,
reintroduzidas por empresas estrangeiras para vendê-las a preços baixos ou como parte da
hipócrita ajuda humanitária do imperialismo. A maioria dos haitianos só usa estas roupas de
segunda mão porque não pode comprar uma nova, nem mesmo os que trabalham nas fábricas que
as produzem.(Alejandro Iturbe)”
O QUE GANHAM AS EMPRESAS BRASILEIRAS
COM A OCUPAÇÃO MILITAR
“Em agosto do ano passado, o jornal Valor Econômico trazia uma notícia sobre o
interesse da indústria brasileira no Haiti. Segundo o jornal “duas gigantes” estavam
prestes a se instalar no país: a Coteminas, que pretendia utilizar o Haiti como
plataforma de exportação de confecção para os Estados Unidos, e a OAS, que havia
vencido uma licitação para pavimentar uma rodovia.
A reportagem afirmava que os benefícios de uma fábrica da Coteminas para um país
pobre como o Haiti são óbvios. “Cerca de 80% da população está desempregada. O
governo brasileiro também sai ganhando. A saída das forças de paz está
relacionada à segurança e ao desenvolvimento econômico", avaliou o embaixador
do Brasil no Haiti, Igor Kipman.
As vantagens estipuladas pelo jornal para a exploração econômica do Haiti são a
proximidade e o acesso diferenciado ao maior mercado do mundo, os Estados
Unidos, e a mão-de-obra barata. “Uma costureira, na capital Porto Príncipe, recebe
US$ 0,50 por hora. É uma remuneração inferior aos US$ 3,27 pagos no Brasil e
muito abaixo dos US$ 16,92 dos EUA, conforme a consultoria Werner. O valor é
inferior até aos US$ 0,85 pagos no litoral da China e perde apenas para os US$ 0,46
do Vietnã e os US$ 0,28 de Bangladesh”.
(Elizângela Araújo)
(Didier Dominique)
América-Latina.
UM PROGRAMA MÍNIMO DE APOIO AOS TRABALHADORES
E TRABALHADORAS HAITIANOS
Araújo, Elizângela. Povo haitiano vive exploração econômica e repressão política. www.elac.org
Aquino, Rubim Santos Leão; Jesus, Nivaldo Freitas de Lemos, Oscar Guilherme Lopes P.C. História
das Sociedades Americanas, Editora Eu e Você Ltda, 1981.
James, C.L.R. .Os Jacobinos Negros, Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos,
Boitempo Editorial, 1ª ed. 2000.
LIT-QI – Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional . Declaração da LIT: Fora
as Tropas do Haiti;
_______Haiti: as mãos de Washington e Paris na queda de Aristide. www.litci.org.
_______O povo haitiano derrotou a fraude eleitoral;
_______No dia da visita , manifestações repudiam ocupação militar.
Neto, Eduardo Almeida . Bem vindos ao Haiti Rebelde!, www.litci.org;
____________________O povo haitiano vai resistir e vencer;
____________________A exploração e a arrogância imperial se repetem;
____________________Quem manda no Haiti são as Tropas da ONU;
____________________Batay Ouvriyè e perseguida pela Minustah e pelo Governo.
Pinaud, João Luiz Duboc e Bussinger Carvalho, Aderson. Haiti, das trevas à luz,
Documenta Histórica Editora, Rio de Janeiro, 2007.
Sites: www.litci.org;
www.adital.com.br; www.intermonoxfam.org;
www.andes.org.br www.pstu.org.br;
www.elac.org.br; www.wikipédia.org;
Filmografia:
“Fora as Tropas Brasileiras e Internacionais do Haiti” – Sindicato dos
Metalúrgicos de São José dos Campos – SP
“O que se passa no Haiti” - Youtube
Este material é uma elaboração do ILAESE.
Responsável: Sandra Fortes.
Contribuíram para a realização deste
material:
Franck Seguy, César Neto, Eduardo
Almeida, Júlio Condaque.