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E TUDO COMEÇOU COM UM CHAMADO PARA SERVIR A MESA

Chegou pelo correio um convite muito fino de um homem muito rico em sua casa. Ele
lhe convida para um jantar com um grupo seletíssimo de pessoas. Obvio você não
recusaria por nada um convite desses.
A sua disposição um jatinho para levá-lo a mansão desse tão refinado e rico senhor.
Se, você é um homem foi obviamente alugar um smoking, e comprar um sapato e
meias de qualidade. Ora, se você é mulher, alugou um vestido belíssimo, longo, foi
fazer suas unhas, cabelos, comprou ou alugou jóias belas e fez aquela maquiagem no
capricho!
Nossa a mansão é deslumbrante, jardins elegantes, uma fonte iluminada, pessoas
refinadas, bonitas, tudo o que poderia haver de fino e requintado num buffet.
À mesa, porcelas chinesas, talheres de prata de lei, taças de cristais, a mais fina tolha,
arranjos de flores belíssimos.
Você, está feliz, quem sabe um tanto deslumbrado(a) no meio de tanto requinte. Nota
que as pessoas disputam o lugar mais próximo à cabeceira da mesa, querem ficar
perto do anfitrião.
Ninguém quer mostrar fraqueza, então entabulam conversas inteligentes, todos
mostrando que são refinados e chiques. Afinal, estão ali.
O dono da festa não chega. Que demora, mas, a comida é de primeira. Caviar,
salmão... Isso a gente não come todo dia!
Bem a festa está animada. Hei, espera aí, não é o dono da festa trabalhando de
garçom? Pergunta alguém.
Você fica na sua. Rico é muito excêntrico, não vê o Michel Jackson? Sabe lá das
excentricidades desse?
Ih, ele está vindo bem em sua direção. É mesmo ele vai falar com você. Na mesa todo
mundo para, olham aquele momento. Talvez se perguntem quem é essa pessoa que
nosso anfitrião vai lhe dirigir a palavra entre tantos. Você fica encabulado(a), o que
será que ele vai dizer?
Ele se inclina para você, solicito, educado e sorrindo lhe diz: “Você poderia por favor
se levantar, vestir a roupa dos serviçais e me ajudar a servir a mesa?”
Qual será a sua resposta?
Bem, se você é um homem talvez se pergunte: Esse homem não sabe quem eu sou? Fiz
uma universidade, tenho um cargo X na empresa Y, será que ele não vê pela minha
roupa que sou alguém importante. Tenho um ótimo salário, sou um homem muito
inteligente. Quem esse homem pensa que eu sou para falar assim comigo?
Se você já é um ancião, talvez pense: Esse homem não respeita meus cabelos brancos e
tudo o que eu já fiz?
Não, é você minha querida: Ah, que absurdo! Só porque sou mulher ele pensa que vou
lavar pratos? Não sabe que sou uma mulher moderna? Independente. E minhas
unhas, meu vestido lindo, meu cabelo tão arrumado... Que homem desaforado!
Se você é jovem, talvez faça uma piada sarcástica.
Afinal, que resposta você daria ao anfitrião?
“E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.
E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm
autoridade sobre eles são chamados benfeitores.
Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e
quem governa como quem serve.
Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é
quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve”.
Lucas 22. 24-25
Jesus, o Senhor e Cristo enfatiza, eu estou entre vós como aquele que
serve! Pergunto-lhe mais uma vez: Que resposta você daria ao anfitrião da
festa?
Vivemos num mundo de competitividade, somos incentivados a sermos
sempre os melhores, a dominarmos os outros, a enfatizar nossas habilidades e
desprezar aqueles que “pensamos serem fracos”.
Levamos nossa sede de poder e controle para o Reino de Deus. Preste
atenção no texto, os discípulos disputavam entre eles quem era o maior. Quem
era o melhor discípulo, quem fazia mais obras, quem era mais inteligente,
quem ajudava mais Jesus, quem era o líder, quem era o que dizia as coisas
mais acertadas?
De outra feita a mãe de Tiago e João fez um pedido para que seus filhos
assentassem um a sua direita e outra a sua esquerda, causando uma grande
revolta entre o grupo.
Percebeu bem? Durante todo o tempo que eles estavam com Jesus,
vendo seus milagres, vendo sua Glória, havia entre os doze uma disputa
acirrada de quem era o melhor entre eles.
Seus olhos não estavam voltados para aquilo de que desfrutavam, ou
seja, estar com Jesus. Mas, na ambição de serem o mais proeminente entre si.
Como eles, somos nós! Não estamos satisfeitos em estar em Cristo,
queremos dominar a sua Igreja, queremos ser o foco das atenções, queremos
ser servidos. Lutamos por cargos, títulos, por influenciar as pessoas,
ridiculamente nos mostramos como se a Igreja fosse um palco cantando,
pregando, ensinando nas classes, orando farisaicamente com palavras bonitas,
enquanto nossa vida se encontra divorciada de Deus e longe do ato mais
profundo que um individuo pode fazer: tornar-se servo.
O servo no A.T quando desejava servir ao seu Senhor por amor e
pertencer a ele, ia até a porta da cidade, onde sua orelha era furada. Nunca
mais ele poderia se separar de seu Senhor. Aquela era uma posse definitiva.
Paulo usa a palavra doulos para falar de nossa condição de escravo
diante de Deus. Não nos pertencemos mais! Somos do Senhor!
O servo não tem nada de si.
O servo não tem vontade.
O servo não tem domínios.
O servo não tem vaidade.
O servo não questiona o Senhor.
O servo não busca cargos.
O servo não tem ódio.
O servo não é maior do que o outro.
Nem é maior do que o seu Senhor.

E como Cristo trouxe os apóstolos à realidade, hoje, ele nos traz a


realidade. Ele é o Senhor, mas, se fez homem, abandonando a sua Glória, se
tornou um homem pobre e morreu a morte mais infame, tudo por ser Servo.
Quem está assentado à mesa era muito importante e o é. O garçom é
apenas um serviçal. Mas, o Deus Eterno se despiu de toda a sua Glória e veio
servir aos homens.
Que contradição!
E nós relutamos em servir, queremos a todo instante ser servidos, pelos
irmãos e até mesmo por Deus. Quem aceita hoje a Vontade de Deus em sua
vida, ou antes, “determina” sua benção?
Nosso coração entrega-se determinadamente a vaidade de Lúcifer.
Queremos um trono para além das estrelas. Não queremos uma vida de dores e
experimentada em trabalhos.
Lutamos por coisas que perecem e as traças corroeem. E Deus não está
interessado em nenhuma delas. Para Deus não interessa seu cargo, sua
inteligência, seu dinheiro, sua casa bonita, seu tempo de Igreja, o titulo que
você ostenta...Para Ele a única coisa que interessa é se de coração, por amor,
você deixara furar a sua orelha e servi-lo eternamente.
O quanto você está disposto a abandonar de si mesmo para segui-lo e
como Ele servir a mesa, ser não os que comem e se embriagam, mas, ser entre
os seus irmãos aquele que serve.
Qual será a sua resposta ao anfitrião da belíssima festa?

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