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Caso seja aprovada a intenção de proteger um bem cultural ou natural, é expedida uma
Notificação ao seu proprietário. A partir desta Notificação o bem já se encontra
protegido legalmente, contra destruições ou descaracterizações, até que seja tomada a
decisão final. O processo termina com a inscrição no Livro Tombo e comunicação
formal aos proprietários.
Toda e qualquer obra pode ser reformada, no entanto, deverá ser previamente
aprovada pelo órgão que efetuou o tombamento. A aprovação depende do nível de
preservação do bem e está sempre vinculada à necessidade de serem mantidas as
características que justificaram o tombamento. A maioria dos órgãos de preservação
fornece gratuitamente orientação aos interessados em executar obras de conservação, ou
restauração em bens tombados.
Atualmente, pela ação do Ministério Público, qualquer cidadão pode impedir a
destruição ou descaracterização de um bem de interesse cultural ou natural, solicitando
apoio ao Promotor Público local. Ele está instruído a promover a preservação com
agilidade, acionando os órgãos responsáveis da União, Estado ou Município.
Património histórico pode ser um bem móvel, imóvel ou natural, que possua
valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, documental,
científico, social, espiritual ou ecológico. A preservação do património histórico teve
início como atividades sistemáticas no século XIX, após a Segunda Guerra Mundial e
Revolução Industrial, inicialmente para restaurar os Monumentos destruídos na guerra.
Na busca de sua identidade, o homem recorre, inicialmente, ao patrimônio
material no qual se inserem os bens edificados e os objetos que tiveram significado na
formação de nossa identidade cultural. Num segundo momento, busca-se o resgate do
intangível, o patrimônio imaterial, no qual se inserem as festas, as celebrações, os
lugares e os saberes que fazem parte de nossa formação cultural e que, de alguma
forma, encontram-se latentes no inconsciente coletivo. O resgate dessa história é
fundamental. As construções históricas que, no passado, tiveram momentos de glória na
vida das cidades e hoje se encontram abandonadas e em avançado processo de
deterioração precisam ser recuperadas, resgatando a cultura e preservando traços de uma
época.
Porem alguns autores como “Péricles Antônio Mattar de Oliveira” em seu texto
“Património histórico – Um bom negocio para todos” afirma que o resgate dessa
história é fundamental, porem não só sob o aspecto cultural como por sua função social,
permitindo, também, a possibilidade do estabelecimento de novos usos, sejam eles
comerciais ou residenciais. Antigos prédios comerciais que, no passado, abrigaram lojas
e escritórios, hoje podem ser utilizados como residências para a população de baixa
renda cumprindo, assim, uma importante função social e contribuindo para a redução do
déficit habitacional. Em todo o Brasil, vários edifícios de estações ferroviárias têm sido
restaurados para abrigar cafés culturais, cinemas, locais para exposição, salas de aulas
especializadas, bibliotecas, enfim uma gama enorme de possibilidades de uso. A
recuperação de praças históricas é outro bom exemplo de restauração, muitas vezes
ligada à iniciativa privada e com enorme retorno institucional.
São vários os pontos que torna interessante o Tombamento de um bem, seja
móvel ou imóvel, entre eles o mais importante o resgate de toda uma história, seja de
desenvolvimento ou de decadência, que devemos preservar para que algum dia alguém
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possa conhecer a nossa historia, não só por teoria, mas na pratica, vista com os próprios
olhos.
HISTORICO DE CARLINDA
O município de Carlinda foi criado através da lei Estadual n.º 6594, de 19 de
dezembro de 1994, de autoria dos deputados Leonildo Menin, Romoaldo Júnior e Jaime
Muraro. O primeiro prefeito eleito do município foi o Sr. Geraldo Ribeiro de Souza
tendo como vice Luiz Leite. O projeto de assentamento conjunto PAC – Carlinda foi
aprovado através do conselho de diretores do INCRA, pela resolução 21, no dia 24 de
fevereiro de 1981 e esta situado no município de alta Floresta, á margem esquerda do
rio Teles Pires e seus afluentes da margem esquerda. Os colonos seriam trazidos do sul
do Brasil, de “áreas sob pressão urbana”. A seleção seria feita dando prioridade a
agricultores aptos, com potencial para desenvolver a agricultura com técnica e que ainda
não fossem proprietários rurais. Com a vinda de colonos iniciou-se o que foi chamado
de 1.º e 2.º fase da distribuição de lotes. As primeiras famílias foram distribuídas em
113 lotes, ao longo da rodovia MT-208, também foi de 113 km a extensão de estradas
vicinais. O setor do núcleo da cidade ficou reservado para os comerciantes e
profissionais de outras áreas, que não agricultores, salvo aqueles que tivessem seus lotes
rurais próximos ao incipiente povoado. O Projeto de Assentamento Conjunto
CARLINDA, ocorreu numa parceria entre a Cooperativa Agrícola da Cotia juntamente
com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e aprovado através do
conselho de Diretores do INCRA, pela Resolução nº. 21 no dia 24 de fevereiro de 1981.
Bom, a principio o INCRA havia doado cinco lotes para que fossem
construídas as casas para os funcionários. Essas casas seriam construídas no
perímetro central da cidade, onde hoje se localiza o mercado Londrina, a
auto-escola Efatá, a casa do Sergio, a casa da professora Margarida e outro
lote ao lado, porem na época com a construção das escolas tornava-se
necessário construir casas para abrigar os professores, e essas casas
acabaram ficando pra eles.
O INCRA em acordo com a Cooperativa Agrícola cotia conseguiu três lotes
na Avenida Arapongas para construir as casas para seus funcionários.
A construção das três casas em 1985 atendia os servidores do INCRA, João
Pereira da Silva, Mário Braz, e Rômulo Degodoy Damaceno com suas
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respectivas famílias. Depois de alguns anos, as casas já estavam velhas o
Rômulo ao invés de reformar algo que não era seu, preferiu se mudar, eu fiz
uma reforma e mudei para a casa onde morei por seis anos com minha
família. Quando sai, a casa passou a funcionar como escritório que até
então se localizava na MT-208 fora da cidade.
Após a construção da cede própria do INCRA com recurso dos próprios
cidadãos carlindenses a casa ficou vazia e logo depois o Cuiabano se
mudou para lá, onde esta até hoje.
Esses lotes na verdade pertenciam a Cotia, uma vez que os lotes do INCRA
foram cedidos aos professores, portanto não são nem documentados, após a
falência da empresa Cotia, ficou tudo por isso mesmo. Os moradores das
casas hoje podem se considerar donos da propriedade em que moram.
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JUSTIFICATIVA
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ANEXOS
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As Três casas construídas para os funcionários do INCRA
Vista de lado
Vista de frente
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CASA 01 – Morador – João Pereira da Silva
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Entrevista ao primeiro prefeito de Carlinda Gestão 1996-2000 e 2000-2004 e
funcionário do órgão federal INCRA “Geraldo Ribeiro de Souza”
município de Carlinda?
5. O Sr. tem algum documento que comprove o porquê da construção dessas casas?
Ou fotos da época?
histórico de Carlinda?
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BIBLIOGRAFIA
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