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Além deste edifício construído nos anos 90, existe ainda uma outra casa
antiga, pensa-se que original do século XVI, onde foram instalados dois
apartamentos – equipados com kitchnette, com capacidade para quatro
pessoas –, uma alternativa confortável para casais que viajem com os
filhos e prefiram cozinhar as suas refeições. Reza a história que esta pequena habitação rural
pertenceu a Pêro Jacques, cruzado ou marinheiro, consoante as versões, a quem foi concedida
a propriedade agora explorada por Miguel Lino, um jovem lisboeta que fugiu do bulício e das
rotinas da cidade.
Ambos os edifícios dão acesso directo ao terraço em tijoleira de Santa Catarina, onde se
encontra a piscina e a esplanada. Daí usufrui-se de uma vista espantosa sobre a Serra de
Espinhaço de Cão e sobre o mar, sendo, por isso, o lugar mais apreciado para tomar o
pequeno-almoço, ou para testar os reconhecidos dotes culinários de D. Vitalina, especialista
em sabores e aromas algarvios.
Não há muito para fazer em Boliqueime além de desfrutar ao máximo do contacto com a
natureza. Maria Tereza ajuda-o a organizar passeios pedestres, de bicicleta e a cavalo pela
serra, mas, se preferir prazeres mais mundanos, poderá sempre dar um salto até às praias de
Vilamoura e Albufeira.
Apesar de já não vislumbrarmos por aqui aparições do ameaçado lince ibérico ou da águia-de-
bonelli, há muito mais para ver. Por entre raposas, coelhos, perdizes ou javalis, a avifauna é
riquíssima. Nas imediações poderá perder horas a admirar, entre outras tantas variadas
espécies, gaios, chapins, tentilhões, cucos, rouxinóis, melros, corujas e mochos. Longe da
confusão, deixe-se ficar por estas paragens, a ver as horas passar noite fora, até ao despertar
matinal do dono e senhor da capoeira, o garboso Galo Inácio, que anuncia a chegada de mais
um dia de sossego no campo.
estilo diferente de todas as descaracterizadas construções tel. 289 412 775. Preço por refeição a partir
da vizinhança. Uma vez lá dentro, sentimo-nos como que se de €20).
É um dos clássicos da boa restauração
estivéssemos em nossa casa, onde a decoração com um algarvia.
toque muito pessoal e intimista compõe o cenário. Na sala Peixe fresco, petiscos variados e pratos da
principal encontramos confortáveis e volumosos sofás a melhor caça são aqui servidos com especial
requinte.
rodear a lareira para aquecer as noites mais frescas, uma Praia do Garrão
comprida mesa de jantar, onde se pode deliciar com as Mesmo ao lado da badalada praia do Ancão,
criações gastronómicas da autoria de Ard – refira-se que a do Garrão esteve sempre um pouco à
margem do frenesida socialite que acorria –
o proprietário esteve durante longos anos ligado à e acorre – em massa ao areal vizinho. A
restauração tanto na Holanda, como no poucos metros de distância uma da outra, é
Algarve (nos tempos idos da década de evidente a diferença; de um lado sempre
70, o casal rendeu-se aos encantos da cheio de gente e de barcos à beira-mar
atracados e, do outro, espaço de sobra para
região e chegou a ter um restaurante- todos. Vale por isso mesmo.
bar nos Olhos de Água, Albufeira) – e
recantos ideais para leituras demoradas.
Um pretexto mais que válido para que tivessem reconstruído, a partir das
velhas ruínas de uma quinta, situada a apenas 2 km da Praia de
Odeceixe, uma unidade de turismo rural – a Casa Vicentina. Agora, não
obstante o trabalho, confessam, viver “como num sonho”.
Decorados por Fátima, os seis quartos da casa reflectem o seu gosto por
materiais naturais, tapeçarias e candeeiros marroquinos e pelos tons de
azul e amarelo (as cores do céu, do mar e do sol, que, na sua opinião,
atraem boas energias) e dispõem de varandas voltadas para o relvado e
para a piscina, esta última inserida num lago de maiores proporções,
colorido por nenúfares (por se situar no Parque Natural da Costa
Vicentina, a piscina é biológica, sendo o “tratamento” e limpeza das águas
efectuado pelas plantas do lago).
In Rotas e Destinos