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MARCAS DA ANTIGUIDADE
Na tentativa de perceber a origem dos jogos, através da análise de estudos realizados sobre os costumes dos
Índios Norte-Americanos, constatou-se que os Mayas jogavam, no séc. VII a.C., um jogo limitado por paredes,
a que chamavam de “Poktapok” (Gutman, 1988). No mesmo jogo, os topos dispunham de uma argola de pedra
colocada na posição vertical a determinada altura do solo, em que o objectivo era passar um objecto, em forma
ORIGEM DO JOGO
Massachussets é situada numa zona muito fria, como tal, a prática de desportos de ar livre era restrita a um
curto período de Verão. Tendo-se também notado a pouca predisposição dos alunos para os trabalhos de
ginásio, Dr. Luther Halsey Gulick, recomendou aos seus colaboradores que tentassem solucionar tais factos,
Coube então, a Naismith, estudar o problema, tendo como base a pesquisa sobre vários jogos.
I) a bola deveria ser grande e leve, de modo a que não pudesse ser escondida pelos jogadores;
III) devia ser um jogo que suscitasse o espírito colectivo, com poder emocional, e evitando a violência;
Posto isso, Naismith, definiu cinco princípios fundamentais, que estariam na base do primeiro regulamento do
jogo, e que de alguma forma, permitiu as condições para a criação e desenvolvimento de uma modalidade:
II) Os jogadores poderiam apoderar-se da bola em qualquer momento, deslocando-se pelo campo;
V) O alvo deveria estar na horizontal e de pequenas dimensões, privilegiando assim a precisão em detrimento
da força e da potência.
metros de altura.
college
EVOLUÇÃO DO JOGO
O jogo evoluiu ao longo dos tempos, salvaguardando sempre, no entanto, os cinco princípios fundamentais
Em seguida (quadro 1) apresentamos a cronologia de alguns momentos que consideramos marcantes para a
evolução do Basquetebol.
ANO ACONTECIMENTO
1936 Nos Jogos Olímpicos de Berlim, foi reconhecido como modalidade Olímpica
A evolução do jogo tem surgido, sempre acompanhada da evolução das regras, progressos técnicos dos
jogadores, treinadores e dos materiais, tendo sempre como objectivo, a melhoria do espectáculo desportivo
(Araújo, 1992).
Actualmente a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) gere o Basquetebol por todo o Mundo, sendo as
JOGO EM PORTUGAL
O basquetebol foi introduzido em Portugal, em 1913, através dos professores de Educação Física e dos
secretários do Colégio Internacional da Associação Cristã da Mocidade (ACM). É de destacar aqui o professor
Rodolf Horney, que deu a conhecer aos seus alunos, frequentadores do ginásio da ACM, o jogo, com uma
vertente recreativa.
Com a divulgação do jogo pelas associações do Porto, Coimbra e Lisboa, foi possível realizar a primeira
Tratando-se de um jogo de competição, foi aceite pelos clubes e escolas, que o incluíram nos seus programas
de cultura física.
Em 1927 foi fundada a Federação Portuguesa de Basquetebol (F.P.B.), tendo-se realizado em 1933 o primeiro
campeonato de Portugal.
Desde então, o Basquetebol português tem acompanhado a evolução do Basquetebol europeu, e tornou-se na
CARACTERIZAÇÃO DO JOGO
O Basquetebol é antes de tudo um Jogo desportivo (JD) (Teodorescu, 1984), e como tal influenciável pelos seus
vários conceitos.
O mesmo autor classifica o Basquetebol enquanto JD segundo vários critérios. Assim, o Basquetebol é um JD
por equipa, onde se verifica a intervenção directa da mão e com luta directa pela bola (Teodorescu, 1984).
Konzag (1991) enquadra o Basquetebol, ao nível dos JD, como Desporto de situação.
De acordo com Oliveira (1995) existem diversas formas de agrupar os diferentes elementos comuns ao
(1989), Araújo (1992), Bayer (1992) e Oliveira (1995) é a mais adequada e completa.
Sendo assim, os estudos e respectivos dados sugerem o agrupamento dos elementos comuns ao Basquetebol
em duas categorias:
I) Estrutura Formal;
A estrutura formal corresponde ao denominador comum a todos os jogos de Basquetebol (Oliveira, 1995). Para
o mesmo autor a estrutura funcional é constituída pelos elementos comuns, relativos às situações de jogo.
ESTRUTURA FORMAL
De acordo com Tavares (1996), para o ensino do Basquetebol na escola, importa transmitir aos alunos as
Os dados existentes sugerem a sistematização dos elementos comuns à Estrutura Formal nas seguintes
subcategorias (Teodorescu, 1984; Moreno, 1989; Araújo, 1992; Bayer, 1992; e Oliveira, 1995):
I) Campo;
II) Bola;
III) Pontos;
IV) Jogadores;
V) Regras.
CAMPO
“O campo de jogo é um espaço rectangular, estável e com todas as medidas e sinalizações perfeitamente
estabelecidas e determinadas e no qual se desenvolve a confrontação entre duas equipas, sendo como tal uma
BOLA
A bola é um “objecto esférico em torno da qual se desenrolam as acções fundamentais de jogo e seu
PONTOS
Segundo Tavares (1996), faz-se “através da introdução da bola no cesto adversário”, em que cada equipa
JOGADORES
Para coordenar e integrar os seus esforços no ataque e na defesa os jogadores têm de conhecer as suas
posições relativamente ao campo de jogo e aos seus colegas de equipa (Tavares, 1996). Deste modo, os
Objectivo do jogo
Um encontro de basquetebol disputa-se entre duas equipas de cinco jogadores cada, num campo preparado
O objectivo de cada equipa é introduzir a bola no cesto adversário e impedir a equipa adversária de se apossar
A bola é jogada com as mãos. Pode ser passada, lançada ou driblada em qualquer direcção, de acordo com as
regras do jogo. Bater a bola com o pé ou com a perna é considerado ”violação”, quando o gesto é feito
voluntariamente.
Campo e material
As dimensões do campo (figura 4) são de vinte e oito (28) por quinze (15) metros ou vinte e seis (26) por
A linha de lance livre está a quatro metros e sessenta (4,60m) do cesto. O círculo central tem um diâmetro de
A altura a que o cesto se encontra do chão é de três metros e cinco centímetros (3,05m). O diâmetro interior
Bola
material sintético. Deve ter de 75 a 80cm de circunferência. Deve pesar entre 600
a 650 gramas.
Equipas
Cada equipa é composta por doze (12) jogadores, cinco (5) em campo (um deles é o capitão) e sete (7)
jogadores substitutos.
O número de jogadores substitutos é variável e depende de regulamento aprovado pelo organismo que
promove os encontros.
Treinador
O treinador dirige a equipa, orienta e aconselha os jogadores durante os jogos sem entrar no campo. É o
Substituições
As substituições são solicitadas pelo jogador substituto e indicadas pelo marcador durante as paragens do jogo
Oficiais
II) 1 Marcador;
III) 1 Cronometrista;
IV) 1 Operador.
Os três (3) árbitros dirigem o encontro ao mesmo tempo assinalando as violações e as faltas, validando ou
anulando os cestos marcados por cada uma das equipas, apontando as penalidades e fazendo prosseguir o jogo
O marcador preenche no boletim de jogo os nomes e os números dos jogadores de cada equipa; os pontos
Duração
A duração da partida é de quarenta (40) minutos divididos em quatro (4) períodos de dez (10) minutos.
Sempre que o árbitro apita e após cesto convertido nos últimos dois (2) minutos do quarto (4.º) período há
paragem do cronómetro.
Uma equipa pode beneficiar de um (1) desconto de tempo, de um (1) minuto, em cada período.
Inicio do jogo
A bola é atirada ao ar entre dois (2) jogadores: no círculo central, no começo do jogo;
O cesto de campo conta 2 pontos e o cesto convertido, lançado para lá da linha dos seis metros e vinte cinco
(6,25m) conta três (3) pontos. O lance livre conta um (1) ponto.
Para que o cesto seja válido é preciso que a bola entre no cesto e saia por baixo.
Passos
Um jogador não pode correr com a bola nas mãos. Um jogador com a bola nas mãos não pode executar mais
do que dois (2) ”apoios” (contacto do pé com o solo) e deve “desembaraçar-se” da bola antes de executar o 3
terceiro apoio.
Marchar é uma violação. O árbitro faz recomeçar o jogo por reposição da bola em jogo na linha lateral por um
adversário.
Dribles
Quando um jogador quer progredir no campo com a bola pode driblar, isto é, pode fazer ressaltar a bola no
É proibido ao jogador: driblar com as duas mãos em contacto com a bola; fazer um segundo drible depois de,
Rotações
Um jogador que receber a bola quando está parado ou que pára legalmente pode ”rodar”. “Rodar” é deslocar
um pé à volta do outro mantendo este em contacto com o solo. O pé que está em contacto com o solo chama-
se pé-eixo.
Três segundos
Os “3 segundos” é uma violação para a equipa atacante e acontece quando um jogador permanecer mais de
A área restritiva é uma superfície limitada pela linha final, pela linha de lance livre e pelas linhas do corredor
Cinco segundos
Uma equipa dispõe de cinco (5) segundos para fazer as reposições da bola em jogo.
O jogador com bola, quando pressionado por um adversário apenas dispõe de cinco (5) segundos para
Oito segundos
A transição da equipa que ataca, do meio campo defensivo, para o meio campo ofensivo deve ser feita num
A equipa que ataca dispõe de vinte e quatro (24) segundos para lançar ao cesto adversário, fazendo-a tocar no
aro do cesto. Quando a bola contacta o aro do cesto recomeça uma nova contagem.
Falta pessoal
O árbitro assinalará falta pessoal ao jogador que provoque contacto pessoal com um adversário.
Um defensor comete falta pessoal quando agarra, empurra, carrega ou impede um adversário de se deslocar
Um atacante comete falta pessoal se provoca o contacto, com um defensor imóvel ou que defende
regularmente.
As faltas pessoais são penalizadas através da reposição da bola em jogo, pela linha mais próxima. Em caso da
falta ser cometida no acto de lançamento, é penalizada com dois (2) ou três (3) lances livres pelo sofredor da
falta, conforme a falta é feita dentro ou fora da linha dos 6,25m, respectivamente. Caso seja cometida no acto
de lançamento, e esse lançamento é convertido, o sofredor da falta tem apenas direito a um (1) lance livre.
Falta técnica
Falta técnica é uma falta assinalada pelo árbitro a qualquer jogador, substituto ou treinador, e que não
Falta anti-desportiva
Acontece quando um jogador comete a falta de uma forma voluntária, deliberada, ou tem qualquer conduta
anti-desportiva.
No entanto um jogador que cometa duas (2) faltas técnicas e/ou anti-desportivas pode ser eliminado do jogo
caso o árbitro assim o entenda. De realçar, no entanto, que o mesmo jogador pode ser substituído.
Faltas da equipa
Uma equipa que tenha cometido quatro (4) faltas num mesmo período, todas as faltas seguintes, à excepção
das cometidas no ataque, são penalizadas com dois (2) lances livres.
Lance livre
O lançador coloca-se atrás da linha de lance livre. Deve executar o lançamento em cinco (5) segundos podendo
Nenhum jogador pode entrar na área restritiva antes da bola ter saído da mão do lançador. O lançador só pode
passar para a frente da linha de lance livre após a bola ter contactado o aro.
Bola fora
A bola é considerada fora, quando toca o solo, uma pessoa ou um objecto que se encontra fora do campo ou
Depois da marcação de uma falta, o jogo recomeça através de um passe na linha mais próxima, o mais
próximo da infracção, à excepção de quando é lance livre (falta no acto de lançamento e após a quarta falta
Depois de uma violação, o jogo recomeça através de um passe na linha lateral, o mais próximo da infracção.
Após cesto convertido, a bola é reposta em jogo pela equipa que sofreu os últimos pontos, na linha final, em
qualquer ponto.
Em qualquer reposição da bola em jogo, a equipa tem apenas cinco (5) segundos para o fazer.
Bola presa
Considera-se bola presa quando pelo menos dois (2) jogadores adversários tiverem pelo menos uma (1) mão
sobre a bola, ficando esta presa. A bola é reposta em jogo por bola ao ar, no círculo mais próximo.
Um jogador atacante no meio campo ofensivo, não pode passar a bola para o meio campo defensivo.
Resultado final
A equipa que no final do encontro tenha marcado mais pontos ganha. Se as duas equipas têm o mesmo
Nesse caso para determinar um vencedor recorre-se a um ou mais prolongamentos de cinco (5) minutos,
SINAIS DE ARBITRAGEM
ESTRUTURA FUNCIONAL
A análise dos estudos sugere a sistematização da categoria Estrutura Funcional nas seguintes subcategorias
(Teodorescu, 1984; Moreno, 1989; Araújo, 1992; Bayer, 1992; e Oliveira, 1995):
I) Fases;
II) Princípios;
III) Formas;
IV) Factores.
FASES
Uma e outra fase são determinadas pela presença ou ausência da posse de bola. Assim, uma equipa está ao
Ataque quando tem a posse de bola, e está à Defesa quando a equipa adversária tem a posse de bola (Araújo,
1992)
PRINCÍPIOS
Os princípios operacionais constituem o ponto de partida, a base, pois representam a origem da acção, a regra
geral ou norma de acção respeitante ao comportamento e à coordenação das acções ao longo do ataque e da
Teodorescu (1984), Moreno (1989), Araújo (1992), Bayer (1992) e Oliveira (1995) sugerem os seguintes
I) Conservação da bola;
Teodorescu (1984), Moreno (1989), Araújo (1992), Bayer (1992) e Oliveira (1995) sugerem os seguintes
I) Recuperação da bola;
FORMAS
As formas caracterizam a estrutura da actividade dos jogadores nas diversas fases respeitando os princípios
Os diferentes princípios operacionais apresentam diferentes formas de organização. Por sua vez, as formas de
organização são traduzidas através dos diferentes elementos técnicos e tácticos que caracterizam o jogo de
Basquetebol.
Importa desde já, perceber alguns conceitos apresentados por Moreno (1989). Para o mesmo autor, “a técnica
constitui o factor ou parte essencial do jogo sobre o qual se elabora uma estrutura que permite um
funcionamento coordenado denominado táctica”. Moreno (1989) acrescenta que a partir desta dicotomia
elaboram-se os sistemas e modelos de jogo que determinam a análise teórica e o desenvolvimento prático do
jogo.
Nesta perspectiva os elementos que constituem o jogo agrupam-se em torno das seguintes perspectivas
(Moreno, 1988):
processo de interacção na qual intervêm diversos factores, cuja acção resulta do produto da cooperação
realizada perante uma oposição que muda, e não como a soma de acções individuais”.
Quer a cooperação, quer a oposição, verificam-se no ataque e na defesa, dado que os defensores colaboram
entre si para organizar a oposição ao ataque e os atacantes colaboram entre si para se oporem à defesa
(Moreno, 1989).
FACTORES
Os factores representam as possibilidades de comportamento dos jogadores (Queiroz, 1986); Moreno, 1988) ou
De seguida, apresentamos apenas os factores que na perspectiva de Teodorescu (1984), Moreno (1989),
II) Passar (sempre que se tem um companheiro mais próximo do cesto, ou com mais alternativas) ou driblar
HABILIDADES MOTORAS
ELEMENTOS TÉCNICOS
OFENSIVOS
- Posição-base ofensiva
- Pega da bola
- Drible de progressão
- Drible de protecção
- Passe de peito
- Passe picado
- Passe de ombro
- Recepção
- Paragem a 1 tempo
- Paragem a 2 tempos
- Rotações
- Lançamento em apoio
- Lançamento em suspensão
- Lançamento na passada
VOS
- Posição-base defensiva
- Deslocamentos defensivos
ELEMENTOS TÁCTICOS
OFENSIVOS
- Desmarcação
- Passe e corte
- Aclaramento
DEFENSIVOS
ESTRUTURAS TÁCTICAS
OFENSIVAS
- Contra-ataque
DEFENSIVAS
- Defesa Homem-a-Homem
POSIÇÃO-BASE OFENSIVA
Definição
Segundo Tavares (1996) é uma “atitude corporal que permite, quer ao atacante com bola, quer ao atacante
A Posição-base permite executar qualquer movimento, em qualquer direcção (Pais e Romão, 2003).
Segundo Araújo (1992) a posição referida anteriormente permite uma organização funcional dos diferentes
segmentos corporais com vista a qualquer acção ofensiva, independente da “direcção” desejada. Tavares
(1996) acrescenta que é fundamental a aprendizagem de tal atitude corporal, pois a mesma serve de base a
De acordo com Adelino (1994) o ensino de tal conteúdo é por vezes esquecido, no entanto, o mesmo autor
justifica a sua importância, referindo que se trata de uma “condição indispensável para que o atacante possa
Determinantes técnicas
Pés afastados
ERROS CORRECÇÕES
Afastar os pés
Pés demasiados juntos
Alargar a base de sustentação
Pernas pouco flectidas Indicar ao aluno para se colocar numa posição mais baixa
Definição
De acordo com Tavares (1996) a posição de tripla ameaça está relacionada com a Posição-base ofensiva, que
Considerações gerais
Sendo assim, “a posição de tripla ameaça caracteriza-se por um enquadramento com o cesto e
consequentemente permitir ao jogador com bola tomar uma das seguintes decisões: I) lançar, II) passar; ou
III) driblar” (Araújo, 1992). O mesmo autor acrescenta que a posição referida anteriormente permite uma
organização funcional dos diferentes segmentos corporais com vista a qualquer acção ofensiva, independente
da acção desejada.
Determinantes técnicas
Em seguida (quadro 4) podemos constatar os erros mais comuns no que respeita à posição de tripla ameaça.
ERROS CORRECÇÕES
Bola demasiado baixa Pega da bola acima da cintura, numa posição que permita lançar
PEGA DA BOLA
Definição
Segundo Araújo (1992) a pega da bola é o elemento chave, sem o qual os outros elementos não poderiam ser
desenvolvidos. Sendo assim, para o mesmo autor, segurar a bola significa envolvê-la e dominá-la nas melhores
condições.
Considerações gerais
A pega da bola é um fundamento importante do jogo, dado que o domínio da bola é fundamental em todas as
situações de jogo, manifestando-se no agarrar, no passar, no lançar e no driblar (Tavares, 1996). O mesmo
autor refere que o contacto da bola com as mãos deverá ser amplo e sentido, permitindo uma aderência
Determinantes técnicas
próximos
Seguidamente apresentamos os erros mais comuns verificados pelos iniciantes na pega da bola, bem como
ERROS CORRECÇÕES
DRIBLE
Definição
De acordo com Azevedo e outros (2002) “é a acção que permite ao jogador, através de movimentos sucessivos
na bola em direcção ao solo, manter a sua posse, com uma ou outra mão”.
Considerações gerais
Adelino (1994) chama a atenção para a necessidade do professor transmitir ao aprendiz que o drible é um
movimento activo, intencional e por si comandado, ou seja, que é preciso “empurrar” a bola para o solo com
energia, reduzindo deste modo o tempo em que ela está fora do contacto com a mão do jogador.
Araújo (1992), e Tavares (1996), identificaram alguns momentos que justificam a utilização do drible, dos
quais destacamos: I) saídas em contra-ataque; II) penetrar para o cesto; III) abrir linhas de passe; IV)
garantir a posse de bola; V) progredir para o cesto sempre que não exista um companheiro melhor colocado.
Ainda de acordo com Tavares (1996), na aprendizagem do drible devemos ter em atenção os seguintes
aspectos: I) exercitar com variações de ritmo; II) exercitar com paragens e arranques; III) alternância do
trabalho de mãos com a movimentação dos pés; IV) praticar o drible com as duas mãos.
Determinantes técnicas
solo
ERROS CORRECÇÕES
Bater na bola com as palmas das mãos Sentir a bola com os dedos
Tipos
De acordo com a finalidade que pretendemos alcançar, consideramos importante adaptar o tipo de drible a
utilizar, por forma a ter eficiência na acção técnica pretendida. De realçar aqui ao expresso por Adelino (1994),
em que o mesmo não deve ser usado em excesso, ou seja, realizado apenas quando necessário.
DRIBLE DE PROTECÇÃO
O drible de protecção consiste em adaptar a técnica de execução do drible de forma a dificultar a intervenção
Segundo Costa (2002), o mesmo é usado quando um adversário está demasiado próximo e tentando roubar a
bola.
Determinantes técnicas
bola e o defesa
DRIBLE DE PROGRESSÃO
“O drible de progressão é usado quando não existe adversário nem companheiro de equipa na progressão em
Determinantes técnicas
MUDANÇA DE DIRECÇÃO
Definição
“Elemento técnico utilizado para ganhar uma vantagem face ao defesa, e utiliza-se principalmente para o tentar
Considerações gerais
A mudança de direcção permite, entre outras, ultrapassar o adversário criando penetrações na defesa e o
Segundo Adelino (1994), a mudança de direcção deve ser usada num momento oportuno em que por uma
razão objectiva, é necessário alterar a direcção da sua progressão em drible, e nunca como um mero momento
de recreio ou de exibicionismo. O mesmo autor acrescenta que uma mudança de direcção, implica sempre uma
mudança de velocidade.
ERROS CORRECÇÕES
Tipos
Tal como referido anteriormente, é importante ter sempre em atenção a racionalidade dos gestos.
Determinantes técnicas
tronco)
Drible baixo
Determinantes técnicas
adversário
inversão
Determinantes técnicas
Determinantes técnicas
Atraso da bola
PASSE
Definição
“Elemento técnico, que traduz de forma mais objectiva a comunicação entre dois jogadores da mesma equipa”
(Adelino, 1994).
Considerações gerais
“Corresponde à manifestação extrema do colectivismo de um jogo e tem como objectivo a colocação da bola
num companheiro que se encontre em melhor posição” (Adelino, 1994). Para o mesmo autor a qualidade
essencial que se pretende num passe é a sua eficácia, ou seja, chegar nas melhores condições ao jogador que a
recebe.
Tavares (1996) evidencia algumas razões que justificam a importância do passe, das quais salientamos: I)
técnica ofensiva realizada mais vezes num jogo; II) técnica que estabelece comunicação entre os jogadores;
III) permite dar o ritmo adequado às acções ofensivas do ataque posicional; e IV) permite criar ruptura na
Sendo assim os objectivos do passe (Tavares, 1996) são: I) fazer progredir a bola no campo o mais rápido
possível; II) obter melhores posições no campo; III) ganhar posições de lançamento.
Tavares refere que os princípios gerais da execução do passe são: I) precisão; II) rapidez; III) fintar antes de
passar.
Determinantes técnicas
Força adequada
ERROS CORRECÇÕES
Tipos
Existe uma grande variedade de passes, dependendo da forma como cada jogador consegue encontrar
respostas novas a situações de jogo que se modificam constantemente (Tavares, 1996). Seguidamente
PASSE DE PEITO
Determinantes técnicas
PASSE PICADO
É um passe que se realiza geralmente quando há um opositor entre o possuidor da bola e um colega de equipa,
Determinantes técnicas
Polegares a apontar para dentro e para baixo Figura 28. Passe picado
Trata-se de uma passe utilizado geralmente perante pressão de um adversário (Tavares, 1996).
Determinantes técnicas
RECEPÇÃO
Definição
“Elemento que permite a concretização da comunicação entre dois jogadores, e serve de ponto inicial aos
Considerações gerais
“Todo o jogador sem bola de uma equipa ao ataque, é sempre um potencial receptor de um passe, pelo que se
deve comportar como tal, nomeadamente tendo a bola sempre dentro do seu campo de visão” (Adelino, 1994).
Determinantes técnicas
Ir ao encontro da bola
ERROS CORRECÇÕES
PARAGENS
Definição
De acordo com Araújo (1992) é o elemento técnico que permite adquirir a posição fundamental para melhorar a
Considerações gerais
As mesmas acontecem após recepção ou drible e é fundamental que seja realizada em boas condições,
paragem, a atitude corporal final do jogador tem de corresponder aquela que definimos como Posição-base
ofensiva.
ERROS CORRECÇÕES
Tipos
Genericamente podemos falar de dois tipos de paragens, a paragem a um tempo, e a paragem a dois tempos.
PARAGEM A UM TEMPO
Realiza-se quando se apoiam os dois pés no solo ao mesmo tempo, através de um pequeno salto, e quando a
corrida é moderada, e permite que qualquer pé, possa ser utilizado como pé eixo (Araújo, 1992).
Determinantes técnicas
Pés paralelos
Pernas semi-flectidas
Realiza-se quando a velocidade é superior, e caracteriza-se por se apoiar primeiro um pé e depois outro.
Determinantes técnicas
Rotações
(Figura37Rotações)
Definição
“É a faculdade do jogador possuidor da bola deslocar o mesmo pé uma ou mais vezes em qualquer direcção,
conservando o outro pé, chamado pé eixo, no seu ponto de contacto com o solo” (Tavares, 1996).
Considerações gerais
Importa entender que as finalidades de uma rotação podem ser várias (Araújo, 1992), destacando-se: I)
enquadramento com o cesto; II) melhorar a linha de passe; III) arranque em drible; todas elas realizadas com
o objectivo comum de proteger a bola do adversário para desencadear depois uma acção ofensiva.
Tipos
Existem dois tipos de rotação, para a frente e para trás apresentando no entanto as mesmas características
semelhantes, pelo que em seguida as determinantes técnicas apresentadas caracterizam tanto uma como a
outra.
Determinantes técnicas
Determinantes técnicas
ERROS CORRECÇÕES
ARRANQUE EM DRIBLE
Definição
Segundo Araújo (1992) é o elemento técnico, que permite, após recepção da bola, entrar em drible.
Considerações gerais
Após recepção da bola e paragem, o jogador com bola que decide entrar em drible, deve ter sempre em
atenção os aspectos regulamentares, nomeadamente que o drible deve ser executado antes que o pé de apoio
Adelino (1994) realça a importância de entrar em drible para o lado da perna mais avançada do defesa, uma
vez que esse lado constitui o lado mais vulnerável do defesa, tendo necessariamente o aluno de dominar dois
Tipos
Determinantes técnicas
Determinantes técnicas
ERROS CORRECÇÕES
LANÇAMENTOS
Definição
Elemento técnico que permite directamente cumprir o objectivo do jogo de basquetebol, marcar pontos
(Tavares, 1996).
Considerações gerais
O lançamento ao cesto é o elemento mais importante do basquetebol, constituindo a finalidade última de todas
as acções, individuais ou colectivas, de uma equipa com a posse da bola (Tavares, 1996). No fundo, o
lançamento ao cesto é a verdadeira razão de ser de todos os outros elementos técnicos do basquetebol
(Adelino, 1994).
Determinantes técnicas
Concentração no cesto
Movimento desencadeado a partir das pontas dos pés e terminando na extensão dos dedos
impulsionadores
Tipos
Lançamento em apoio
Utilizado pelos jogadores, em especial quando se encontram na linha de lance livre, no entanto, na iniciação,
representa um pré-requisito ao lançamento em suspensão, visto serem muito semelhantes (Araújo, 1992).
Determinantes técnicas
Impulsão vertical
impulsionadora da bola
ERROS CORRECÇÕES
Lançamento em suspensão
Para Araújo (1992) é o lançamento mais frequente num jogo de basquetebol, e pode ser realizado de “todas”
Determinantes técnicas
Impulsão vertical
impulsionadora da bola
ERROS CORRECÇÕES
É usado sempre que um jogador consegue penetrar para o cesto “indo até ao fim” (Araújo, 1992).
Determinantes técnicas
direcção ao cesto
ERROS CORRECÇÕES
A defesa constitui uma parte integrante do jogo de basquetebol. Tal como o ataque, a mesma apresenta
objectivos claramente definidos. Segundo Adelino (1994), os objectivos da defesa são: I) impedir que a
equipa sofra cestos; II) Recuperar a posse de bola para que a equipa possa tentar de novo a concretização
do lançamento.
POSIÇÃO-BASE DEFENSIVA
Definição
De acordo com Tavares (1996) é a “atitude corporal que permite, quer ao defesa do atacante com bola, quer
Considerações gerais
De acordo com Costa (2002) à perda da posse de bola, o jogador deve assumir imediatamente uma atitude
defensiva recuando sempre sem perder de vista a bola e procurando rapidamente o seu adversário directo.
Determinantes técnicas
Cabeça levantada
ERROS CORRECÇÕES
DESLOCAMENTOS DEFENSIVOS
Definição
Movimento do defesa ao jogador com bola, que permite acompanhá-lo de forma eficaz (Araújo, 1992).
Considerações gerais
O movimento do defesa do jogador em drible, deve ser um movimento deslizante (Adelino, 1994). Para o
mesmo autor, tal elemento técnico, tem sempre como base a Posição-base defensiva e deve procurar manter-
Determinantes técnicas
Passos enérgicos
ERROS CORRECÇÕES
ELEMENTOS TÁCTICOS
Segundo Adelino (1994) a “comunicação” entre os jogadores, quer no ataque, quer na defesa, é interpretada
no sentido do condicionamento das acções dos mesmos, a fim de se poder adequar os movimentos realizados,
Os jogadores devem fazer uma ocupação racional do espaço, em largura e profundidade, evitando jogar a
menos de dois metros dos outros colegas de equipa (em especial do jogador com bola), para poderem criar
situações de finalização.
Jogo 3×3
As posições de cada atleta não devem ser entendidas como fixas, devendo haver permutas, através de cortes e
respectivas reposições, no sentido de criarem situações favoráveis de finalização. Esta dinâmica permite
Figura 52.
Jogo
de ter um alvo elevado e por ser um jogo rápido, sem contactos corporais.
No que diz respeito aos comportamentos motores demonstrados pelos atletas numa fase inicial, podemos
observar:
_ Grande dificuldade em compreender as regras básicas do jogo (grande número de contactos corporais,
_ Dificuldades no domínio da bola, habituais a quem exibe comportamentos motores primários como, correr,
saltar, receber e lançar, havendo por isso um nítido desenquadramento com o cesto;
_ Dificuldades em desenvolver o jogo colectivo, pois os atletas jogam com eles próprios;
_ Os atletas desfazem-se muito rapidamente da bola, antes de encontrarem a melhor linha de passe;
Para evitar esta situação, há que recorrer a determinadas estratégias para clarificação e percepção do espírito
do jogo:
A “comunicação” dos jogadores de uma equipa no ataque tem de se revelar logo a partir das próprias posições
relativas que eles assumem (zonas do campo ocupadas, distância entre si, orientação do corpo face à bola e ao
cesto), bem como na conjugação dos objectivos diferentes que cada um procura realizar, embora concorrendo
Quando a equipa tem a posse de bola, os jogadores sem bola, devem movimentar-se rapidamente para novos
espaços, livres de adversários para assim abrirem mais linhas de passe ofensivo e poderem criar situações
DESMARCAÇÃO
Definição
Considerações gerais
(2002), o atacante sem bola tem de ter a iniciativa tentando criar uma
Tavares (1996) afirma que o jogador para se desmarcar deverá solucionar os seguintes problemas: I) de
atitude e colocação (ver para conceber e boa percepção do campo de jogo); II) manobrar os adversários (abrir
PASSE E CORTE
Definição
Trata-se de uma movimentação, após passe a um companheiro de equipa, com que se procura em receber a
Considerações gerais
jogo.
O defesa do jogador atacante sem bola deve dificultar ou impedir a recepção da bola. Deverá sobremarca-lo
assumindo uma posição que permita ver simultaneamente, a bola e o atacante (Pais e Romão, 1999). Costa e
Costa (2003) sublinham ainda que para tal devem utilizar principalmente a mão e o braço.
ESTRUTURAS TÁCTICAS
propriamente o contra-ataque.
CONTRA-ATAQUE
Definição
“Primeira das formas que uma equipa tem ao seu dispor, quando se encontra na fase de ataque, para alcançar
Considerações gerais
Tavares (1996) refere que o contra-ataque pode iniciar-se a partir de várias situações de jogo, mas a mais
Segundo Adelino (1994), após recuperação de bola, os jogadores atacantes devem organizar-se, de forma a
tentarem uma situação de lançamento ao cesto, procurando fazê-lo com alguma vantagem em relação à defesa
Costa e Costa (2003) chamam atenção para os seguintes princípios orientadores do contra-ataque: I) após
ressalto ou recuperação de bola, rodar para a linha lateral mais próxima; II) realizar o primeiro passe para
alinha lateral; III) bola conduzida pelo corredor central; IV) ocupação dos corredores laterais; V) movimentação
Definição
“Sistema defensivo básico, em que cada defensor é responsável por marcar um adversário directo” (Araújo,
1992).
Considerações gerais
No sistema defensivo Homem a Homem, que tem como base os princípios da defesa individual, o defensor deve
marcar o adversário em relação à bola, havendo no entanto, um predomínio da sua acção, dirigido ao jogador
Para Tavares (1996) a defesa tem que ter em conta: I) a bola (cada jogador deve saber onde se encontra a
bola); II) a posição (posição que cada defensor ocupa relativamente à bola e seu adversário; e III) jogador (se
De acordo com Adelino (1994) após perda da bola, em recuperação defensiva, os jogadores da equipa que
defende devem: I) recuperar defensivamente sem nunca perder de vista a bola; e II) manterem-se sempre
O mesmo autor refere que após evitada a transposição defesa-ataque e ataque rápido, os defensores devem: I)
procurar o seu adversário directo; II) respeitar os princípios de marcação aos jogadores com cola e sem bola.