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MERCADO DE AÇÕES

ANÁLISE TÉCNICA

Por

INVESTSHOP
TEORIA DE DOW

A teoria de Dow tem sua origem no final do século XIX com um estudo feito
por Charles H. Dow, então, editor do The Wall Street Journal. Neste estudo, o
autor procurava compreender o comportamento dos preços e seus
movimentos. A idéia central era avaliar o comportamento médio de um grupo
de ações, assumindo a premissa de que este poderia refletir os fundamentos da
economia e não estaria sujeito a manipulações. Após sua morte, o estudo foi
concluído por William P. Hamilton e estendido para a avaliação de ações
individuais e commodities. Segundo Dow, os diferentes graus de
conhecimento da informação, entre os investidores, faz com que os preços
movam-se em tendências. Os detentores da informações privilegiadas insiders,
usam-se dessa, para formar posições antes que os demais participantes. Os
analistas e investidores out siders, apesar de atualizados, estão por fora da
informação privilegiada e procuram formar suas posições, tão cedo quanto as
condições permitam com certa segurança. Os out out siders só dispõe da
informação quando esta é de domínio público, normalmente, os últimos a
entrarem e saírem de suas posições. Os diferentes tempos de entrada "timing"
faz com que os preços se ajustem ao conteúdo de informação disponível em
um processo e com isso formam a tendência. O processo de difusão da
informação se dá em fases e estas são caracterizadas pelos tipos de agentes
que participam. Nos movimentos de alta:
1-A acumulação é a fase que os agentes insiders, detentores da informação
privilegiada formam suas posições, mantendo a informação relevante em
sigilo;
2- Alta sensível, nesta fase a informação não é mais mantida em sigilo e
começa a circular como "boato". Os profissionais do mercado começam a
formar suas posições fazendo os preços subirem lentamente;
3- A euforia é a última fase na alta e reflete a entrada dos agentes com a
informação de pior qualidadede, neste momento, o sentimento que impera é
que só um tolo não investiria seus recursos naquela ação ou commotity.
Após cumprida as fases que compõe a alta, os preços estabilizam-se e começa
uma nova fase de acumulação ou uma distribuição.
Nos movimentos de queda as fases são:
1- a distribuição é a fase que os agentes insiders, detentores da informação
privilegiada formam suas posições, mantendo a informação relevante em
sigilo;
2- a sinalização de baixa coresponde a fase que os profissionais de mercado
vendem suas posições, reduzindo o risco da carteira;
3- o pânico é a última fase e da baixa e o efeito da tentativa dos out siders se
desfazerem de suas posições "a qualquer preço",para reduzir suas perdas.
Após terminado o período crítico, os preços movem-se lentamente até
encontrar uma sustentação e iniciar uma nova fase de amulação ou

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distribuição.
A diferença no grau de conhecimento da informação e o seu processo de
difusão permitem a formação de tendências, e estas permanecerão enquanto os
fundamentos não se alterarem. Então, identificar a direção e a extensão do
movimento é o passo inicial para o estudo gráfico. Segundo Dow, as
tendências são classificadas pela direção: alta, baixa ou lado; e pela duração:
primárias, secundárias e terciárias. O traçado das linhas de tendência é a chave
para identificar a direção e a extensão do movimento. O que caracteriza a
direção de alta é uma sucessão de topos e fundos em uma escala crescente,
isso mostra que os preços encontram menor resistência a subida. Neste tipo de
movimento, o mercado costuma potencializar todas informações "altistas" e
desprezar as "baixistas".

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PREMISSAS:

1. A ação do mercado desconta tudo

Esta afirmação é a pedra fundamental da análise técnica. A não ser que seu
significado completo seja perfeitamente entendido e aceito, nada do que
vem depois faz muito sentido. O técnico acredita que tudo que possa vir a
afetar a ação de mercado de uma ação ou de uma "commodity", seja algo
fundamentalista, político, psicológico etc. está já refletido no preço corrente
do ativo. O que quer dizer que a única coisa que interessa é estudar o
comportamento desse preço.

No fundo, o que se quer dizer é que os preços das ações deveriam refletir
as mudanças que ocorrerem na oferta e na procura, subindo ou descendo
conforme o que esteja predominando.

Este é ponto central de toda previsão econômica e fundamentalista, e o


pensamento da análise técnica é exatamente de que são as forças
subjacentes de oferta e procura que provocam os movimentos do mercado.
E isto é refletido nos gráficos.

Por isso, a afirmação dos grafistas de que não se preocupam com os


motivos das altas e das baixas, não é tão simplória como parece; é a lógica
desta primeira premissa: a ação do mercado desconta tudo.

Assim, basta estudar os mercados e deixá-los apontar qual a próxima


tendência.

Não se trata de tentar ser mais esperto ou puramente adivinhar e sim de


estudar todo um elenco de ferramentas técnicas que permite um estudo
racional das tendências.

O analista técnico sabe que existem razões para a alta ou a baixa, mas não
acredita que conhecer estas razões seja necessário em seu trabalho.

2. Os preços se movem em tendências

Este é um outro ponto essencial à análise técnica: o conceito de tendência.


Sem acreditar nele, não adianta prosseguir, pois justamente o propósito da
análise técnica é identificar as tendências nos seus primeiros estágios, para
recomendar operações que se beneficiem dessas tendências.

Há um corolário à premissa de que os preços se movem em tendências:


uma tendência em curso tem maiores possibilidades de continuar do que de
reverter, exatamente como enuncia o princípio da inércia, estabelecido por
Isaac Newton. Poderíamos também dizer ue uma tendência continuará na
mesma direção até que reverta. Parece uma coisa óbvia, mas a tarefa da
análise técnica é identificar a existência de uma tendência e perceber os
sinais de sua reversão.

3. A história se repete

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Muito da matéria intrínseca da análise técnica e do estudo da ação dos
mercados se relaciona com o estudo da psicologia humana.

Os padrões dos gráficos, por exemplo, que foram identificados e


classificados nos últimos cento e poucos anos, refletem quadros revelando a
psicologia altista ou baixista dos mercados.

Uma vez que esses padrões funcionaram, bem no passado, assume-se que
continuarão funcionando bem no futuro.

A psicologia humana não se altera com o passar do tempo e daí se concluir


por esta terceira premissa: o futuro nada mais é do que a repetição do
passado.

TIPOS DE GRÁFICOS

O gráfico mais utilizado é o gráfico de barras, onde para cada período é


traçada uma barra vertical com a máxima, a mínima, a abertura( um tic
para a esquerda) e a última (um tic para a direita). O gráfico pode ser
intraday (de 5 minutos, 15, 60 etc.), diário, semanal e outros períodos e,
geralmente, a escala de preços é logarítmica, para que iguais distâncias no
gráfico representem iguais percentagens. Também é comum associar uma
barra do mesmo período com o volume negociado, referido a uma outra
escala que fica na parte de baixo do gráfico.

Quando se acompanha mercados de commodities ou futuros, o volume é


acompanhado de informação a respeito do número de contratos em aberto
do futuro observado.

Uma simplificação do gráfico de barras é o gráfico de linhas, onde apenas o


último preço ou fechamento é plotado, unindo-se cotações dos sucessivos
períodos por uma linha. A análise de ambos os gráficos é semelhante.

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Uma variante do gráfico de barras é o gráfico de velas japonesas ou candles
ou candlesticks, onde o espaço entre a abertura e o fechamento é
representado por um paralelograma ou corpo, um pouco mais largo que a
barra simples e que é branco ou transparente em caso de alta (fechamento
acima da abertura) ou escuro em caso de baixa (fechamento mais baixo
que a abertura), enquanto continuam marcadas a máxima e a mínima por
linhas mais finas ou sombras. A análise aqui é diferente, concentrando-se
em formações de curto prazo de 2 ou 3 pregões que sinalizam o predomínio
temporário da oferta ou da demanda.

Ainda cabe ressaltar o gráfico de ponto-e-figura onde a ação do mercado é


mostrada de forma mais compacta, focalizando as alternâncias entre
movimentos de alta (sinalizados por cruzinhas em colunas de um papel
quadriculado) e de baixa (zeros em colunas do mesmo papel); para a

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continuação de um movimento, basta que se alcance o próximo valor,
enquanto que, para mudar de coluna, há necessidade de um movimento na
tendência inversa de valor pelo menos igual a 3 quadradinhos (na versão
mais popular do sistema, o ponto-triplo). Os movimentos inferiores aos
citados simplesmente são ignorados, o que a compactação do gráfico. A
análise é semelhante a do gráfico de barras, com destaque para
suportes&resistências e linhas de tendências.

A MECÂNICA DO MERCADO

Partindo da teoria estabelecida por Charles H. Dow ( o Dow do Dow Jones),


no final do século 19, hoje é universalmente aceito que os mercados têm
normalmente quatro fases distintas:

A acumulação, quando existe um equilíbrio entre demanda e oferta, um


movimento lateral dos preços; a alta, quando a maioria do mercado passa a
demandar o ativo; a distribuição, que é o final da alta e o início da baixa,
quando de novo existe um equilíbrio e finalmente a baixa, onde
evidentemente a maioria do mercado está vendendo o ativo.

Justamente o objetivo da análise técnica é localizar essas fases e até


antecipar a sua eventual ocorrência, através dos padrões gráficos que cada
uma dessas fases mostrou, ao longo dos tempos, como impressões digitais
de sua presença.

Nas décadas de 1930 a 1940, R. N. Elliott lançou sua teoria das Ondas, que
não difere muito da essência dos princípios de Dow, mas que definiu os
Ciclos do mercado como sendo composto de dois conjuntos de ondas: um
conjunto de cinco ondas (alta) e outro de três ondas (baixa).

Em ambos, alternam-se movimentos de alta e de baixa, sendo que no


primeiro conjunto as ondas 1,3 e 5 são de alta e as ondas 2 e 4 de baixa ou
correções. No segundo conjunto, as ondas a e c são de baixa e a onda b é
um repique de alta. Além disso, as ondas podem se subdividir, seguindo o
mesmo esquema. Elliott formulou vários teoremas e premissas para
permitir a complexa tarefa de fazer a contagem e encontrou a Série de
Fibonacci como base matemática para suas teorias.

Nessa série, cada elemento é igual à soma dos dois anteriores


(0,1,2,3,5,8,13…) e muitos fenômenos da Natureza a seguem. Embora de
difícil utilização, a teoria de Elliott tem excelente aplicação na localização
das fases dos ciclos de mercado e permite muitas vezes miraculosas
projeções de preços.

SUPORTE E RESISTÊNCIA

Os preços seguem tendências, mas não são linhas retas e sim zig-zags
numa determinada direção. Os picos desses zig-zags são chamados de
pontos de resistência e os fundos são os pontos de suporte, ambos
representando uma espécie de pausa dentro do movimento principal.

Numa alta, tais pontos devem ser superiores aos anteriores e numa baixa,

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inferiores. Justamente qualquer falha em seguir esse padrão de contínua
superação desses pontos serve como aviso de que as coisas estão para
mudar.

A experiência da observação mostrou que sempre que um nível de suporte


ou de resistência é penetrado de forma significativa, ele inverte o seu papel
e torna-se o seu contrário, ou seja, um nível de suporte se torna uma
resistência e vice-versa.

Também foi observado que quanto mais longo é o período em que os preços
permanecem num nível de suporte ou resistência, mais significativa essa
área se torna; também tem importância a ocorrência de grandes volumes
de negócios nesses níveis.

A união de pontos de suporte e/ou resistência é que formam as linhas de


tendência (de suporte e de resistência) que guiam o analista no exame dos
gráficos. Aqui também, quando mais duram, quanto mais são testadas,
mais válidas essas linhas. Igualmente, se penetradas, essas linhas têm o
seu papel invertido.

As linhas de suporte e de resistência costumam formar canais de alta ou de


baixa, muitas vezes com essas linhas em paralelo.

Nas tendências, muitos padrões se formam, geralmente indicando reversão


ou continuação dos movimentos, com as exceções habituais que confirmam
as regras.

PADRÕES DE REVERSÃO

Os padrões de reversão são formações gráficas que, segundo a observação


de milhares de gráficos de milhares de mercados, sinalizam a reversão de
uma tendência que vinha prevalecendo, geralmente pela quebra de alguma
importante linha de tendência.

Os padrões mais conhecidos são ombro-cabeça-ombro, topos duplos e o


padrão em V. Para reverter uma baixa, o volume de negócios é muito
importante como confirmador do padrão.

Ombro-cabeça-ombro (o-c-o) como indica o nome, é uma formação com


três picos, o do meio ou cabeça sendo o mais alto, que é a forma mais
clássica de encerramento e reversão de uma tendência de alta (ou de baixa,
no caso de o-c-o invertida, com três fundos, o do meio sendo o mais
fundo); a reversão se caracteriza quando é penetrada uma linha de
tendência que liga os pontos entre um ombro e a cabeça ("vales") e que se
chama "linha de pescoço". Quando isso ocorre, o mercado geralmente
reverte pelo menos até uma distancia igual à que vai da cabeça até a linha
de pescoço e a partir dessa linha.

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Os topos (ou fundos) duplos são quase tão freqüentes quanto o-c-o e
parecem com um "M" quando no fim de uma alta, ou com um "W" no fim de
uma baixa; suas características são inclusive parecidas com o-c-o, pois a
reversão é localizada quando a linha de pescoço, que aqui fica no nível do
ponto intermediário entre os topos ou fundos, é cortada de maneira
significativa. A fórmula de medida mínima para a reversão, é a distancia
entre os topos/fundos e a linha de pescoço, a partir desta.

Quando uma tendência tem grande aceleração, ocorre não haver tempo
para uma formação de transição como o-c-o ou topos/fundos duplos: o
mercado simplesmente reverte em um ou dois pregões, com grande
atividade, e deixando uma formação em "V", aguda. É um caso de ação e
reação proporcionais ou simétricas.

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PADRÕES DE CONTINUAÇÃO

No desenrolar de uma tendência, é comum a ocorrência de pausas, em que


os preços oscilam pouco e de forma marcadamente lateral; são os padrões
de continuação, que têm curta duração e são acompanhados de uma queda
no volume de negócios. Mais adiante, os preços retomam a tendência
anterior.

Os triângulos são as mais freqüentes formações do tipo: as máximas e


mínimas de cada período observado vão se estreitando até que o mercado
retome o impulso anterior, geralmente até 2/3 da distancia que vai do início
da figura até o vértice do triângulos. Quando as linhas que formam o
triângulos são convergentes de forma mais ou menos harmônica, ele é

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chamado de simétrico; quando a linha superior é horizontal, temos um
triângulos ascendente que prevê alta. Ao contrário, se a linha inferior do
triângulos é que é horizontal, temos um triângulos descendente, de
implicações baixistas. Estas duas espécies podem, assim, significar reversão
e não continuação de tendências, mas sua aparição nesse caso é muito
rara.

Outro tipo são os retângulos, em que a ação do mercado fica contida por
algum tempo entre fronteiras paralelas.

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Temos ainda as flâmulas e as bandeiras, que são pequenas formações
laterais como triângulos ou paralelogramos, mas cuja direção é contrária ao
movimento que vinha prevalecendo; nesse caso, a pausa é provocada por
uma correção contrária à tendência, que rapidamente é retomada.

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A fórmula de medida do movimento seguinte ao padrão é, no retângulo se
chegar a um ponto numa linha paralela ao lado não cortado da figura; no
retângulo, a altura da figura e nas flâmulas e bandeiras, uma distância
parecida com a percorrida desde a pausa anterior.

MÉDIAS MÓVEIS

Uma das ferramentas mais utilizadas são as Médias Móveis, em que se


utilizam médias dos preços dos últimos tantos períodos, para filtrar um
pouco eventuais variações excessivas de um período para outro e visualizar
mais claramente a possível tendência do mercado. Esse método tem muitas
variações na maneira de calcular a média e na sua plotagem nos gráficos e
funciona bem quando realmente existe uma tendência pronunciada no
mercado, pois quando o mercado está andando de lado, as médias tendem
a dar muitos sinais falsos. Normalmente, combinam-se médias mais curtas
com mais longas para também extrair sinais dos cruzamentos de umas com
as outras.

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INDICADORES

Dentro dessa espécie, estão incluídos vários estudos feitos sobre preços,
volume, altas e baixas, e em combinações desses elementos, visando
sempre localizar a existência e/ou reversões de tendência, e pontos de
compra e de venda. Periodicamente, novos estudos e novos indicadores vão
sendo acrescentados, mas os mais confiáveis são, naturalmente, os mais
antigos e conhecidos. Supostamente, como em tudo o que cerca a análise
técnica, a proposta é usar os indicadores de forma mecânica e impessoal,
mas isso não é aconselhável. O melhor uso é o que reúne várias
ferramentas e procura chegar a uma conclusão coerente com a maior parte
delas.

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J. Welles Wilder: Criador (entre outros estudos) do Movimento direcional
(ADX), do índice de força relativa (IFR) e o sistema parabólico (PAR), onde
procura tirar relações entre as variações positivas e negativas dos últimos
pregões para descobrir se existe uma tendência primeiro, e depois se ela é
de alta ou de baixa (caso do ADX), ou se o mercado já está comprado ou
vendido em excesso (IFR), ou ainda se a tendência perdeu seu torque e vai
reverter (PAR).

Estocástico: criado por George Lane, parte do princípio que numa alta os
preços tendem a fechar perto das máximas, e numa baixa perto das
mínimas e plota as cotações entre zero e 100%, conforme elas estejam
dentro da faixa em que foram negociadas nos últimos tantos períodos. Com
isso, procura localizar a tendência numa região de compra ou de venda,
assim que elas se afastam de um máximo ou de um mínimo alcançado.

Volume e OBV: Existem muitos estudos que estudam a evolução do volume


de negócios, isoladamente ou em conjunto com os preços. Um dos mais
conhecidos é o OBV ou On Balance Volume ou Saldo de Volume, criado por
J. Granville. Partindo de um ponto arbitrário, o volume de cada período é
somado ou subtraído, conforme o período em questão tenha fechado em
alta ou baixa relativamente ao fechamento anterior. Forma-se, assim, uma
linha cumulativa que pretende ser o retrato da luta entre demanda e oferta
e que é comparada com a linha dos preços. Na teoria, o que se quer é
comparar o comportamento das duas linhas, à procura de divergências que
sinalizem reversão de tendências, embora a própria linha do OBV obedeça
aos critérios de suporte e resistência.

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Entenda o famoso Balanço

Por InvestShop.com
Acompanhe a série completa do Entenda o famoso
Em época de divulgação de resultados, os investidores ficam muito atentos
aos chamados balanços das empresas que têm capital aberto nas Bolsas de
Valores. A explicação é simples: o balanço mostra a saúde financeira de
uma empresa e, conseqüentemente, indica se os acionistas poderão receber
bons dividendos (parte dos lucros). Essa expectativa, muitas vezes, afeta o
mercado acionário, empurrando as ações para cima ou para baixo.

O Balanço é um documento que mostra os ativos, passivos e


demonstrativos de resultados e de fluxo de caixa num determinado período,
explica o diretor da corretora gaúcha Diferencial, Zulmir Tres.

Os ativos representam as disponibilidades de investimentos da empresa,


como caixa, estoques e bens; e os passivos são os compromissos, como
contas a pagar, fornecedores, financiamentos, entre outros. O
demonstrativo de resultados (DRE) revela o desempenho do faturamento,
das contas de receita e despesa e do resultado final (lucro ou prejuízo). Já
as demonstrações de fluxo de caixa, chamadas de Demonstrativo das
Origens de Aplicações dos Recursos (DOAR), mostram quanto a empresa
recebeu e pagou (receita menos despesa).

Zulmir explica também que, junto com os balanços, as empresas divulgam


notas explicativas. As de capital aberto são obrigadas a divulgar,
especificamente, todas as medidas tomadas no exercício anterior e os
planos para o período seguinte. “Esses detalhes são importantes e são lidos
com atenção pelos investidores”, diz.

Os analistas fundamentalistas costumam avaliar o comportamento


financeiro de uma empresa comparando os balanços, já que é possível
detectar a evolução de uma ou mais contas e projetar a evolução dos
resultados, explica o analista da Diferencial.

Índice de Força Relativa (IFR) e sua importância

Por InvestShop.com

Leia a série completa do "Entenda o Famoso"

Como saber se é a hora certa de comprar determinado papel? Uma boa


maneira é aprender a interpretar o indicador mais utilizado em análises
desse tipo, conhecido como Índice de Força Relativa (IFR). O IFR é um dos
indicadores técnicos mais utilizados para saber se uma ação está em seu
momento de compra ou de venda. “O IFR dá ao investidor a condição de
avaliar os pontos de compra e venda de um determinado papel. A grosso
modo, diria que o que fica abaixo de 20 está em posição de compra e,
acima de 80, em posição de venda”, explica Enio Fernando Rodrigues,
analista da Futuro Corretora de Valores.

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Para Zulmir Três, da corretora gaúcha Diferencial, a análise não deve ser
feita somente pelo IFR. “Eu costumo analisar a situação da empresa de uma
maneira mais ampla, ou seja, o que ela pode dar de dividendos ao
investidor. No entanto, o IFR pode ser usado como parâmetro para o
investidor saber a hora de comprar ou vender o papel. Mas, aviso, ele não
deve ser o único ponto de análise na compra ou venda de ações”, alerta
Zulmir.

Exemplo de cálculo:

Vamos dizer que a média das altas de um determinado papel no período de


10 dias tenha sido 13% e das baixas 3%. Então a conta é (100 X 13) /
(13+3). O resultado do Índice de Força Relativa será 81,25, ou seja, é bom
momento para vender o papel.

Agora o exemplo contrário. Digamos que a média das altas de um


determinado papel tenha sido 3% e das baixas 25%. Utilizando a mesma
fórmula acima, chegamos ao seguinte resultado: o Índice de Força Relativa
é 12, ou seja, é uma boa hora para comprar o papel.

Veja abaixo o gráfico de uma empresa e observe as curvas do IFR:

Observe bem o primeiro gráfico (IFR 9d), ou seja, o gráfico de Índice de


Força Relativa feito sobre a variação dos últimos nove dias. Atente que, em
alguns dias a empresa bate variação acima de 80 e, em outros, abaixo dos
20.

Entenda as famosas Ondas de Elliott

Por InvestShop.com
Confira a série completa do Entenda o Famoso

A análise técnica ou gráfica utiliza uma série de ferramentas para observar o


comportamento do mercado de ações. Uma delas é a Teoria de Elliot, criada pelo
contador R.N. Elliott, nas décadas de 1930 a 1940, e considerada pelos
especialistas da área como uma das principais ferramentas para localizar ou até
antecipar determinadas fases dos ciclos da bolsa, ou seja, a Teoria de Elliott é uma

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das formas de explicar os movimentos oscilatórios das cotações dos ativos
financeiros.

"Essa é uma das teorias mais importantes da análise técnica, pois dá uma visão
estratégica do mercado", avalia Jayme Ghitnick, analista técnico e colunista do
Investshop.com .

De acordo com a teoria desenvolvida por Ralph Elliott, os ciclos do mercado são
compostos por um ritmo de dois conjuntos de ondas: um conjunto de cinco ondas,
no qual as ondas 1,3 e 5 são de alta e as ondas 2 e 4 são de baixa; e um conjunto
de três ondas, no qual as ondas "a" e "c" são de baixa e a "b" é de alta.

As ondas de alta são chamadas de impulso e as de baixa são conhecidas como


corretivas. As cinco primeiras ondas formam um ciclo de alta e as três seguintes
formam um ciclo de correção da alta anterior.

Essas ondas também podem ser subdividas seguindo o mesmo desenho de ciclos.
Por exemplo, a primeira onda, de alta, é subdividida em cinco outras ondas, sendo
três de alta e duas de baixa.

Quando fez o estudo, Elliott percebeu que as ondas obedeciam a uma certa ordem
numérica e achou que tivesse descoberto uma nova teoria, mas, mais tarde,
percebeu que os ciclos dessas ondas se moviam de acordo com a "série de
Fibonacci", uma série numérica descoberta pelo matemático italiano Leonardo
Fibonacci e publicada no início do século XIII. Atualmente, os analistas técnicos
utilizam essa série para fazer o cálculo e definir os ciclos das ondas de Elliott.

De acordo com a série de Fibonacci, cada elemento é igual à soma dos dois
anteriores (0,1,2,3,5,8,13…). Por exemplo, o 3 é a soma de 2 e 1; o 5 é a soma de
3 e 2, e assim por diante. Além disso, a razão entre dois números consecutivos da
série é igual a 1,61 ou ao seu inverso que é 0,618, ambos conhecidos desde a
Antiguidade como a razão de ouro ou número áureo. "A série tem muitas
propriedades matemáticas curiosas e muitos fenômenos do mundo real se explicam
por esse número áureo e pela série", lembra Ghitnick.

Ondas apresentam características específicas

Por Maria Teresa Carneiro


Especial para o InvestShop.com

O analista explica que, além dos parâmetros númericos de acordo com a


série de Fibonacci, Elliott também observou características específicas das
ondas, que devem ser levadas em conta na hora de definir os gráficos.

"Na segunda onda, por exemplo, a Bolsa pode cair tudo o que ganhou na
primeira onda. A terceira onda é a mais extensa e a quarta onda é menos
baixa do que a segunda. Nas ondas do segundo ciclo, a segunda, que é um
repique, costuma enganar todo mundo, e a terceira pode ser devastadora",
ensina.

Ghitnick explica que, se observados todos os parâmetros estabelecidos por


Elliott, a teoria das ondas pode ser eficaz. "Na década de 70, o americano
Robert Prechter estudou e aplicou a teoria e ganhava disparado todos os
concursos de performance que eram realizados".

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Ghitnick conta que Elliott tentou remontar a teoria regredindo para outras
épocas até chegar à Idade Média, mas não teve sucesso. "Ele usou outros
dados econômicos e históricos para tempos mais antigos. Com esse estudo,
chegou à conclusão que na década de 80 poderia ser registrado um crash
terrível, como o de 1929 na Bolsa dos Estados Unidos, o que não se
confirmou. Isso prova que na análise técnica devemos tomar muito cuidado,
quando fazemos análises de mais longo prazo, pois muitos fatores podem
mudar, como composição de índices, entre outros", avalia.

As ondas estabelecidas na teoria de Elliott não têm um período certo para


ocorrer, mas obedecem a certa harmonia entre si. De acordo com Jayme
Ghitnick, a Bovespa atualmente estaria no início de uma terceira onda e
pode chegar a atingir 37 mil pontos no início desta fase.

Ele explica que a primeira onda começou em 1992 e foi até o final de julho
de 97, quando começou a segunda onda (de baixa), que durou até janeiro
de 99. A terceira onda teria começado a partir daí. Como as ondas têm
certa harmonia entre si e a primeira onda do nosso ciclo durou cerca de 4
anos e meio, Ghitnick acredita que a terceira onda que estamos vivendo
deva terminar em 2003.

No entanto, ele adverte: "isso não significa que será uma alta constante até
37 mil pontos. É necessário lembrar que as ondas são subdividas em sub-
ondas e também há sub-ondas de baixa. Além disso, como a terceira onda é
a mais extensa não podemos dizer que vá atingir os 37 mil pontos agora",
alerta Ghitnick, que informa que a a Bovespa está na primeira subonda (de
alta) da terceira onda.

O analista explica que chegou aos 37 mil pontos como pico da terceira onda
ao multiplicar o tamanho da primeira onda por 2,681, como determina a
teoria de Elliott, com base na série de Fibonacci.

Entenda os famosos suporte e resistência

Por InvestShop.com

Quero ler a série completa do "Entenda o famoso"

Como saber qual é o melhor momento para comprar ou vender uma ação? Segundo
os analistas técnicos, a melhor maneira de prever isso é através da observação dos
pontos de suporte e resistência nos gráficos de tendência de preços de ações.
Nestes gráficos, onde há espécies de zig-zags, pode-se observar que há picos e
fundos. Os picos são chamados de pontos de resistência e os fundos, de pontos de
suporte.

Quando os preços das ações estão próximos ao nível do suporte, as compras feitas
pelos investidores são fortes suficientes para interromper o processo de queda
durante algum tempo e, possivelmente até revertê-lo. É o ponto onde as compras
estão superando as vendas. Ou seja, indica que dificilmente os preços vão cair
abaixo daquele nível.

Já as resistências são os níveis de preços onde as vendas estão superando as


compras dos investidores, o que também pode interromper a tendência de alta das

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ações e até revertê-la. Assim, ao chegar neste ponto, é difícil, mas não impossível,
que os preços das ações ultrapassem esse nível. Mas, por outro lado, se os preços
ultrapassarem um pouco este ponto, se diz que eles estão quebrando a resistência
e passam a ter uma tendência forte de alta.

Para entender o que o investidor deve concluir disso, vamos a um exemplo


numérico:

Suponha que, ao analisar o gráfico do suporte e resistência, o investidor observe


que, no passado, a linha subiu até R$ 20, caindo posteriormente e chegando até R$
10. "Se a curva chegar aos R$ 20 e começar a cair, como já havia acontecido, é o
momento certo de venda. Isso porque, que a tendência será de queda e,
conseqüentemente, os investidores começam a realizar lucro para não pegar
maiores quedas", explica o analista técnico Márcio Noronha.

Mas, em contrapartida, se os preços ultrapassarem o nível de resistência observado


anteriormente (R$20), quebrando a resistência, a tendência é de que o preço
continue subindo. "Isso faz com que seja bom momento para adquirir mais papéis",
comenta o analista.

No caso da análise do nível de suporte, também pode-se concluir qual é o melhor


momento de compra e venda. Caso a linha de suporte, no passado, tenha ficado
em R$ 20 e, posteriormente, tenha caído para R$ 10, há a possibilidade de dois
movimentos. Ou o preço volta a subir, respeitando o suporte de R$ 10 ou rompe
este nível, caindo mais.

"Ao chegar ao nível R$ 10, suporte observado anteriormente, pode-se concluir que
é um bom momento para compra, já que, a partir deste ponto, a tendência será de
alta. Caso, depois de atingir o nível 10, o preço continue caindo, rompendo assim o
suporte, o investidor deve vender as ações, que entraram em tendência de queda",
atesta Noronha.

Noronha lembra, no entanto que, infelizmente, a análise técnica, não faz milagres.
Mas, de acordo com o analista, há como evitar grandes perdas durante as
negociações através dos conceitos de suporte e de resistência. "Ninguém pode
saber qual será o andamento do mercado, mas através da análise dos níveis de
suporte e resistência é possível ao menos reduzir as perdas nas negociações",
afirma.

Confira a simulação de um dia de pregão

Por Vanessa Paes Barreto


Repórter, InvestShop.com

Márcio Noronha formulou um exemplo ( veja aqui o gráfico), levando em


consideração, um dia de pregão hipotético, dividido em 18 períodos de 15
minutos com intervalos de um minuto entre eles e que a cada barra de 15
minutos fosse contruída de maneira idêntica à barra diária, com o valor da
abertura, da máxima e da mínima e o valor do fechamento.

Na primeira barra de 15 minutos, a abertura foi a R$ 4,20. Depois, o preço


cedeu ligeiramente até R$ 4, registrando a mínima da barra, e subiu até R$
9,20, registrando a máxima da mesma barra. No último negócio executado
da barra, cedeu e fechou a R$ 7,40.

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Na barra seguinte, o primeiro negócio foi feito a R$ 7,40. Em seguida, o
preço subiu para R$ 7,50, de onde começou a declinar, chegando até a
mínima de R$ 4,50 e fechou com uma ligeira melhora de R$ 5,20.

Na terceira barra, o primeiro negócio foi fechado a R$ 6,10.


Coincidentemente, em função de o primeiro negócio ter sido executado no
valor máximo desta barra, o preço da máxima ficou sendo igual ao da
abertura. No restante do período, o preço foi cedendo gradualmente até o
último negócio realizado a R$ 3,20. Como o valor do último negócio foi feito
no preço mais baixo da barra, a mínima e o fechamento ficaram com os
mesmos valores.

Entenda os famosos suporte e resistência

Por InvestShop.com

Quero ler a série completa do "Entenda o famoso"

Como saber qual é o melhor momento para comprar ou vender uma ação? Segundo
os analistas técnicos, a melhor maneira de prever isso é através da observação dos
pontos de suporte e resistência nos gráficos de tendência de preços de ações.
Nestes gráficos, onde há espécies de zig-zags, pode-se observar que há picos e
fundos. Os picos são chamados de pontos de resistência e os fundos, de pontos de
suporte.

Quando os preços das ações estão próximos ao nível do suporte, as compras feitas
pelos investidores são fortes suficientes para interromper o processo de queda
durante algum tempo e, possivelmente até revertê-lo. É o ponto onde as compras

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estão superando as vendas. Ou seja, indica que dificilmente os preços vão cair
abaixo daquele nível.

Já as resistências são os níveis de preços onde as vendas estão superando as


compras dos investidores, o que também pode interromper a tendência de alta das
ações e até revertê-la. Assim, ao chegar neste ponto, é difícil, mas não impossível,
que os preços das ações ultrapassem esse nível. Mas, por outro lado, se os preços
ultrapassarem um pouco este ponto, se diz que eles estão quebrando a resistência
e passam a ter uma tendência forte de alta.

Para entender o que o investidor deve concluir disso, vamos a um exemplo


numérico:

Suponha que, ao analisar o gráfico do suporte e resistência, o investidor observe


que, no passado, a linha subiu até R$ 20, caindo posteriormente e chegando até R$
10. "Se a curva chegar aos R$ 20 e começar a cair, como já havia acontecido, é o
momento certo de venda. Isso porque, que a tendência será de queda e,
conseqüentemente, os investidores começam a realizar lucro para não pegar
maiores quedas", explica o analista técnico Márcio Noronha.

Mas, em contrapartida, se os preços ultrapassarem o nível de resistência observado


anteriormente (R$20), quebrando a resistência, a tendência é de que o preço
continue subindo. "Isso faz com que seja bom momento para adquirir mais papéis",
comenta o analista.

No caso da análise do nível de suporte, também pode-se concluir qual é o melhor


momento de compra e venda. Caso a linha de suporte, no passado, tenha ficado
em R$ 20 e, posteriormente, tenha caído para R$ 10, há a possibilidade de dois
movimentos. Ou o preço volta a subir, respeitando o suporte de R$ 10 ou rompe
este nível, caindo mais.

"Ao chegar ao nível R$ 10, suporte observado anteriormente, pode-se concluir que
é um bom momento para compra, já que, a partir deste ponto, a tendência será de
alta. Caso, depois de atingir o nível 10, o preço continue caindo, rompendo assim o
suporte, o investidor deve vender as ações, que entraram em tendência de queda",
atesta Noronha.

Noronha lembra, no entanto que, infelizmente, a análise técnica, não faz milagres.
Mas, de acordo com o analista, há como evitar grandes perdas durante as
negociações através dos conceitos de suporte e de resistência. "Ninguém pode
saber qual será o andamento do mercado, mas através da análise dos níveis de
suporte e resistência é possível ao menos reduzir as perdas nas negociações",
afirma.

Confira a simulação de um dia de pregão

Por Vanessa Paes Barreto


Repórter, InvestShop.com

Márcio Noronha formulou um exemplo ( veja aqui o gráfico), levando em


consideração, um dia de pregão hipotético, dividido em 18 períodos de 15
minutos com intervalos de um minuto entre eles e que a cada barra de 15
minutos fosse contruída de maneira idêntica à barra diária, com o valor da
abertura, da máxima e da mínima e o valor do fechamento.

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Na primeira barra de 15 minutos, a abertura foi a R$ 4,20. Depois, o preço
cedeu ligeiramente até R$ 4, registrando a mínima da barra, e subiu até R$
9,20, registrando a máxima da mesma barra. No último negócio executado
da barra, cedeu e fechou a R$ 7,40.

Na barra seguinte, o primeiro negócio foi feito a R$ 7,40. Em seguida, o


preço subiu para R$ 7,50, de onde começou a declinar, chegando até a
mínima de R$ 4,50 e fechou com uma ligeira melhora de R$ 5,20.

Na terceira barra, o primeiro negócio foi fechado a R$ 6,10.


Coincidentemente, em função de o primeiro negócio ter sido executado no
valor máximo desta barra, o preço da máxima ficou sendo igual ao da
abertura. No restante do período, o preço foi cedendo gradualmente até o
último negócio realizado a R$ 3,20. Como o valor do último negócio foi feito
no preço mais baixo da barra, a mínima e o fechamento ficaram com os
mesmos valores.

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IFR - Índice de Força Relativa
J. Welles Wilder Jr.

Um dos mais conhecidos e usados osciladores, foi criado como artifício para
suavizar a ação da técnica "Momento", base estrutural da maioria dos indicadores.
O índice de força relativa ou simplesmente IFR, muitas vezes se antecipa aos
movimentos indicados pelo gráfico de barras. Admite-se a aplicação da técnica das
linhas de suporte e resistência, bem como a interpretação das mesmas figuras que
se formam no gráfico de barras.

A escala vertical é construida de 0 a 100. Nas cotas 30 e 70 ou 20 e 80 são


traçadas retas horizontais. Geralmente, acima da cota 70, formam-se os topos e
abaixo da cota 30 formam-se os fundos.

A escala horizontal representa o tempo. O estudo não estabelece regras para essa
escala. Assim, não se pode prever o espaço de tempo para se formar um topo ou
um fundo, quando está estabelecida uma forte tendência de alta ou baixa. Utiliza-
se porém, o rompimento de linhas de suporte e resistência como indicação de
mudança de tendência.

Devemos esclarecer entretanto que esse oscilador é indicado para mercado com
desenvolvimento lateral ou como comumente é denominado: "de lado". Nas fortes
tendência, rapidamente ultrapassa o nível 70 ou 80 e daí em diante tem pequenas
variações em altos níveis.

Porém, quando o movimento se caracteriza "de lado", a ultrapassagem das cotas


30, para baixo ou 70, para cima, já significa mercado "oversold" ou "overbought",
respectivamente.

O estabelecimento de divergências entre o gráfico de barras e o oscilador, isto é,


enquanto o gráfico de barras forma topos cada vez mais altos, o IFR forma topos
cada vez mais baixos, ou ao contrário, o gráfico de barras forma fundos cada vez
mais baixos enquanto o IFR forma fundos cada vez mais altos, pode traduzir uma
iminente mudança de tendência. A posição somente deverá ser tomada, após o
claro rompimento do último fundo ou último topo, respectivamente. Pode-se usar o
rompimento das linhas de suporte e resistência, desde que, esses níveis não
estejam muito longe desses pontos significativos.

A divergência também se instala quando o gráfico de barras está em movimento


lateral e o IFR se desenvolve em uma ou outra direção. A divergência deve ser
entendida, depois que o IFR atinge e supera as cotas 30 ou 70.

Procuraremos dar, no exemplo a seguir, os pontos de compra e venda oriundos da


formação de divergências. Esses são os pontos de maior probabilidade de acerto.

Chamamos a atenção para o fato de que, em mercados com forte tendência, é


impróprio denominarmos a ultrapassagem das linhas 70 para cima ou 30 para
baixo, respectivamente, de mercados overbought e oversold.

Em nossa opinião, os mercados de forte tendência passam a receber essa


denominação, somente, após apresentarem o fenômeno de divergência e, mesmo
assim, quando grande parte dela se realiza acima dos 70 ou abaixo dos 30.

Para que o assunto fique bem claro, vamos procurar associar os gráficos de barra e
IFR com o lançamento de uma bola, verticalmente, para cima.

Essa bola ao ser lançada, percorre uma trajetória, alcançando uma altura máxima.

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No início do lançamento a velocidade se desenvolve de maneira ascendente, com
uma certa aceleração . Depois de certo tempo, por ação da gravidade e atrito, a
aceleração vai decrescendo até anular- se. Em todo esse tempo a bola continua a
subir até mesmo por inércia, depois da anulação da aceleração. Ao atingir o ponto
de máxima altura, sua velocidade se anula e o processo se inverte.

Associando essa configuração ao gráfico de barras e ao IFR, dizemos que o primeiro


traduz a trajetória da bola e, o indicador IFR, a aceleração da bola nessa trajetória.
Assim, pode-se explicar a divergência dentro de um conceito físico bastante claro e
muito útil à interpretação gráfica.

Quando a trajetória dos preços é ascendente e a do índice é descendente, significa


que os preços sobem mas, a aceleração desse movimento diminui. É provável que a
trajetória ascendente vá mudar de direção em futuro próximo. Ao primeiro sinal
dessa mudança, tome a posição conveniente.

Vamos estudar a figura apresentada. Após o início da alta, os preços se orientaram


segundo a trajetória A-B, enquanto a aceleração foi diminuindo entre C-D. No ponto
1 foi rompida a linha C-D da tendência do oscilador evidenciando queda de
aceleração. Os preços continuaram a subir por inércia, dando tempo a que
zerássemos nossa posição comprada, com tranqüilidade. Se estivéssemos atuando
em mercado futuro, deveríamos até, assumir posição vendida.

Entre E-F os preços tiveram desenvolvimento lateral ("de lado"), enquanto em G-H,
no IFR, ficou evidenciada uma aceleração positiva. Observe que os dois últimos
topos são ascendentes. Em 2, a linha de tendência é rompida, sinalizando o término
do movimento lateral e aceleração crescente (hora de assumir posição de compra).
Procure agora justificar a venda em 3.

Bibliografia: New Concepts in Technical Trading Systems, J. Welles Wilder Jr.(R)


Trend Research, Trend Research Building-MacLeans Square, P.O. Box 128-
MacLeansville, N.C. 27301 - USA

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