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ANDREW JUMPER
TARCÍZIO DE CARVALHO
SÃO PAULO
2009
TARCÍZIO DE CARVALHO
SÃO PAULO
2009
SUMÁRIO
1
A
prática
da
pesquisa ............................................................................................. 2
1.1
Escolhendo
um
tópico ....................................................................................... 2
1.1.1
Anote
todas
as
idéias ............................................................................... 2
1.1.2
Que
tipo
de
trabalho
você
fará?............................................................... 2
1.1.3
Faça
uma
lista
de
palavras
para
definir
seu
tópico ................................... 3
1.1.4
As
primeiras,
e
difíceis,
informações ......................................................... 3
1.2
Apurando
um
tópico ......................................................................................... 5
1.2.1
Reduzindo
um
tópico:
quando
há
muita
informação. ................................ 5
1.2.2
Expandindo
um
tópico:
está
faltando
informação!.................................... 5
1.3
Mais
dicas
para
refinar
a
prática
da
pesquisa ................................................... 6
1.3.1
Dicas
para
afunilamento .......................................................................... 6
1.3.2
TRABALHANDO
PROATIVAMENTE............................................................. 7
1.3.3
Metodologia
de
leitura ............................................................................. 8
1.3.4
Reunindo
notas......................................................................................... 8
2
A
habilidade
em
escrever...................................................................................... 10
2.1
Redação
científica........................................................................................... 10
3
A
apresentação
formal ......................................................................................... 11
3.1
Diagramação .................................................................................................. 11
3.2
Formato .......................................................................................................... 11
3.3
Estrutura......................................................................................................... 12
3.3.1
Sumário .................................................................................................. 13
3.3.2
Introdução .............................................................................................. 13
3.3.3
Revisão
da
Literatura.............................................................................. 13
3.3.4
Material
e
Método.................................................................................. 14
3.3.5
Resultados .............................................................................................. 14
3.3.6
Discussão................................................................................................ 14
3.3.7
Conclusão ............................................................................................... 14
3.3.8
referências
bibliográficas........................................................................ 14
4
Estilo .................................................................................................................... 14
4.1
Ênfase ............................................................................................................. 14
4.2
Línguas
originais ............................................................................................. 15
4.3
Pronomes
referentes
a
Deus............................................................................ 15
4.4
Linguagem
subjetiva ....................................................................................... 15
4.5
Referências
bíblicas......................................................................................... 15
4.6
Compatibilidade.............................................................................................. 15
4.7
Casos
Omissos................................................................................................. 15
5
Citações................................................................................................................ 16
5.1
Citação
direta ................................................................................................. 16
5.1.1
No
corpo
do
texto ................................................................................... 16
5.1.2
Indentadas.............................................................................................. 16
5.2
Citações
sintéticas........................................................................................... 16
6
Referências........................................................................................................... 17
6.1
De
rodapé ....................................................................................................... 17
6.2
De
fim
de
texto ............................................................................................... 17
6.3
Modelo
de
referências .................................................................................... 18
6.3.1
Obra
de
Referência ................................................................................. 18
6.3.2
Livro ....................................................................................................... 18
6.3.3
Livro
em
meio
eletrônico......................................................................... 18
6.3.4
Parte
de
livro .......................................................................................... 18
6.3.5
Parte
de
documento
em
meio
eletrônico................................................. 18
6.3.6
Artigo
e/ou
matéria
em
publicações
periódicas ...................................... 18
6.3.7
Artigo
ou
encarte
de
jornal ..................................................................... 19
6.3.8
Trabalho
apresentado
em
evento ........................................................... 19
6.3.9
Legislação............................................................................................... 19
6.3.10
Filmes ................................................................................................... 19
6.3.11
Imagem
de
meio
eletrônico................................................................... 19
6.3.12
Documento
Cartográfico ....................................................................... 20
6.3.13
Documento
sonoro................................................................................ 20
6.3.14
Partitura ............................................................................................... 20
6.3.15
Documento
de
acesso
exclusivo
em
meio
eletrônico:............................. 20
7
Anexos ................................................................................................................. 21
7.1
Anexo
1
‐
Formato
e
margens ......................................................................... 21
7.2
Anexo
2
–
Modelos
introdutórios .................................................................... 22
7.3
Anexo
3
‐
Formas
de
Resumo .......................................................................... 33
7.4
Anexo
4
–
Modelo
de
Proposta
de
Dissertação ................................................ 34
7.5
Anexo
5
–
redação
científica............................................................................ 39
1
1 A PRÁTICA DA PESQUISA
É muito complicado começar um trabalho sem saber muito sobre o tópico. Por isso,
um excelente lugar para começar é pela leitura do tópico em enciclopédias e dicionários
especializados. Assim você terá uma idéia panorâmica do assunto e, em geral, terá uma
bibliografia por onde começar a se debruçar. Os artigos mais recentes sobre o assunto de seu
interesse trarão, em geral, matéria bibliográfica que propiciará orientação à sua pesquisa. Isso
significa que muitas vezes trabalha-se do mais recente para trás. E lembre-se de
continuamente consultar as fontes primárias no original.
Exemplo:
Anchor bible dictionary, New York: Doubleday, c1992. 6 v.
A dictionary of the Bible: dealing with its language, literature, and contents,
including the Biblical theology, Peabody: Hendrickson, 1988.
Dictionary of the Old testament, The IVP Bible Dictionary Series. Há um dicionário
para cada conjunto literário do Antigo Testamento, com seu próprio editor ou editores.
4
A guide to old testament theology and exegesis: the introductory articles from the
new international dictionary of old testament theology and exegesis, Michigan:
Zondervan, 1999.
NICOT (New International Commentary of the Old Testament), Block; NIVAC (NIV
Application Commentary), Duguid; TOTC (Tyndale Old Testament Commentary), Taylor;
além de AB (Anchor Bible), Greenberg; CC (Communicator´s Commentary), Stuart; NAC
(New American Commentary), Cooper; DSB (Daily Study Bible), Craigie, OTL (Old
Testament Library), Eichrodt; Hermeneia, Zimmerli, WBC (Word Biblical Commentary),
Brownlee & Allen, Interpretation, Blenkinsopp; Keil.
Há livros e páginas da internet nos quais você pode encontrar bibliografia específica
acerca de cada livro da Bíblia. Consulte, por exemplo, a página www.bible.org. Ali, além dos
diversos recursos oferecidos, você pode ir diretamente no link http://bible.org/article/selected-
bibliography-book-jeremiah. Assim, se você desejar verificar que bibliografia eles sugerem
para outros livros, basta copiar este mesmo link e apagar o nome jeremiah e escrever em seu
lugar outro livro de seu interesse. Ex.: http://bible.org/article/selected-bibliography-book-
jonah. As obras impressas em inglês sempre começarão com “Selected Bibliography...”.
5
1.2 APURANDO UM TÓPICO
• Você poderia acrescentar algum elemento ao seu tópico, algum aspecto que precisaria
de mais embasamento ou demonstração?
• Reflita acerca das implicações mais amplas da sua pesquisa.
• Que outros assuntos estão associados ao seu tópico?
Exemplo:
6
Primeiro rascunho de tópico: Qual o efeito retórico pretendido pelo termo halam na oração
de Ezequias em Isaías 38.16? (muito específico!)
Assunto: Deve ser expresso em duas ou três palavras (bibliografia: obras gerais)
Tópico: Uma frase curta que delimita o assunto (obras mais específicas)
Ex: “Meu tópico é a investigação da intertextualidade como chave
de leitura de Obadias.”
Pergunta
Problema: Uma questão pertinente ao tema: “Qual o critério para afirmar a
integridade essencial do livro de Obadias?”
Três questões básicas podem servir para avaliar a qualidade de
uma pergunta-problema:
• É relevante? (não estaria o tema demasiadamente desgastado,
enviesado ou massificado? Qual a sua real contribuição?)
• É verificável? (há bibliografia suficiente disponível na área? Há
redundância? O campo está bem delimitado?)
• É refutável? (os pressupostos estão bem explicitados? Há viés na
pergunta? Ela admite a negação, crítica e discordância?)
Hipótese
(opcional): Qual a resposta que se sugere logo de início para o problema levantado.
7
Esta hipótese, se levantada (método hipotético-dedutivo), deve ser
retomada nas conclusões finais, em que se deve perguntar até que ponto
houve ou não confirmação. Ex: “Aspectos intertextuais, especialmente
em Joel e Jeremias, apontam para a unidade do livro” (lembrar que uma
relação literária nem sempre comprova uma relação cronológica.
Objetivos a serem
alcançados: Além dos itens anteriores, é preciso dar destaque na redação final aos
objetivos, permitindo à banca aferir, por meio das considerações finais,
se os objetivos foram alcançados.
2 A HABILIDADE EM ESCREVER
Escrever bem é uma tarefa difícil que exige raciocínio, capacidade de organizar os
pensamentos e muita concentração, tanto quanto leitura. O texto, na verdade, tem a função de
expressar as suas idéias na sua ausência.
3 A APRESENTAÇÃO FORMAL
A apresentação formal tem como base as orientações pelas normas da ABNT para
trabalhos científicos.
3.1 DIAGRAMAÇÃO
Alinhamento à esquerda e fonte Times New Roman, tamanho 12 (recomendada).
Itálicos somente para palavras estrangeiras ou para ênfases. Evita-se o negrito, exceto para
título de obras nas referências bibliográficas e palavras em maiúsculas.
3.2 FORMATO
• Papel A4.
• Cor da fonte: preta.
• Tamanho 12.
• Margens: esquerda e superior: 3 cm; direita e inferior 2 cm.
• Espaçamento 1,5.
• Espaçamento das notas: simples (as notas serão na fonte Times New Roman,
tamanho 11).
• Títulos alinhados à esquerda.
• Somente títulos e subtítulos da parte do desenvolvimento são numerados.
• As páginas devem ser numeradas seqüencialmente a partir da Introdução, em
algarismos arábicos, no canto superior direito, sem traços, pontos ou
parênteses. A numeração das páginas preliminares (a partir da página de rosto
até a última folha antes do texto) é opcional. Caso sejam numeradas, utilizar
algarismos romanos representados por letras minúsculas (i, ii, iii, iv, etc.). Em
se fazendo tal opção, a página de rosto (página i) não deve ser numerada,
iniciando-se a numeração na página seguinte (página ii).
Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de maneira contínua e sua
paginação deve dar seguimento à do texto principal. A numeração alfabética
ou romana deve ser evitada.
• Antes de cada título novo (não subtítulo), inserir uma quebra de página.
• Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que
os sucede por dois espaços duplos.
12
3.3 ESTRUTURA
A estrutura do trabalho científico deve apresentar as seguintes etapas:
Elementos Elemento
Capa
Errata (opcional)
Folha de rosto – No verso constar Ficha Catalográfica
conforme código de catalogação anglo-americano
Folha de aprovação
Epígrafe (opcional)
Dedicatória (opcional)
Pré-textuais Agradecimentos (opcional)
Sumário
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de Símbolos (opcional)
Resumo na língua vernácula
Resumo em língua estrangeira (opcional)
Introdução
Textuais Desenvolvimento
Conclusão
Referências (obrigatório)
Abstract (resumo em inglês) opcional para alguns
tipos de trabalho
Pós-textuais
Glossário (opcional)
Apêndice(s) (opcional)
Anexo (s) (opcional)
Esses critérios devem ser utilizados para a realização das monografias solicitadas em
cada curso. Para trabalhos de peso acadêmico (dissertações de mestrado e teses de doutorado)
ou para alguns tipos de projetos de qualificação, os elementos textuais ficam como mostrado
abaixo:
Introdução
Revisão da literatura
Material e método
Textuais
Resultados
Discussão dos resultados
Conclusão
13
3.3.1 SUMÁRIO
Inclui todos os títulos e páginas, exceto o título do estudo, a página em branco,
dedicatória, agradecimentos e a epígrafe. Não paginado. Formato e conteúdo dos itens
idênticos ao do corpo do texto. Usar o “inserir índice” automático do seu editor de texto, se
ele tiver esta facilidade. Seguir o modelo da última página.
3.3.2 INTRODUÇÃO
Nessa parte o autor fará uma apresentação geral do trabalho. Aqui deve estar incluído:
Lembre-se de que deve ficar clara qual seja a pergunta-problema central. O texto da
introdução, ademais, deve refletir fielmente os capítulos do desenvolvimento. Esta é a parte
mais difícil de ser escrita. Por esta razão, no começo do trabalho a introdução é apenas um
rascunho. Sua redação deve ser elaborada depois que todo o restante do trabalho estiver
redigido.
3.3.5 RESULTADOS
3.3.6 DISCUSSÃO
3.3.7 CONCLUSÃO
4.1 ÊNFASE
Para dar ênfase, deve-se utilizar itálicos e não sublinhado ou negrito. Palavras
estrangeiras e títulos de publicações também devem ser italicizados. Numa citação, ao dar
15
uma ênfase que não se encontra no original, acrescentar na nota bibliográfica “minha ênfase”
ou algo semelhante.
4.6 COMPATIBILIDADE
É imprescindível que o texto apresente um uso correto da gramática portuguesa e uma
linguagem e estilo compatíveis com um trabalho acadêmico.
5 CITAÇÕES
As citações podem ser diretas e indiretas.
5.1.2 INDENTADAS
Se o texto ocupar mais de três linhas, a citação deve ser toda indentada (em bloco ou
justificada), com espaço único, sem aspas e em corpo menor.
6 REFERÊNCIAS
As referências podem ser de dois tipos:
6.1 DE RODAPÉ
Podem ser bibliográficas (obrigatórias) ou de comentários, esclarecimentos ou
observações que não couberam no fluxo do texto ou são secundárias (evitar).
1
Exemplo: FARIA, José Eduardo (org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros,
1994.
18
6.3.2 LIVRO
GOMES, Luiz G. Novela e Sociedade no Brasil. 2a ed., Niterói: EdUFF, 1998.
Tradutor, número de páginas e série são opcionais, sendo acrescentados, somente se o autor
considerar a informação relevante. O número da edição é mencionado somente da 2a. ed. em
diante.
6.3.9 LEGISLAÇÃO
SÃO PAULO (Estado). Decreto no. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea
de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
BRASIL, Lei no. 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária
federal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999.
Disponível em <http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?Id=LEI%209887 >. Acesso em:
22 dez. 1999.
6.3.10 FILMES
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. São Paulo:
CERAVI, 1983. 1 videocassete.
6.3.14 PARTITURA
BARTÓK, Bela. O mandarim maravilhoso. Wien: Universal, 1952. 1 partitura.
Orquestra.
7 ANEXOS
Margem superior: 3 cm
Margem inferior: 2 cm
22
7.2 ANEXO 2 – MODELOS INTRODUTÓRIOS
Modelos de capa, folha de rosto, verso da folha de rosto, folha de aprovação, folha de
dedicatória, epígrafe, agradecimento, folha de resumo em vernáculo, folha de resumo em
língua estrangeira e folha de sumário.
23
SÃO PAULO
2009
24
SÃO PAULO
2009
25
Bibliografia: p. 84-94.
CDD 362.7897
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Prof. Daniel Santos – Orientador
Doutor em Teologia
_________________________________________________________
Prof. Mauro Meister
Doutor em Literatura
_________________________________________________________
Prof. Tarcizio Carvalho
Doutorando em Teologia
São Paulo
2009
27
AGRADECIMENTOS
A Daniel Santos, minha gratidão por ter sido orientador persistente, que, com
diretrizes seguras e constante acompanhamento e incentivo, me aceitou com todas as
minhas restrições e me fez concluir esta empreitada.
RESUMO
Quem são os pais da igreja e quais as implicações da sua cosmovisão para a educação? Este
primeiro artigo de uma futura série dedicada à filosofia da educação dos pais da igreja
concentra-se na importância destes documentos para a construção da identidade dos cristãos
através da compreensão ampliada da história e da cosmovisão cristã . O artigo procura
evidenciar o fato de que a contribuição destes autores não se limita absolutamente ao
cristianismo, mas diz respeito à educação de todo o mundo ocidental cristão. Pretende-se
assim ainda resgatar a forte associação que os Pais da Igreja estabeleciam entre educação e
ética. Procuramos demonstrar neste e nos próximos artigos que, embora a filosofia da
educação usualmente não seja explícita nos documentos do cristianismo primitivo, ela se
encontra subjacente a praticamente todos. A modo de conclusão, sumarizam-se os princípios
educacionais comuns ao legado dos Pais da Igreja e que podem ser considerados importantes
para o educador cristão da atualidade.
O resumo redigido na língua original do trabalho precede o texto, mas a tradução para
o inglês, o "Abstract", deve ser inserido logo após o texto, antes da lista de referências
bibliográficas. Quanto a outras formas de resumo, veja o Apêndice C.
31
ABSTRACT
This article deals with contemporary approaches to biblical interpretation. Silva starts with a
description of key developments in hermeneutics in the twentieth century and an analysis of
the historical-critical method. He then evaluates the modern concept of the text as
autonomous (detached from authorial intention) and the role of the reader in interpretation, as
stressed in contemporary interpretation. The last section deals with authorial intent, which for
Silva should not be identified with the author’s intent in an exclusive and absolute fashion. He
concludes by saying that those scholars who challenge the determinacy and objectivity of
meaning go on in their daily lives assuming that interpretation is both possible and essential;
also, that the objective reality of communication is not undone by one’s reaction; that the
reality and effectiveness of communication is a reflection of God’s own speaking; and that
God’s purpose in communicating his message to us cannot be thwarted by human weakness.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
2 HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO: UM RÁPIDO PERFIL........................ 15
3 A METODOLOGIA ATUAL.............................................................................. 23
3.1 MÉTODO: UMA DISCUSSÃO PERENE ............................................................ 23
3.2 O PAPEL DO INTÉRPRETE ................................................................................ 32
3.3 ASPECTOS TRANSVERSAIS NA INTERPRETAÇÃO .................................... 36
3.3.1 Aspectos técnico-científicos ................................................................................... 37
3.3.2 Aspectos teológicos ................................................................................................ 40
3.3.3 Aspectos históricos ................................................................................................. 43
3.3.4 Aspectos filosóficos ................................................................................................ 49
4 A FILOSOFIA PLATÔNICA COMO OBJETIVO
DESSE TRABALHO ........................................................................................... 53
4.1 O ENSINO FILOSÓFICO ..................................................................................... 54
4.2 AS DIFICULDADES EM ALGUMAS RESPOSTAS.......................................... 60
4.3 OS PROCEDIMENTOS CORRETIVOS .............................................................. 61
5 O PERFIL DO INTÉRPRETE À LUZ DA REJEIÇÃO
À ESCOLA PLATÔNICA................................................................................... 64
6 A NOVA ACADEMIA E SUA PROPOSTA ..................................................... 93
6.1 ATUALIZAÇÃO DAS LEITURAS ...................................................................... 95
6.2 UMA PROPOSTA CONCRETA........................................................................... 99
7 CONCLUSÃO .................................................................................................... 112
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 124
ANEXOS ............................................................................................................. 130
APÊNDICES....................................................................................................... 135
33
RESENHA Trata-se de um trabalho escolar e/ou acadêmico, que resume as idéias de um livro,
filme, palestra, reunião, etc. e que se destina à avaliação de um curso ou publicação
em revista técnica.
FICHAMENTO Resumo informativo de uma publicação escrita numa ficha, com o intuito de facilitar a
consulta e o levantamento bibliográfico a respeito de determinado assunto ou para
organização de biblioteca pessoal.
34
SÃO PAULO
2009
36
SÃO PAULO
2009
37
INTRODUÇÃO
Na introdução deve ocorrer a apresentação geral do assunto do trabalho e uma
definição sucinta do objetivo do tema abordado. É importante esclarecer o ponto de vista sob
o qual o assunto será tratado. Lembre-se de que deve ficar clara qual é a pergunta central.
JUSTIFICATIVA
Qual o relacionamento do trabalho com outros da mesma área? Quais os objetivos e
finalidades da pesquisa, com a especificação dos aspectos que serão ou não abordados.
Discutir suas possíveis implicações, significados e razões para concordância ou discordância
com outros autores. Qual a contribuição acadêmica e/ou prática pretendida com esse trabalho?
METODOLOGIA
É a descrição precisa dos métodos de abordagem e materiais utilizados, de modo a
permitir a avaliação por outros pesquisadores. A especificação e origem do material utilizado
poderão ser feitos no próprio texto ou em nota de rodapé.
CONCLUSÃO
Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e
correspondentes. Refere-se à introdução, fechando-se sobre o início do trabalho.
Considerações finais que retomam objetivos, pergunta central e sub-perguntas, avaliando até
que ponto foram respondidas e que outras pesquisas poderiam dar continuidade a esta.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Listar, de acordo com 7.3, os livros, os artigos, as obras de referência, os jornais e
revistas, os documentos não publicados, os artigos em Internet, as entrevistas e outros.
As vezes a imaginação nos leva por caminhos estranhos e, por este motivo, não
queremos fornecer uma resposta definitiva ao problema da escrita.
Enumeraremos, a seguir, algumas notas que podem ajudar a quem precisa escrever.
Cada um poderia descobrir naturalmente soluções de como aprimorar a escrita, desde que se
propusesse a isto. Leitura de boas obras e observar como os outros escrevem, facilitam o
aprendizado. Com o passar do tempo, se exercitamos a escrita, poderemos dar passos seguros
e significativos.
"Todo pesquisador deve escrever de acordo com os padrões exigidos pela ciência, no
entanto, muitos não dominam a linguagem científica. Alguns editores apontam a falta de
estilo como principal defeito dos artigos enviados para publicação por cientistas dos países em
desenvolvimento. Isto indica que há uma deficiência importante na formação destes
investigadores.
O ensino médio (de primeiro e segundo graus) enfoca a forma literária de escrever.
Esta admite frases longas, complexas e retóricas, para passar imagens e sensações ao leitor.
Ao contrário, a linguagem científica deve ser clara, objetiva, escrita em ordem direta e com
frases curtas. Portanto, os indivíduos precisarão adequar sua redação quando se iniciam na
carreira científica. Esse assunto tem sido negligenciado pelos cursos de Pós-Graduação no
Brasil, originando a formação de Mestres e Doutores inabilitados para escrever artigos
científicos. Geralmente esses jovens pesquisadores não têm consciência disso e passarão suas
deficiências aos futuros orientados.
Para corrigir esta falha na formação é necessário muito esforço, paciência e disposição
para ocupar quanto tempo for necessário. Acima de tudo, é preciso ter humildade para
reconhecer as próprias limitações e trabalhar continuamente para eliminá-las. “Produzir um
texto adequado é tarefa árdua e demorada, mesmo para aqueles que dominam a linguagem
científica.” (Valenti, W.C. Guia de Estilo para a Redação Científica)
41
A seguir, serão apresentadas algumas regras práticas sugeridas pelo professor Valenti,
adaptadas para este artigo. Evidentemente, elas são de mero caráter típico-indicativo e
admitem exceções, mas podem auxiliar na hora de escrever ou revisar um texto acadêmico.
Antes de iniciar, organize um roteiro com as idéias e a ordem em que elas serão
apresentadas. Estabeleça um plano lógico para o texto. Só escreve com clareza quem tem as
idéias claras na mente.(1)
Um parágrafo é uma unidade de pensamento. Sua primeira frase deve ser curta,
enfática e, preferencialmente, conter a informação principal. As demais devem corroborar o
42
conteúdo apresentado na primeira. A última frase deve seguir de ligação com o parágrafo
seguinte. Pode conter a idéia principal se esta for uma conclusão das informações
apresentadas nos períodos anteriores. (4)
Após a correção de cada parágrafo, em separado, leia todo o texto três vezes e faça as
correções necessárias.
Lembre-se que textos longos e complexos, com frases retóricas e palavras incomuns
não demonstram erudição. Ao contrário, indicam que o autor precisa melhorar seu modo de
escrever.
43
Hoje em dia, já se encontram disponíveis na internet (www) muitos sites contendo
informações para redigir de acordo com o local onde se pretende publicar. Por exemplo, o
Style and Form do Journal of Animal Science: http://www.asas.uiuc.edu.
Leituras Recomendadas
Eco, U. Como se faz uma tese. 14a. ed. São Paulo: Perspectiva, 1996, p.170.
Figueiredo, L.C. A redação pelo parágrafo. Brasília: Universidade de Brasília, 1995. 127p.
Lertzman, K. "Notes on writing papers and thesis", Bulletin of the Ecological Society of
America, v.76, n.2, p.86-90, 1995.
Magnusson, W.E. "How to write backwards", Bulletin of the Ecological Society of America,
v.77, n.2, p.88, 1996.
Medeiros, J.B. Redação científica. 2ed. São Paulo : Atlas, 1996. 231p.
Medeiros, J. B.; Gobes, A.; Alves, F.; Lima, L. Manual de redação e revisão. São Paulo :
Atlas, 1995. 203p.
Manual de estilo Editora Abril. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1990. 93p.
Manual Escolar de Redação Folha de São Paulo - Editora Ática. São Paulo : Ática, 1994.
184p.
Shaw, H. Punctuate it right! 2ed. New York : Harper Collings, 1994. 208p.
Strunk, Jr., W; White, E.B. The elements of style. 3ed. Boston : Allyn & Bacon, 1979. 92p.
Willians, J.M. Style: toward clarity and grace. Chicago : University of Chicago, 1995. 208p.
1. Deve-se escrever, também, do geral para o particular. Quando decidimos ou precisamos escrever
algo, normalmente já temos uma noção do que vamos escrever, mas aqueles que irão ler, não. Por este
motivo, escrevemos bem menos do que precisamos para transmitir uma idéia. Isto é, deixamos
subentendidos uma série de raciocínios intermediários, o que acaba dificultando a leitura. Uma
experiência que todos podemos fazer, é a de escrever um texto sobre algo, deixando fluir toda nossa
imaginação e capacidade, e depois de algumas semanas, lê-lo novamente. É surpreendente como nós
mesmos não entendemos todo o texto, e nos questionamos sobre algumas frases ou até mesmo
parágrafos inteiros. Naturalmente o número de palavras que usamos, não esta diretamente relacionado
com a clareza. Escrever muito nem sempre é suficiente para deixar as idéias claras.
2. E também do antecedente para o consequente. Algumas pessoas, quando nos contam um fato ou
um filme, parecem tão ansiosas que colocam o carro na frente dos bois. Quem escuta ou não entende,
ou perde o interesse por escutar pois já sabe o final da história. No latim, que é uma língua com
44
declinações, a ordem das palavras pode ser alterada, sem que a frase perca seu sentido. A declinação
das palavras permite sua construção alterada, sem que o leitor deixe de saber se ela é objeto direto ou
sujeito. Mas, os bons latinistas, procuram deixar o verbo, que exprime ação, para o final da frase.
Tempus brevis est. Mesmo nesta frase, que diz que o tempo é breve, ficamos na expectativa até o
final... qual a relação do tempo com a brevidade? Alfred Hitchcok e Agata Christie, costumavam criar
um clima de suspense, de modo que o espectador se sinta atraído a assistir ou ler a obra até o fim. E
todos os que querem que seus textos sejam lidos, podem fazer o mesmo. Dizem que Hitchcok iniciava
uma estória de suspense quando estava numa fila de elevador, e seguia sua narrativa já dentro do
mesmo. Para surpresa geral, saía num andar, antes de terminar a estória. Não se deve imitá-lo nesta
brincadeira, é preciso ir até o fim. Relatar as coisas do mais antigo para o mais recente, garante a
atenção de quem lê e facilita a compreensão do texto. O ideal para quem escreve um trabalho
científico, é que momentos antes de terminar a última frase, o leitor possa imaginar a solução do
problema ou a conclusão. Já no caso de escritores e poetas, ser previsível nem sempre é desejável.
3. Usar a palavra correta. Cada palavra tem um significado original e freqüentemente é útil e
interessante conhecer a etimologia. Quantas vezes, ao ler no dicionário o significado de uma delas, nos
surpreendemos com a alteração que sofreu pelo uso. As vezes é possível resgatar o sentido original, e
esta preocupação de recorrer ao dicionário, deve passar a ser uma ocupação. Outras vezes é
impossível. É o caso das palavras aquário e piscina. Aquário (do lat. acqua =água) é o lugar onde se
armazena água e piscina (do lat. pisces = peixe) o local onde se criam peixes. Ora, seria tido por louco
quem dissesse que cria peixes na piscina e toma banho em um aquário.
4. O uso de parágrafos de transição. Quando se escreve a primeira versão de uma tese, um livro, ou
mesmo um relatório compostos por capítulos é freqüente terminar um e começar o outro, sem que haja
conexão explícita. Para corrigir este defeito, pode-se usar o parágrafo de transição. Esta técnica, se
bem empregada, estimula o leitor a ler o capítulo seguinte. Bastam algumas palavras a mais no último
parágrafo, para introduzir o leitor no novo tema que se vai abordar. De forma análoga Clive Staples
Lewis (1898-1963) em seu livro Mere Christianity começa o capítulo novo, recordando algumas idéias
do anterior. A explicação é simples. Como o livro foi uma transcrição de palestras radiofônicas
(Broadcast Talks) ele era "obrigado" a recordar em parte a conferência anterior. Desta forma, os
parágrafos de transição, sejam eles no fim ou no início de cada capítulo, garantem ao leitor a sensação
de que o autor pensou nele, e que dentro do seu estilo, quis tornar a leitura mais agradável.