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Objectivos específicos
• Comparar números;
• Ler e representar números;
• Compreender o sistema de numeração decimal.
• Desenvolver a compreensão do valor posicional de um algarismo no
sistema de numeração decimal .
Resolução de problemas
Raciocínio matemático
Comunicação matemática
Material necessário:
Folha para registo do trabalho a realizar;
Cartões numerados de 0 a 9;
Saco
Introdução (cerca de 20’): Explicação oral da tarefa a toda a turma. Pretende-se, com
esta etapa, garantir que os alunos compreendem o seu objectivo e motivá-los para a
sua realização. Dizer aos alunos para desenharem nos seus cadernos duas tabelas de
1x3 (cada tabela servirá para escrever um número de 3 algarismos). Explicar-lhes que
o objectivo do jogo é obter a maior soma com os números formados. Mostrar aos
alunos os cartões que se irão colocar dentro do saco e explicar que se irá retirar um
cartão do saco e anunciar, em voz alta, o número. Quando ouvirem o número deverão
escrevê-lo num dos seis espaços que têm disponíveis nas tabelas desenhadas. Uma
vez que o tenham anotado já não poderão movê-lo. A professora retirará um cartão do
saco, seis vezes, não repondo os cartões após cada extracção.
Desenvolvimento/discussão da tarefa (cerca de 120’): Dá-se início à extracção dos
cartões. Antes de se proceder a uma nova extracção, a professora deve certificar-se
de que todos os alunos o registaram numa das suas tabelas. Quando os seis números
tiverem sido anunciados, e depois de todos os alunos terem adicionado os dois
números por eles construídos, pedir a um aluno para apresentar o total obtido. Neste
momento, a professora deve questionar a turma:
Existirá uma soma ainda maior? Existirá outra maneira de obter essa
mesma soma?
Qual a menor soma possível com números formados por aqueles seis
algarismos? De quantas maneiras diferentes poderão obter essa
soma?
Terminada a discussão anterior, retirar mais um cartão e dizer aos alunos que poderão
apagar e substituir penas um número para obterem uma soma maior do que a obtida
anteriormente (os alunos podem optar por não substituir nada).
Avaliação
A seguir ao 0, seguiram-se o 4, o 6, o 2, o 5 e o 8.
Quando saiu o 8, os alunos ficaram todos contentes porque, segundo palavras suas,
finalmente tinha saído um número grande.
Resolução da
Resolução da
Resolução do
A Inês foi a primeira a apresentar os seus números e a sua soma (a menor conseguida
na turma) e houve alunos que disseram ter conseguido somas maiores. A Laura foi
apresentar a sua soma (1492). Logo uma série de alunos disse que obteve uma soma
igual. Ninguém disse ter conseguido uma soma maior. O Francisco referiu que a sua
soma era menor que a da Laura, mas que um dos seus números era maior do que os
já apresentados. A professora pediu que fosse ao quadro registar o que tinha feito.
Prof: Se um dos teus números é maior do que os da Laura, como explicas teres obtido
uma soma menor?
Francisco: Porque em vez de 524, devia ter feito 542 (e escreve 42 por cima de 24).
Prof: E assim obtinhas uma soma maior? Verifica lá.
Francisco efectua os cálculos mentalmente e percebe que não conseguiu uma soma
maior que a da sua colega.
Francisco: Afinal não dava. Tinha também de trocar o 5 com o 6. Seiscentos é mais do
que quinhentos.
A professora pede à Laura que explique a estratégia adoptada.
Laura: Quando o 0 saiu, pensei que não havia nenhum menor e coloquei-o nas
unidades. Quando saiu o 4 pensei que podia vir algum maior do que esse e coloquei
nas dezenas.
Prof: E para que querias um maior?
Laura: Para pôr na ordem das centenas porque é a que vale mais.
Ângela: A Laura pensou bem porque se saísse um número menor que o 4, ainda podia
pô-lo nas unidades do outro número.
Prof: E tu Inês, o que alterarias na tua estratégia?
Inês: Se fosse agora não metia o 4 nas centenas porque não é um número nem muito
grande nem muito pequeno. Esperava por números maiores.
Prof: Dos algarismos que saíram, quais os que levantaram menos dúvidas quanto à
escolha da posição que deveriam ocupar?
Ângelo: O 0 não levantou dúvidas nenhumas. Foi logo para as unidades porque era o
que valia menos e tínhamos de pôr na ordem que vale menos também.
Daniel: E se saísse o 1 também devíamos pôr nas unidades.
Ângela: E se saísse o 9 era nas centenas porque o 9 na casa das centenas valia 900,
que era o maior valor.
Prof: Com os algarismos que saíram haveria possibilidade de obter uma soma maior
que 1492?
Houve 2 ou 3 alunos que disseram que sim. A professora mandou ao quadro para
mostrarem como fariam. Confrontados com a situação, os alunos chegaram à
rapidamente à conclusão de que tal não era possível porque já tínhamos metido os
algarismos maiores (8 e 6) nas ordens onde valem mais, os algarismos menores (2 e
0) nas ordens onde valem menos e os outros (5 e 4) estavam nas dezenas.
Começou logo a ouvir-se sim, na sala. O Ângelo diz que podemos manter as centenas
e trocar as unidades e as dezenas. O Carlos Daniel diz que tem outra forma e vai
explicar aos colegas. Todos queriam mostrar as formas em que estavam a pensar.
Surgiram as seguintes:
Ângelo: Já não há mais possibilidades. Já estão todas.
Prof: Como sabes que já estão todas?
Ângelo: Porque já trocámos todos os algarismos. Só há 12 números diferentes e por
isso há 6 maneiras de fazer a soma.
Prof: E não podíamos fazer o número 842?
Tiago: Podíamos. E assim o outro era 650. Já podemos fazer 842 + 650 e 650 + 842.
Prof: Como é que obtemos sempre a mesma soma se partimos de números
diferentes?
Ângela: Porque estamos sempre a trocar o 2 com o 0; o 5 com o 4 e o 6 com o 8 e dá
sempre a mesma coisa porque trocamos os algarismos, mas ficam nas mesmas
ordens.
Depois desta discussão, a actividade “Retirar mais um cartão e dizer aos alunos que
poderão apagar e substituir penas um número para obterem uma soma maior do que a
obtida anteriormente (os alunos podem optar por não substituir nada)” pareceu-nos não
constituir grande desafio, pelo que decidimos não a fazer.
A proposta seguinte era obter a menor soma e, desta vez, apenas um aluno não
conseguiu realizar correctamente a tarefa (obteve 772).
Repetiu-se o jogo, mas agora teriam de formar três números de 2
algarismos, de forma a obterem a maior soma. Apresentam-se dois
exemplos.