Vou contar como foi o lance, como começou, aconteceu e terminou. Mas, vou contar em forma de diálogo. Bem simples. Só se ligue no tempo, na velocidade, no fôlego da conversa. Não precisa ler com tesão. Só se você se identificar em algum momento... Mas leia com vontade.
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Vou contar como foi o lance, como começou, aconteceu e terminou. Mas, vou contar em forma de diálogo. Bem simples. Só se ligue no tempo, na velocidade, no fôlego da conversa. Não precisa ler com tesão. Só se você se identificar em algum momento... Mas leia com vontade.
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Vou contar como foi o lance, como começou, aconteceu e terminou. Mas, vou contar em forma de diálogo. Bem simples. Só se ligue no tempo, na velocidade, no fôlego da conversa. Não precisa ler com tesão. Só se você se identificar em algum momento... Mas leia com vontade.
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Vou contar como foi o lance, como comeou, aconteceu e terminou. Mas, vou contar em forma de dilogo. Bem simples. S se ligue no tempo, na velocidade, no flego da conversa. No precisa ler com teso. S se voc se identificar em algum momento... Mas leia com vontade. Local: um destes inferninhos na Augusta, super charmoso, estilo cabar retr. Noite. Doses de gim, tnica e limo, e um couvert muito bem feito, com tomate seco e azeite, mas no to gostoso. Gostoso de olhar, s. Quarenta e cinco minutos numa mesa, de costas pra parede, sempre (mania minha depois do que aconteceu com Abraham no teatro... no corro o mesmo risco). Chega o rapaz. Bonito. verdade: bonito. Homem sabe e pode dizer que outro cara bonito, por que no? Da partir pra um interesse outra coisa.
Seguinte, gato comeou ele: tem algum nessa balada afim de voc. Olha amigo, eu co mega lisonjeado sempre que um gay d encima de mim (no que ele realmente d encima de mim, se que me entende). Agradeo. Mas, sinto muito. e continuei: se quiser se sentar comigo, tomar um drink, ser um prazer. Mas, disso no passa...
Ento o cara ficou puto. No muito puto. Mas ficou meio desconfortvel o papo. Pensei que tivesse entendido errado, sei l, de repente paquerou o cara errado e no gostou de tomar um no. Mas no foi isso. Disse ele, bravo, mas com um sorrisinho safado:
Deixa de ser convencido, viadinho. Eu no quero voc. Quem quer aquela minha amiga, sentada no balco, te encarando desde a hora que entrou... E nada. Voc nem percebeu. Ela me disse: Conheo aquele cara. o cara do livro. Prometi a mim mesma que um dia eu daria pra ele se o encontrasse. E aqui estamos. Ela quer ir pra cama contigo. E a? E a? Quero conhec-la. disse eu, ultraviolentamente com as palavras. Ela parece muito interessante. Interessante? Para com isso. Ela j disse que quer dar pra voc. No tem frescura. Ento vamos l. respondi. Nada disso. Pra sair com ela, tem que pagar uma taxa pra mim. Um taxa? Quero um beijo. disse ele, de supeto, sem censura, sem frescura, na lata. Um beijo? No quero te beijar, bonito. J disse que esse no meu lance. Ento, nada feito. respondeu ele, se levantando da mesa.
No aguentei. Em milsimos de segundo segurei seu brao e o puxei de volta pra cadeira.
Senta a. Calma. Me fala mais da sua amiga. disse eu. Ela uma delcia. comeou ele. Corpo perfeito, inteligente, engraada... O que mais querer em uma mulher, no mesmo? E por alguma razo ela est interessada em voc. Mas, tem a taxa... Essa taxa parece mais um pagamento pra comprar meia hora de sexo. brinquei. Parece at que estou negociando com um cafeto... Voc quem escolhe. Tenho certeza que no ser meia hora. Ela quer voc, e quer agora. Isso no vale me pagar um beijo?
Eu olhava pra ele, olhava pra garota, pra ele de volta, pra garota... Ela passava uma das mos pelo decote do vestido e mordia o canto dos lbios... Na cena mais sexy que eu tinha visto aquela semana. Ela no parava de me convidar com os olhos, com a boca, com o dedo indicador brincando com o gelo na taa de Martini. A conversa parece longa, mas no foi. Tudo aconteceu rpido. Ele falava, eu falava, ele perguntava e eu respondia. Ele sorria e eu retribua. Ele punha a mo sobre a minha... eu tirava, punha sobre a mo dele, e dizia: calma a. Vamos devagar.
Para de enrolar. Me d um beijo ou no, gato? intimou ele. Mas no quero beijinho de menininho, no. Quero um beijo de verdade, com amasso, com vontade, de lngua, com saliva.
Engoli seco. Garganta fechada. Gole de gim pra empurrar o gosto da dvida goela abaixo.
E ento, gato? No tenho a noite toda.
Ele passou a lngua nos lbios e ergueu as sobrancelhas. O mesmo fez sua amiga no balco. Os dois em um jogo de seduo pra cima de mim. A diferena que eu comearia aos beijos com um e na cama com a outra. de se pensar. O que fazer? O que voc faria no meu lugar? Uma super gata louca pra arrancar suas roupas e dar a voc todo prazer que algum pode oferecer em uma quinta-feira, e o preo um beijo no amigo que parece estar de pau duro por baixo da mesa. S isso. Um beijo bem dado no cara. Uma transa bem dada com a mulher. Sinceramente, c entre ns, ainda em minha heterossexualidade: o cara nem era feio. Um cara boa pinta, bonito... Boca bonita, sexy. Super bem vestido, alto, elegante e com um toque amadeirado no perfume.
Isso ca entre ns. disse eu, olhando seriamente. Entre ns e ela. respondeu.
Chegou mulher em minha mesa. Se sentou. Me deu um beijo longo no rosto, perto da orelha. Arrepiei. O sangue foi pro lugar certo. Vestido vermelho de cetim, aberto at a cintura na perna esquerda.
No meu apartamento, escritor. disse ela, finalizando o Martini, mordendo a cereja; lbios midos pelo suco da fruta. Mas e o beijo? indaguei. O beijo? Voc quer beijar meu amigo ou quer transar comigo? perguntou ela.
Por um momento me senti um verdadeiro imbecil. Mas, como assim? No foi o trato? O cara me alugou a noite toda pra meter um beijo na minha boca, dizendo ser a taxa pra ir pra cama com sua amiga e tudo mais... E agora parecia que eu que estava enrolando a porra toda. Como assim? Uma daquelas situaes que voc se sente culpado sem saber por que... Sabe como ?!
Levantamos. Segui-a at o carro. Fomos para o seu apartamento, logo a, alguns quarteires. No elevador, os dois comearam trocar carcias. Passando a mos daqui, ali, por cima, por baixo... Beijos e abraos. E eu l, olhando tudo. Elevador espelhado. Ele passou a mo por baixo do vestido, ela sorriu e dei aquele gemido caracterstico. Ele puxou sua calcinha para baixo, deixando cair at o salto. Ela pegou com a mo direita, s com os dedos. Cheirou. Sorriu. Passou os lbios e jogou pra mim. A porta abriu. Apartamento.
Vai car a, com o pau duro desse jeito? perguntou ela, j na sala, olhando para trs por cima do ombro.
No aguentei. Corri pra dentro. Tomei-a pelos braos, abri o zper do vestido. Nada. Sem suti... j estava sem calcinha desde o elevador. Nua em pelo. Linda. Leve e livre. Aquele tom de pele que me leva aos primrdios da felinidade, instinto sexual, meio Cat People. Teso puro. O amigo vem com um selo de cido. Pe na boca. Leva um at a boca dela, na ponta da lngua. Que sensual. Coisa linda. Imaginei um monte de coisas com aquela lngua em milsimos de segundo.
Agora leia aumentando a velocidade (por causa do cido): Ela deitou no tapete... um tapete felpudo, estilo pelo de urso. Parecia areia movedia. O cara tirou a roupa, abriu as pernas de sua amiga, tirou minha camisa... Eu l, parado, babando, encarando... j tinha engolido meu selo psicodlico com um gole de vinho branco. O sangue a milho. Ele tirou minha cala, minha cueca... Meteu a mo no meu... Me empurrou pro meio das pernas da mulher deitada no tapete. Que cheiro maravilhoso, adocicado, fresco... Da senti um arrepio, um arrepio que comeou no final da espinha e subiu at a nuca. No foi a boca dela, e a minha estava ocupada. Ela, gemendo. Muito. Alto. Quase gritando. Minha lngua l, entrando, saindo, banhando os lbios baixos rosados e perfeitos. Ele puxou minha cabea e me empurrou pra cima dela. Boca a boca. Lngua a lngua. Segurou meu... E ps dentro de sua amiga, delicadamente. Ela gemeu. No por que grande. No . Acima da mdia... mas no grande. Gemeu pelo prazer, pela atmosfera. Ele me empurrou e ela me puxou. Os trs, mudos. Ningum falava mais nada. Sensoriais. Clima. Ambiente. S os gemidos preenchendo os espaos. Orgasmos. Pra todo lado, orgasmos. Horas madrugada a dentro.
No d pra explicar. Nem aqui, nem em lugar nenhum. ter pra saber. O resto lenda, histria. Ningum sabe ao certo se realmente aconteceu, ou se foi viagem da transa entre o cido e o lcool. Experimentalismo. Mas foi uma destas experincias em dias de festa. Natural. Coisa do ser humano. Amanh, ningum se conhece.
Mas, e o beijo? O beijo no rolou. Rolou tudo o que tinha pra rolar. Menos o beijo. ____ Segunda-feira. 03/03/14 _____ Marco Buzetto 016 9 9142 6754 marcobuzetto@hotmail.com.br http://marcobuzetto.blogspot.com