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CRIAÇÃO
OU
EVOLUÇÃO:
EM QUE VOCÊ

ACREDITA?

AUTOR: Pb. Eldo Carlos de A. Lima


Mestre em Teologia pelo Instituto Bíblico Ebenézer – Madureira-RJ;
Pesquisador de Religiões e Sexualidade.
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SUMÁRIO

Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------- p. 3

1. A Bíblia e a Ciência ------------------------------------------------------------------- p. 4


2. O Dilúvio ---------------------------------------------------------------------------------- p. 6
3. A Idade da Terra ------------------------------------------------------------------------ p. 8
4. O Evolucionismo ----------------------------------------------------------------------- p. 13
5. Os Registros Fósseis ----------------------------------------------------------------- p. 20
6. Conclusão ------------------------------------------------------------------------------- p. 23
7. Bibliografia ------------------------------------------------------------------------------ p. 24
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CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO: EM QUE VOCÊ ACREDITA?

Introdução

Até antes que Charles Darwin surgisse com sua teoria da Seleção Natural das
Espécies, poucos se levantavam contra a crença de que Deus teria criado todas as coisas.
De lá para cá, o número de seguidores de suas idéias só faz crescer, tanto daqueles que
descartam totalmente a noção da existência de uma divindade quanto daqueles que
aceitam o fato de Deus existir, porém, considera a evolução das espécies um mecanismo
criado e usado pelo próprio Deus. Assim, temos: Os Ateístas – que descartam totalmente a
hipótese de Deus - ; os Teístas – que consideram Sua existência e poder de criar todas as
coisas como fato – e ainda, os Teístas-Evolucionistas – para quem a evolução das
espécies seria obra do próprio Deus e não prova de que Ele não exista.

Como veremos mais adiante, de forma mais clara, os primeiros desconsideram


os outros dois grupos; o segundo desconsidera o primeiro totalmente e vê o terceiro com
desconfiança – estariam em cima do muro, coxeando entre dois caminhos opostos – e o
terceiro, alega ter a revelação equilibrada entre fé e ciência, satisfazendo assim a ambos.
O fato é que, todos nós, que somos cristãos, devemos ter uma cosmovisão bem clara a
respeito destas questões. Se realmente Deus criou e sustenta todas as Suas obras, a
ciência e a Teologia Natural não podem conflitar com as Escrituras Sagradas, antes, ambas
devem caminhar em harmonia com a Bíblia e se encaixarem como uma luva na mão. Este
pequeno manuscrito tem esse objetivo, proporcionar maior clareza aos cristãos com
respeito a questões que sempre inquietaram e ainda inquietam os seres humanos – De
onde vim? Para onde vou? Como surgiu a vida? Como surgiu o universo? Deus realmente
criou a raça humana ou somos obra do acaso? – e assim, trazer consolo e maior segurança
aqueles que procuram compreensão maior para sua fé.
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Capítulo 1

A BÍBLIA E A CIÊNCIA

O debate entre a ciência e a Bíblia é antigo e, muitos, resolveram a questão


simplesmente fazendo uma clara separação entre ambas. A ciência afirma lidar com os
fatos, enquanto a Bíblia, dizem eles, traz apenas uma visão mítica, simbólica da realidade.
Na realidade a verdadeira ciência, baseada na observação e experimentação, não contraria
as Escrituras Sagradas. Um fato que precisa ser esclarecido é que “a Bíblia não é um
livro de ciências”, embora não erre quando fala sobre fatos científicos. Como exemplos de
exatidão bíblica, temos:

1. O universo está se desgastando:


A Entropia, 2ª Lei da Termodinâmica, afirma que o universo está desgastando sua
energia utilizável, ou seja, está envelhecendo. Tal visão é descrita em Sl 102.25-27.

2. A vida se reproduz conforme sua espécie:


Em Gn 1.24, a Bíblia afirma que a terra produziu seres vivos de acordo com suas
espécies: animais domésticos, selvagens, etc. O paleontólogo agnóstico Stephen
Jay Gold afirmou que: “A maioria das espécies não demonstra mudança direcional
durante sua vida na terra. Aparecem no registro fóssil com a mesma aparência que
quando desapareceram; mudança morfológica geralmente é limitada e não-
direcional” (Enciclopédia Apologética, p. 168).

3. Os seres humanos foram feitos do pó da terra:


Em Gn 2.7, é dito que Deus criou o homem do pó da terra. A ciência mostra que
temos em nossa composição vários elementos encontrados na natureza: Oxigênio,
hidrogênio, azoto, cloro, enxofre, cálcio, potássio, ferro, gordura, açúcar, fósforo,
magnésio, cal, etc.
“Em abril de 1985, a professora Lelia Coyne, pesquisadora da NASA (Agência
Espacial dos Estados Unidos), e docente da Universidade de San José, na
Califórnia, surpreendeu o mundo científico com a afirmação da descoberta de que a
vida humana na terra começou em estratos de uma argila muito fina e branca, o
caulim, usado na indústria como branqueador de papel e isolante térmico...” (As
Grandes Doutrinas da Bíblia, p. 155).

4. A terra está suspensa no espaço:


Em Jó 26.7 está escrito que Deus sustenta a terra sobre o nada.
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5. A terra é redonda:
É dito em Is 40.22 que Deus está assentado sobre a redondeza da terra.

Muitos outros exemplos poderiam ser dados, porém falta-nos espaço.


Ao longo da história muitos cientistas crentes em Deus foram responsáveis por
descobertas importantes para a humanidade, que até hoje são utilizadas. Segue
abaixo uma breve relação:

Ω Johann Kepler (1571-1630) – Mecânica celestial e Astronomia física;

Ω Blaise Pascal (1623-1662) – Hidrostática;

Ω Robert Boyle (1627-1691) – Química e dinâmica do gás;

Ω Nicholas Steno (1638-1687) – Estratigrafia;

Ω Isaac Newton (1642-1727) – Cálculo e Dinâmica;

Ω Michael Faraday (1791-1867) – Teoria de Campos;

Ω Charles Babbage (1792-1871) – Ciência da Computação;

Ω Louis Agassiz (1807-1873) – Geologia glacial e Ictiologia;

Ω James Simpson (1811-1870) – Ginecologia;

Ω Gregor Mendel (1822-1884) – Genética;

Ω Louis Pasteur (1822-1895) – Bacteriologia;

Ω William Kelvin (1824-1907) – Energética, Termodinâmica;

Ω Joseph Lister (1827-1912) – Cirurgia anti-séptica;

Ω James Clerk Maxwell (1831-1879) – Eletrodinâmica, Termodinâmica Estatística;

Ω William Ramsay (1852-1916) – Química isotópica e alguns precursores seus, como:

Ω Roger Bacon (1220-1292); Ω Nicolau Copérnico (1473-1543); Ω Galileu Galilei (1564-


1642).

Capítulo 2

O DILÚVIO
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“Aquele que afirma ser cético em relação a um conjunto


específico de crenças é, na verdade, um verdadeiro
crente em outro conjunto de crenças”
Phillip E. Johnson

No capítulo 7 de gênesis Deus manda Noé e toda sua família entrar na arca e
reconhece que este era justo diante Dele no meio daquela geração. O Dilúvio bíblico tem
sido alvo de sérias críticas por parte de alguns – que não acreditam na sua universalidade -
e usado como principal argumento por parte de outros – que acham o fato uma importante
evidência da idade jovem de nosso planeta. Mais afinal, o Dilúvio foi ou não universal?

1. Argumentos de um Dilúvio Parcial.


• A expressão “Universal” é usada em outros textos, mas não significa o mundo
todo. Por exemplo: a) É dito de Pentecoste que havia ali pessoas de todo
mundo (At 2.5), mas as nações referidas pertencem ao mundo romano.
• O sedimento de tal Dilúvio encontra-se somente no vale da Mesopotâmia.
• Não há água suficiente no mundo para cobrir todas as maiores montanhas.
• Águas altas demais teriam causado problemas na rotação da terra.
• As montanhas na região mesopotâmica não eram tão altas.
• O tamanho da arca impossibilitaria guardar todas as espécies animais
existentes. De uma área menor seria mais fácil de acomodar.

1. Argumentos de um Dilúvio Universal.


• A ordem divina de levar todos os animais seria sem sentido caso o dilúvio
fosse local. Após a destruição, animais migrariam para lá e repovoariam a
região.
• Gênesis 10.32 afirma que a terra foi repovoada pelas 8 pessoas que se
salvaram na arca.
• O apóstolo Pedro confirma que somente 8 pessoas se salvaram(1ª Pe 3.20).
• As camadas sedimentares de todo planeta estão abertas a interpretação.
Pode ter havido um dilúvio local, mas também há sinais de mudanças
dramáticas na crosta terrestre em todo globo.
• Engenheiros, programadores e especialistas em animais selvagens, são
unânimes em afirmar que havia espaço suficiente na arca para todos os
animais. Havia 3 pavimentos na arca – o que triplicava seu espaço para
45.000 m³ - e seu tamanho seria de um navio moderno – 14 m de altura, 23m
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de largura e 137 m de cumprimento – o que seria o mesmo que 569 vagões


de trem.
• Espécie, segundo o conceito moderno, não equivale a “tipo” na Bíblia. Há
provavelmente 72 mil tipos de animais terrestres que deveriam entrar na arca.
Muitos poderiam ter entrado como filhotes e, a maior parte não tinha grande
porte. Alguns poderiam ter sido preservados no ovo e assim haveria bastante
espaço para eles, Noé, sua família e os alimentos.

A arca era forte e flexível. O cedro cede sem quebrar. Seu formato retangular é o tipo de
embarcação mais estável em águas turbulentas. Um ex-arquiteto naval afirmou: “A arca de
Noé era extremamente estável, mais estável, na verdade, que os navios modernos”
(Enciclopédia Apologética, p. 285)
Existem relatos de outros povos a respeito de um dilúvio universal – Épico babilônico de
Gilgamés (cerca de 2.600 a.C.); e outros como: Tribo dos Kamars na península índica, em
Cashemira e Assã, os Karens da Tailândia, na tradição chinesa – onde Fah-he escapou do
Dilúvio com sua esposa, 3 filhos e 3 filhas; os aborígenes da Austrália; os havaianos; os
habitantes do Alasca; “os bataks de Sumatra recitam que seu criador, Debata, zangou-se
com a humanidade por causa da maldade e decidiu destruí-la com um dilúvio. Toda
humanidade morreu, exceto um casal, que se refugiou no pico de uma elevada montanha e
foi perdoado por Debata”( Josh McDowell Responde, p. 210); etc. Todos esses, num total
de cerca de 250 relatos de povos espalhados pelo mundo, tem histórias semelhantes sobre
um grande dilúvio universal.
Face ao exposto, tudo leva-nos a acreditar ter sido o dilúvio universal e não local. Um
dilúvio universal é o que melhor corresponde ao relato bíblico e as evidências extra bíblicas.

Capítulo 3

A IDADE DA TERRA
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“Somente um principiante que não sabe nada sobre ciência diria que
a ciência descarta a fé. Se você realmente estudar a ciência,
ela certamente o levará para mais perto de Deus”

James Tour, Nanocientista

Com relação ao tempo de existência de nosso planeta e de todo universo,


existem 3 principais pontos de vista: 1º) Teoria da criação recente da terra; 2º) Teoria da
criação antiga da terra – Criacionismo Progressivo e 3º) Teísmo evolucionista - Criação de
Potencial Pleno.

1. Teoria da Terra Jovem ou Criacionismo Fiat


Seus defensores argumentam que todos os organismos fundamentais que existem
foram criados por Deus de forma direta durante a semana narrada em Gn 1 e 2, a
maldição da queda – Gn 3 – afetou tremendamente a criação em todos os aspectos
e que o dilúvio de Noé foi um acontecimento de abrangência e efeitos universais. Tal
visão é defendida por muitos estudiosos, dentre eles o paleontólogo Kurt Wise, do
Bryan College, o geofísico John Baumgardner, do Laboratório Nacional de Los
Alamos, o biólogo Wayne Frair, etc. Digno de nota, também, é o argumento de que
uma terra antiga não se harmonizaria com o fato de que a morte só entrou no mundo
após o pecado de Adão e Eva. Não poderia haver morte antes disso. A visão de uma
terra jovem foi aceita por muito tempo devido os cálculos feitos com base nas
genealogias bíblicas, por um arcebispo irlandês chamado James Ussher (séc. XVII).
Ele afirmou que a criação havia ocorrido no ano 4004 a.C., ou seja, a terra teria
cerca de 6 mil anos. Alguns, com base na taxa de natalidade – nascimentos –
afirmam que o valor atual de habitantes no planeta confere com o tempo de 6 mil
anos, usando para isso um valor estimado de 2,5 filhos por casal. Porém, a Bíblia
não faz tal declaração e não deixa parâmetros fixos para tal cálculo. Até porque, 2,5
filhos por casal naquela época seria muito pouco, uma vez que, se geravam muitos
filhos em cada família – dezenas com certeza. É dito em Gn 1.1 que “No princípio
criou Deus, os céus e a terra”. Tal fato poderia ter ocorrido milhões ou milhares de
anos atrás. Não sabemos quando foi “No princípio”. Sabemos que os anjos já
existiam e provavelmente já haviam se rebelado, uma vez que, o primeiro anjo que
aparece no Éden falando na boca da serpente foi o chefe da rebelião – Lúcifer (Gn
3) – e isso ocorreu 4.000 a.C.
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2. Teoria da Terra Antiga ou Criacionismo Progressivo.


Para os seguidores desta teoria, a terra teria cerca de 4 a 5 bilhões de anos e o
universo, uns 10 a 20 bilhões. Acreditam que Deus usou uma combinação de
intervenção sobrenatural e providência na edificação do universo. Houve uma
progressão - passos dados ao longo de um período de tempo, em que Deus fixou e
aperfeiçoou cada estágio do ambiente antes de adicionar outro estágio.
Existe um posicionamento intermediário entre a criação recente e antiga
da terra – A chamada Teoria do Intervalo – que afirma ter ocorrido à criação com
eras de duração por ato divino conforme relatado em Gn 1.1: “No princípio criou
Deus os céus e a terra”. Após isso, a vida na terra teria sido destruída por ocasião da
rebelião de Lúcifer (Gn 1.2; Is 45.18; Ez 31.15-17). Na Teoria do Intervalo, a terra
teria cerca de 6 a 10 mil anos, ou ainda, talvez uns 13 mil anos. Os argumentos
favoráveis a tal visão seriam:
Argumentos:
1 – A Terra original era Perfeita, Complexa e cheia de Vida.
2 – Algo ocorreu para haver Caos na terra (Ez 31.15)
3 – Satanás era o Guardião da terra original antes de sua queda – Ez 28.14 (Ungido
= Messias).
4 – O dilúvio citado em 2ª Pe 3.6,7 não seria o de Noé, antes, o que destruiu a vida
da 1ª terra, assim, em conformidade com alguns cientistas, teria havido outros
cataclismas em nosso planeta antes da criação de Adão e Eva e sua colocação num
paraíso no Éden.
5 – Fósseis Humanos e de Dinossauros antigos, seriam evidências do mundo pré-
adâmico.
George Hawkins Pember, autor de “As Eras Mais Primitivas da Terra”,
afirmava que: “...pois somos totalmente desconhecedores das condições de vida
naquele mundo antigo, o qual pode não ter sido e certamente não era como o nosso.
Porquanto Adão foi criado depois, e aparentemente, como iremos ver, devido a um
fracasso anterior. Por isso, é possível que a morte não tenha tocado aqueles
homens primitivos antes da destruição final”(As Eras Mais Primitivas da Terra vol. 1,
p. 93). É interessante também notar que, aqueles seres, embora anatomicamente
parecidos conosco, com certeza não eram imago Dei – imagem de Deus – e ainda,
não deveriam responder por eternidade – céu e inferno não faziam parte de sua
realidade, mas somente foram inclusos na nossa era, a qual Deus tinha um
propósito: Trazer juízo a Lúcifer e separar para si um povo zeloso e de boas obras,
para adorá-Lo em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Essa visão nos leva de
encontro a uma das 2 teorias da origem dos demônios: 1ª) Demônios seriam os
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próprios anjos caídos; 2ª) Demônios seriam seres desencarnados de uma raça pré-
adâmica. Esta última é que melhor confere com a realidade, pois a Bíblia não
declara a origem dos demônios. Anjos, já tem corpo e podem inclusive assumir
outras formas, mas os demônios precisam incorporar ou possuir alguém para
fazerem através dessa pessoa suas obras ruins. Andam todo tempo a procura de
corpos, talvez, devido terem sido despidos na época pré-adâmica.

3. Teísmo Evolucionista ou Criacionismo de Potencial Pleno.


Advoga que Deus trouxe a existência uma criação com capacidade de organizar-se
e de transformar-se em novas formas com o passar do tempo. Todos os seres vivos
seriam capazes de evoluir biologicamente, desde a matéria inorgânica até as formas
de vida atuais – inclusive o homem. A terra e também todo universo, seriam de
alguma forma eternos – acreditam que a matéria é eterna, pois Deus é energia – e
crêem nisso com base na 1ª lei da termodinâmica, segundo a qual a energia não
pode ser criada nem destruída, mas sempre existiu. Tal visão assemelha-se mais
com a filosofia grega e com o evolucionismo Darwiniano do que com o cristianismo e
não encontra respaldo algum nas Escrituras Sagradas.

Segue abaixo uma breve cronologia de cálculos feitos por vários estudiosos ao
longo dos anos com intuito de resolver a questão da idade da terra e universo:

1644: O estudioso hebreu Dr. John Lightfoot (1602-1675), vice-chanceler da Universidade


de Cambridge, construiu uma cronologia da história de genealogias Bíblicas. Ele calculou
que o mundo foi criado ao equinócio em setembro de 3298 A.C., à terceira hora do dia (9
da manhã). Ele não especificou a longitude particular da Terra para qual este horário se
aplicava.

1650: James Ussher (1581-1656), Arcebispo de Armagh e Primaz de Toda Irlanda,


cuidadosamente correlacionou histórias do Oriente Médio e Mediterrâneas e escrituras
sagradas, chegando à data de criação: Domingo, 23 de outubro de 4004 A.C. Nenhuma
barra de erro é necessária quando esta data é traçada no gráfico, uma vez que Ussher
considerou-a exata da época

Depois disso durante vários séculos encontra-se pouca discussão científica sobre a idade
do universo, em parte por causa de falta de evidência e teoria. Mas as pessoas estavam
ponderando a questão da idade da terra, e é claro, o universo é muito provavelmente mais
antigo que a terra.

1760: Buffon (1707-88) estimou a idade da terra como 75,000 anos calculando seu tempo
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de esfriamento do estado fundido.

1831: Charles Lyell (1797-1875) chegou a uma idade de 240 milhões de anos baseado em
fósseis de moluscos marinhos.

1897: William Thomson (1824-1907) usou dados mais precisos de condução de calor e
radiação para melhorar o cálculo da taxa de resfriamente da Terra, concluindo que a terra
tinha entre 20 e 400 milhões de anos de idade.

1901: John Joly (1857-1933) calculou a taxa de entrega de sal de rios para oceanos,
determinando a idade da terra como entre 90 a 100 milhões de anos.

1905-1907: Rutherford e Boltwood determinaram a idade de pedras e minerais a partir de


medidas de decaimento radioativo. Eles encontraram idades de 500 milhões de anos a 1.64
bilhões anos. Trabalho subseqüente encontrou amostras de pedra tão antigas quanto 4.3
bilhões anos.

No século XX, a atenção se volta de datar a Terra, para datar a formação do sistema solar,
e o próprio Universo.

1929: Edwin Hubble (1889-1953) interpreta a distorção para o vermelho de estrelas e


galáxias distantes como devido à expansão geral do universo. A taxa desta expansão é
chamada constante de Hubble, e se o universo estivesse se expandindo uniformemente
desde seu começo, isso nos diria o quão antigo ele é. Extrapolando para trás reuniriam as
galáxias há aproximadamente 2 bilhões anos atrás, usando os números originais de
Hubble.

1947: George Gamow (1904-68) usa os dados originais de Hubble em luminosidade de


variáveis Cefeidas para concluir que a "expansão do universo deve ter começado
aproximadamente dois ou três bilhões anos atrás." Em uma nota de rodapé ele diz
"informação mais recente conduz, porém, para uma estimativa de períodos de tempo um
pouco mais longas."

1952: Bart Jan Bok (1906-83) estima que agrupamentos galácticos devem ter entre 1 e 10
bilhões de anos de idade.

1999: Astrônomos que trabalham em um time especial da NASA anunciaram que o


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universo tem aproximadamente 12 bilhões de anos, baseados em medidas da constante de


Hubble para estrelas muito distantes.

Capítulo 4
O EVOLUCIONISMO

“Quase que invariavelmente as pessoas formam suas crenças


não baseadas nas provas, mas naquilo que elas acham
atraente”
Blaise Pascal
Cientista e Matemático

A Teoria da Evolução, permanece desde sua sistematização por Charles


Darwin, com a publicação de “A Origem das Espécies” em 1859, como um conjunto de
idéias escravizado pelo Materialismo e pelo Naturalismo, ou seja, demanda tanta fé, ou
mais ainda, para se acreditar nela do que para ser seguidor de alguma religião, pois carece
de provas científicas. A evolução compreende 3 áreas básicas: origem do universo-
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evolução cósmica, origem da vida – evolução química, e origem de novas formas de vida
– evolução biológica.

A Evolução Biológica divide-se em microevolução e macroevolução. A


microevolução consiste na capacidade de adaptação ao ambiente que os seres vivos
possuem em geral e com isso, mesmo os criacionistas, concordam. Já na macroevolução,
o primeiro ser unicelular teria se desenvolvido até chegar a virar ser humano, ou seja, um
animal se transformaria em outro, e este em outro, até finalmente chegar à condição de ser
humano – Homo sapiens. A origem das espécies por meio da seleção natural proposta por
Darwin só pode ser comprovada no sentido da microevolução e não possui nenhuma base
científica verdadeira que prove a macroevolução. Tal abordagem não pode ser provada
empiricamente. A evolução Darwiniana é uma ciência ruim, se é que pode ser chamada de
ciência. A ciência séria trabalha com a observação e a experimentação e o
macroevolucionismo não pode cumprir tal exigência para sua aprovação como fato
incontestável. Outro problema sério que a macroevolução enfrenta é a ausência de elos
perdidos ou animais de transição entre as espécies encontradas nos estratos fósseis. O
próprio Darwin admite que “Por que motivo toda formação geológica e cada camada
sedimentar não se encontram repletas desses elos? A geologia não revela nenhuma cadeia
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orgânica interligada por elos contínuos, e nisso, talvez, é que consiste a objeção mais
evidente e séria que se possa contrapor à minha teoria”(A Origem das Espécies, p. 392).
A Evolução Cósmica é vista pelos evolucionistas como um processo natural
de mudança em um universo eterno – a matéria seria eterna – ocorrido através de milhões
e até bilhões de anos. No entanto, não existe nenhuma evidência científica observável que
prove ser o universo eterno. A melhor alternativa científica é que o nosso universo visível
teve um princípio e, portanto, teve um criador. A visão de um universo com começo –
iniciado com uma grande explosão (Big-Bang) – é sustentada com os seguintes
argumentos:

• A 2ª Lei da Termodinâmica.
É chamada de Entropia e demonstra que a energia utilizável em nosso universo está
diminuindo, ou seja, está se esgotando. Logo, o universo teve um início e sua
energia é limitada. Essa 2ª Lei demonstra que quando deixadas ao léu, as coisas
tendem a desordem e desgaste, ou seja, o universo caminha para o caos e não para
evolução ou melhoria. Se há esgotamento, logo, o universo não é eterno, mas teve
uma causa – Deus.

• A Expansão das Galáxias.


Há evidências que demonstram que o universo está se expandindo. Observações
constataram que as galáxias estão se movendo para fora a partir de um ponto
central, ou seja, houve um momento em que todas estavam juntas antes do espaço-
tempo. Em “Uma Nova História do Tempo”, Stephen Hawking e Leonard Mlodinow
afirmam que “...a taxa inicial de expansão teria tido de ser escolhida com grande
precisão para que a taxa de expansão ainda fosse tão próxima da taxa crítica
necessária para evitar o colapso. Seria muito difícil explicar por que o universo
deveria ter começado exatamente desta maneira, exceto como o ato de um Deus
que pretendia criar seres como nós”(p. 80). Essa, na verdade, é a grande questão:
Todo cosmo foi projetado, mas somente a terra foi feita para permitir nossa vida aqui
através de condições ambientais grandemente precisas e interdependentes –
chamadas “Constantes Antrópicas” – que formam o “Princípio Antrópico”. As
constantes São: A) Nível de Oxigênio – Na atmosfera terrestre corresponde por 21%.
Caso sua concentração fosse 25%, incêndios espontâneos se dariam facilmente em
grande escala. Caso fosse 15%, os seres humanos morreriam sufocados; B)
Transparência Atmosférica – Se fosse menos transparente, não haveria passagem
de radiação solar suficiente sobre a terra. Se mais transparente, o bombardeio de
radiação solar seria alto demais para nós; C) Interação Gravitacional entre a Terra e
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a Lua – Essa interação não poderia ser maior sem causar efeitos graves sobre as
marés dos oceanos, a atmosfera e tempo de rotação terrestre. Já se fosse menor, as
mudanças orbitais provocariam instabilidades no clima. Em ambos os casos, a vida
na terra seria impossível; D) Nível de Dióxido de Carbono ( Co2 ) – Se fosse maior
teríamos o crescimento rápido do efeito estufa e seríamos queimados, caso menor,
as plantas não conseguiriam manter uma fotossíntese eficiente levando-nos ao
sufocamento; E) A Gravidade – Ela, que puxa os astronautas de volta para casa,
caso fosse alterada em 0,00000000000000000000000000000000000001%, nosso
sol não existiria e nós, é claro, também não estaríamos aqui. Somente a terra goza
de todas as condições necessárias para que a vida humana possa existir e é
irracional acreditar que o acaso fez tudo isso.

• O Ruído de Radiação de Microondas.


Esse ruído cósmico de fundo se deve ao fato do Big-Bang. Há um som de radiação
baixa emanando de alguma catástrofe passada como uma bola de fogo gigante.
“Nenhuma explicação além do big-bang foi encontrada para a radiação da bola de
fogo. O ponto decisivo que convenceu quase todos os céticos, é que a radiação
descoberta por Penzias e Wilson tem exatamente o padrão de comprimentos de
onda esperados para a luz e o calor produzidos numa grande
explosão”(Enciclopédia Apologética, p.139). Antes do big-bang não havia espaço,
tempo e nem matéria. Apenas um “nada”. Entretanto, nada gera nada, ou seja, o
nada não produz coisa alguma. Somente um Ser sobrenatural anterior poderia ter
detonado o big-bang. Todos sabem que explosão produz caos, desordem e, no
entanto, o big-bang produziu ordem – cada planeta, saté-

lite e estrela pararam na sua devida orbita, revelando uma perfeita harmonia, o que
evidencia um controle de todo o processo por parte de um Ser Superior Inteligente – Deus.

No que concerne a Evolução Química, os evolucionistas dizem que leis


naturais podem explicar a origem da primeira forma de vida por geração espontânea. A
base científica para tal visão são as experiências de Harold Urey e Stanley Miller, que
demonstraram que estruturas básicas de vida (aminoácidos) podem ser obtidas a partir de
elementos puramente químicos(hidrogênio, nitrogênio, amônia e gases de dióxido de
carbono) por leis naturais acionadas por descargas elétricas, sem qualquer intervenção
divina. No entanto, foi provado por Louis Pasteur (1822-1895), que a vida não surge
espontaneamente da ausência de vida. Só vida gera vida. Michel Behe, bioquímico e autor
do livro “A Caixa Preta de Darwin”, afirma que “Como no caso do Frankenstein da obra de
ficção de Mary Shelley, parecia que a circulação de eletricidade através de matéria
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inanimada poderia, de fato, gerar vida”, no entanto, Miller “...detectara uns poucos tipos
diferentes de aminoácidos no experimento, ao passo que organismos vivos contêm vinte
diferentes tipos” (A Caixa Preta de Darwin, p. 171). Ainda, é dito por Francis S. Collins,
biólogo e diretor do projeto genoma, que “Parece totalmente improvável que uma molécula
como o DNA, com sua estrutura de açúcar-fosfato e bases orgânicas dispostas de forma
complexa, empilhadas umas sobre as outras e emparelhadas em cada degrau de uma
hélice dupla e retorcida, tenha “apenas acontecido” – especialmente uma vez que o DNA
aparenta não ter, em sua essência, nenhum modo de copiar a si mesmo” (A Linguagem de
Deus, p. 97). A grande dificuldade em obter uma resposta definitiva sobre a origem da vida
na terra levou Francis Crick – descobridor junto com James Watson da hélice dupla do DNA
– a crer na possibilidade de que formas de vida inferiores chegaram à terra presas em
pequenas partículas que flutuavam no espaço e foram atraídas pela gravidade de nosso
planeta e, ainda, que poderiam ter sido trazidas por algum viajante extraterrestre –
Panspermia (teoria inventada pelo evolucionista Fred Hoyle, que ensina que a raça
humana foi semeada na terra por alienígenas). Claro, que tal teoria não resolve a questão
da origem da vida, mas tão somente complica um pouco mais, pois lança para mais longe
no tempo e espaço a resposta. Quem teria criado os alienígenas inteligentes que nos
colocaram aqui? A única verdade nesse ponto de vista é que reconhecem a necessidade
de que algum tipo de vida inteligente esteja por trás das maravilhas que vemos. Chandra
Wickramasinghe, defensor da panspermia, pensa estarem os darwinistas agindo por fé
cega no que concerne à geração espontânea da vida. Ele afirma que “O surgimento da vida
tomando como base uma sopa primordial na terra é meramente um artigo de fé que os
cientistas estão tendo dificuldades de espalhar. Não existe comprovação experimental para
apoiar isso atualmente. A verdade é que todas as tentativas de criar vida com base em algo
não vivo, começando com Pasteur, não tiveram sucesso” (Não Tenho Fé Suficiente para
Ser Ateu, p. 124).

E quanto à questão de o homem ter vindo do macaco?


2

Isso tão somente consiste na maneira como o povo comum entendeu a teoria
da origem das espécies pela seleção natural na época de Darwin. Na verdade Charles
Darwin nunca afirmou que o homem veio do macaco. A teoria evolutiva diz que todos os
seres vivos que existem tiveram um único ancestral comum – um ser unicelular simples que
saiu da sopa primordial e evoluiu ao longo de milhões e milhões de anos até formar todos
os seres vivos. Isso é macroevolução e, como já mostramos, não é ciência verdadeira, mas
sim fé ou ciência ruim. Macacos nunca se tornam seres humanos. Pela teoria evolutiva
homens e macacos seriam primos não muito distantes na escala evolutiva. Também
argumentam, os evolucionistas, que a semelhança do DNA dos macacos e seres humanos
– varia de 85% a 95% - confirmaria nossa ancestralidade comum. Na verdade, tudo que
isso pode provar é que todos os seres vivos na terra tiveram um criador comum. “Talvez
tenhamos um código genético comum porque um criador comum nos planejou para que
vivêssemos na mesma biosfera” (Não Tenho Fé Suficiente para Ser Ateu, p. 153). Para
sobrevivermos todos neste planeta, homens, animais e plantas, precisamos ter quase as
mesmas informações genéticas em nossa composição. Essas informações é que nos
permitem adaptarmo-nos ao meio – microevolução. Segue abaixo alguns exemplos de
farsas elaboradas por “cientistas” para tentar provar a evolução de Darwin:

1- Homem de Piltdown

Considerado até 1953 o ‘elo perdido’ da humanidade, foi [na verdade] uma
brincadeira de MARTIN HINTON, conservador do Departamento de Zoologia do Museu
de Historia Natural de Londres, em 1912. Durante 40 anos, o homem de Piltdown foi
considerado no esquema evolucionista do homem, até que se descobriu que as
evidencias sobre as quais se baseava “este homem” eram um hábil engano.

Um exame cuidadoso mostrou que os ossos colocados juntos para formar o crânio
eram parcialmente humanos e parcialmente símios, portanto, uma farsa. (REVISTA
NATURE, 1996)

1.2.7 - Homem de Nebraska

Um bom exemplo de “evidências” baseadas em vestígios mínimos é o do


Hesperopithecus, mais conhecido como o Homem de Nebraska. Após grande
publicidade, por ter sido considerado como ancestral do homem, revelou-se mais tarde
ser apenas um porco (!) extinto. Toda “evidência” provinha originalmente de um único
dente e, no entanto, reconstruções completas foram realizadas na época e circularam
como capa de varias revistas cientificas. Atitude bem pouco cientifica essa, não?
2

E o Homem de Cro-Magnon, o Homem de Neanderthal e o Homo habilitis? Uma


análise imparcial e despreconcebida revelaram serem nada mais nada menos que
humanos.

O Homem de Cro-Magnon era maior e mais dotado fisicamente do que o homem


moderno, com maior capacidade cerebral. O Homem de Neanderthal também era
perfeitamente normal, exceto pelo fato de hoje aceito de que sofria de raquitismo. De
qualquer modo, foi encontrado recentemente um esqueleto humano moderno em estrato
geológico mais antigo do que o do Homem de Neanderthal, o desqualificado como
ancestral do homem. O Homo habilitis, ainda que menor, parece ter sido bem moderno
em todos os outros aspectos.

E quanto às mutações?

Os evolucionistas acreditam que uma vez que há microevolução entre os tipos,


pode haver também a macroevolução. O que os homens fazem cruzando animais, a
seleção natural poderia fazer em alguns milhões de anos. Darwin afirmou que além da
seleção natural – acúmulo de variações pequenas, mas vantajosas para espécie - outros
fatores irão contribuir para o surgimento de outras espécies. Entre eles: Efeitos hereditários
do uso e desuso, a ação direta das condições ambientais, as mutações e as constantes
lutas pela sobrevivência. Felizmente, nada disso pode provar o aparecimento de novas
espécies. O uso e desuso e as condições ambientais, tão somente produzem mudanças
significativas na própria espécie. E as mutações também não justificam novas espécies no
mundo. O biólogo Jonathan Wells afirma que “mutações bioquímicas não podem explicar
as mudanças em larga escala nos organismos que vemos na história da vida” (Não Tenho
Fé Suficiente para Ser Ateu, p. 144,145). Sabe-se, que, as mutações, em regra geral, não
são benéficas, antes, trazem prejuízo para o organismo vivo. Quando não produzem
defeitos, as mutações levam à morte. Mutações simples ocorrem quando um único
nucleotídeo – blocos de armar do DNA – de um ser vivo muda para outro diferente.
Algumas vezes, uma área inteira do DNA é acidentalmente apagada ou duplicada, fato
visto como uma única mutação, por ocorrer em um só momento. O que a mutação “não
pode fazer é mudar todas as instruções em um único passo – digamos, construir uma
máquina de fax em vez de um rádio” (A Caixa Preta de Darwin, p. 49). As células que
compõem todo ser vivo são sistemas complexos e específicos. São vistas como sistemas
de complexidade irredutível – um sistema composto de muitas partes compatíveis
interagindo entre si para promoção de sua função básica, e ainda, caso uma de suas partes
fosse retirada, todo o sistema deixaria de funcionar de forma eficiente. Existem limites
genéticos nas formas básicas e, é por isso, que criadores de cães, ao cruzarem as raças,
1

sempre obtiveram cães como resultados e não outro animal. Experiências com a mosca de
fruta, não resultaram em outra coisa a não ser mosca de fruta. Se compararmos a seleção
natural e a seleção artificial – guiada com inteligência – veremos quão irracional e ilógica é
a macroevolução proposta por Darwin. Como se segue:

Diferenças Cruciais Seleção Artificial Seleção Natural

Tem um objetivo (fim) em vista Não tem objetivo (fim) em vista

Meta

Processo guiado com Processo cego


inteligência
Processo

Escolha inteligente de raças Não há escolha inteligente de


raças
Opções

As raças são protegidas de As raças não são protegidas de


processos destrutivos processos destrutivos
Proteção

Preserva anomalias desejadas Elimina a maioria das


anomalias
Anomalias

Interrupções continuadas para Não faz interrupções para


alcançar o objetivo desejado alcançar qualquer tipo de
Interrupções
objetivo

Sobrevivência preferencial Não há sobrevivência


preferencial
Sobrevivência

As mutações não provam a evolução pela seleção natural de novas espécies. E os


Dinossauros, eles realmente existiram? Os registros fósseis confirmam a teoria evolutiva de
Darwin? É o que veremos a seguir com maior clareza.

Capítulo 5

OS REGISTROS FÓSSEIS

“A ciência sem a religião é aleijada; a religião sem a ciência é cega”


Albert Einstein
Cientista
2

Na tentativa de encontrar os chamados “elos perdidos” na cadeia evolutiva,


paleontólogos, arqueólogos, entre outros, tem feito um esforço grande desde a publicação
de “A Origem das Espécies” de Darwin em 24 de novembro de 1859. Caso sua teoria fosse
correta, fósseis transicionais deveriam ser achados nas camadas terrestres. A Geologia
não revela nenhum tipo de cadeia orgânica gradativa. Stephen Jay Gould, falecido,
evolucionista e paleontólogo de Harvard, afirmou que: “A história da maioria das espécies
fossilizadas inclui duas características particularmente incoerentes com o gradualismo: 1)
Estase. A maioria dos espécimes não exibe mudança direcional durante seu período de
vida na terra. Eles aparecessem nos fósseis de maneira muito semelhante à época na qual
desapareceram; a mudança morfológica é normalmente limitada e sem direção clara. 2)
Aparecimento repentino. Em qualquer área, uma espécie não aparece gradualmente
mediante a constante transformação de seus ancestrais; ela aparece de uma vez e
plenamente formada” (Não Tenho Fé Suficiente para Ser Ateu, p. 156). Outra dificuldade
séria para os evolucionistas é o fato de que o registro fóssil não poder estabelecer
relacionamentos ancestrais. Na verdade, 99% da biologia de qualquer organismo residem
em sua anatomia mole, que não pode ser percebida em um fóssil, e mesmo que não
houvesse lacunas nos registros, eles não podem nos garantir se houve evolução no nível
molecular. Um bom exemplo de descontinuidade é a chamada “Explosão Cambriana”,
ocorrida a cerca de 570 milhões de anos atrás, quando os principais filos apareceram no
registro fóssil sem a presença de nenhum precursor óbvio. Organismos complexos,
multicelulares, tais como os trilobitas, corais e crustáceos surgiram inteiramente formados
dentro de um período de tempo geológico de cerca de 10 milhões de anos – espaço curto
demais a vista da geologia.

O termo fóssil vem do latim fossilis, e significa “extraído da terra”. A utilidade do


estudo dos fósseis só foi demonstrada no inicio do século XIX, com os trabalhos do
naturalista inglês WILLIAM SMITH e do francês GEORGES CUVIER (considerado o pai
da Paleontologia). Se essa historia fóssil não se harmoniza com a teoria evolucionista –
e vimos que não – que ensina? Diz-se que as plantas e os animais foram criados em
suas formas básicas. A Bíblia diz que Deus criou as plantas no terceiro dia da semana
da criação; no quinto dia, os animais marinhos e as aves; e, no sexto dia, os animais
terrestres e o homem. Os fatos básicos do registro fóssil respaldam a Criação, não a
evolução.

E o que dizer das semelhanças estruturais entre a barbatana da baleia, a pata da rã,
a asa de uma ave, a pata de um cão e o braço e a mão de um homem, que têm
basicamente a mesma estrutura? Para os evolucionistas isso demonstra que houve um
ancestral comum para todos os animais. Entretanto, esse tipo de informação é uma
evidencia circunstancial que pode ser interpretada de mais de um modo. Ao
2

evolucionista mostra a relação evolutiva. Mas ao criacionista revela a existência de um


desígnio, de organização.

Por que um Criador devia necessariamente fazer cada animal completamente


diferente do seguinte? Usou estruturas e processos semelhantes para diversos animais
naquilo que fosse apropriado. Isto revela sabedoria.

E quanto aos Dinossauros?

Segundo a teoria evolucionista, tais criaturas teriam vivido na terra a cerca


de 65 milhões de anos atrás. E há um grande enigma que nos chama a atenção: o
desaparecimento súbito desses dinossauros.

Esses répteis enormes, na sua maior parte herbívoros, são muito freqüentes na forma
fóssil, em camadas do Mesozóico. Desapareceram depois, bruscamente, no Cretáceo.
Como explicar o rápido e brutal desaparecimento desses enormes animais? Têm-se
feito inumeráveis suposições, todas insatisfatórias: (1) aparecimento de roedores
comedores vorazes de ovos (o fato é que encontraram-se verdadeiros “jazigos” de ovos
de dinossauros intactos); (2) mudança brusca de clima (por que teriam sido eles – os
“dinos” – os únicos a morrer?); (3) desaparecimento da alimentação necessária; (4)
radiações cósmicas; (5) um grande meteorito; etc. Todos os paleontologistas, no
entanto, estão de acordo ao afirmarem que o enigma permanece.

Talvez pudéssemos resolvê-lo se, tornando em consideração a narrativa bíblica do


Dilúvio, aceitássemos a idéia de que, não estando na arca que Noé construiu sob as
ordens de Deus (felizmente para Noé, pois tais animais seriam bastante incômodos)
todos eles desapareceram sedimentados em massa pelas águas turbulentas do Dilúvio.
2

A brutalidade do seu desaparecimento explicar-se-ia, assim, tão bem quanto a sua


rapidez; afinal, para sedimentar animais daquelas dimensões, temos de admitir que seria
necessário um deposito rápido e de grande amplitude. E é preciso que se sublinhe este
ultimo ponto, pois para um animal ser fossilizado, é necessário que seu corpo seja
rapidamente subtraído à ação dos predadores, aves de rapina, necrófagos ou bactérias
de toda espécie. Em circunstâncias normais, tais condições nunca se teriam realizado.

E quando se sabe que para os geólogos evolucionistas, a velocidade de


sedimentação dos depósitos que formam as camadas geológicas nas quais se
encontram esses fósseis é da ordem de alguns milímetros por milênio, sentimo-nos no
direito de perguntar: como é que, a esse ritmo, as árvores, os animais de todos os
tamanhos, e os gigantescos dinossauros teriam subsistido tanto tempo sem que seus
corpos desaparecessem, devorados, roídos ou apodrecidos? Não é muito mais
plausível pensar que eles foram bruscamente apanhados por uma catástrofe de
considerável importância? Um dilúvio, por exemplo?

É possível, também, que alguns animais ditos “pré-históricos” (como os mamutes,


por exemplo), tenham sido salvos na arca e se tornado extintos posteriormente, devido
às condições adversas do mundo pós-diluviano. De qualquer forma, nada impede que
Noé tenha levado consigo filhotes de certos dinossauros, que, por esse ou aquele
motivo, acabaram extintos posteriormente. Agora, o fato inquestionável é que a
abundancia de fosseis realmente sugere uma extinção por catástrofe rápida e global (Jó
40.15- 23)

O que provavelmente ocorreu com os animais da terra pré-adâmica, inclusive os


dinossauros, é que nem todos esses seres morreram no cataclisma, sendo possível que
alguns deles tenham passado daquela realidade para nossa – da 1ª terra para a 2ª – e
assim, teriam ainda vivido nos dias de Noé e quem sabe até depois do dilúvio. O Prof.
Adauto Lourenço, físico nuclear, afirma que os dinos teriam vivido até uma época recente a
terra, conforme demonstram vasos de cerâmica dos povos Maias e Astecas encontrados
por pesquisadores e contendo desenhos de dinos sendo montados por guerreiros.

Conclusão

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”


Jo 8.32
Jesus de Nazaré
2

Muito mais poderia ter sido escrito, porém, falta-nos neste momento tempo hábil para tal.
Esperamos ter edificado e esclarecido ao leitor atento das Escrituras, bem como, ajudado a
compreender melhor a razão de sua fé. Embora nossas Faculdades ensinem a evolução
como verdade absoluta, nela, também é negada que haja verdade absoluta, logo, a
evolução é só mais uma teoria, e uma teoria ruim, desprovida de argumentos substanciais
e de provas factuais. O jovem cristão e demais servos de Deus devem saber orientar
aqueles que têm sede da verdade e os procuram para buscar o conhecimento que liberta –
Jesus. A Escritura Sagrada é Inerrante e fiel aos propósitos para os quais foi inspirada por
Deus. Nela, a dignidade humana é enfatizada, as origens são reveladas e o plano da
salvação é desvendado:

“Porque Deus amou ao mundo de tal


maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna”
João 3.16
E
“...Todo aquele que Nele Crê não será
CONFUNDIDO”
Romanos 10.11
BIBLIOGRAFIA

1 – A Caixa Preta de Darwin – Michael Behe, Jorge Zahar Editor – 300 p.

2- A Linguagem de Deus – Francis Collins, Editora Gente – 279 p.


3- A Origem das Espécies – Charles Darwin, Martin Claret – 639 p.
4- As Eras Mais Primitivas da Terra vol. 1 – G.H. Pember, Editora dos Clássicos – 234
p.
5- As Grandes Doutrinas da Bíblia – Raimundo de Oliveira, CPAD – 358 p.
6- Criação X Evolução – Silas Malafaia, Editora Central Gospel – 95 p.
1

7- Criação e Evolução – J. P. Moreland e John Mark Reynolds, Ed. Vida – 326 p.


8- Deus um Delírio – Richard Dawkins, Companhia das Letras – 519 p.
9- Enciclopédia de Apologética – Norman Geisler, Ed. Vida – 932 p.
10- Josh McDowell Responde – Josh McDowell, Ed. Candeia – 452 p.
11- Não tenho Fé Suficiente para Ser Ateu – Norman Geisler & Frank Turek, Ed. Vida –
421 p.
12- O Delírio de Dawkins - Alister McGrath & Joanna McGrath – Ed. Mundo Cristão –
156 p.
13- Teologia Sistemática – Stanley Horton, CPAD – 808 p.
14- Razão, Ciência e Fé – J. D. Thomas, Ed. Vida Cristã – 360 p.
15- Uma Nova História do Tempo – Stephen Hawking & Leonard Mlodinow, Ediouro –
173 p.
16- Um apelo à Razão: Criação ou evolução? – Dave Hunt, Actual edições – 62 p.

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