You are on page 1of 15

1.

INTRODUO DA OFICINA
Graciliano Ramos - O Homem e O Literato

2. O NORDESTE NA LITERATURA

3. O AUTOR, O NARRADOR E O RETIRANTE
NA OBRA VIDAS SECAS







4. DIFERENTES LEITURAS QUE A OBRA VIDAS
SECAS OFERECE:

O no existir do personagem Fabiano na
narrativa de Vidas Secas;
Valorizao da Mulher em Sinha Vitria;
Baleia: Bicho versus gente;
Os meninos em Vidas Secas.


Nordeste - inveno humana;

Entre a dc. 10 e a dc. 30: surgiu o conceito
de Nordeste;

Gilberto Freyre Centro Regionalista
contedo histrico, uma memria e uma
tradio cultural.
O Autor:

Denncia Social;

Monlogos Interiores dos personagens;

Narrativa construda de sobreposio de
segmentos.
O Narrador:

Os juazeiros aproximaram-se, recuaram,
sumiram-se. O menino mais velho ps-se a chorar,
sentou-se no cho.
- Anda, Condenado do diabo, gritou-lhe o pai.
(RAMOS, 2008, p. 09)

Ordinariamente a famlia falava pouco. E
depois daquele desastre viviam todos calados,
raramente soltavam palavras curtas. O louco
aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia
arremedando a cachorra. (RAMOS, 2008, p. 12)

O Retirante:

De acordo com Thas Lins do Nascimento
(2011) em Identidade Nordestina e Literatura:
uma anlise discursiva do romance Vidas Secas,
de Graciliano Ramo, podemos identificar na
obra o Retirante subordinado e oprimido, o
retirante sonhador e o retirante annimo.
Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O
que o segurava era a famlia. Vivia preso como
um novilho amarrado ao mouro, suportando
ferro quente. Se no fosse isso, um soldado
amarelo no lhe pisava o p no. (RAMOS,
2008, p. 37)
Ergueu-se, foi camarinha procurar qualquer
coisa, voltou desanimada e esquecida. Onde
tinha a cabea? Sentou-se na janela baixa da
cozinha, desgostosa. Venderia as galinhas e a
marr, deixaria de comprar querosene. Intil
consultar Fabiano, que sempre se
entusiasmava arrumava projetos. Esfriava logo
e ela franzia a testa, espantada, certa de que
o marido se satisfazia com a idia de possuir
uma cama. Sinha Vitria desejava uma cama
real, de couro e sucupira, igual de seu Toms
da Bolandeira. (RAMOS, 2008, p. 46)
(...) foi puxar a manga do vestido da me,
desejando comunicar-se com ela. Sinha Vitria
soltou uma exclamao de aborrecimento, e,
como o pirralho insistisse, deu-lhe um cascudo.
(RAMOS, 2008, p.48)

Todos o abandonavam, a cadelinha era o nico
vivente que lhe mostrava simpatia. Afagou-a
com os dedos magros e sujos, e o animal
encolheu-se para sentir bem o contato
agradvel, experimentou uma sensao como a
que lhe dava a cinza do borralho. (RAMOS, 2008,
p. 57)

You might also like