You are on page 1of 36

ANO 1

Nº7

J A N E I R O / F E V E R E I R O DE 2 0 0 8
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com

O que nos traz a Tecnologia...


Nesta edição vários textos reflectem sobre o
tema da tecnologia e as suas consequências no
mundo contemporâneo.

EDITORIAL

Começámos um novo ano e com ele uma


nova edição do nosso jornal escolar.
Nesta edição dedicada à tecnologia, encon- Fomos a Constância
tramos vários textos relacionados com o
tema, bem como vários trabalhos realizados No dia 8 de Janeiro os alunos do 9ºano tiveram a oportunidade de
na disciplina de Área de Projecto. Divulga- fazer uma visita de estudo ao Centro de Ciência Viva de Constância
mos também algumas visitas de estudo neste e à Central Termo Eléctrica do Pego.
âmbito, que muito agradam aos nossos alu- Mais uma visita enriquecedora e que trouxe novos conhecimentos
nos . na área da Astronomia e na produção de energia.
Verificamos um crescente interesse por
parte de toda a comunidade escolar na parti-
cipação do jornal, o que é revelador de
empenho por parte de todos neste projecto.
É de salientar, que o nosso jornal também
tem expressão fora da comunidade escolar.
Agradecemos o artigo publicado no jornal
escolar Expressão da Escola Secundária Afonso
de Albuquerque.
É sempre bom lembrar que todo este pro-
jecto partiu da iniciativa da Professora Luísa
Lourenço.

Professora Carla Tavares

“ Deixemos o sexo em Paz ”


No âmbito do Programa de Promoção e Educação para a Saú-
de, no dia 10 de Janeiro pais, professores e alunos tiveram a
oportunidade de assistir ao interessante espectáculo protagoniza-
do pela actriz Maria Paulos no Auditório da Câmara Municipal.
2

EM DEBATE

Para além das janelas há Tecnologia


“Quando uma porta se fecha, abre-se
uma janela”. É esse ganho e perda
de possibilidades que caracteriza a
tecnologia, que evoluiu juntamente
com a ciência, como duas faces da
mesma moeda.
Por vezes, uma destas janelas
abertas está demasiado longe, per-
dida nas alturas. Felizmente, Ícaro,
Leonardo da Vinci, Bartolomeu de
Gusmão, os irmãos Wright, mais
uma mão cheia de inventores de
sonhos e uns quantos pilotos cora-
josos conseguiram pôr-nos no ar.
Gente mais inteligente ainda,
inventou o “ escadote ” para estas
distâncias.
Continuando a seguir o provér-
bio: e se quisermos falar da nossa
janela para as dos outros? Há muito
que não precisamos duma boa voz
para chegar aos ouvidos dos mais
longínquos vizinhos. Quem não se
quer maçar com cartas tem bom
remédio! Século XVIII: o telégra- janela fechada? Bem, excluindo a complicações sérias, as suas almas
fo. Século XIX: o telégrafo eléctri- opção da dinamite (mistura feita feridas com gravidade. Para isso
co e o telefone. Século XX: o com- pela primeira vez por Nobel), é servem as investigações de muitos
putador. 1970: a Internet! melhor encher a nossa casa, que é médicos que, ao longo dos tempos,
Mas antes de sair desta casa fictí- também a nossa vida, com objectos desenvolveram a medicina até o
cia, repleta de janelas e ADSL, há de conforto, decoração, e entrete- que é hoje. Muito se cura graças a
que comer alguma coisa. Nunca se nimento... Não esquecer uma PSP: Pasteur, Fleming, e William Har-
sabe se lá fora receberemos algo a janela pode demorar muito tem- vey. Quem cura os corações despe-
mais. É o risco que os livres pensa- po a abrir. daçados destas almas feridas? Um
dores têm de correr. Contudo, No entanto, estes preparos cardiologista.
alguém não dogmático, mas caute- levam-nos a uma condição passiva. Quem pediria menos do que
loso, pode usufruir das geleiras Porque não abrir a janela com as estas facilidades?
recheadas com blocos de gelo do nossas próprias mãos? Afinal, Então ouvimos um sonoro
século XIX ou, se preferir, de um melhor criar um milagre do que “clique!”. A porta fechou-se, a nos-
frigorífico dos nossos tempos. Lá, esperar um milagre. Mas acontece sa janela abre-se! Está na hora de
poderá estar guardada uma sanduí- que, esta janela de que falo, é a fugir das limitações que nos sur-
che que, aliás, alguém teve de janela de um provérbio. E esse tipo gem dentro de casa. Agora a tecno-
inventar. de janelas não se abrem à força. logia do futuro será inventada…
Nenhuma janela se abre. E se não Elas sabem quando devem abrir, Por nós.
bastar a porta convencional, tenta- para oferecer outra hipótese ao
doramente aberta? E se este livre morador. Ana Isabel Varelas ,nº3,10ºC
pensador, carente de diferentes Por isso, aqueles que tentam pas-
possibilidades, quiser sair por essa sar por uma janela fechada têm
3

EM DEBATE

Sofisticados ou Primitivos?
As “novas tecnologias” são verda-
deiramente novas… para os mais
velhos! Para os mais jovens fazem
naturalmente parte da sua vida;
vêem o seu lado prático e não con-
cebem a vida sem estes objectos de
estimação.
Tal como as outras construções
humanas que fascinam, estimulam o
imaginário: voltamos a navegar, a
enfrentar aventuras e tempestades.
Até deparamos com piratas! Ou
vestimos-lhe a pele sem o saber! A
“substância de que se fazem os
sonhos” é que é diferente.
A associação com os navegadores
terá algum fundamento? Onde está
a valentia? E o arrojo?
É um facto que as navegações
estão associadas a perigosos vírus,
bem como a antídotos; os frutos, com pessoas que laboram todos os livros. Aconteceu precisamente o
fontes de vitamina C, foram substi- dias nesta área das Novas Tecnolo- inverso. Actualmente, publicam-se
tuídos por software sofisticado, gias de Informação (N.T.I.), crian- livros sobre tudo, desde “As Últi-
variado e sempre inovador. Apesar do programas informáticos e meios mas Novidades sobre o ADN” a
das dimensões serem muito distin- que tentam lutar contra as imper- “Como Conviver Com os Seus Chi-
tas, é claro para alguns que houve feições e fragilidades humanas. nelos de Quarto”. A dificuldade de
um avanço em termos de mentali- Assemelham-se a deuses disfarçados algumas pessoas é distinguir “o tri-
dade: não se impõem ideais ou se que visitam as escolas, tornam-se go do joio”. Num tempo em que se
evangeliza à força, a solidariedade familiares em hospitais e outros atacam os vícios, constato que a
em rede é uma realidade onde a contextos para mostrar que alguns Internet me conduz ao meu vício
espada é substituída pela última desfavorecidos “pela sorte e pela maior: devorar livros! Curiosamen-
anedota, PowerPoint, medicina de fortuna” podem aumentar um pou- te alguns consideram-no uma virtu-
ponta ou conferência entre mentes co o seu grau de liberdade e de qua- de!
bem pensantes… lidade de vida. E os que continuam Devaneio? Não sei.
Contudo, o avanço mais visível e a espantar-se, maravilham-se com a Uma certeza: não passo sem o
profundo é a nível da postura! Há possibilidade, por exemplo, de uma meu telemóvel última geração e o
pouco mais de uma década uma pessoa com paralisia cerebral ou portátil comprado a prestações
pessoa a falar sozinha na rua era quase moribunda poder só com a segundo a última moda!
percepcionada como uma candidata deslocação da retina comunicar Sonho com um quadro interacti-
a entrar num hospital de loucos. com os outros e interagir com o vo em todas as salas de aula. Espero
Actualmente, é um indivíduo com mundo que os rodeia com uma que me iluminem! Não fiquem
estilo: só material sofisticado, lin- maior autonomia. estarrecidos, pois sou do tempo dos
do, último grito em design. Em O rumo dos avanços revelou-se quadros e dos ponteiros de ardó-
suma, digno de culto ou de inveja. imprevisível. O florescimento da sia...
A verdadeira paixão pelo saber e Internet soltou sonhos e medos.
o amor ao Outro passa, por vezes, Alguns críticos apocalípticos fala- Professora Ana Pinho
de forma suave por nós, deparamos ram, por exemplo, do fim dos
4

EM DEBATE

A Culpa é da Internet…
A frase, “a culpa é da Inter- adapta também às situações actividades diárias. Não criem
net”, está no léxico do dia a digitais. Um computador liga- fantasmas onde não existem.
dia. Será mesmo assim? Será do à Internet, não dispensa um
que não estamos a ser demasia- bom livro, um passeio ou um
do simplistas? – Pedofilia, Por- desporto fora de portas. Tudo Dicas de Software para protec-
nografia, Racismo, Fraudes, se pode dosear, basta bom sen- ção:
Violações de Privacidade, Iso- so, um adulto responsável por • http://
lamento Social, são alguns dos perto e uma boa dose de res- www.software4parents.com/
“itens do mal”. Todos estes ponsabilização pessoal. bigbrother.php
malefícios já existiam antes da Os quiosques já vendiam • http://
Internet aparecer. Na nossa revistas mais obscuras antes da www.phpbbcity.com/forum/
vida real eles existem (mais Internet aparecer, os malfeito- viewtopic.php?
camuflados), mas existem. Mas res já actuavam nas esquinas, t=1105&mforum=forumse
na vida virtual há uma pequena crimes xenófobos sempre exis-
vantagem, podemos usar tiram, fraudes bancárias não - http://
alguns truques para nos prote- precisam de tecnologia, basta superdownloads.uol.com.br/
germos. ser desonesto, cartões de cré- windows/pessoal-lazer/
Executar programas de pro- dito clonados já faziam parte controle-pais.html
tecção de dados informáticos da nossa vida antes do nasci-
(Anti-vírus, Anti-spyware, mento da Internet e por fim o
Firewall), um Windows actua- isolamento social, que é, mui-
lizado e alguns “bigbrothers” tas vezes uma mostra de desa- Professor Pedro Fagulha
para pais, resolvem muitas daptação e falta de acompanha-
dores de cabeça. mento familiar.
Relativamente aos mais Concluindo, desfrutem das
pequenos, podemos ajudar na novas Tecnologias, deliciem-se
sua Educação mostrando que a com a vida lá fora e acima de
frase “com peso e medida” se tudo, diversifiquem as vossas
5

EM DEBATE

Técnica e Inovação
« Se na verdade a téc- consequências indirectas: o mais danos feitos à natureza, que pensasse
nica me torna sobera- moderno é sempre o melhor. É a na tão famosa «qualidade de vida» - a
namente livre, se pos- técnica aquela que olha sempre para saúde, o prazer no trabalho, a beleza
so, de facto, fazer a coluna positiva, avaliada em da Natureza, a riqueza das relações
tudo, então torno-me dinheiro e nunca para a negativa: a humanas.
terrivelmente respon- da poluição, a das rejeições, da pro- É em função duma reflexão e
sável por tudo.» dução em massa, a da instrumentali- duma contabilidade alargada e não
J.Ellul zação das pessoas, a da desumaniza- de uma contabilidade monetária que
ção. Que poderá ser uma «soft se definiriam os grandes eixos da
A ciência e a técnica foram mobili- science»? Seria uma ciência que se modernidade.
zadas ao serviço da inovação e da fundamentasse uma análise rigorosa
eficácia. Um único critério: a do activo e do passivo, uma ciência Professora Lina Couto
modernização. Não interessam as que tomasse em linha de conta os

A Escola e o Plano Tecnológico


Em 1996 foi criado o programa computador passasse a ser visto como
Internet nas Escolas que desencadeou mais um recurso didáctico que os pro-
uma nova evolução para a escola, per- fessores aprenderam a manipular de
mitindo um contacto mais fluente e acordo com os objectivos educacionais
facilitado com o exterior e o acesso a de cada área disciplinar.
uma imensidão de informação disponí- A introdução do computador na
vel a todos. Embora já algumas escolas escola e nos processos de ensino-
possuíssem ligações telefónicas autóno- aprendizagem foi evoluindo com o
mas, este foi um programa decisivo que apetrechamento das escolas relativa-
marcou um processo em que toda a mente aos meios tecnológicos, no
comunidade educativa passou a estar entanto, já em 1997,quando foi lança-
implicada na inovação da escola e das do o Livro Verde para a Sociedade de
metodologias utilizadas até então. Este Informação, se previa que “ a meta de
programa permitiu que cada escola um computador multimédia por sala de
possuísse um computador multimédia e aula dos ensinos básico e secundário é
um acesso RDIS – Rede Digital com assumida para o ano 2000, como objec-
integração de Serviços- gratuita. Isto tivo mínimo, pressupondo a ligação
fez com que, através de um pequeno desses computadores a uma rede local
investimento por parte da escola num com acesso às redes telemáticas nacio-
equipamento de interligação de com- nais e internacionais.” (p.20). Passados
putadores (hub), se começasse a criar 10 anos, esta medida é também tida em
um acesso mais alargado à Internet, conta no Plano Tecnológico da Educa-
embora com velocidade reduzida. tante na implicação dos professores na ção onde se pode ler que um dos objec-
Anteriormente e como marco histórico elaboração de recursos didácticos e a tivos para 2010 será o de existir “ um
do contacto da escola com o computa- sua disponibilização na Internet. Aqui computador com ligação à Internet
dor, encontra-se o Projecto MINERVA foi disponibilizado um apoio fundamen- para cada 2 alunos”. Actualmente exis-
que foi lançado em 1985 e se prolon- tal para os professores que envolvia um te um computador com ligação à Inter-
gou até 1994. conjunto de acções de formação direc- net para cada 13 alunos.
Além do apetrechamento informático cionadas para a utilização dos progra- Os investimentos a curto prazo são
das escolas, formação de professores e mas de computador. O elevado núme- imensos, mas, só um investimento a
de formadores de professores, este ro de professores que aderiram ao vas- nível pessoal, no que diz respeito à
programa também fomentou o desen- to conjunto de formações disponíveis, adaptação e à exploração das novas
volvimento de software educativo e a cujas temáticas se dividiam entre a uti- tecnologias, permitirá o sucesso nas
promoção da investigação no âmbito da lização do processador de texto, folha aprendizagens e na preparação de todos
utilização das Tecnologias da Informa- de cálculo, programa de edição electró- para a sociedade do conhecimento.
ção e Comunicação na escola. nica e utilização da Internet, chegando
A partir de 1996 o Programa Nónio- mesmo a desenvolver temáticas de cria- Professora Cristina Vicente
Século XXI, permitiu um passo impor- ção de bases de dados, permitiu que o
6

EM DEBATE

Conhecimento Tecnológico
Tecnologia é um termo que parte deles, para a produção de logia são os Alimentos Transgéni-
envolve o conhecimento, técnico e bens e serviços. Nesta definição cos: são alimentos geneticamente
científico e as ferramentas, proces- enquadram-se um conjunto de acti- modificados em laboratório. Como
sos e materiais e/ou utilizados a vidades que o homem tem vindo a exemplo podemos citar plantas
partir de tal conhecimento. desenvolver há milhares de anos, transgénicas que resistem às pragas
A tecnologia é, de uma forma como a produção de alimentos fer- de insectos e a grandes quantidades
geral, o encontro entre a ciência e a mentados (pão, vinho, iogurte, cer- de pesticida. Esses alimentos
engenharia. É um termo que inclui veja, etc.). Por outro lado a biotec- podem causar riscos ambientais,
desde as ferramentas e processos nologia moderna considera-se nomeadamente o aparecimento de
simples, até às ferramentas e pro- ervas daninhas resistentes a herbici-
cessos mais complexos criados pelo das; a poluição dos terrenos e len-
Homem. Frequentemente, a tecno- çóis de água com agro-tóxicos; a
logia entra em conflito com algu- perda da fertilidade natural dos
mas preocupações naturais da nossa solos e da biodiversidade. Os ali-
sociedade, como o desemprego, a mentos Transgénicos também
poluição e outras questões ecológi- podem ter consequências negativas
cas, filosóficas e sociológicas. para a saúde, pois existem estudos
Uma das variantes da tecnologia é que revelam que algumas varieda-
a Biotecnologia: tecnologia des de alimentos Transgénicos
baseada na biologia, especialmente podem prejudicar gravemente o
quando usada na agricultura, ciên- tratamento de algumas doenças,
cia dos alimentos e medicina. A tanto nos homens como nos ani-
Convenção sobre Diversidade Biológica aquela que faz uso da informação mais. Isto acontece porque algumas
da ONU possui um das muitas defi- genética, incorporando técnicas de culturas de alimentos Transgénicos
nições de Biotecnologia. DNA recombinante. contêm genes que resistem aos
“Biotecnologia significa qual- A biotecnologia combina discipli- antibióticos.
quer aplicação tecnológica nas tais como a genética, biologia De qualquer modo, como os ali-
que use sistemas biológicos, molecular, bioquímica, embriologia mentos Transgénicos ainda são uma
organismos vivos ou deriva- e biologia celular, as quais, por sua novidade, não há ainda certezas
dos destes, para fazer ou vez, estão vinculadas a disciplinas definitivas quanto às suas vantagens
modificar produtos ou pro- práticas tais como engenharia quí- e desvantagens.
cessos para usos específicos.” mica, tecnologia da informação e O futuro nos dirá!!!
A definição ampla de biotecnolo- robótica.
gia é o uso de organismos vivos ou Umas das aplicações da Biotecno- Mariana Faustino, nº20 8ºC

A tecnologia e o facilitismo
Fico impressionada com a velocidade reverso da medalha. Estes avanços cria- solidária é tarefa impossível, enquanto a
com que o mundo se move hoje em ram na população o facilitismo que leva consola espera em casa. Muitos profis-
dia. O desenvolvimento tecnológico é ao comodismo, sendo vulgarmente sionais acham que é mais cómodo
incrível. Médicos podem devolver a traduzido, na minha perspectiva, como serem motivados pelo dinheiro e não
liberdade às pessoas curando doenças preguiça. pelo bem comum.
que outrora eram sentenças de morte; Parece, ser mais fácil mandar o Enfim, a sociedade aplaude o desen-
astronautas vivem em estações espa- homem à lua que promover o desenvol- volvimento da tecnologia., virando a
ciais, Lisboa está mais perto de Tóquio vimento sustentável. É mais cómodo cara para não ver os zombies apáticos
através da Internet. usar a Internet para fazer o download filhos da revolução.
Sem margem para dúvidas que estes de um trabalho que abrir um livro.
avanços são notáveis, porém, há o Andar pelo parque ou fazer uma acção Jessica Rodrigues, nº9, 10ºI
7

EM DEBATE

Olhos de Mongol
Há uns vinte anos teria que escre- muitos filmes, como o Eu, Robot do to-me ao título desta crónica. “Olhos
ver estas crónicas numa máquina de Will Smith. Até que ponto não será de Mongol”, além de ser um álbum
escrever, num quarto pouco ilumi- assim num futuro não muito distan- de uma das melhores bandas portu-
nado apenas com uma cama, uma te? Como seria viver sobre o domí- guesas do momento, os Linda Marti-
mesinha com um candeeiro, um nio de algo que fomos nós, Homens, ni, é também o tipo de classificação
armário e uma secretária. Porém que criámos? E agora lembrei-me de que se poderá dar aos olhos da futura
hoje escrevo num objecto chamado mais meia dúzia de filmes onde apa- geração de jovens. Pode-se dizer que
computador, com a aparelhagem rece a célebre frase: “Não faças per- todos os que nasceram de 1995 para
ligada a passar a última dos Foo Figh- guntas sobre as quais não queres cá vieram com uma Game Boy nas
ters e a meia dúzia de cliques de dis- saber as respostas.”. E não quero. mãos, a jogar Super Mário ou Zelda.
tância de ver o último vídeo polémi- A verdade é que esse domínio já se Não se pode andar na rua sem se ver
co da Paris Hilton. Entretanto posso um adolescente a mandar SMS como
tirar o telemóvel do bolso e falar se a sua vida dependesse disso.
com alguém do Japão ou da China, Com o tempo que cada pessoa pas-
mas como não conheço lá ninguém sa à frente de um ecrã, mais ou
nem sei falar japonês nem chinês o menos pequeno, qualquer dia os
mais seguro é telefonar para alguém telemóveis, televisões, computado-
que conheça e que fale português. Se res e muito outros objectos vêm já
tivesse Playstation podia começar a com um par de óculos ou lentes de
jogar o último jogo da saga Need For contacto, se entretanto não inventa-
Speed. Lá fora está um belo dia, vou rem outra coisa qualquer, como ócu-
lá para fora, meto os fones nos ouvi- los com televisão incorporada. Até
dos e ligo o I-Pod, com o som ao era interessante, estarmos numa reu-
máximo para a batida ser maior. nião de trabalho até tarde e a final do
Quando volto para dentro ligo a Mundial Portugal vs. Brasil já ter
televisão e vejo a série que acaba de começa a fazer notar. Quantas pes- começado, era só meter os óculos e
estrear num dos 1500 canais da soas ficaram sem emprego porque ligarmos no canal certo. Só era pre-
FOX. E depois lembro-me que uma máquina conseguia fazer o tra- ciso um pouco de contenção para
tenho uma crónica para escrever. balho de igual forma ou ainda não festejar um golo com muita
A inovação tem sido fantástica, a melhor? Já para não falar daquele euforia ou então dava barraca.
um ritmo alucinante, mas quais são acontecimento que envergonhou a Acaba-se assim esta crónica. Agora
as consequências para a nossa socie- raça humana, quando o mestre Kas- vou jogar Football Manager e levar a
dade? Máquinas que substituem o parov perdeu uma partida de xadrez Guarda à final da Liga dos Cam-
Homem, Homens que se rendem às contra um computador. peões. Adeusinho.
Máquinas, Máquinas dominam a Ter- Para falar do efeito das novas tec-
ra: isto já serviu de argumento para nologias sobre os mais jovens repor- Rafael Lima

A A.S.A.E. esteve na nossa Escola ...


No dia 21 de Janeiro a nossa Escola foi visi-
tada por dois inspectores da A.S.A.E., que não
vieram por acaso….
O motivo da visita foi a eventual violação da
proibição de fumar no recinto escolar -
( decreto 37/ 2007 de 14 de Agosto ). Após a
visita inesperada nenhuma irregularidade foi
detectada, uma vez que esta Escola cumpria os
requisitos legais.
8

Área de Projecto 7º C

Distúrbios Alimentares
Sinais de alerta de distúrbios ali-
mentares

Os sinais de alerta de distúrbios


alimentares são:
- Emagrecimento rápido sem causa
aparente
- Redução na quantidade de ali-
mentos ingeridos ou escolha de
produtos magros ou de baixo valor
calórico (dieta)
- Desculpas frequentes para não
comer ou para o fazer isoladamen-
te
- Praticar exercício físico em
excesso
- Amenorreia nas raparigas e perda
de erecção nos rapazes
- Mudança de temperamento nais graves. Afecta predominante- tórios como vomitar, usar laxan-
(maior agressividade, irritabilidade mente as adolescentes com maior tes, diuréticos ou outros medica-
e isolamento social) risco de incidência entre os 14-18 mentos, fazer jejum e exercício
- Desenvolvimento de comporta- anos, podendo iniciar-se mais físico excessivo. Os episódios de
mentos ritualizados à refeição (ex.. cedo. Embora seja predominante ingestão compulsiva habitualmente
cortar a comida aos bocadinhos) no sexo feminino, surge também começam durante ou após uma
- Não assumir a fome no sexo masculino. Caracteriza-se dieta restritiva. Estes episódios
- Atitude extremamente crítica em essencialmente por um medo originam reacções emocionais
relação à imagem e forma corporal intenso de engordar mesmo quan- negativas que muitas vezes precipi-
- Grandes oscilações de peso do muito magra, por uma perda de tam os comportamentos de purga
- Comer frequentemente grandes peso superior a 15% em relação ao (vómitos, laxantes, diuréticos). Os
quantidades de comida de forma peso esperado. bulímicos quando têm os episódios
compulsiva de empanturramento e os compor-
- Comportamentos compensató- Bulimia tamentos de purga sentem muita
rios do ganho de peso (ex. vómito) vergonha e culpabilidade. Habi-
- Utilização de laxantes ou diuréti- A Bulimia Nervosa é um distúr- tualmente mantêm a sua doença
cos bio alimentar grave. Caracteriza-se em segredo (mesmo em relação
- Instabilidade emocional por episódios de ingestão compul- aos seus familiares mais próximos)
(alteração de humor) siva que consiste em comer, num e procuram tardiamente ajuda
curto período de tempo, uma especializada.
Por que é que algumas pessoas quantidade anormalmente grande
tendem a ter distúrbios alimenta- de comida, com a sensação de per-
res? da de controlo. Nestes episódios as Ana Rita Ferreira, nº1
doentes ingerem habitualmente Inês Lourenço, nº5
comida que consideram Marília Leitão, nº12
Anorexia nervosa Vera Pereira, nº20,
"proibida" (como doces e hidratos
7ºC
É uma perturbação psicológica de carbono). Estas doentes têm
com implicações físicas e emocio- ainda comportamentos compensa-
9

Área de Projecto 8º ano

Área de Projecto 8ºano

A introdução das Tecnologias não curriculares”. ram subtemas relacionados


de Informação e Comunicação Neste sentido, a Área de com o “Consumo de substân-
na Área de Projecto do 8ºano, Projecto foi oficialmente cias psicoactivas e prevenção
no corrente ano lectivo pro- “enriquecida” ao destinar a em meio escolar”.Esta temáti-
vocou alguma confusão entre esta Área Curricular Não Dis- ca foi abordada em conjunto
pais, alunos e professores. ciplinar (ACND) um espaço com Formação Cívica, no sen-
Numa primeira interpretação diferenciado para a utilização tido de orientar os trabalhos
da legislação poderia parecer das TIC. de forma interdisciplinar.
que o currículo do ensino Tratando-se de uma inova- Neste sentido, os alunos
básico se tinha alterado e apa- ção e tendo em conta as desenvolveram a sua pesquisa
recia uma nova disciplina – orientações emanadas do e elaboraram um artigo de
TIC. No entanto, o Despacho Ministério da Educação, esta jornal e um cartaz onde
16 149/2007 é claro, referin- ACND, está a ser desenvolvida reflectiram os seus conheci-
do que “No 8º ano, na carga no sentido de proporcionar mentos acerca da toxicode-
horária relativa às áreas curri- aos alunos um contacto direc- pendência, alcoolismo e taba-
culares não disciplinares, pre- to com as Novas Tecnologias, gismo. Os cartazes produzidos
ferencialmente na Área de quer na consulta, selecção e foram expostos no átrio da
Projecto, um tempo lectivo produção de materiais especí- Biblioteca da escola de 14 de
(noventa minutos) deverá ser ficos associados aos temas de Dezembro a 8 de Janeiro.
destinado à utilização das Tec- Projecto a tratar em cada
nologias da Informação e da período lectivo. A professora de Área de
Comunicação (TIC) para atin- Durante o 1º Período, os Projecto-8ºano
gir os objectivos destas áreas alunos do 8ºano, desenvolve- Cristina Vicente
10

Área de Projecto 8º Ano

Tabagismo no meio escolar


O maior risco que as crianças e os te viciadas em nicotina do que os anos que começou a fumar aos 11 na
adolescentes correm quando come- rapazes. Para além dos problemas de escola devido às influências exercidas
çam a fumar é o de ficarem depen- saúde associados, o consumo de sobre este. Hoje fuma 1 maço por
dentes do tabaco, muitas vezes para tabaco na adolescência é um proble- dia e está dependente do tabaco. O
a vida inteira, e vir mais tarde a ma muito visível, sobretudo no sexo que provavelmente lhe poderá acon-
sofrer inúmeras patologias causadas feminino. Para travar a progressão tecer é a descalcificação dos dentes e
pelo tabagismo (cancro de pulmão, da epidemia tabagista é necessário ossos, ter cancro e doenças pulmo-
D.P.O.C., enfartes, entre outras). conhecer a sua etiologia, ou seja, nares.
Estudos recentes comprovam que as compreender quando, onde e por- Por isso não penses que
crianças tornam-se dependentes da que é que as crianças e os adolescen- fumar é o que faz de ti outra
nicotina mais facilmente do que os tes se tornam fumadores. Estudos pessoa.
adultos, com quantidades de tabaco realizados comprovam que a maioria
tão baixas que nunca antes tinham dos adolescentes começam a fumar Carolina Costa, nº3
sido estudadas como por exemplo nas escolas, devido à influencia dos Mariana Fonseca, nº12
fumar dois cigarros por dia durante amigos antes dos 19 anos quando os Vera Silva, nº18
quatro a seis semanas. Os investiga- adolescentes ainda se encontram na Ana Paula , nº19
dores com estes estudos provaram construção da sua personalidade. 8ºA
que as raparigas ficam mais facilmen- Como é o caso de um rapaz de 13

Porquê deixar de fumar???


Muitos dos jovens têm curiosidade guínea melhoram; após 1 ano de mental a ter presente na educação
de experimentar fumar, muitas das abstinência, o risco de doença coro- das crianças e jovens. As escolas
vezes por verem os mais velhos nária reduz-se para metade do verifi- devem incluir a prevenção e o con-
fumar e dizerem que se sentem bem cado nos fumadores e o risco de can- trolo do tabagismo no seu projecto
e que a sensação é boa. «Comecei a cro de pulmão é cerca de metade do educativo; melhorar a formação dos
fumar porque vi uns rapazes mais de um fumador. «Desde que deixei professores nesta temática; definir e
velhos a fazer o mesmo e quis expe- de fumar consigo saborear melhor implementar uma abordagem que
rimentar» e «Comecei a fumar por- os alimentos», «Depois de deixar de garanta o cumprimento da legislação
que um amigo meu ofereceu-me um fumar consigo respirar melhor e relativamente ao consumo de taba-
cigarro e eu senti curiosidade de mais profundamente» e «Desde que co, à proibição de venda e à sinaliza-
experimentar».Depois de “matarem” deixei de fumar tenho o hálito mais ção dos espaços; apoiar professores,
o desejo de experimentar esta novi- fresco».Habitualmente, os jovens pessoal auxiliar, pais e alunos no
dade, sentem necessidade de conti- decidem experimentar porque não sentido da promoção da extinção
nuar a fumar e ficam viciados. Para o têm noção do poder aditivo do taba- tabágica.
fumador deixar este vício deve co. A aprendizagem da capacidade
conhecer bem como pode fazê-lo e de decidir de forma responsável e Ana Luísa Vieira Oliveira, nº2
as vantagens que isso traz. A capaci- autónoma, sabendo resistir às pres- Ana Rita Pires Martins, nº4
dade respiratória e a circulação san- sões sociais, é um objectivo funda- Beatriz Cruz Catalão, nº6
8ºC
11

Área de Projecto 8º Ano

Internet adaptada à deficiência


Acessibilidade significa facilidade de
interação, aproximação, flexibilidade
da informação. No âmbito das tecnolo-
gias de informação está associada a
acções que têm como objetivo tornar
os computadores mais acessíveis a
todos os utilizadores.
Torna assim possível a sua utilização
por pessoas com necessidades especiais,
bem como a utilização em diferentes
ambientes e situações através de vários
equipamentos ou navegadores. Os
principais problemas sentidos por utili-
zadores deficientes visuais são as difi-
culdades em obter informações apre-
sentadas visualmente; interagir usando
um dispositivo diferente do teclado;
distinguir rapidamente os links num
documento; navegar através de concei-
tos espaciais; distinguir entre outros
sons uma voz produzida por síntese.
A adopção de técnicas de acessibilida- um grande número de cidadãos mação estruturada, são as princi-
de na concepção das páginas e aplica- com necessidades especiais ainda pais dificuldades", explicou. No
ções para a Internet não são limitações, enfrentam no acesso à Internet", entanto, todas as dificuldades foram
antes pelo contrário, estas tornam-nas disse Fernando Santos (portador de ultrapassadas devido a sites devidamen-
mais robustas, flexíveis, rápidas e fáceis deficiência visual), enquanto concluía o te adaptados à deficiência de que eram
de usar para usuários em geral, permi- registo num site para enfrentar o seu portadores.
tem também a utilização de equipa- primeiro desafio: encomendar o almo-
mentos menos convencionais para o ço para o dia seguinte. "As imagens
acesso à Internet como a televisão, o não legendadas, principalmente Beatriz Gonçalves, nº8
telefone e equipamentos electrónicos as que constituem links, os Maria Inês Queiroz Gonçalves, nº19
de bolso. menus que não permitem a utili- 8ºC
"Aceitei este desafio para zação do teclado, certas apresen-
demonstrar as dificuldades que tações e a inexistência de infor-

Novas Tecnologias na sala de aula


Com o desenvolvimento de novos do desenvolvimento das tecnologias te, sendo possível uma aprendizagem
meios de comunicação, a informação informáticas, com o acesso a redes mais pessoal, mais rica, mais rápida e
deixou de ser predominantemente globais de computadores, ao correio com menos custos. O professor terá
veiculada pelo professor na escola. electrónico, a bases de dados, a biblio- sempre um papel importante
Actualmente, com o crescente aumen- tecas virtuais, a CD-ROM, a uma (insubstituível!) na ajuda ao aluno, por
to da informação, o aluno chega à enorme oferta de software, etc. Esse exemplo, para o ajudar a seleccionar a
escola transportando consigo a imagem progresso está a provocar mudanças informação relevante para um dado
de um mundo que ultrapassa os limites enormes na organização da nossa vida e propósito. Processos selectivos desse
do núcleo familiar, do professor e da do nosso trabalho. tipo continuarão a ocorrer pela vida
própria escola. Mas informação não é No actual modelo de ensino, o pro- fora e é bom que os alunos se familiari-
conhecimento e o aluno continua a fessor ocupa o papel central, determi- zem com eles.
necessitar da orientação de alguém que nando, na maior parte das vezes, o
já trabalhou ou tem condições para ritmo de aprendizagem. Aproveitando
trabalhar essa informação. melhor as novas tecnologias nas esco- Filipe Nascimento,nº8,8ºD
Estamos a viver uma época de rápi- las, o papel do aluno será mais relevan-
12

Visitas de Estudo

Visita de Estudo a Constância...


No dia 8 de Janeiro os alunos do 9ºano Após o almoço / piquenique visitámos
tiveram a oportunidade de fazer uma a Central Termo Eléctrica do Pego. Esta
visita de estudo ao Centro de Ciência central de carvão da Tejo Energia, loca-
Viva de Constância e à Central Termo lizada nos arredores de Abrantes, está a
Eléctrica do Pego. construir um sistema que irá reduzir as
A partida foi às 7.30, com paragem emissões de dióxido de enxofre (SO2)
para um café e chegada às 10.30 ao Cen- em mais de 80%, de óxido de azoto
tro de Ciência Viva de Constância, hora (NOx) em mais de 37% e de partículas
marcada para iniciar a visita guiada. Na em mais de 20%. Este projecto tecnoló-
parte exterior do centro pudemos ver o gico permitir-lhe-á reduzir drasticamen-
sistema solar: as características dos te as emissões de gases para a atmosfera
vários planetas, as distâncias destes ao a partir deste ano.
Sol e a duração da noite e do dia ao lon- A visita guiada pela central possibili-
go do ano. Em seguida entrámos num tou-nos perceber como esta funciona.
planetário onde nos foi proporcionada a De regresso à Guarda passámos pelo
experiência de observar o céu durante Shopping de Castelo Branco, tão do
24 horas, observámos constelações, pla- agrado dos nossos alunos. Às 10.30 che-
netas, entre outros. E após esta expe- gámos à nossa querida cidade...
riência interessante, foi-nos dada a opor- Esta foi mais uma visita enriquecedora
tunidade de construir um relógio de sol. e interessante e que trouxe novos
Por fim visitámos a loja do Centro Ciên- conhecimentos na área da Astronomia e
cia Viva onde pudemos comprar alguns na produção de energia.
presentes.
Professora Carla Tavares
Por volta das 7:30 partimos da Guarda mais importantes.
em direcção ao Centro Astronomia de No fim da visita ao planetário fomos
Constância. Quando lá chegamos visuali- almoçar.
zámos na parte exterior do centro um Concluído o almoço dirigimo-nos para
modelo em escala reduzido dos planetas a Central Eléctrica do Pego. Quando
em volta do Sol. entrámos na central, explicaram-nos
Quando entrámos no planetário, fize- como ela funcionava e os cuidados a ter
mos uma simulação de como decorre a lá dentro.
sucessão dos dias e das noites. Visualizá-
mos a noite e ensinaram-nos algumas David Afonso, nº8, 9ºB
técnicas para descobrir no céu as estrelas

A Central Termoeléctrica do Pego


A Central Termoeléctrica é consti- movimentos de rotação e translação.
tuída pela International Power ( Rei- Gostei mais de visitar a Central
no Unido ), pela Tejo Energia ( Por- Termoeléctrica, porque achei espan-
tugal ), pela Electricidade de Portu- toso todo aquele mecanismo que era
gal e pela Endesa ( Espanha ). Utiliza necessário para transformar o carvão
carvão, um recurso natural não reno- em energia que podemos utilizar nas
vável, para produzir energia. Apesar nossas casas. Também gostei de visi-
disso, é uma das centrais termoeléc- tar o planetário em Constância pois
tricas menos poluentes do mundo. posso agora identificar muitas cons-
Na parte da tarde visitámos o Cen- telações que não conhecia.
tro de Ciência Viva onde começámos A viagem foi muito enriquecedora
por ver uma representação dos pla- e divertida.
netas do nosso sistema solar e foi-nos
possível observar e compreender os Miguel Lopes, nº15, 9ºD
13

Visitas de Estudo

Visita de Estudo a Lisboa


Acordar às 6.30 horas seria, auto-
maticamente, um motivo para irri-
tação e caras feias. E assim seria,
não fosse boa a razão que nos tirava
da cama: uma viagem de estudo!
Era indiscutível que, apesar dos
bocejos e dos muitos olhos semi-
cerrados, o espírito geral ao entrar
na estação de comboios era de boa
disposição. Os bilhetes foram dis-
tribuídos, os alunos e as professoras
instalados e eis que a turma do
12ºD vai rumo a Lisboa.
A viagem ritmada deu novo alen-
to à Teoria da Relatividade, já que
as 4 horas de viagem passaram qua-
se despercebidas pelos jogos de
cartas, deslocações ao bar ou o bicicleta a girar? Para isso terão de o uso desta poderosa energia.
esvaziar das mochilas, conversa e esperar e ver na Semana da Física No final da palestra dirigimo-nos
brincadeiras em geral. na nossa escola. Nesta exposição novamente ao metro, que nos
Chegámos à Estação do Oriente todos os alunos participaram e no levou ao centro comercial Vasco da
por volta das 11.30 horas e, com o fim da visita era evidente a excita- Gama. Lá pudemos dedicar-nos um
passo acelerado, rapidamente nos ção e a vontade de a revisitar. pouco ao lazer, além de abastecer-
encontrámos no metro, que nos Mas o tempo urgia e era altura de mos as mochilas antes de partir.
levou até perto do Instituto Supe- cada um escolher onde almoçar, Voltámos ao comboio e apesar de
rior Técnico. para ir depois assistir à palestra a boa disposição continuar, o cansa-
Após um breve tempo de espera com o tema “Fusão Nuclear”. Foi- ço era evidente. Terminou a via-
começou a visita à exposição subor- nos dada uma hora e um ponto de gem na estação de comboios da
dinada ao tema “Semana da Ciên- encontro para nos reunirmos Guarda, com um curto e sorridente
cia”. As experiências revelaram depois do almoço. “até amanhã”.
uma forma extremamente divertida Ao regressarmos ao Instituto Não pudemos visitar muitas coi-
de aprender ou rever Física, já que entrámos quase imediatamente sas, já que a deslocação ocupou
a teoria tem mais graça, como é para a sala da palestra. O tema foi grande parte do tempo, mas o que
óbvio, quando tem uma “cara”. O discutido com uma visão futura do foi visto cativou muito os alunos.
que acontece quando uma lata uso da fusão nuclear (energia Foi um dia diferente dedicado à
quente é mergulhada em azoto nuclear) de forma sustentável. Per- aprendizagem no campo da Física
líquido? Que efeito provoca o som mitiu-nos alargar os conhecimentos e, sem dúvida, da convivência.
em chamas? O que acontece quan- já adquiridos sobre o tema e o
do, em cima de uma cadeira com conhecimento de projectos a serem Diana Monteiro,nº4,12ºD
rodas, se segura uma roda de uma desenvolvidos a nível mundial para
14

Visitas de Estudo

Extravagâncias Artísticas
No passado dia 10, fomos, tur- como telas total ou parcialmente vras o que é? Escultura é Arte.
mas do 12ºA e E, até Lisboa, de brancas, amarelas, azuis, ou Escultura sem matéria o que é?
visita de estudo, no âmbito da negras. E logo surgiu a pergunta: Se eu lhes pedir para ouvirem o
Área de Projecto. «Serão estas obras, Arte?» silêncio e imaginarem uma músi-
Visitámos no Centro Cultural Foi disso que se falou no auto- ca. É Arte? Se eu lhes pedir para
de Belém, a colecção Berardo. carro: «Arte exige um conceito, num papel em branco lerem um
Podia pormenorizar a visita e uma ideia!», «Arte exige origina- poema. É Arte?
explicar uma a uma cada obra lidade!», «Arte exige imagina- Se eu lhes pedir para olharem
que vimos, contudo não o farei. ção...». Para mim, neste caso, para um quadro em branco, ou
Falar-vos-ei, em particular, das Arte exige extravagância. azul, ou preto, ou amarelo. É
obras que despoletaram tema Ainda assim, um quadro todo Arte?
para debate na viagem de regres- branco, apesar de extravagante, Quanto vale a fruição estética
so à Guarda. é branco. E como digo branco, do criador e do receptor? Quan-
Entrámos num compartimento digo azul, amarelo, preto... to valem as extravagâncias?
onde nos foram apresentados E questiono-me. Música é
quadros, por sinal de grande Arte. Música sem som o que é? Maria Luísa Mota da Romana,
valor monetário, tão simples Poesia é Arte. Poesia sem pala- nº24 , 12º A

Colecção Berardo no Centro Cultural de Belém


15

Programa PES

“DEIXEMOS O SEXO EM PAZ ”

No passado dia 10 de Janeiro sem contudo descurar a neces- teve a dimensão que este
realizou-se um espectáculo de sária responsabilidade que espectáculo merecia, apesar de
teatro no Auditório da Câmara tomos devemos ter na aborda- ter sido considerado pelo Sin-
Municipal, no âmbito do Pro- gem do tema. dicato das Artes e dos Espectá-
grama de Promoção e Educa- Foram realizadas três sessões culos, como de enorme inte-
ção para a Saúde. A peça de dirigidas a públicos diferencia- resse pedagógico tanto para
teatro intitulada “ Deixemos o dos. Assim às 11 horas o espec- jovens como para adultos.
Sexo em Paz ” representada táculo destinou-se aos alunos Esta peça tem sido também
pela Companhia de Teatro dos 8º e 9º anos, tendo estado referida pela FERLAP– Fede-
Maria Paulos, sediada em Lis- presentes 165 alunos que ração Regional de Lisboa das
boa, é uma adaptação da obra representam a quase totalidade Associações de Pais e foi igual-
de Dário Fo ( Prémio Nobel da dos alunos das respectivas tur- mente alvo de atenção por par-
Literatura ) escrita em 1992. mas. O período da tarde, às te do jornal “ Página da Educa-
Consiste num monólogo que, 15h.30, dirigiu-se aos alunos ção”, relativamente à qual
através de vários sketches e do ensino secundário. Reali- publicou uma reportagem.
episódios curtos, aborda as zou-se ainda, uma sessão às Tratou-se, em suma, de uma
consequências da falta de uma 21h.30 destinada aos pais e iniciativa que deu resposta à
conveniente e objectiva infor- encarregados de educação, mas normal curiosidade que os
mação sobre a sexualidade. também aberta a todos os edu- adolescentes sempre manifes-
Chama a atenção, de forma cadores da comunidade educa- tam sobre esta temática.
divertida e risonha, para a tiva da cidade.
importância dos comporta- A adesão por parte dos pais e
mentos e atitudes nesta área, encarregados de educação não Professora Leontina Lemos
16

CRESCER A LER

Há livros que não se esquecem!


“ E aqueles que por obras vale- Frank coloca no papel o que aborda esta temática, embora
rosas se vão da lei da morte lhe vai na alma; experimentan- numa perspectiva menos den-
libertando” do, no seu dizer, “ uma sensa- sa, sobre a perseguição aos
ção singular”. Mas apesar do judeus, diz respeito ao Mundo
Na realidade, poucos têm o sentimento positivo que a em que Vivi de Ilse Losa. Rose,
privilégio de sair do anonima- escrita lhe proporcionava, personagem principal da obra,
to. Mais, só uma ínfima parte Anne não reconhecia interesse sofre também na pele esse
derruba fronteiras, passa de às suas notas: “ … nem eu ódio que Adolfo Hitler deposi-
geração em geração, mantem nem ninguém achará interesse tou em todos aqueles que não
actualidade e interesse ao lon- nos desabafos de uma rapariga pertenciam à raça ariana. Por
go da história! Uma dessas de 13 anos ”. isso, Rose só escapa ao campo
figuras ímpares é Anne Frank Enganou-se redondamente, de concentração graças à boa
que escreveu o diário do seu pois o seu diário, publicado no vontade do seu “ inquisidor ”,
cativeiro, que começou no dia Verão de 1947, foi rapidamen- que decidiu poupá-la.
6 de Julho de 1942 e se pro- te traduzido em mais de 30 É este retrato fiel de uma
longou até ao dia 4 de Agosto línguas. E hoje conhece edi- realidade passada mas verda-
de 1944, altura em que a polí- ções em cinquenta e cinco deira que leva Agustina Bessa
cia alemã entrou no esconderi- idiomas. Luís a afirmar : “ Há livros que
jo e prendeu todos os seus Anne tornou-se, assim, o com o tempo se vão destilan-
ocupantes: pais e irmã de símbolo de seis milhões de do como as bebidas espirituo-
Anne, o casal Van Pels com o judeus brutalmente assassina- sas. Deixam a leveza temporal
seu filho Peter e Fritz Pfeffer, dos pelos Nazis, durante a II e só fica a lágrima e o perfu-
um amigo da família. É duran- Guerra Mundial. me”.
te estes dois anos que Anne Outro livro que também
Professora Emília Barbeira
17

CRESCER A VER

“As Três Cores – Azul”


desenrola, as partes dramáticas…
Composição: liberdade, igualdade, perfeitas ao som de uma excelente
fraternidade. trilha sonora…”
Apresentação: DVD ou vídeo.
Indicações Terapêuticas: indicado Helena Isabel Paixão
para carência grave de ideais; de gos-
to pela problemática da verdade, de “Toda a história do filme é revelada
questionamento sobre o sentido da meticulosamente, e é quase impossí-
vida, de sensibilidade estética. Tam- vel antecipar os rumos da acção…”
bém aconselhado para esbater ou
mesmo rebater uma grande variedade Joana Ferreira
de preconceitos, medos da solidão e
da morte, entre outros. Além disso, “Na minha opinião, o filme é comple-
exalta valores positivos como o xo; só se consegue perceber bem o
amor, a beleza, a arte… enredo no final da história após uma
Contra Indicações: Pode causar reflexão do que se observou.”
algumas perturbações aos inimigos da
quietude, aos pragmáticos profissio- Maria Sofia Domingos
nais ou aos amantes do materialismo através das pessoas e das suas rela-
exacerbado. ções.”
Efeitos secundários: O filme “Azul” “É um filme que nos mostra que
é geralmente bem tolerado quando Ana Carolina Silveira podemos dar uma volta na nossa
percepcionado com alguma concen- vida, pois Julie [a personagem princi-
tração, estando especialmente indica- “Eu penso que este filme é bom para pal] deu uma reviravolta na sua vida
do nos casos de visão fechada, hori- nós aprendermos a reflectir e a ver ao desligar-se do passado e ao dar
zontes estreitos, dificuldades em lidar que as coisas não são lineares, isto é, mais importância ao presente.”
com perdas, entre outros. podem apresentar vários sentidos que
Precauções especiais de utilização: não são visíveis e só com a exercita- Andreia Reis
Estar aberto e disponível ao exame da ção da razão poderão ser alcançados.”
existência humana e a olhá-la sob “Após alcançar a liberdade, Julie é
prismas diversos e novos. Ousadia Diana Santos realmente feliz. Mas ela não o conse-
para contemplar, sentir, deixar-se gue sozinha. Tal, leva-nos a pensar
impregnar de beleza e pensar! [Este filme] “está ligado a várias áreas que o Homem nem sempre é livre,
de estudo da Filosofia, como por nem é livre só por si. A nossa liber-
Professora Ana Pinho exemplo a “Acção Humana”, pois dade está condicionada, dependente
temos a oportunidade de observar a dos outros, das pessoas. Somos feli-
personagem principal a ponderar, a zes se formos livres assim como
Opiniões breves tomar decisões, por vezes inespera- somos livres se formos felizes. Mas
das, constituindo um bom objecto de sozinhos, ambas as dimensões são
estudo das diversas formas de pensar, inalcançáveis.”
“No filme de Krysztof Kieslowski e respectivas correntes filosóficas,
[“As três cores: Azul”], o azul é a cor tais como o determinismo, o indeter- Joana Rei
da liberdade. A liberdade que a des- minismo, o compatibilismo ou o
coberta da verdade concede. É a luz libertismo.” “É um filme chocante já que nos faz
que brilha nas trevas, que nos chama analisar o que queremos e quais são
e nos amedronta.” Bernardo Santos os nossos limites.”

Joana Valente “Para mim o filme foi fascinante, a Sérgio Teixeira


começar pela interpretação de Juliet-
“O conceito de liberdade é explorado te Binoche. O modo como o filme se
Alunos do 10º A
18

CRONICANDO

Adolescentes e Viajantes
2º trajecto - A oposição do Eu marinbando para o que os bimbos daquela chavala alta ali no último
dizem ou pensam, portanto tu vais banco, ‘tá caídinha por ti!
Claro que já nem se lembram do 1º connosco e levas as mochilas, porque - Diz-lhe para vir com a gente que,
trajecto desta viagem que é a adoles- quem manda nesta *** toda sou eu! ainda vou curtir com ela! Vá, Toli-
cência, pois não? (saiu no nº3 deste - Mas é que os meus pais podem… nhas, pega na bagagem!
Olhar). - Manda os teus cotas darem uma - Toni, vem aí o tal tipo do comboio!
Foi uma viagem de maluqueira. volta, hoje é dia santo e eles tão a - Oh amigo, ouça lá, não se arranja aí
Pudera, era o trajecto do deslumbra- dormir! E, olha, se não levas as outro sítio só p’ra nós os quatro via-
mento do eu – um corpo novo, quem mochilas pode ser que os teus cader- jarmos na boa?
sabe uma cabeça nova!
A malta tinha acalmado (e adorme-
cido) porque o troço foi trepidante e
cheio de solavancos. Mas…agora o
que é isto?
- Hei, Toni! Já saímos daquela esta-
ção?
- Pois já, puto. Bué de fixe aquela
cena! Mas, agora vamos ter de gra-
mar a viagem ao pé destas betinhas
que, nos olham como se fôssemos o
monstro das bolachas?
- Toni, ‘bora’ lá procurar o ‘man’
aqui do comboio, a ver se nos arranja
outro lugar só para nós.
- Aguenta aí meu, vou só gozar um ninhos tão limpinhos e os livros tão - E porque carga de água querem
coche ali com o Tolinhas. ‘Tás a vê-lo bem encapadinhos voem pela janela vocês ir para um lugar diferente dos
todo vermelhinho, o tipo fica corado fora! E então é que a mamã vai chorar outros todos? Em convívio é que
só de me ver a olhar p’ra ele, ‘tá com mesmo porque o menino ficou deslei- vocês vão bem!
um cagaço! Hei, ó Tolinhas, anda xado! - Nada disso, este maralhal é seca!
daí! Tavas-te a esconder, não era? - Pronto, ‘tá bem, eu depois digo ao Nós queremos ir para uma carruagem
Nada disso, vais connosco e levas-nos meu pai que me senti mal e, não pude sem bancos, para montar uma tenda e
as mochilas! Vais ver o que te dou no ir ao pé da minha irmã porque fui curtir a cena da viagem!
fim da viagem, é uma cena baril! para a casa de banho. - Mas tu és doidinho, rapaz? Acampar
- Não posso, eu tenho que fazer a - Ó puto, este crânio borra-se todo num comboio, pode lá ser?
viagem com a minha irmã e, tomar com medo do cota! Não vês que o - Olha-me este ginja, a dizer-me o
conta dela e das amigas! teu cota só te quer obrigar a fazer que eu hei-de ou não fazer! Ouça-me
- ‘Tá calado meu! A betinha da tua aquilo que ele não fez quando era cá ó grande bisca! O futuro é dos
irmã fica a tomar conta das bonecas! novo? Ele não estudava nada, não jovens e, nós para construirmos o
Vais flipar com a desbunda que eu conseguiu tirar um grande curso e, nosso futuro não queremos as vossas
vou preparar, pergunta aqui ao puto agora quer que tu marres para seres regras, vamos ter as nossas! Olhe p’ra
Rusga. aquilo que ele não conseguiu! Deixa paisagem, não se vê a porcaria que
- É mesmo, pá, o Toni vai arranjar de ser totó, meu! Esta viagem não te vocês fizeram?
uma carruagem só p’ra malta, vai ser assusta, não ‘tás borradinho de medo? Nesta altura, na carruagem alguns
uma curte! Eles não te deixam fazer nada, pois grupos riem-se, outros apupam e
- Não acredito que o sr. revisor do não, têm medo que o filhinho se per- mandam bocas e outros estão tão
comboio ache bem conceder uma ca! Então tens de assustar também os caladinhos e envergonhados como se
carruagem para tão poucos ! papás e, dar-lhes o troco que eles aquelas palermices estivessem a sair-
- Escuta bem isto, meu! Não há cá merecem! Vamos lá dar de frosques, lhes da sua própria boca (e os papás a
essa do sr. revisor, nem do papá nem meus, aqui não se aprende népia! ouvirem).
de nenhum outro cota vir para aqui - Aguenta tu agora, Toni! Sabes o que Fernando Raposo
dar sermão aos peixes! A malta tá-se é este bilhete? É o nº do telemóvel Psicólogo do S.P.O.
19

CRONICANDO

Há professores que não se esquecem...


Há professores que não se pação máxima era leccionar qualquer tipo de represália.
esquecem!! para garantir aprendizagens Antes, pelo contrário, aprovei-
À semelhança daquilo que sólidas, tudo o resto era de tou o momento para dar umas
fizeram os meus alunos, tam- menor importância. Talvez, boas gargalhadas em face das
bém eu quero homenagear o por isso facilitou o nosso nossas caras receosas e depois
meu professor Leonel Guerra. copianço! fazer comentários, que passo a
Já lá vão mais de 25 anos, era Fomos ambas ingénuas, por- transcrever: “ há duas cabeças a
eu aluna da Escola Secundária que eu deixei copiar o teste pensar da mesma maneira!” ou
Afonso de Albuquerque e ele o todo e a minha colega nem então “ há alunos que têm o
meu professor de Matemática uma vírgula mudou. Assim, poder de errar os mesmos cál-
do 8ºano. escusado será dizer que tivemos culos!”… A estas observações
Nunca só me lem-
poderei bro de ter
esquecer respondido
as aulas ao meu pro-
do pro- fessor que
fessor podia ir ao
Leonel quadro fazer
Guerra. novamente
Para além os exercí-
de serem cios, mas
as mais como
diverti- devem ima-
das, con- ginar não fui
seguia, submetida a
ainda, a qualquer
façanha tipo de
de nos humilhação
ensinar pública
Matemá- perante os
tica de meus cole-
forma simplificada. Como eu exactamente a mesma cotação. gas. Afinal, sem castigo, sem
recordo a sua alegria e dinamis- É caso para dizer: quanta tele- repreensão também podemos
mo, mas também não posso patia! aprender grandes lições de
deixar de lembrar o seu bom Mas o que eu quero vincar vida, porque como diz Alexan-
senso e a sua capacidade de publicamente não é a minha dre O’neil “ há palavras que nos
“premiar” quando fazíamos solidariedade para com a minha beijam.”
asneiras. Passo a explicar: tal- amiga em apuros (até porque Bem haja professor Leonel
vez seguindo o lema do meu todos fariam o mesmo, não é por esta lição de vida.
professor de grego - copiar faz verdade?!) mas sim a humanida-
parte da vida de um bom estu- de e simpatia do meu querido
dante - não tínhamos dentro da professor Leonel Guerra. Ape- Professora Emília Barbeira
sala um polícia, mas um amigo sar de estar na posse das provas
que nos compreendia, que nos do nosso “crime”, em nenhum
auxiliava. Enfim, a sua preocu- momento se exaltou ou fez
20

CRONICANDO

Olá avó !
Trinta, 6 de Dezembro de 2007 morreste e o quanto pedi a Deus de te encontrar junto a ele. A tia
para não te levar? Pois é, conti- Teresa não mudou nada de lugar.
Olá avó! nuo a pedir-lhe par te trazer de Outra estranha sensação que tive
Olá, como vai? Eu estou bem volta, mas parece que Ele não foi que as coisas tinham diminuí-
e para durar, espero! Como vai o me ouve. Todos os dias me lem- do de tamanho. Ao olhar à volta
tempo aí? Ouvi dizer que aí faz bro de ti, todos os dias tenho de senti-me gigantesca como se esti-
sempre sol. E o teu coração já me lembrar que morreste e isto vesse numa casa de bonecas. A
está melhor? porque a tua imagem continua escuridão instalou-se lá dentro,
Há pessoas que dizem que aí viva dentro de mim. Não me apesar das lâmpadas, falta o teu
todas as dores desaparecem e que consigo esquecer do bater do teu brilho.
as dificuldades enfrentadas Nestes últimos natais não
na vida, todas as injustiças consigo sentir-me completa
passadas, são multiplicadas sem ti e sem a melhor pren-
pela nossa honestidade, da com que me presenteavas
humildade e bondade. à meia noite, à hora de abrir
Depois, o resultado dessa as prendas. Na altura, era só
multiplicação determina a mais um beijo, agora vejo
tranquilidade, a felicidade que te empenhavas mais no
e o conforto aí proporcio- beijo do que propriamente
nados. Que bom! Assim, na prenda com embrulho,
sei que serás feliz e “ vive- fitas, laços…
rás” para todo o sempre Não sei se levaste para o
como uma rainha. caixão a única prenda de
A razão que me levou a natal que te dei, uma meda-
escrever-te foi o facto de lha que tinha encontrado e
me afligir esta saudade de que diziam dava muita sorte
te abraçar, beijar e deixar a quem a usasse.
o meu coração em agonia. E os raminhos de flores
Quando voltas? Quando que te levava todos os dias
vens matar esta saudade e quando saía da escola? E que
me vens dizer que me tu com todo o carinho colo-
perdoas? Sabes, o arrepen- cavas num vasinho pequeni-
dimento também mata, no, até elas murcharem.
não física mas psicologicamente. coração. A imagem de te ver São todas boas recordações. Se
Porque partiste tão cedo? Sinto debruçada no fogão a olhar pela pudesse voltar atrás viveria cada
que me deixaste a meio do cami- janela da cozinha, quando de uma delas com mais intensidade.
nho, eu precisava de ti ao meu repente eu entrava pela porta e Espero por ti!
lado. Perdoas-me? Consegues gritava avó, nunca me saiu da
esquecer a indiferença com que cabeça. É estranho, acho que Beijos
te tratei a última vez que te vi no depois que morreste estive dois
hospital? Sempre que penso nis- anos sem entrar em tua casa. Há Carolina Pereira de Campos,
so, sinto-me tão estúpida que meses quando o fiz o meu pri- nº3, 10ºF
desato a chorar. Ouviste-me gri- meiro impulso foi olhar para o
tar o teu nome, no dia em que fogão. Por instantes caí na ilusão
21

CRONICANDO

Dinheiro? Que felicidade trará?


Mas afinal para que é que o Eu fiquei profundamente irrita- essa ambição, neste mundo e
dinheiro serve? Ou melhor, em da! Precisamos de dinheiro, sim, noutros que venham! Essa gente
que contribui para a felicidade do não o nego, mas é apenas para que se tenta impor aos outros,
Homem? Parece incrível! No sobreviver! É que na minha livre por ter mais uns trocos na bolsa
outro dia fui dar com uma con- maneira de ver, o importante é ou até uma conta bem mais
versa em que a avó do meu vizi- ter saúde! E quem tem saúde é recheadinha no banco que a de
nho perguntava ao meu irmão o feliz, porque pode fazer tudo o muitos, tem mas é uma conta no
que queria seguir na sua carreira que lhe apetecer! O dinheiro? O coraçãozinho recheadinha de obs-
profissional, e este, na mais pura dinheiro é ambição que, por sua curidade, tristeza, maldade… e
simplicidade, disse-lhe que queria vez, vai dar ao profundo desastre umas quantas palavras que há
seguir um desses cursos tecnoló- da… infelicidade! necessidade de destruir!
gicos que surgiram ainda há pou- Tantos que conheço já perde- Felicidade com dinheiro, sem
co, e não é que a malandra da ram os amigos por causa da ambi- amor, sem amizade e, acima de
avozinha do outro lhe diz que ção! Tantos que já perderam a tudo, sem saúde, corresponde a
dessa maneira nunca irá ter uma vida por não se controlarem ou uma completa e infeliz solidão!
daquelas contas bem recheadinhas por não serem controlados… isto
e que tinha de arranjar uma entristece-me!
mulher bem riquinha?! Tenho vontade de acabar com Adriana Maria Silva Vaz, nº 1,
9ºE

O que não se compra...


Há uns dias, sentada num banco cando a sua imagem nos seus cumplicidade de algo que deseja-
de um jardim, enquanto tentava olhos a chorar! Aquele acto de mos ser perfeito. É um engloba-
abstrair-me um pouco do mundo pura simpatia não carregava mento de tantos sentimentos jun-
que me rodeia, vi passar um casal nenhuma maldade. Contudo, há tos, algo tão complexo que só se
jovem de namorados e fixei-me que suportar também o que não consegue sentir!
neles. gostamos, pois não são os cami- Por mim, nunca desperdiçaria
A sua cumplicidade e a sua for- nhos mais fáceis que nos propor- uma oportunidade de poder amar
ma de namorar fizeram-me pen- cionam os melhores momentos e ser amada, porque amar é a
sar… até que, por uma razão tão da vida! melhor coisa do mundo!
insignificante, houve uma grande Achei incrível como uma coisi-
zanga! A simpatia da rapariga para nha daquelas pode acabar com
um amigo que ali passava, deixou algo que parece indestrutível! Ana Soraia Fernandes, nº 3, 9º E
o moço completamente fora de O essencial no amor não é ape-
si! Exaltou-se tanto com ela! A nas amar… é muito mais do que
rapariga apenas o escutava, desfo- um sentimento. É a confiança, a
22

CRONICANDO

Humanos ou selvagens?
Não percebo qual é o objectivo. Já nem se exige às pessoas que água? Acho que estes selvagens
Quem é que, com um caixote do cumpram a política dos 3 r’s, mas poluidores só vão aprender quando
lixo a menos de um metro, agarra pelo menos não deitem lixo para o tiverem de sair de casa com garrafas
num monte de lixo imundo e o deita chão! Piso pastilhas elásticas, com os de oxigénio sobre as costas.
para o chão? Por mais que me esfor- meus sapatos de salto novos, a toda O que me revolta mais é o facto
ce, não consigo perceber. Tanta a hora. Tropeço em pacotes de bata- de todos pensarem que não é por
informação, tantos documentários tas fritas sempre que entro num uma pessoa não respeitar as regras
sobre a poluição, o buraco do ozo- centro comercial. de saneamento básico das ruas que o
no, o futuro negro que se avizinha e A coisa mais repugnante que já me mundo se degenera. Mas podem
afinal ninguém sabe nada. Ou sabe e aconteceu foi estar a nadar numa das crer que, para a próxima vez que
finge que não percebe. Aqueles maravilhosas praias do Algarve e, ao alguém se atrever a poluir o precio-
pequenos anúncios publicitários estender o braço, bati numa embala- so chão que piso todos os dias, na
com criancinhas vestidas com as gem de iogurte. Mas, o pior, foi minha frente, não vai sobreviver
cores dos eco pontos, a engasgarem- olhar para a areia, e ver uma bandei- para contar a história.
-se em todas as palavras, não sensi- ra azul a pairar alegremente. Qual é
bilizam ninguém? a praia com bandeira azul que tem Marta Sofia Pina Martins da Costa,
embalagens de iogurte a boiar na nº17, 9ºE

Aquecimento Global
O Aquecimento Global é um pro- as suas consequências, de forma a próprias reflexões.
blema que tem vindo a aumentar sensibilizarmos a comunidade. São estas conclusões que preten-
com o passar dos anos, mas será Para além das pesquisas, vamos demos expor, juntamente com o
que todos temos plena noção da sua realizar brevemente alguns inquéri- resultado dos inquéritos, num site,
gravidade? tos, aos quais todos deverão res- acessível a todos: http://
Nós, Helder Costa, Mónica San- ponder da forma mais empenhada www.aquecimentoglobal.pt.la que
tos, Rui Pires e Tiago Pinheiro, possível; por ser este um problema actualmente ainda está em fase de
integrados num grupo de trabalho de todos e para todos, deve ser tra- construção mas onde, semanalmen-
do 12º B, no âmbito de Área de tado com a seriedade merecida. te, iremos pôr novidades. Por isso
Projecto, decidimos abordar esta É certo que poucos meses de visitem, comentem e ajudem o
problemática que nem sempre é investigação não chegam para uma ambiente porque todos somos parte
seriamente pensada. conclusão objectiva e exemplifica- do problema e todos somos parte
Para tal decidimos fazer inúmeras da, mas, com todos os meios que da solução!
pesquisas com o intuito de encon- nos foram disponibilizados, tentá-
trar as verdadeiras causas do Aque- mos optimizar e sintetizar a infor- Com os cumprimentos do grupo
cimento Global e, posteriormente, mação obtida, chegando às nossas Alunos 12ºB
23

CRONICANDO

Geração XXI
“A Verdade nunca é injusta, para não mencionar as drogas te e, como se não bastasse, ini-
pode magoar, mas não deixa (ainda que em minoria). ciam a sua vida sexual cada vez
ferida” O número de adolescentes mais cedo, o que pode trazer,
Eduardo Girão alcoólicos tem aumentado. A ter em alguns casos, consequências
em conta que não se encontram negativas para o casal. Estas rela-
Decidi começar com esta cita- nesta situação por beber todos ções são muitas vezes causadas
ção para não ferir tão depressa os dias, mas sim por beber em pelas tais bebedeiras, e, trazem
aqueles que pretendo atingir demasia durante o fim-de- consigo um sem número de con-
com esta crítica. semana. O consumo dos chama- sequências, que vão desde a rela-
Devemo-nos debruçar, cada dos shots é um desses factores ção com parceiros que não se
vez mais, sobre a questão da que influenciam estes comporta- conhece, bem como a propaga-
geração XXI, isto é, dos futuros mentos de risco. Estas bebidas, ção de doenças sexualmente
homens e mulheres que tomarão como se sabe, são mais fortes, e transmissíveis.
conta do nosso planeta. A socie- assim sendo embebedam mais Devemos fazer uma reflexão
dade actual já não é o que era, facilmente, razão pela qual têm acerca deste assunto, deve-se
assistimos a uma emancipação mais procura. O tabaco é outro pensar e repensar na nossa futura
em massa dos nossos jovens, dos vectores de contaminação da sociedade, não se quer uma
quando digo jovens deveria sociedade actual, no entanto, o sociedade de pessoas irresponsá-
dizer, em muitos casos, crianças. número de consumidores tem veis, mas sim cidadãos conscien-
Os jovens/crianças cada vez vindo a diminuir. tes, educados e preocupados
mais cedo contraem vícios de A juntar a estes dois factores com a saúde em geral.
adulto, basta reparar que cada acima referidos, deve-se men-
vez mais cedo começam a fumar cionar ainda que cada vez mais Tiago Matos, nº28, 12ºB
e a beber bebidas alcoólicas já cedo os adolescentes saem à noi-
24

CRONICANDO

Deus existe? Onde está? Quem é?


Muitas perguntas se colocam Como surgiram os rios e o que os plantas e animais novos a surgir.
sobre Deus, não há ninguém no ensinou a desaguar no mar? Será Quem os cria? A natureza é perfei-
mundo que não se interrogue sobre que foram os rios que fizeram sur- ta, jamais algum arquitecto a pode-
a sua existência. gir o mar ou o mar os rios? Será ria construir a não ser Deus. A sua
Poderei dizer que a maior parte constituição e o seu crescimento
dos que acreditam em Deus, não foi não têm explicação, apesar de nós
por eles procurarem, mas sim por humanos a manipularmos e a des-
terem crescido e serem educados truirmos.
num ambiente em que a existência Se Deus não existe porque há
de Deus é aplicada. regras?
Para mim Deus existe, pois sem Porquê a distinção do bem e do
Ele a minha vida não fazia sentido. mal?
Assim posso dizer que Deus omni- Se Deus não existe porque esta-
potente, omnipresente, omniscien- mos aqui? Para nada? Qual o signifi-
te, pois Ele tudo cria, Ele dá e tira a cado da vida? Apenas posso afirmar
vida, Ele está presente em todos os que nada surge do nada. Tudo o
lados, Ele sabe tudo, pois nós nada que está criado é de uma pura cria-
sabemos. ção, algo que nenhum homem pos-
A ciência diz-nos que o mundo sa realizar, a não ser Deus.
poderá ter surgido segundo a teoria A sua criação e o seu poder jamais
do “ Big Bang ” (o que não é certo), o podemos definir ou comentar
e o homem surge do macaco e a pois tudo o que é belo nos espanta e
galinha do dinossauro. Segundo os que a galinha vem do dinossauro? nos remete ao silêncio.
cientistas a vida começou no mar, Se sim, quem surgiu primeiro o
mas eu pergunto porque é que nós ovo ou a galinha? Será que foi na
humanos e animais terrestres não água que surgiram todas as espécies Tiago Carvalho, nº24, 10ºI
conseguimos respirar debaixo de de seres vivos, marinhos e terres-
água, se foi lá o início da nossa for- tres, sem haver nenhuma força cria-
mação e como nos separamos dele? dora por detrás disso? Ainda hoje há

Da Ucrânia para Portugal


Chamo-me Anna Kotyashko. na Ucrânia.
Estudo na Escola Secundária da Sé.
Cheguei a Portugal no dia 26 de Gosto de estar na escola:
Novembro de 2007.
As colegas são boas (já tenho muitas
Gosto de estar em Portugal: amigas);
Não tenho de pagar para utilizar a
As pessoas são boas; Internet.
As paisagens são bonitas.
Não gosto de estar na escola:
Não gosto de estar em Portu-
gal: Eu tenho de pagar os livros.

Tenho saudades dos meus amigos; Anna Kotyashko


As casas não têm aquecimento como
25

DESPORTO ESCOLAR

Basquetebol Iniciadas
No primeiro encontro do Qua-
dro Competitivo da modalidade de
basquetebol feminino iniciadas,
realizado na EB 2/3 de Trancoso,
no dia oito de Janeiro, a nossa
escola apresentou-se muitíssimo
bem.
Neste encontro, participaram
três escolas (ES da Sé, Colégio da
Cerdeira e EB 2/3 de Trancoso)
que realizaram três jogos, nos
quais cada uma delas efectuou dois.
É logo no primeiro jogo do dia que
entra em cena a nossa escola, dis-
putando o jogo com a EB 2/3 de
Trancoso. Este jogo não teve nada
de equilibrado, uma vez que a ES
da Sé “esmagou” as suas adversárias
com 46 pontos de vantagem, tendo muito expressivo, 58 pontos con- favor do Colégio da Cerdeira.
sido o resultado final de 56 pontos tra apenas 16 pontos.
– 10 pontos, a favor da nossa esco- Nestes moldes, podemos con-
Por fim, o último encontro foi cluir que a nossa equipa está
la.
disputado pelas escolas Colégio da “lançadíssima” para obter um des-
De seguida realizou-se o segundo Cerdeira e EB 2/3 de Trancoso, fecho muito risonho... o primeiro
jogo, no qual a nossa Escola voltou onde se verificou uma partida mui- lugar isolado, e mais uma vez a
a participar sem qualquer descan- to disputada e equilibrada, acaban- qualificação para os Regionais!!!
so. Mesmo assim e mais uma vez as do por se efectuar dois prolonga-
“nossas” meninas “arrasaram” com mentos para se alcançar um vence-
as adversárias (Colégio da Cerdei- dor. O resultado final ficou estabe- Professor José Rafael Oliveira
ra), com um resultado também ele lecido em 6 pontos – 10 pontos a

Torneio de xadrez
O xadrez é uma modalidade que começou a ser pra- 14 de Dezembro de 2007.
ticada este ano na nossa escola, no âmbito do desporto Todos os interessados podem comparecer aos treinos
escolar. No início do ano lectivo foi feita uma Acção de às segundas feiras das 17h45m às 18h30m e quintas
Formação destinada a alunos e professores. Rapida- feiras das 12h50m às 13h35m.
mente angariou adeptos de tal forma que foi possível A professora Ana Raquel é a responsável por esta
realizar uma actividade de dinamização interna no dia modalidade.
26

Religião e Valores...

Ano Novo, Vida Nova


Ano Novo, Vida Nova - diz a Queremos um mundo vivência no Espírito de Cristo,
sabedoria popular. melhor e diferente, mas com- que faz novas todas as coisas, é
A avaliar pelos votos que portamo-nos como se tudo um convite à luta contra o
todos nós formulamos, o nos- devesse mudar à nossa volta e egoísmo, o orgulho, o ódio e a
so grande desejo é que o Novo nós ficamos na mesma, e não vivermos o mandamento novo
Ano seja melhor e nos traga mudamos. Assim é impossível. e a gerarmos Cristo no cora-
mais paz, mais amor, mais saú- Os anos nem são novos nem ção dos homens.
de, mais fraternidade, mais velhos. Nós, os homens, é que Só esta vida nova fará novo o
segurança e mais bem-estar. somos novos ou velhos. E não ano 2008 e encherá de alegria,
Afinal é a vida nova que nos é uma questão de idade mas de paz e de felicidade a nossa
vem do Deus –Menino acaba- de espírito, de vida. vida, ao longo de todo o ano.
do de nascer e alegremente Ano Novo, Vida Nova - é
celebrado na quadra natalícia. pois um convite à renovação, à Padre Nabais

Luís Pasteur - Um exemplo a seguir...


O Presidente da Câmara de Senhor Prior, eu venho assistir Pasteur, grande sábio e inven-
Arbois, na França, proibiu a à procissão e pegar a uma vara tor, levando ao peito a grã-
procissão do Corpo de Deus. do pálio. Vamos lá ver o que cruz da Legião de honra.
O grande sábio Luís Pasteur fazem os inimigos de Deus”. Perante isto, as Autoridades
( 1822/ 1895 ), ao ter a notí- Espalha-se rapidamente a não se atreveram a impedir a
cia dessa determinação, diri- notícia e todos adornam as procissão.
giu-se àquela cidade, que era a fachadas das casas. À hora E.M.R.C.
sua terra natal. Apresentou-se marcada saiu a procissão. A
ao Pároco e disse-lhe : “ uma das varas do pálio pega
27

O Natal na Escola...

Festa de Natal
A disciplina de E.M.R.C. no âmbito das suas activi- Alunos do 11ºano de E.M.R.C.
dades ajudou a nossa comunidade escolar a reviver o
Natal cristão. Foi na manhã do dia 14 de Dezembro. O
Senhor Bispo, D. Manuel Felício aceitou o convite que
o Conselho Executivo e o responsável da disciplina lhe
dirigiram e veio presidir à celebração da Eucaristia.
Professores, alunos e funcionários aderiram a esta
iniciativa, que decorreu no salão da escola, devidamen-
te adornado para a cerimónia. À homília, o Senhor Bis-
po, que, pela segunda vez visitou a nossa escola, falou
da sua alegria em estar novamente com os jovens e
enalteceu, dentro do espírito natalício, a importância
da vivência dos valores cristãos (Paz, Amor, Humilda-
de, Verdade) na comunidade escolar. A missão da
escola não é apenas informar mas é sobretudo formar
homens para a sociedade. A dimensão religiosa é essen-
cial nesta formação. Com o Senhor Bispo concelebra-
ram também o Senhor Reitor e Vice Reitor. O grupo
coral, que animou a Eucaristia, era formado pelos
seminaristas que frequentam a nossa Escola e o Institu-
to Teológico de Viseu. Após a cerimónia religiosa,
seguiu-se um almoço-convívio em que participaram o
Senhor Bispo e numerosos professores e funcionários.
Agradecemos a disponibilidade das funcionárias do
refeitório e SASE que confeccionaram e organizaram
este almoço.
No final, o Senhor D. Manuel Felício, atento ao
ambiente laicista que se vive em muitas instituições
públicas, sugeriu que a escola promovesse uma mesa
redonda sobre a laicidade e laicismo e prometeu estar
presente.
A comunidade escolar despediu-se do Senhor Bispo,
agradecendo, mais uma vez, a sua presença e a riqueza
da sua mensagem.

Decoração de Natal
Foi feito um presépio com as imagens em pasta de
papel, uma árvore tridimensional e presentes com pais
Natal .
Estes trabalhos foram realizados na disciplina de Ofici-
na de Artes pelos alunos do 8ºC.

Professora Preciosa Batista


28

POESIA

Mudos
Mudos
Olhares que perscrutam
Olhares cruzados Olhares furtivos

Delicados. Gostos reflectidos


Juntos. A nosso lado um muro…
E mudos.

Lá de longe, bem longe,


Mais um olhar disfarçado!
Hesitação…
Tudo dito, nada para dizer.
As palavras atropelam-se
Confundem-se, misturam-se
O Amor
E tudo fica por dizer… Saudade do amor
De amar e ser amada!
Mudos. Enfrentando a dor
Palavras banais. De uma adolescente apaixonada!
E ficamos mudos.
Eternamente mudos Caía num abraço
Grande e eterno!
Luís Cravina Ficar ateu lado
Tu és o meu amado!

Olhos Quando descobrir


Cada pedaço do teu EU
Quero sorrir
Quando me disseres “ Sou teu”!
Negros, negrinhos os teus!
Fulminam-me de longe Viver eternamente
Insistentes persistentes, Contigo, a teu lado!
Desviam-se, atravessam obstáculos Sentir o teu coração ardente
Atingem-me… De eterno apaixonado!

Sofrem uma disfarçada indiferença dos meus Dá-me a tua mão


Refugiam-se na imaginação Vamos viajar pelo mundo!
Sonham-te… Sentir a invasão
Deste amor profundo!
Duas pérolas negras
Na forma suave e serena, Quero amar-te
Esculpidas, talhadas Para sorrir!
Na morena beleza do teu rosto. Quero abraçar-te
Para a teu lado dormir!

Luís Cravina
Alexandra Andrade 10ºI
29

POESIA

Depois de Mulher, Menina e Mãe o Paulo Azul volta a olhar para o universo femi-
nino. Já tínhamos saudades dele...
DIA A DIA
A vida é o dia a dia,

COMPANHEIRA Não há filosofia!


Saúde, paz, amor,
Sol quente,
Céu azul,
Pão p’ra toda a gente.
Olhar para ti Deus é bom,
de cima Não dá sarilhos
de frente Aos seus filhos.
de lado Religiões,
Guerra,
pedir-te um gesto Nesta terra,
um sorriso Não!
uma pose Vivemos cada dia,
não é pecado Sem pensar no seguinte,
O melhor que sabemos.
Pensar em ti Desejamos o bem,
de dia Lutamos sem luta,
ao luar Amamos sem desamor,
ás escuras Acreditamos sem crença!
roubar-te um mimo Maria Isabel Carvalho Duarte
um toque ( Avó dos alunos Alexandra,
um beijo Inês e José Pedro Tavares )
não sou culpado
Junho de 2005
Pegar em ti
ao colo
nos braços
VOLTAR ATRÁS
pela mão
Se eu pudesse voltar
dizer-te um segredo A viver o vivido,
dar-te uma ideia Brincar o brincado,
de como isto é difícil Sofrer o sofrido,
como não tenho medo Sonhar o sonhado…
de te querer ao meu lado Não teria querido!

e levar-te até às estrelas Só o Novo me seduz.


pedir-lhes que olhem para nós O prazer revivido
nos escolham um lugar tranquilo Vira requentado.
água flores A dor resignação.
areia sabores Farei de cada dia uma aventura.
luzes suaves pequeninas A paz ou a angústia serão minhas.
e nos sentem nas poltronas divinas lado a lado
Maria Isabel Carvalho Duarte
( Avó dos alunos Alexandra, Inês e
José Pedro Tavares )
Paulo Azul - Dezembro 2007
2 de Maio de 1995
30

FUN PAGE...

Internet / Chatrooms
Read the definitions and complete the puzzle.

1. A virtual place where you meet your friends.


2. An informal name you give yourself.
3. A secret word you must know to be allowed to enter a place.
4. Linked to the Internet.
5. A page on the Internet.
6. A security system that protects your computer.

Valentines
Complete the Valentines with the words below.

You stopped into my _______________,


turning it from ___________________,
and I will always love _______________,
for now I’ll never be _______________.

Your arms surround me,


protecting and caring, even in my _______,
for a love like this, Soluções número anterior
is oh, so very ______________________.

Marry ___________________________,
Don’t marry _______________________,
I’ll be your ________________________,
You ‘ll be my _______________________.

alone deep him heart stone

sleep king queen me you


31

THE ENGLISH PAGE...

The Telephone
intensity in the same manner in “Mr. Watson, come here, I want
which the air varies in density when you” Watson, in the next room,
a sound is produced. heard him over the telephone.
On June 2, 1875, while experi- Since Bell’s first discovery, phones
menting with his harmonic tele- have come a long way. Nowadays
graph, Bell heard the twang of a people depend on their mobile
steel spring from the instrument’s phones in such a way that Bell could
receiver. His assistant, Thomas A. never imagine. Today’s appliances
Watson, had struck a stuck spring in not only have cameras and text mes-
an effort to free it. Bell immediately sages but also internet and mp3 sys-
realized that the spring had acted as tems, and technology that we can
a transmitter and gave Watson in- only speculate on for the future.
structions for building a telephone. If Bell could come back for one
Alexander Graham Bell, a profes- On February 14, 1876, Bell ap- day, he wouldn’t certainly recog-
sor of vocal physiology in Boston, plied for a patent for an “electrical nize his original work of art, but be
had studied the work of Reis and the speaking telephone”. A few hours proud of himself on the fact that
writings of the German physicist later, Elisha Gray, an Ohio inven- without his persistence, we would
Herman von Helmotholtz. In 1874, tor, made application for a caveat (a have had to wait much longer before
while attempting to develop a har- notice of intent to file for a patent) this type of communication was
monic telegraph (by which several for a telephone. Bell was granted a made available.
messages could be sent at one time patent on March 7, 1876. Ana Carolina nº1
over a single wire), he came to the Just three days later, Bell’s speak- Diogo Valente nº11
conclusion that speech could be ing instrument transmitted intelligi- João Queiroz nº 17
transmitted electrically if an electric ble speech for the first time. Bell, Manuel Marques nº18,
current could be made to vary in having spilled some acid, called out, 10ºA

Technology and the Internet


Nowadays, peolple need techno- invented by the English scientist
logy as a fish needs water.Our Tim Berners-Lee in 1989. The
dependence on technological devi- Internet, as the name tells us, is an
ces is increasing, and we can almost international net or web of inter-
say that each step we take is robotic, connected computer networks and
is a result of our thirst of techno- data transmission. It is usually defi-
logy. One of the biggest inventions ned as a “network of networks” as it
in the world was the Internet. consists of millions of other diffe-
When first “born” in the twentieth rent networks.We can conceive
century(1969) its name was ARPA- Internet as one of the greatest tec-
NET and was a Project of the nological discoveries worldwide, as
Department of Defense from the it changed the whole planet and was
USA. This net kept evolving and it a huge step further in the advance of
wasn’t until the early eighties that science.
the adoption of several protocols
made the creation of the real Inter-
net possible. This Internet kept Daniela Nunes, nº7
evolving and on August 6,1991, Igor Almeida, nº 13
CERN publicized the new World Joana Rei, nº 14
Wide Web Project. The Web was Rodrigo Madeira, nº25
10ºA
32

LA PAGE DU FRANÇAIS...

Mots Mêlés - Informatique


P A G E S P P L B E R D ROG AUDIO JEUX PROCESSEUR
A U T AH C R I I S T S E T U BINAIRE LISTE REGLAGE
RD S OU R I S NM F D P B B
BLOG LOGICIEL SCANNER
A I T T R I S T A C I R R L E
MO O AO D E E I V L U OH C BRUIT MAIS SITE

E C C L A V I E R P I G CWR BUG NET SON


T R K P R D MN E T S U E V A CHAT NOMS SOURIS
R T L E X I P N AOO B S I N CLAVIER OCR STOCK
E E O MD E RO C T N E S R S
DISQUE ORDINATEUR TACHE
MN G E O G I M A G E I E U S
I R I L S A MS J H T U U S B DOSSIER ORDRE TESTS

R E C B S L AN C E E U R R S DVD PAGES TEXTE


P T I O I G NA E E U Q S I D ECRAN PARAMETRE TOUCHE
MN E R E E T E X T E X I O V FIL PHOTO USB
I I L P R R E N NA C S I AM
IMAGE PIXEL VIDEO

IMPRIMANTE PLAT VIRUS


La St. Valentin IMPRIMER PRISE VOIX

INTERNET PROBLEME WEB

Horizontal Vertical
1. Émotion puissante 2. Attirer fortement
5. Avouer son amour à quelqu'un 3. Synonyme de camaraderie
7. Geste d'affection 4. Se dit d'une personne qui ressent un attrait irrésistible
9. Sentiment tendre 6. Partenaire sexuel
10. Déesse grecque de l'amour et de la beauté 7. Dans la mythologie romaine, c'est le dieu de l'amour

1 2 3

5 6

7 8

10

11
33

Brincando com a Matemática e


o Português

Jogos de Matemática
Sacos com moedas
Imagina que tens 5 sacos, cada um com 1000 moedas.
Em 4 sacos cada uma das moedas pesa exactamente 10g, no quin-
to saco cada moeda pesa 9g, embora todas iguais no 5 sacos.
Podendo tirar as moedas que quiseres de cada um dos sacos mas
podendo somente efectuar uma pesagem numa balança que te
indique com precisão o peso total das moedas que lá colocares,
como fazes para identificar o saco que tem as moedas de 9g?

Soldados
Como se devem dispor 10 soldados de forma a formarem 5 filas
com 4 soldados cada uma?
(Claro que um soldado vai pertencer a mais que uma fila).

Fósforos
Com 6 fósforos como é possível formar 4 triângulos equiláteros
(lados iguais) em que cada lado corresponde a um dos lados?

Solução Jogos de Matemática número anterior O poder da pontuação ?, . ! _


O erro está no passo: Maria, toma banho porque sua mãe disse ela dá-
me a toalha.
" 2 – 5/2 = 3 – 5/2 (tiram-se os quadrados)", pois ao tirar os
quadrados, onde antes havia uma proposição verdadeira ( 0,25 Solução:
= 0,25) passou a estar uma proposição falsa ( 0,5 = -0,5 ).
Maria toma banho porque sua. ( verbo suar )
-Mãe( disse ela ) dá-me a toalha!

Caça ao Erro
A melhore redassao que iscrebi inté oje.... segundo as
nobas diretibas do Munistério da Inducassão para os ezames (e
?!?!
num tenho-me baldado às aulas, como a menistra quer...)

Redassao:
?!?!
"O mano" Quando eu tiber um mano, vai-se chamar Herrare,
porque Herrare é o mano.
?!?!
34

CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Curso de Educação e Formação


O CEF é um curso específico corresponde à verdade, porque Convidamos a Comunidade Esco-
virado para a vida activa, isto é, estes alunos têm mais competências lar a passar pelas Oficinas, para
para o mundo do trabalho.Tem para trabalhos manuais. verem o que nós fazemos.
aulas práticas muito específicas e Assim o curso é bastante agradá- André Rocha
aulas teóricas (tipo Português, vel para os alunos que gostam e que Daniel Farias
Matemática, Inglês…). Muitas pes- querem exercer uma profissão. O Luciano Palos
soas pensam que o CEF é para “os nosso curso é para mecânicos de Marco Cruz
menos inteligentes” mas isso não automóveis ligeiros. 9ºF

A árvore de Natal mecânica


Receita para confeccionar: a armação da árvore e ajustar bem a
rede à estrutura.
- Rede q.b. ; Fazer o molde da nossa estrela e
- Peças de motores de automóveis ; pincelar sem pingar as tintas de
- Tintas; forma harmoniosa.
- Sprays; Colocar suavemente flocos de
- Esferovite; neve (esferovite) q.b. para a nossa
- Tubos metálicos; receita ser natalícia.
- Cabeça do motor; Com muito amor e espírito nata-
- Madeira. lício a árvore está pronta a ser con-
sumida por todos os olhares da
A construção desta receita reali- comunidade escolar.
zou-se na Oficina de Mecânica da
nossa escola envolvendo neste pro-
jecto todos os alunos e professores
do CEF. Alunos do CEF
Numa receita original basta fazer

A Chave do Sucesso
Após terem sido promovidas acti- demos deslocar todos os jovens que para mostrarem efectivamente que
vidades como o almoço de Natal, o constituem a turma, a uma fábrica estão ao nível da confiança deposita-
pinheirinho do CEF … … a Equipa do ramo automóvel, na primeira da neles. E isso mostra-se com
Pedagógica continua a promover semana de Abril. Estudo e Boas Atitudes. Só des-
actividades, no sentido de manter e Os Professores da Turma, sem ta forma os “ Nossos Meninos”
melhorar relações interpessoais sau- excepção, bem como o Conselho poderão encontrar a chave do
dáveis entre professores e alunos, Executivo, isto é, a Escola preten- sucesso.
fomentando o convívio de forma a dem fazer dos alunos bons Profis- À laia de síntese: PARABÉNS
elevar a auto-estima dos mesmos e sionais e bons Cidadãos, de modo a RAPAZES pelo trabalho realizado
levá-los ao sucesso escolar e profis- que se tornem PESSOAS REALI- nas cadeiras da biblioteca (não have-
sional. Foi neste sentido que pedi- ZADAS E FELIZES. Este objectivo rá mais calças e pernas rasgadas).
mos colaboração às empresas, de é manifestado diariamente pelos
forma a participarem na formação Docentes e em reunião informal, a A Directora de Turma do CEF:
dos jovens, com materiais autênti- 18 de Janeiro, pelo Presidente do Dolores Carreira
cos, para serem estudados nas aulas Conselho Executivo. Os jovens
práticas. No mesmo âmbito preten- devem continuar a fazer esforços,
35

CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Mecânica em expansão
Dinamização da área
Os alunos ao longo do ano lectivo A professora Dolores Carreira A oficina de mecânica, sabemos,
têm verificado mudanças radicais na conseguiu que a firma Egiexpresso que é o parente pobre da escola e
estrutura da área e dos cursos que oferecesse dois motores a diesel, um que poucos são aqueles que têm
estão implementados na mecânica. de uma carrinha e outro de um TIR, noção dos equipamentos e das
As oficinas são o ponto crucial de motores que dificilmente poderiam máquinas que aí se encontram.
todas as alterações, uma visita não ser adquiridos com dinheiro da esco- Os alunos, agora só não aprendem
deixa de ser necessária para verificar la. com estes materiais se não quiserem,
toda esta estrutura que não para de De igual forma a professora Amélia porque têm todo o material que
crescer. Santos encetou contactos diversos e necessitam para ficarem a saber o que
Os ramos da mecânica têm sofrido foi conseguida uma viatura com são os diversos elementos mecânicos,
alguns desvios dos alunos, muito por matrícula francesa para os alunos como funcionam, como são usados,
falta de condições que os permitisse terem uma completa noção de todos como se montam e como se transfor-
levar a incentivos cada vez maiores. os elementos que fazem parte do mam.
Nestes últimos anos lectivos foram Peugeot 305 SR. A oficina está assim dotada de tec-
criados dois cursos que contribuíram Foi assim dado um passo engrande- nologia de ponta e de materiais, não
de forma decisiva para o relançamen- cedor de materiais, o que levou a sendo de descorar toda a sua poten-
to e qualidade das instalações. uma reestruturação da própria ofici- cialidade em trabalhos de precisão
O Curso de Mecânica Auto e o na para conseguir colocar todo este que podem ir até as centésimas de
Curso de Energias Renováveis são material. milímetro de tolerância e alguns tra-
duas vertentes que estão a resultar Além destas duas grandes ofertas balhos de rectificação que podem
em pleno em termos de aceitação na foram ainda conseguidos diversos mesmo chegar mesmo as milésimas
comunidade escolar. materiais em oficinas do ramo. de milímetro.
Para esta dinâmica de incentivo Com secções bem delineadas pode Os professores esperam que os
duas professoras estiveram na base de ter-se uma visão global de todos os alunos levem a sério, que a oficina é
todo este desenrolar, conseguindo a materiais existentes e disponíveis de todos, que desde a segurança à
Professora Dolores Carreira e a pro- para os alunos. Estes agora só tem de higiene tudo seja levado a rigor como
fessora Amélia Santos, material estimar os materiais adquiridos e tra- forma de se sentirem melhor no
didáctico de elevado valor monetário balhar de forma a adquirirem a prati- espaço escolar.
e necessário para o ensino aprendiza- ca de todas os elementos da melhor
gem destes mesmos alunos. forma sem os destruírem. Professor Salvador Cabral

Sopa de Letras
Descobre 10 palavras de constituintes do motor do automóvel.
P U T K G I J B B I A Y P I Y B
A O B Z X J A K L L Y J J F E O
U K L M N P I S T A O I G H I B
G U A R D A A J E Z Q C T Y U I
Q W S D R G H S D E G J O Q W N
C A R B U R A D O R Q W Z N K E
K S K P I Y T I F J I I N M V A
S O D A R W E S A D D S S R W N
Q W E R O T Y T U I I A L E I B
S D F G D H J R K L Ç Z X T A C
Z X C V A B N I L H T O Y R I A Rui Neves, nº11
A Q W E S F H B F G B C V A U R
Rui Lopes, nº12
A P O A T Y N U M R U I M C Y Y
Q W L R U B O I Q W Q T U I F Q
Tiago Teixeira, nº14,
N E V E S O D D T I A G O O R T CEF, Curso de Educação e Formação
V S F G P B Y O Q A T O B M A C de Mecânica de Automóveis Ligeiros
L O P E S F Q R P A X A L E I T
36

ÚLTIMAS

Acabar com o Fumo


Acabar com o fumo, por decre- entrar, aglomerado humano boca, soltando estilo. Esse char-
to. O novo ano trouxe a nova lei libertando fumo, encolhidos, ao me perdeu-se nestes tempos de
anti-tabaco e com ela novas ima- frio, batendo os sapatos na calça- ecologia. Isto não significa que
gens e comportamentos impossí- da e amaldiçoando os legisladores este prazer interdito não volte a
veis de vislumbrar anos estar na moda como
atrás. um “fruto amargo
Passou a ser proibido proibido ”. Há que pre-
fumar em recintos fecha- parar e educar as pes-
dos, não dimensionados soas para hábitos saudá-
e preparados para o efei- veis. Mas não ser
to, e colocaram os fuma- fumador não significa
dores numa situação necessariamente ter
constrangedora. Se antes saúde. Correr pelas
tínhamos de levar com ruas das nossas cidades
fumo em muitos espaços pode parecer um hábi-
e aturar fumadores inve- to saudável, mas entre-
terados, distraídos com o tanto fumamos os esca-
seu fumo, arrogantes em pes dos automóveis.
alguns casos, agora, dá dó vê-los puristas que os remeteram para Não sou fumador, mas sempre
na rua, à chuva, fumando um este purgatório. Não bastasse o me aborreceram leis extremistas
último cigarro de condenados, vício, o dinheiro gasto, a tosse e de um puritanismo idiota que
em risco de pneumonia, a acres- irritante, as pastilhas de mentol, persegue as pessoas e as torna, da
centar à estatística assustadora do têm agora de aprender a situar-se noite para o dia, uma espécie de
cancro de pulmão. Nas escolas, numa sociedade onde o funda- “ leprosos sociais ”.
como a lei abrange todo o recinto mentalismo da saúde os considera
escolar, lá estão eles do lado de um perigo público. Há três déca- Professor Carlos Adaixo
fora do portão, quais grevistas, das atrás cultivava-se o estilo
grupo manifestante impedido de James Dean, cigarro ao canto da
FICHA TÉCNICA:

Publicação Mensal
Direcção: Conselho Executivo da Escola Secundária C/3º CEB da Sé-Guarda
Coordenadores: Carla Tavares e Carlos Adaixo
Coordenadoras Adjuntas: Lina Couto e Fátima Amaral
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Ana Pinho, Leontina Lemos, Pedro Fagulha, Emília Barbeira, Cristina Vicente, Adélia Simão, Odília Soeiro, Dolores Carreira, José Rafael
Oliveira, Rui Coelho, Padre António Nabais, Psicólogo Fernando Raposo
Alunos - Cláudia Simão Vaz, Tiago Matos, Maria Luísa Mota da Romana, Rafael Lima, Andreia Filipa Silva, Ana Isabel Varelas, Mariana Faustino, Inês Lou-
renço
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Participantes:
Professores - Preciosa Batista, Salvador Cabral
Alunos - Jessica Rodrigues, Ana Rita Ferrreira, Marília Leitão, Vera Pereira, Ana Luísa Oliveira, Ana Rita Martins, Beatriz Catalão, Beatriz Gonçalves,
Maria Inês Queiroz Gonçalves, Filipe Nascimento, David Afonso, Miguel Lopes, Diana Monteiro, Joana Valente, Ana Carolina Silveira, Diana Santos, Bernar-
do Santos, Helena Isabel Paixão, Joana Ferreira, Maria Sofia Domingos, Andreia reis, Joana Rei, Sérgio Teixeira, Carolina Campos, Tiago Carvalho, Anna
Kotyashko, Adriana Vaz, Ana Soraia Fernandes, Marta Sofia Costa, Alunos do 12ºB, Luís Cravina, Alexandra Andrade, Diogo Valente, João Queiroz, Manuel
Marques, Daniela Nunes, Igor Almeida, Rodrigo Madeira, Rui Neves, Rui Lopes, Tiago Teixeira.
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária C/3º CEB da Sé - Guarda

Podem enviar todos os artigos e trabalhos para o e-mail: jornalolhar@gmail.com

You might also like