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A PRIORIDADE DOS PARADIGMAS

O capítulo em análise discute a importância relativa dos paradigmas e das regras


no desenvolvimento da “ciência normal”.

A ciência normal desenvolve-se pela via da investigação realizada pelos cientistas


na busca de soluções para os problemas mais variados que os diferentes ramos da
ciência são chamados a resolver.

O autor pretende dar resposta à seguinte questão: Qual é o elemento mais


importante no desenvolvimento da investigação do cientista, os paradigmas ou as
regras? A resposta do autor é directa: considera que a prioridade reside no
paradigma.

O que é um paradigma? Em que consiste? Um paradigma numa determinada área do


pensamento cientifico pode ser definido como uma teoria, um corpo de ideias e
técnicas que permitem explicar de forma satisfatória os fenómenos observados e
que, por isso, servem de ponto de partida ou como elemento de referencia para
investigações futuras que venham a ser feitas pelos cientistas.

Uma teoria ou um corpo de ideias e técnicas só se transforma, porem, em paradigma,


se for aceite por um numero suficientemente grande de cientistas de tal modo que
se transforme em tradição de investigação cientifica em determinada área da
ciência e se, ao mesmo tempo, abrir aos novos investigadores científicos
perspectivas de resolução de um vasto leque de problemas. Por exemplo a teoria
heleocêntrica de Copérnico transformou-se em paradigma, destronando o paradigma
anterior de Ptolomeu (a Terra como centro do Universo).

Segundo o autor os paradigmas são importantes porque permitem aos investigadores


desenvolver as suas pesquisas com base em pressupostos comuns que já resolveram
satisfatoriamente um grande numero de problemas. Mas isso não significa que os
paradigmas sejam aceites por todos e que não existam áreas de sombra, observações,
factos e situações que ainda aguardam por soluções.

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