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Realismo e o Naturalismo apresentam semelhanas e diferenas entre si.

O
Realismo retrata o homem interagindo com seu meio social, enquanto o Naturalismo
mostra o homem como produto de foras naturais, desenvolve temas voltados para a
anlise do comportamento patolgico do homem, de suas taras sexuais, de seu lado
animalesco.

Os naturalistas acreditavam que o indivduo mero produto da hereditariedade e seu
comportamento fruto do meio em que vive e sobre o qual age.
A perspectiva evolucionista de Charles Darwin inspirava os naturalistas, esses
acreditavam ser a seleo natural que impulsionava a transformao das espcies.
Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiolgico e o natural, retratando
a agressividade, a violncia, o erotismo como elementos que compem a personalidade
humana.

Ao lado de Darwin, Hippolyte Taine e Auguste Comte influenciaram de modo
definitivo a esttica naturalista.
Os autores naturalistas criavam narradores oniscientes, impassveis para dar apoio
teoria na qual acreditavam. Exploravam temas como o homossexualismo, o incesto, o
desequilbrio que leva loucura, criando personagens que eram dominados por seus
instintos e desejos, pois viam no comportamento do ser humano traos de sua natureza
animal.

No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Ea de Queirs com as obras O crime
do padre Amaro e O primo Baslio, publicadas na dcada de 1870. Alusio de Azevedo
com a obra O mulato, publicada em 1881, marcou o incio do Naturalismo brasileiro, a
obra O cortio, tambm de sua autoria, marcou essa tendncia.

Em O cortio a face completa do Naturalismo pode ser vista, nessa obra o indivduo
envolvido pelo meio, o cenrio promscuo e insalubre e retrata o cruzamento das
raas, a exploso da sexualidade, a violncia e a explorao do homem.

Alm de Aluzio de Azevedo e Ea de Queirs, existem outros escritores que se
destacaram como Jlio Ribeiro com o romance A carne (1888); Adolfo Caminha com A
normalista (1893) e O bom-crioulo; Raul Pompia com O Ateneu (1888).

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