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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 3
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................................................... 3
3. A INSTITUIÇÃO: .............................................................................................................................................. 4
3.1 HISTÓRICO...................................................................................................................................................... 4
3.2 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA .................................................................................................. 4
3.2.1 GIMSCOP .............................................................................................................................................. 5
3.2.2 Projetos em desenvolvimento................................................................................................................. 5
3.3.3 Projeto ALSOC ...................................................................................................................................... 6
4. MODELAGEM E SIMULAÇÃO ..................................................................................................................... 7
4.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 7
4.2 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA SIMULAÇÃO .................................................................................... 8
4.2.1 Simuladores de Processos...................................................................................................................... 9
4.2.2 Simuladores de Processos Disponíveis no DEQUI/UFRGS ................................................................ 10
5. MODELAGEM DE REATORES QUÍMICOS ............................................................................................. 18
5.1 MODELOS GERAIS ........................................................................................................................................ 18
5.1.1 RStoic................................................................................................................................................... 18
5.1.2 REquil .................................................................................................................................................. 20
5.1.3 RYield................................................................................................................................................... 22
5.1.4 RGibbs ................................................................................................................................................. 22
5.2 MODELOS RIGOROSOS .................................................................................................................................. 23
5.2.1 RBatch.................................................................................................................................................. 23
5.2.2 RCSTR.................................................................................................................................................. 25
5.2.3 RPlug ................................................................................................................................................... 27
6. ESTRUTURA DOS MODELOS..................................................................................................................... 30
7. RESULTADOS ................................................................................................................................................. 33
8. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................................................................ 34
9. CONCLUSÕES ................................................................................................................................................ 35
9.1 CONCLUSÕES DO ESTÁGIO:........................................................................................................................... 35
9.2 CONCLUSÕES DO CURSO:.............................................................................................................................. 35
10. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................................................................ 36
2
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3
3. A INSTITUIÇÃO:
3.1 Histórico
4
Entretanto, para que a implantação deste curso fosse possível, fazia-se necessária a
qualificação do corpo docente, constituído na ocasião, fundamentalmente, por professores com
regime de tempo parcial e em final de carreira. Em março de 1995 teve-se início do curso de
Pós-Graduação em Engenharia Química ao nível de mestrado.
Nos últimos anos, a interação com empresas cresceu fortemente, destacando-se as
seguintes parcerias: COPESUL, REFAP, Braskem, Petrobrás, Innova, Petroquímica Triunfo,
Oxiteno, COPENE, Aracruz Celulose (antiga Riocel), entre muitas outras.
A partir do ano de 2004, iniciou-se o curso de Doutorado em Engenharia Química.
3.2.1 GIMSCOP
5
mesmo agente poluidor pode se transformar numa matéria-prima para a produção da enzima
Lactase.
6
4. MODELAGEM E SIMULAÇÃO
4.1 Introdução
7
e grandes. Se isto não ocorrer o sistema está sub-especificado ou sobre-especificado e, às
vezes, errado com a formulação do problema.
Solução desejada: uma consideração das soluções requeridas do modelo é um passo
necessário antes de suas obtenções propriamente ditas. Uma lista de vários casos requeridos e
a informação que é esperada em cada caso podem revelar possíveis situações redundantes,
auxiliando na etapa de simulação.
Matemática e computação: a natureza das equações do modelo é que determina o
método para obtenção da solução a ser selecionado, seja ele analítico, numérico ou por
inspeção. Embora existe uma variedade de métodos para a solução de um determinado
conjunto de equações, deve se ter uma noção básica sobre a adequabilidade de cada método
em função das características do problema a ser resolvido.
Solução e validação: a última fase do desenvolvimento de modelos de um processo é o
estudo e verificação das soluções obtidas do modelo matemático através de comparações com
dados experimentais ou julgamentos de engenharia. Qualquer solução não esperada deve ser
racionalizada para assegurar que não ocorreram erros de computação.
8
Engenharia Fácil uso/aprendizado
Aspen
HySys
gPROMS
SpeedUP
Maple, Matlab
C++, Fortran
Figura 1. Esquema dos diversos níveis das ferramentas computacionais para simulação.
Há dois grupos bem claros de simuladores: os que chamaremos do tipo “arrasta e larga” e
os do tipo estruturado a equações. Dentre estes, os do tipo “arrasta e larga” são os mais
populares na indústria, pela sua praticidade e interface amigável e intuitiva. Os dos tipos
estruturados a equações, por serem mais versáteis e flexíveis, são mais usados em pesquisa e
no meio acadêmico.
Como simuladores do tipo “arrasta e larga”, os que se sobressaem como dos mais
populares são os pacotes Aspen da norte-americana Aspen Technology, Inc. e o pacote HYSYS
da canadense Hyprotech Ltd. Estes estão disponíveis na forma de inúmeros pacotes com
modelos pré-definidos para vários equipamentos e processos, dos mais gerais aos mais
específicos. Estes simuladores apresentam uma interface gráfica em que os modelos,
representados por blocos, são apresentados como ícones com os quais pode-se arrastar e largar
para construir-se o fluxograma do processo desejado. Atualmente, a Aspen Technology, Inc.
comprou os direitos da Hyprotech Ltd. do simulador HYSYS, prevalecendo assim como líder
mundial no mercado na área de simulação de processos.
Dentre os simuladores estruturados a equações, os mais conhecidos são o gPROMS da
inglesa Process Systems Enterprise Ltd. e SpeedUP, este último já em desuso. A Aspen
Technology, Inc. nos seus pacotes de softwares tem o Aspen Dynamics, um simulador de
processos dinâmicos, que segue os moldes dos simuladores estruturados a equações, pois foi
desenvolvido sobre o SpeedUp.
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Como alternativa, tem-se o simulador nacional EMSO, desenvolvido por Rafael P. Soares,
que está na sua versão de teste e avaliação, em etapas iniciais de desenvolvimento.
Futuramente o software deverá unir características dos simuladores do tipo “arrasta e larga” e
estruturado a equações.
Aspen Plus®
Figura 2. Aspen Plus: Exemplo de um modelo simulado da Polimerização de Estireno por Inicialização
Térmica e Química. Os blocos de equipamentos estão na porção inferior e o fluxograma, na porção central.
10
– Separadores
– Trocadores de calor
– Colunas
– Reatores
– Modificadores de pressão (bombas, compressores, válvulas e tubulações)
– Manipuladores (de correntes) e
– Operações com sólidos.
Figura 3. Aspen Plus: Interface de entrada de dados para a mesma simulação. No caso, temos a entrada das
especificações dos componentes envolvidos.
11
gPROMS®
Figura 4. gPROMS: Interface única para entrada e visualização de dados. Os resultados obtidos podem ser
graficados com o aplicativo gRMS, incluso no pacote.
12
HYSYS.Process®
13
Figura 6. HYSYS.Process: Interface de entrada de dados para a mesma simulação. No caso, temos a entrada das
especificações da coluna.
14
Aspen Dynamics®
Figura 7. Aspen Dynamics: Interface de entrada de dados para a mesma simulação. No caso, temos a entrada das
especificações dos componentes envolvidos.
15
EMSO™
16
Figura 8. EMSO: Exemplo de um modelo simples de reator CSTR implementado. Este modelo será
desenvolvido mais adiante no item 7.
Na Figura 8, temos uma noção da sua interface gráfica. A disposição das informações
está de maneira similar aos simuladores gPROMS e Aspen Dynamics. A área útil do simulador
está dividida em 3 áreas:
Explorer panel: Com o indicativo de documentos abertos bem como todo a estrutura
hierárquica do mesmo. É painel lateral esquerdo.
Multiple Document Interface (MDI) panel: É o responsável por mostrar os arquivos
abertos e edita-los, mostrar resultados na forma de gráficos, etc. Ao editar o arquivo, indica-o
com coloração de sintaxe auxiliando a visualização. É o painel central direito.
Output panel: Quando alguma tarefa está sendo realizada, as mensagens são enviadas
para cá. Mensagens de erros, de análise de consistência do sistema e inicialização e
encerramento de simulações são dadas aqui.
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5. MODELAGEM DE REATORES QUÍMICOS
5.1.1 RStoic
Correntes materiais
Entrada Pelo menos uma corrente material
Saída Uma corrente de produto
Uma corrente de água decantada (opcional)
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Correntes energéticas
Entrada Qualquer número de correntes de calor (opcional)
O modelo usa a soma das correntes de entrada como a especificação do
calor devido, se não especificado uma corrente de saída.
Saída Uma corrente de calor (opcional)
O valor da corrente de saída é o calor livre devido (soma das correntes
de entrada menos o calor devido calculado) para a reação.
Análise do modelo
Dada reação
aA + bB K ® cC + dD K
b c d
A+ BK® C + DK
a a a
Conhecem-se os reagentes e seus respectivos coeficientes estequiométricos. A
conversão ou extensão das reações envolvidas é dada:
N j0 - N j
xj = , j = 1, 2, ..., n
N j0
N j - N j0
x= , j = 1, 2, ..., n
aj
Onde n: número de componentes químicos participantes.
xj: conversão fracionária para o componente j.
Nj0 e Nj: quantidade molar, inicial e final do componente j.
x: extensão ou grau de avanço da reação
a j: coeficiente estequiométrico, de modo que, aA = - a, aB = - b,
aC = c e aD = d.
– xj qualquer informado
Se se informa a conversão xA para o componente A, temos:
N - NA N
xA = A0 = 1- A
N A0 N A0
N A = N A 0 (1 - x A )
A partir da conversão xA, pode-se calcular o números de moles Nj para os demais
componentes sabendo-se que para cada mol de A reagido, b/a moles de B devem reagir, ou
seja:
19
b
DN B = N B 0 - N B = (N A0 - N A ) (1)
a
b
NB0 - NB = (xA N A0 )
a
Substituindo a expressão anterior na expressão da conversão xB, chega-se:
b
N B = N B 0 - xA N A0
a
Generalizando para os demais, chega-se a expressão abaixo:
a
N j = N j 0 + j x A N A0 (2)
a
Onde temos xA, como conversão fornecida. Assim é possível calcular as composições
Nj a partir de uma única conversão xj conhecida.
– x informado
Da expressão de x a partir do componente A, temos:
N - N A0 N A - N A0 x A N A0
x= A = =
aA -a a
Substituindo a expressão anterior na equação (2):
N j = N j 0 + a jx (3)
5.1.2 REquil
Correntes materiais
Entrada Pelo menos uma corrente
Saída Uma corrente material para a fase vapor
Uma corrente material para a fase líquida
Correntes energéticas
Entrada Qualquer número de correntes de calor (opcional)
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Saída Uma corrente de calor (opcional)
Análise do modelo
Dada reação
aA + bB ® cC + dD
Conhecem-se os reagentes e seus respectivos coeficientes estequiométricos. Este
modelo assume que as reações direta e oposta alcancem o equilíbrio químico, de forma que as
composições finais no equilíbrio são calculadas a partir da energia livre de Gibbs.
O modelo requer: a extensão molar da reação ou uma temperatura aproximada para o
equilíbrio químico da reação (se informada esta temperatura o modelo calcula a constante de
equilíbrio em T + DT, isto é, numa temperatura T do reator acrescida de um DT informando).
Analisando-se para os 2 casos:
21
5.1.3 RYield
Dada reação
aA + bB ® cC + dD
Conhece-se a distribuição de rendimento dos produtos formados na reação. Para o
componente C, o rendimento é dado pela expressão:
NC
YC = (4)
N A0 + N B 0
5.1.4 RGibbs
Usa a minimização da energia livre de Gibbs com fase separada para calcular o
equilíbrio (recaindo no caso do REquil). Não requer que se especifique a estequiometria da
reação. Usado para modelar reatores com: equilíbrio químico monofásico (vapor ou líquido),
equilíbrio de fase (uma fase vapor opcional e qualquer número de fases líquidas) com reações
não-químicas, fase e/ou equilíbrio químico com fases de solução sólida, e simultaneamente
equilíbrio químico e de fase. Ver esquemas das ligações das correntes na Figura 11.
Correntes materiais
Entrada Pelo menos uma corrente
Saída Pelo menos uma corrente
Correntes energéticas
Entrada Qualquer número de correntes de calor (opcional)
Saída Uma corrente de calor (opcional)
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5.2 Modelos Rigorosos
5.2.1 RBatch
Correntes materiais
Entrada Uma corrente de carga de batelada (requerido)
Uma ou mais correntes de alimentação contínuas para reatores
semibatelada (opcional)
Saída Uma corrente de produto (requerido)
Uma corrente de abertura para reatores semibatelada (opcional)
Correntes energéticas
Entrada Nenhuma corrente
Saída Uma corrente (opcional)
Análise do modelo
Para reatores batelada, admite-se que não há entrada nem saída de reagentes ou
produtos no decorrer da reação. Ou seja, a vazão de entrada é igual à de saída.
Por exemplo, dada a reação direta:
k
A¾ ¾® B
– Balanço de massa
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dV
Global: = 0 , uma vez que F0 = 0 e Fs = 0 (não há correntes de entrada e
dt
saída)
d ( VC A ) dC A dV
Componente: =V + CA = VR A
dt dt dt
R A = kC A ; k= k0exp(– E/RT).
dC A
= kC A
dt
C A ( t 0 ) = C A inicial
– Análise de consistência
Variáveis: CA, RA, V, k, k0, t, T, R, E
Constantes: k0, R, T, E
Especificações: V, t
Forças motrizes: –
Graus de liberdade: (9 – 4 – 2) – 3 = 0
– Balanço de massa
dV
Global: = F0 , r = r0
dt
d (VC A ) dC A dV
Componente: =V + CA = F0 C A 0 + VR A
dt dt dt
R A = kC A ; k= k0exp(– E/RT).
dC A
V = F0 (C A 0 - C A ) + kC AV
dt
F0
definindo D º (taxa de diluição)
V
dC A
= D(C A 0 - C A ) + kC A
dt
C A ( t 0 ) = C A inicial
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– Análise de consistência
Variáveis: C A ,C A 0 ,F0, RA, V, k, k0, t, T, R, E, D
Constantes: k0, R, T, E
Especificações: V e t
Forças motrizes: C A 0 e F
Graus de liberdade: (12 – 4 – 2 – 2) – 4 = 0
5.2.2 RCSTR
Correntes materiais
Entrada Pelo menos uma corrente
Saída Uma corrente de produto
Correntes energéticas
Entrada Qualquer número de correntes de calor (opcional)
Saída Uma corrente de calor (opcional)
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Análise do modelo
F0 = Fs = F
d (VC A )
Componente: = F0 C A 0 - F s C A - VR A
dt
R A = kC A ; k = k0exp(– E/RT).
dC A
V = F (C A 0 - C A ) - kC AV
dt
V
definindo t º (tempo de residência médio)
F
dC A 1
= (C A 0 - C A ) + kC A
dt t
C A ( t 0 ) = C A inicial
– Análise de consistência
Variáveis: C A ,C A 0 , F, RA, V, k, k0, t, T, R, E, t, r
Constantes: k0, R, T, E, r
Especificações: V, t
Forças motrizes: C A 0 e F
Graus de liberdade: (13 – 5 – 2 – 2) – 4 = 0
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5.2.3 RPlug
Modelo rigoroso para reatores PFR. Assume que ocorre mistura perfeita na direção
radial e que não ocorre mistura na direção axial. Pode modelar reatores de 1, 2 e 3 fases. Pode
também ser usado para modelar reatores com corrente refrigerante (contracorrente ou não).
Controla reações cinéticas, incluindo reações envolvendo sólidos. Deve se conhecer a cinética
da reação quando se usa RPlug para modelar um reator. Pode prover a cinética da reação por
modelos prontos de reatores ou por subrotinas definidas pelo usuário. Ver esquemas das
ligações das correntes na Figura 14.
27
Figura 14. Esquema de ligações no modelo RPlug. O esquema
superior sem corrente refrigerante e o inferior com corrente
refrigerante.
Correntes materiais
Entrada Uma corrente material de alimentação
Uma corrente refrigerante (opcional)
Saída Uma corrente material de produto
Uma corrente refrigerante (opcional)
Correntes energéticas
Entrada Sem corrente de entrada
Saída Uma corrente de calor (opcional) para o calor devido do reator.
Usa a corrente de saída somente para reatores sem uma corrente
refrigerante.
Análise do modelo
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Considerando o reator dividido em um certo número de subvolumes de modo que em
cada qual, a velocidade de reação possa ser considerada espacialmente uniforme. Sabe-se
também que o volume é o produto da área da seção transversal A do reator pelo seu
comprimento y. E considerando, como nos demais casos, regime estacionário, temos:
dF j dF j
= AR j ou = Rj
dy dV
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6. ESTRUTURA DOS MODELOS
O modelo nada mais é do que a abstração do problema real, do qual através da solução
numérica de modelos matemáticos pode-se fazer previsões. Para modelos matemáticos
complexos, a solução numérica deste requer a programação de um modelo computacional.
Então nos simuladores há a associação entre diferentes espaços de modelos: modelo do
problema (imagem virtual do problema real), modelo matemático (conjunto de equações das
quais obtém-se a solução numérica do problema real para análise) e modelo computacional
(através de uma linguagem de programação).
A modelagem orientada a objetos é baseada na representação de entidades do problema
real através de entidades chamadas Model. Ao se modelar problemas, passando-os do modelo
matemático para o modelo computacional, estes acabam envolvendo entidades que não
existem no modelo do problema ou no modelo matemático. Isto torna a modelagem do
problema muito custosa e com sérias dificuldades de reutilização. Modelos muito complexos
representados desta forma são de difícil readaptação quando se deseja modificá-los.
Criando-se grupos de entidades que caracterizem a entidade real torna a modelagem fácil
de ser construída e adaptada. Uma das características assumidas é possibilidade de se construir
modelos complexos a partir de modelos mais simples utilizando-se do recurso de herança.
No Aspen, os modelos dos reatores químicos estão dispostos em uma estrutura hierárquica
dada pela Figura 15. No topo temos InletMixerFw, que representa o modelo de um
misturador de correntes para entrada no reator. O ReactorBase por sua vez, é o modelo básico
para os demais reatores e herda InletMixerFw. Dentro do modelo ReactorBase, há a distinção
entre reator CSTR, PFR e Instantaneous (este último, modelo de reator estacionário básico).
Os CSTR e PFR têm subdivisão quanto a ValidPhases, que seria o número de fases envolvidas
que pode ser: Vapor-Only, Liquid-Only, Vapor-Liquid, Vapor-Liquid-Liquid, Vapor-Liquid-
FreeWater e Liquid-FreeWater.
Os modelos RStoic, RYield, RGibbs e REquil, herdam ReactorBase com um detalhe que
RStoic ainda prevê o tipo de reação: Series e Parallel. Os modelos RCSTR, RPlug e RBatch,
correspondem a modelos independentes por representarem reatores específicos.
Para o EMSO, sugeriu-se a estrutura hierárquica dada pela Figura 16. A estrutura mostrada
visa tornar a escolha do modelo pelo usuário mais prática e fácil. Assumindo que no final
tenhamos os modelos de reator Instantaneous, CSTR, PFR, e Batch (e Semibatch), desta forma
o usuário teria que escolher o tipo de reator primeiramente e depois especificar se deseja um
modelo cstr_stoic, cstr_yield, cstr_gibbs ou cstr_equil, por exemplo, de acordo com os dados
de entrada que se tem disponível.
No topo temos types, que contém todas as unidades de medida definidas, com seus
respectivos valores default e limites superiores e inferiores. No modelo streams, está
caracterizada uma corrente material que será herdada pelos modelos seguintes. Estes 2 últimos
modelos já estão implementados e são distribuídos juntamente com as últimas versões do
simulador. Na seqüência, os modelos instantaneous_basic, reactor_basic, batch_basic e
semibatch_basic, dão suporte a todos os demais. O reactor_basic contém as definições iniciais
comuns ao cstr e pfr.
30
InletMixerFw
RCSTR
ReactorBase
RPlug
ValidPhases ValidPhases
RBatch
Parallel Series
31
types
streams
mixer_stream
instantaneous_stoic
cstr_basic pfr_basic batch semibatch
instantaneous _yield
cstr_stoic pfr_stoic
instantaneous _gibbs
cstr_yield pfr_yield
instantaneous _equil
cstr_gibbs pfr_gibbs
cstr_equil pfr_equil
cstr pfr
Figura 16. Estrutura hierárquica sugerida para os modelos de reatores químicos no simulador EMSO.
32
7. RESULTADOS
Estes arquivos foram criados com base em modelos existentes no Aspen Dynamics,
como foi descrito no item 6. A dificuldade enfrentada ao se adaptar os modelos existentes com
a sintaxe do EMSO está na complexidade destes modelos. São modelos que tendem a prever
inúmeras possibilidades de caracterização do modelo em um único arquivo.
Para exemplificação, temos a simulação de um modelo simples de CSTR, com reação
isotérmica do tipo A à 2B, e de primeira ordem em A. Encontra-se no Anexo 3, o modelo
implementado.
Como dados de saída, têm-se as concentrações de A e B graficadas no Anexo 4. Este
mesmo problema poderia ser modelado em outros simuladores com a mesma eficiência, mas
não com a mesma simplicidade.
33
8. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
34
9. CONCLUSÕES
35
10. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
11. BIBLIOGRAFIA
36
12. ANEXOS
#*
* Arquivo modelo para a descrição de um Model.
*
* Adicione seus comentários e modifique este arquivo para
* obter seu novo modelo.
*
*#
#*
* O comando using, faz com que identificadores declarados em arquivos
* externos sejam reconhecidos. Exemplos:
* using "types";
* using "tanks";
*
* Com o comando using "types" tornam-se disponíveis os tipos padrão
* do sistema, gravados no arquivo "types.mso".
* Modelos podem também ser descritos em arquivos em separado e então
* disponibilizados com o comando using.
*
*#
using "types";
Model CustomModel
PARAMETERS
#*
* Dentro da seção de parâmetros são declarados os parâmetros.
* Cada parâmetro é baseado em um tipo normalmente já declarado no
* arquivo "types.mso" ou criado pelo usuário.
* Por exemplo:
* Parametro1 as Real(Brief="Primeiro Parametro", Default = 0,
* Lower = -100, Upper = 1e3);
*
*#
VARIABLES
#*
* Na seção de variáveis são declaradas as variáveis, de forma
* análoga aos parâmetros.
* Por exemplo:
* V as Volume (Brief="Volume do atual do reator");
* F as FlowRate (Brief="Alimentação");
*
*#
EQUATIONS
#*
* Na seção de equações são declaradas equações de igualdade,
* normalmente são os fenômenos físicos e restrições que regem o
* comportamento * do equipamento que se está modelando.
* Por exemplo:
* "Balanço Global" diff(M) = F - (V + L);
*
*#
37
INITIAL
#*
* Declara condições iniciais. A sintaxe é a mesma da seção
* EQUATIONS, mas as equações declaradas nesta seção são utilizadas
* apenas na inicialização dos sistemas dinâmicos.
*
*#
end
38
Anexo 2 – Modelo para descrição de um FlowSheet no EMSO
CONNECTIONS
#* In the CONNECTIONS section the output and input device
* variables are connected each other.
*
* Exemple:
* tank1.flowOut to tank2.flowIn;
*
*#
SPECIFY
#* In the SPECIFY section the user can reduce the degrees of
* freedom of the system by giving expressions or fixing variables.
*
* Exemples:
* flash101.P = 6 * "atm";
* flash101.T = 420 * time * "K/h";
*
*#
39
SET
#* In the SET section the user can customize the values of the
* device parameters.
*
* Most models already have default values for its parameters, but
* in most cases these values are not suitable. Therefore, the user
* always should supply better values in this section.
* Exemple:
* flash101.V = 3 * "m^3";
*
*#
INITIAL
#* In the INITIAL section are given the initial conditions for
* dynamic models.
*
* This section is used only for dynamic systems and is used to
* determine the initial condition of the system. Any valid
* expression involving variables, parameters, functions, etc can
* be used.
* Exemple:
* flash101.M = 10 "kmol";
*#
end
# The end keyword informs that the flowsheet declaration have ended.
40
Anexo 3 – Visualização de um modelo simples para um reator CSTR
using "types";
Model CSTR
PARAMETERS
k0 as frequency (Brief = "Fator pré-exponencial");
CA0 as conc_mol (Brief = "Concentração inicial do componente A");
CB0 as conc_mol (Brief = "Concentração inicial do componente B");
V as volume (Brief = "Volume de líquido no tanque");
E as energy_mol (Brief = "Energia de ativação");
R as positive (Brief = "Constante dos gases", Unit="kJ/kmol/K",
Default=8.314);
T as temperature (Brief = "Temperatura do reator");
VARIABLES
CA as conc_mol (Brief = "Concentração do componente A");
CB as conc_mol (Brief = "Concentração do componente A");
tau as time_sec (Brief = "Tempo de residência");
F as flow_vol (Brief = "Corrente de entrada e saída");
RA as reaction_mol (Brief = "Cinética da reação");
k as frequency (Brief = "Corrente de entrada e saída");
EQUATIONS
"Balanço material por componente A"
diff(CA) = (CA0 - CA)/tau - RA;
"Balanço material por componente B"
diff(CB) = (CB0 - CB)/tau + 2*RA;
"Tempo de residência"
tau = V/F;
"Cinética da reação"
RA = k*CA;
"Constante de velocidade da reação"
k = k0*exp(-E/(R*T));
end
41
Anexo 4 – Saída de dados do modelo anterior. Gráfico da variação temporal de CA e CB
42