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1. Crise do Século XIV


a) Na Europa
Fome
• maus anos climáticos;
• diminuição da produção agrícola;
• morte;

Peste Negra (peste bubónica)

• originária da Ásia;
• trazida para a Europa pelos comerciantes italianos;
• muito contagiosa e mortífera;
• morre mais ou menos 1/3 da população da Europa;

Guerra
• Guerra dos 100 anos (França e Inglaterra): 1337 – 1453
• Guerras Fernandinas (Portugal e Castela): 1383 – 1385
• Revoltas Populares por toda a Europa
causam

• morte

a) em Portugal
Causas:
• peste negra
• guerra
• fome

Consequências:
• elevada mortalidade;
• campos abandonados – falta de mão de obra;
• aumento de preços dos produtos;

Tentativa de Soluções:
• D. Afonso IV (1349) – leis do trabalho
• D. Fernando (1375) – leis das sesmarias
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Determinavam:
• obrigação de trabalhar a terra por parte dos proprietários e dos
agrícolas;
• tabelamento dos salários;

ANOS 1348 1349 1369 1372 1373 1375 1381- 1383 1383- 1385 1411
1382 1385

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• toda a população era obrigada a trabalhar;

1. Crise Dinástica

A crise deu-se na passagem da 1ª para a 2ª dinastia.


1ª Dinastia 2ª Dinastia 3ª Dinastia 4ª Dinastia
- Afonsina - Avis - Filipina (1580- - Bragança
1640)
- começa com D. - começa com - começa com
- começa com
Afonso D.João I e D.João IV e
D. Filipe I e
Henriques e termina com D. termina com
termina com
termina com D. Sebastião (cardeal D.Manuel II
D.Henrique)
D.Filipe III
Fernando
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Com a morte de D. Fernando em 1383, coloca-se o problema da
sucessão do trono, o que dividiu o país.

Grande parte da alta nobreza apoiava D. Beatriz , já a pequena


nobreza, a burguesia e o povo apoiavam D. João, Mestre de Avis.

Para resolver a guerra com Castela, D. Fernando vai assinar o Tratado


de Salvaterra de Magos, que diz que a filha de D. Fernando casa com o rei
de Castela.

D. Beatriz, é aclamada rainha, mas o povo revolta-se. D. João,


Mestre de Avis, é aclamado rei de Portugal e passa D. João I.

2. O Conhecimento do Mundo
• Apenas eram conhecidos três continentes: a Europa, a Ásia e a
África. No entanto, os seus contornos não estavam totalmente
correctos.
• Continentes desconhecidos: América, Oceânia e Pólos.
• Em relação aos habitantes deste territórios desconhecidos, os
europeus imaginavam que eram habitados por seres
‘fanasiosos’, completamente diferentes dos humanos.
• Os mares eram habitados por monstros marinhos que
destruíam os barcos.

1. Motivações para a Expansão


a) na Europa
• a falta de cereais;
• a falta de ouro1 – para cunhar moeda, necessarioa para
dinamizar o comercio;
• a falta de matérias primas e de mão de obra – para a
produção agrícola e manufactureira.

1– o ouro que abastecia os mercados europeus, vinha do interior de África


através de Marrocos.
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b) em Portugal

• D. João I, o rei, queria afirmar o seu poder e grandeza face


às outras nações, e queria resolver os problemas económicos;
• a nobreza queria queria enriquecer obtendo cargos
importantes, mais terras e mão de obra para a agricultura;
• o clero pretendia expandir a fé cristã, combater os
muçulmanos e aumentar os seus rendimentos;
• a burguesia pretendia aumentar os seus lucros poder,
procurando novos mercados para o comércio;
• o povo via a expansão como um possibilidade para obter
melhores condições de vida;

NOTA:
∗ a expansão portuguesa iniciou-se com D. João I, mas foi um dos seus
filhos, o Infante D. Henrique, quem liderou o projecto de expansão
do território por mar;
∗ para melhor exercer esta função, D. Henrique, foi viver para Lagos,
onde se rodeou de cartógrafos, matemáticos, astrónomos e
navegadores que o aconselhavam.

D. João – Mestre de Avis Infante D. Henrique


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1. Condições da Prioridade Portuguesa no processo de Expansão

• a estabilidade política e o clima de paz que se estabeleceu em


Portugal;
• a situação geográfica do pais, com uma extensa costa
marítima, aberta ao oceano atlântico e com bons portos;
• a tradição na pratica de actividades ligadas ao mar, como a
pesca e o comercio marítimo ao longo da costa e com os países
do norte da Europa;
• o apoio régio às actividades marítima e à construção naval,
nomeadamente através da criação da Bolsa de Mercadores
(1293) e da Companhia das Naus (1377);
• o contacto com técnicas e instrumentos de navegação;

1. Condições Técnicas que permitiram a Expansão


• a nevagaçao astronómica, que permitia aos marinheiros
orientarem-se através dos astros utilizando instrumentos
como:

a
bússola; o astrolábio; a balhestilha; o quadrante;

• a construção da caravela;
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1. A Conquista de Ceuta (1415)

Ceuta era uma cidade muçulmana localizada no norte de África, junto ao


estreito de Gibraltar.

a) razões que levaram os portugueses à conquista de Ceuta:


• importante entreposto comercial, onde os europeus se
abasteciam de ouro, especiarias e produtos de luxo;
• a fertilidade dos solos que permitia a produção de cereais;
• a posição estratégica de Ceuta, no estreito de Gibraltar, que
permitia o controlo das embarcações que entravam e saíam do
mediterrâneo;
• a expansão da fé cristã;
• o combate à pirataria muçulmana, que atacava com frequência
os navios portugueses e a costa algarvia;
• a conquista de outras cidades do norte de África;

A conquista militar da cidade foi um sucesso.


Mas em termos económicos, foi um fracasso:

• os muçulmanos desviaram as rotas dos mercadores;


• os muçulmanos destruíam as culturas dos cereais;
• despesas enormes para a defesa da cidade;
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1. Colonização das Ilhas Atlânticas
a) Colonização da Madeira

Entre 1419 e 1420, João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e


Bartolomeu Perestrelo, descobriram o arquipélago da Madeira.

• D. Henrique divide as ilhas em capitanias – donatarias, cada uma


dirigida por capitães donatários, estes tinham a obrigação de
colonizar e explorar o seu território;
• Os colonos eram portugueses mas também estrangeiros;
• Produtos explorados:
∗ madeira;
∗ cereais;
∗ vinha;
∗ cana de açúcar;

a) Colonização dos Açores

Em 1427, Diogo Silves descobre parte do arquipélago dos Açores,


que só será totalmente conhecido em 1452.

• Tal como na Madeira, os Açores são divididos em capitanias –


donatarias;
• Os colono são portugueses e esrangeiros, mas a colonização é mais
difícil, porque as ilhas são mais distantes;
• Produtos explorados:
∗ cereais;
∗ plantas tintoreiras;
∗ criação de gado;
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Ano da Descobridores Tipo de Povoadores Produtos


Descoberta Colonização Explorados

João Gonçalves
Zarco;
Açúcar
Tristão Vaz
Madeira 1419 – 1420 Teixeira; Capitanias- Portugueses Cereais
Donatarias
Bartolomeu (Algarve e Minho) Vinha

Perestrelo;

Alguns Criação de Gado;


portugueses;
Açores 1427 Diogo Silves Capitanias Cereais;
Donatarias Flamengos
Plantas
Tintoreiras;

Capitães Donatários

Quem eram?

- pessoas, geralmente da baixa nobreza, a quem o rei concedia parcelas


das novas terras descobertas.

Quais eram os seus deveres?

- povoar e colonizar as capitanias

Que direitos tinham?

- administravam a justiça, cobravam impostos e distribuíam terras aos


povoadores que as quisessem trabalhar
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1. As descobertas na Costa Ocidental Africana

1434 – Gil Eanes passa o Cabo Bojador;


1436 – descoberta da Guiné e do Rio Do Ouro;
1443 – chegada à cidade de Arguim, onde construíram uma feitoria;
1456 – descoberta do arquipélago de Cabo Verde;
1460 – descoberta da Serra Leoa, e morte do Infante D. Henrique;
feitoria – espécie de armazém onde se guardavam as cargas que os
barcos traziam.

a) Importância da Passagem do Cabo Bojador


• Pôs em causa os mitos e as lendas que aterrorizavam os navegadores
(pôs fim ao mito do “Mar Tenebroso”)
• Abriu o caminho que daria acesso ao ouro, escravos e outras riquezas
africanas.

1. O Arrendamento da Costa Africana

A partir de 1460, as viagens de descoberta de novas terras


abrandaram. O rei D. Afonso V, não se interessou muito pela expansão
marítima, preferindo investir nas conquistas do norte de África, sendo
apoiado pela nobreza.

A exploração da costa africana foi arrendada a um mercador,


Fernão Gomes, que, em troca do pagamento de uma renda, explorava
riquezas dos territórios da costa que se conseguisse descobrir. Para
além do ouro, os portugueses passaram a ter acesso a outras riquezas,
marfim, malagueta, e desenvolveram o tráfico dos escravos.

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