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O Modelo de Auto-Avaliação das BE’ s: metodologias de Domínio

operacionalização (conclusão) 6 -
pmaabe

Análise e comentário crítico à presença de referências das BE’ s


nos Relatórios das Equipas de Avaliação Externa da IGE

INTRODUÇÃO

PROFESSORES APRENDEM AUTO-AVALIAÇÃO


“ (…) É que se o sistema de avaliações externas, imposto pela administração central,
apresenta uma definição única e restrita, à sombra da qual se desencadeiam mecanismos e critérios
de observação e avaliação iguais para todas as escolas, num patamar de auto-avaliação esse
conceito será construído de acordo com os contextos, os problemas e as potencialidades de cada
realidade escolar. Num país feito de grandes disparidades sociais, aquilo que é qualidade numa 1
escola de um meio social e económico elevado não é seguramente a mesma de uma outra inserida
em bairros sociais. Por isso é que os rankings, divulgados anualmente, dizem muito pouco sobre a
qualidade das escolas e ainda menos sobre o trabalho invisível que muitos professores
desenvolvem e contextos sociais de grande carência e que urge incentivar e/ou corrigir.”

in Notícias Magazine, 915, 06.Dez.2009

Sem dúvida que as características sociológicas dos diferentes núcleos


populacionais têm um grande impacto em termos de resultados académicos e
sociais no funcionamento das escolas. É óbvio que, uma Biblioteca Escolar
centrada na grande Lisboa, por exemplo, tem uma potencialidade diferente
de uma inserida na ruralidade nortenha. E até que ponto os relatórios de
avaliação externa da IGE demonstram estas disparidades sociais?
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DESENVOLVIMENTO

Tendo por base as amostras de Relatórios de Avaliação Externa


propostos, e tendo presente a existência de vários contextos sociais e
regionais, proponho-me analisar e comentar os relatórios efectuados por
duas equipas de avaliação externa da IGE, nomeadamente da Direcção
Regional do Norte ao Agrupamento Vertical de Pico de Regalados, Vila
Verde, em Novembro de 2008 e da Direcção Regional de Lisboa e Vale do
Tejo ao Agrupamento de Escolas D. Fernando II, Sintra, em Março de
2009.

Agrupamento Vertical de Pico Agrupamento de Escolas D.


de Regalados (DREN) Fernando II (DRLVT)

Referências concretas: Referências concretas:


 “… duas unidades educativas  “O Agrupamento articula-se
do 1º ciclo/JI dispõem de com a comunidade local 2
BE.” (Caracterização do através da estreita ligação
Agrupamento); que mantém com a Câmara
 “… iniciativa e entusiasmo na Municipal de Sintra, (…).
organização de contextos de Assim, mantém protocolos
aprendizagem diversificados com as Associações de Pais
para os alunos – exemplo, e Encarregados de Educação
centros de animação e e a CMS no âmbito do
inovação pedagógica, desenvolvimento (…) e do
desporto escolar, projectos, Programe de Apoio à Escola,
actividades sociais e este último com o objectivo
culturais, visitas de estudo, da colocação de monitores
criação de três Bibliotecas de recreio e biblioteca nas
…” (Valorização e impacto EB1 com JI …” (Parcerias,
das aprendizagens). protocolos e projectos).

Conclusão: Conclusão:
 A BE não entra nas medidas  A BE apareceu mencionada
de promoção do sucesso, uma só vez durante todo o
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quer na vertente académica, relatório, e nem foi


quer do desenvolvimento mencionada nos pontos
social fracos ou constrangimentos.
 Este Agrupamento tem a
oportunidade de “tornar
visíveis” as suas BE’ s no
plano de melhoria (objectivos
e metas a cumprir) que
proporá à IGE, atendendo
às classificações atribuídas.

CONCLUSÃO

Concluo que, a premissa inicial que produzi – “uma Biblioteca Escolar


centrada na grande Lisboa, por exemplo, tem uma potencialidade
diferente de uma inserida na ruralidade nortenha”, não se aplica de todo
à realidade de, por exemplo, Sintra. As minhas expectativas iniciais de
encontrar e analisar um relatório sobre uma escola da grande Lisboa ou dos 3

arredores que tivesse inúmeras referências positivas às BE’ s saiu gorada.

Acredito agora que quem “faz” as BE’ s não são as diversas


potencialidades das várias regiões, mas o modo como cada
escola/agrupamento/Órgão de Gestão seja ele do Norte, Centro, Sul ou
Ilhas define as suas prioridades e promove o seu envolvimento com as suas
BE’ s.

Num tempo de reconhecimento cada vez mais consolidado do papel da


BE na promoção do sucesso educativo dos alunos e na contribuição do
MAABE para a aferição de resultados, não se entende que equipas de
trabalho do ME/IGE valorizem tão pouco e divulguem tão pouca informação
sobre as BE’ s. Ou será que nós, professores bibliotecários (e órgão de
gestão), não promovemos e divulgamos atempadamente essa informação nos
documentos pedagógicos e organizacionais da escola?

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