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QUALIFICAÇÃO DOS GESTORES DO SUS

ATIVIDADE FINAL DO MÓDULO 02


Aluna Salete Latchuk Martins
HISTORICO DO SISTEMA DE SAÚDE, PROTEÇÃO SOCIAL E DIREITO
A SAÚDE

Avanços do SUS e possíveis fatores que tenha concorrido para isso.

UNIVERSALIDADE
O fim da separação que havia no sistema público de saúde entre os
incluídos e não incluído economicamente com a implantação do principio
da universalidade. Rompeu com a trajetória brasileira que vinculava o
direito à saúde e sociais à inserção no mercado de trabalho.

DESCENTRALIZAÇÃO
Elevação da capacidade da gestão descentralizada.
Como atribuição federal predomina a normalização e o planejamento,
ficando a execução dos serviços como atribuição dos estados e, sobretudo
dos municípios. A necessidade de garantir a integralidade da atenção à
saúde faz com que o gestor municipal tenha que exercer as
responsabilidades inerentes ao seu cargo e ao mesmo tempo honrar os
compromissos assumidos com outros gestores municipais e o gestor
estadual. A posição de que cada município por si seja capaz de resolver os
seus problemas não dispensaria a participação da Secretaria Estadual da
Saúde. Esta esfera de governo deve considerar o enfrentamento de pelo
menos três questões gerais: as acentuadas desigualdades existentes no
interior de cada estado; as especificidades dos problemas e dos desafios
na área da saúde e o federalismo brasileiro. Sabemos, contudo, que os
municípios apresentam diferentes condições políticas, sociais,
econômicas, organizacionais e gerenciais, o que lhes possibilita diversas
capacidades de resposta às demandas que surgem.
A Secretaria Estadual de Saúde precisa desenvolver a capacidade
de planejar a saúde no estado, regular as referencias e mediar às
relações, às vezes conflitantes entre os gestores municipais. Mesmo na
atenção primária o gestor estadual não pode dispensar a sua participação
para a construção de um sistema de saúde público, universal e, acima de
tudo que assegure a integralidade da atenção.
A descentralização é um avanço, mas é necessário reavaliar a
capacidade gerencial nas três esferas de gestão.
CRESCIMENTO RELATIVO DO FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO
BÁSICA.

A organização do sistema de saúde em redes tendo a APS como


coordenação do sistema, integradora e articuladora dos diversos pontos de
atenção apresenta resultados positivos no que se refere a uma melhor
qualidade de saúde da população, tanto relativo à equidade e eficiência,
como concernente a continuidade da atenção e satisfação da população.
Se compararmos os valores gastos em atenção básica entre os anos
de 1995 e 2004 vai perceber que:
- 1995 o gasto com a atenção básica correspondia de 10,82% dos gastos
com ações e serviços públicos de saúde, R$ 2.879 bilhões;
- 2004 o gasto com atenção básica corresponde a 18,34% com saúde, R$
6.409 bilhões.
Fonte: MS/SE/SPO
Apesar dos incrementos de recursos no PAB fixo e variável, esse
último, principalmente pelo aumento de cobertura nestes últimos anos, os
recursos financeiros ainda não são condizentes com a importância da APS
para organização do SUS, sendo necessário implementar os recursos
nesta área.

CRESCIMENTO DA CONTRAPARTIDA DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS


NO FINANCIAMENTO DO SUS
PACS/PSF- EXPANSÃO DOS PROGRAMAS COM QUEDA NA
MORTALIDADE INFANTIL E MUDANÇAS EM OUTROS INDICADORES

- M. Infantil (óbito em < 1 ano/1000 nascidos vivos), 2002 para 25,6.


- Esperança de vida ao nascer (geral, em anos) 1995 era 67,22
anos e 2002- 69,27 anos.
Fonte: RIPSA, OPS/MS – IDB - 1997 E 2004
- Controle doenças (pólio, sarampo, difteria, rubéola).

OUTROS AVANÇOS

Criação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, Criação do


Sistema Nacional de Vigilância Sanitária a da ANVISA, grande avanço do
conhecimento e tecnologia na área da informação e informatização da
saúde e na criação de subsistemas de informação, Política. Nac. de
Genéricos.
O saldo e extremamente positivo.

Retrocessos, sugerindo ações que possam revertê-lo.

RECURSOS HUMANOS –
A formação de trabalhadores da saúde deve ser concebida a partir de uma
organização dos conhecimentos e das práticas que viabilizem o
reconhecimento da integralidade como o eixo norteador do processo
educativo.
As universidades não preparam os profissionais para trabalhar na saúde
coletiva. A formação ainda é muito voltada para a doença e não para a
saúde integral tendo como prioridade a promoção, prevenção de saúde
sem prejuízo aos serviços assistenciais. Hoje já se percebe a preocupação
e modificação curricular dos cursos da área da saúde principalmente o
curso de medicina.
Vemos uma aproximação positiva entre atores da área da educação em
saúde e atores da gestão descentralizada do SUS, em projetos
permanentes de desenvolvimento de recursos humanos.

▬ JUDICIALIZAÇÃO DO CONSUMO DE PROCEDIMENTOS


DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS NO SUS
Ordens judiciais impetradas por cidadão dos estratos médios e altos, com
deslocamento regressivo do usuário do SUS. Grande fluxo de
consumidores dos planos privados beneficiados por ações judiciais, que
“consomem” serviços pontuais no SUS (medicamentos e exames mais
caros, consultas mais especializadas e outros), que também desconstroem
os princípios da Integralidade e Equidade.
INTENSA E CONTÍNUA PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES E
RELAÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE.

Crescimento ao longo dos anos, da “cultura da sobrevivência”, no seio


dos prestadores de serviços e dos profissionais, em resposta inadequada
à sub-remuneração. Ex: escolha de procedimentos melhor remunerados,
rebaixamento da qualidade/ custo das ações e serviços, e cobranças “por
fora” aos usuários, descumprimento das jornadas de trabalho.

É necessário rever as tabelas de procedimentos e aumentar os


recursos para media complexidade conforme podemos observar na
tabela abaixo.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Todas as recomendadas pelo curso +

- CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIOS DE SAÚDE (CONASS)


SUS 20 anos, 2009.

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