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NOTA DE IMPRENSA

Câmara de Paredes não respeita valores democráticos


RECUSA CONDIÇÕES DE TRABALHO AOS VEREADORES SOCIALISTAS

Ao fim da terceira reunião do Executivo, os vereadores do PS na Câmara de Paredes


viram recusada a aplicação do artigo 73º da Lei 5-A/2002, que obriga os presidentes
das Câmaras a disponibilizar a todos os vereadores “…o espaço físico, meios e apoio
pessoal necessário ao exercício dos respectivos mandatos …”.

Os socialistas paredenses questionaram, de novo, o presidente da Câmara local acerca


da disponibilização de condições mínimas para exercerem os seus mandatos,
nomeadamente no que respeita a meios físicos (gabinete com secretárias/mesas,
telefones e computadores), a um funcionário (a) que lhes assegure a recolha, consulta e
preparação dos assuntos a discutir nas reuniões do Executivo e, ainda, ao acesso à
garagem do município (como acontece com os vereadores eleitos pelo PSD), para
poderem estacionar as suas viaturas, enquanto decorrem as reuniões do Órgão a que
pertencem.
No entanto, num “um exercício de verdadeira e efectiva asfixia democrática, os eleitos
do PSD, convencidos de que são os ‘donos da quinta’, recusam-se a aplicar a Lei”
argumentando, segundo os socialistas, que “não há espaço na Câmara para mais
vereadores, nem espaço na garagem”.

PSD promove “Asfixia democrática” em Paredes

Com esta atitude, os eleitos pelo PSD ignoram, de forma ostensiva, que a Lei determina
que o presidente de Câmara deve disponibilizar a todos os vereadores - não apenas aos
do seu partido - espaço físico, meios e apoio pessoal, para que possam, com um
mínimo de condições, desempenhar as suas funções.
Os vereadores do PS quiseram resolver a questão de forma pacífica e tranquila. O
vereador Artur Penedos tinha mesmo afirmado, nas primeiras reuniões de Câmara, que
estas questões “devem ser resolvidas com espírito de solução e não de oposição e sempre
no escrupuloso respeito pela legalidade democrática”.
Mas, não foi esse o caminho seguido pela maioria PSD, que enveredou por uma atitude
de “afrontamento à Lei e aos valores democráticos”, recusando-se a aplicar a Lei
169/99, alterada pela Lei 5-A/2002, com uma “justificação absolutamente ridícula e
imprópria de pessoas investidas de um poder, que é do povo”, sublinham os socialistas.
Esta atitude de “asfixia democrática” levou os socialistas, pela voz de Alexandre Almeida,
a lamentar e a condenar a atitude da Câmara, uma vez que “ela viola e desrespeita a lei
sendo, por isso, contrária à vontade expressa pelo povo”. Esclareceu que “também nós
fomos legitimamente eleitos pelo povo e a afronta não é apenas à lei e aos vereadores
socialistas, mas também àqueles que nos elegeram, o povo de Paredes”.
Alexandre Almeida referiu, ainda, que a recusa do PSD em proporcionar aos vereadores
socialistas “condições para que possamos exercer o nosso papel, com o mínimo de
dignidade, revela a existência de uma tentativa clara e deliberada de nos criarem
dificuldades”. Acrescenta que o caminho escolhido, ao que parece, se baseia “num
comportamento autoritário, contrário aos valores da democracia”.

“Câmara viola e desrespeita a lei, contraria a vontade expressa pelo povo”

Note-se que os socialistas não contestam a legitimidade do PSD para conduzir os


destinos da Câmara. Não foram os eleitos pelo PS que escolheram o sistema de Governo
que se pratica no Poder Local, onde os Executivos são pluripartidários - “muitos de nós
preferiam que fossem homogéneos” – mas, enquanto a lei não for alterada, reiteram,
“gostem ou não, estão obrigados a cumpri-la e a respeitar a oposição”.
Os socialistas não se conformam e afirmam que “Celso Ferreira quer atribuir ao
Executivo da Câmara Municipal o funcionamento de um Plenário do PSD, onde só eles
vêm reconhecidos os seus direitos e apenas eles têm o direito de intervir”. Mas,
garantem, “por mais determinados que estejam, jamais conseguirão «asfixiar» o PS e a
sociedade civil”.
Os vereadores do PS não aceitam a recusa de aplicação dos preceitos legais e muito
menos o argumento de que não lhe será facilitado espaço, apenas porque o PSD elegeu
mais um vereador e que, como tal, não têm lugar para instalar os restantes vereadores.
Recordam que em 2001, o executivo da autarquia paredense era constituído por 7
vereadores do PSD e dois do PS e a todos foi disponibilizado espaço.
Não aceitam, igualmente, que se diga que não há espaço na garagem para as viaturas
dos vereadores da oposição, discriminando-os face aos seus pares e, pior, se facilite a
alguns funcionários e a familiares de alguns dos eleitos pelo PSD, o estacionamento na
referida garagem, quando se deslocam à Câmara.

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