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Com esta atitude, os eleitos pelo PSD ignoram, de forma ostensiva, que a Lei determina
que o presidente de Câmara deve disponibilizar a todos os vereadores - não apenas aos
do seu partido - espaço físico, meios e apoio pessoal, para que possam, com um
mínimo de condições, desempenhar as suas funções.
Os vereadores do PS quiseram resolver a questão de forma pacífica e tranquila. O
vereador Artur Penedos tinha mesmo afirmado, nas primeiras reuniões de Câmara, que
estas questões “devem ser resolvidas com espírito de solução e não de oposição e sempre
no escrupuloso respeito pela legalidade democrática”.
Mas, não foi esse o caminho seguido pela maioria PSD, que enveredou por uma atitude
de “afrontamento à Lei e aos valores democráticos”, recusando-se a aplicar a Lei
169/99, alterada pela Lei 5-A/2002, com uma “justificação absolutamente ridícula e
imprópria de pessoas investidas de um poder, que é do povo”, sublinham os socialistas.
Esta atitude de “asfixia democrática” levou os socialistas, pela voz de Alexandre Almeida,
a lamentar e a condenar a atitude da Câmara, uma vez que “ela viola e desrespeita a lei
sendo, por isso, contrária à vontade expressa pelo povo”. Esclareceu que “também nós
fomos legitimamente eleitos pelo povo e a afronta não é apenas à lei e aos vereadores
socialistas, mas também àqueles que nos elegeram, o povo de Paredes”.
Alexandre Almeida referiu, ainda, que a recusa do PSD em proporcionar aos vereadores
socialistas “condições para que possamos exercer o nosso papel, com o mínimo de
dignidade, revela a existência de uma tentativa clara e deliberada de nos criarem
dificuldades”. Acrescenta que o caminho escolhido, ao que parece, se baseia “num
comportamento autoritário, contrário aos valores da democracia”.