You are on page 1of 23

Curso de Graduação em Artes Plásticas

Oficina de Fotografia I - Turma A, Profº Fernando Monteiro Ribeiro


Departamento de Artes Plásticas da Universidade de Brasília, UnB

FOTOJORNALISMO

Grupo:
Elisa Fernandes Lovo
Érica Barros Cavalcante
Gustavo Cardoso

Novembro de 2009
Brasília - DF
Índice
1. Introdução 1
2. História do Fotojornalismo
2
3. Principais Fotojornalistas
6
4. Linguagem e Técnica Fotojornalística
8
5. Gêneros de Fotojornalismo
10
6. Anexo I: A Agência Magnum Photos
14
7. Anexo II: Sebastião Salgado
15
8. Referências 17

(...)
“Sensibilidade, capacidade de avaliar as situações e de
pensar na melhor forma de fotografar, instinto, rapidez
de reflexos e curiosidade são traços pessoais que qualquer
fotojornalista deve possuir”(...)

João Pedro Souza, Fotojornalismo - Uma introdução


à história, às técnicas e à linguagem da
fotografia na imprensa. Porto, 2002.

2
Introdução
Fonte de história e comunicação primária, o fotojornalismo impera
nos dias de hoje, a comunicação visual nunca esteve tão popular.
Temos acesso ao fotojornalismo em todos os lugares: ônibus, prédios,
jornais, revistas, sites de internet, boletins informativos, folhetins, livros,
aviões, televisão, enfim, em quase tudo que nos cerca.
A um fotojornalista é necessário domínio técnico de fotografia e
sensibilidade comunicativa. E em tempos de tamanha demanda visual,
muitos fotojornalistas emergentes apelam ao sensacionalismo e a tudo o
que faz uma imagem ser considerada comerciável.
Vamos, ao longo deste trabalho, conhecer um pouco a respeito desta
área da fotografia que se tornou tão banalizada. Sua história, personagens
principais, o objetivo do fotojornalismo, técnica, linguagem e gêneros.

3
História do Fotojornalismo

No início, o jornalismo resistiu à fotografia devido ao desejo de


manutenção de uma convenção tradicional jornalística dominante,
que questionava a seriedade da notícia fotografada.
Mas houve uma mudança após o primeiro tablóide fotográfico
britânico, chamado Daily Mirror, ir a público, em 1904: a fotografia
deixou de ser meramente ilustrativa, e adotou importância tão grande
quanto a do texto jornalístico.

Surgiu, a partir de então, uma competição na imprensa por


aumento de tiragem e circulação, publicidade e lucro, causando uma
subseqüente competição no campo do fotojornalismo, por velocidade,
ou seja, a imprensa recompensava fotojornalistas que conseguiam
boas fotografias em primeira mão, chamada doutrina do scoop, ou
doutrina do furo jornalístico.
Em decorrência, houveram investigações técnicas de fotografia
que levaram à evoluções do aparelho fotográfico, que foi se tornando
cada vez menor e mais prático, mas ainda assim haviam limitações
que de certa forma caracterizaram o fotojornalismo, como, por
exemplo, a utilização do flash de magnésio, cuja morosidade para se
obter uma nova foto após outra, fez a necessidade de o fotojornalista

4
ter de ser capaz de captar o máximo de informação e apresentar o
máximo de eficiência em seu trabalho com apenas uma fotografia.
Nesta época, quando os fotojornalistas apareciam nos lugares,
as pessoas se reuniam e se preparavam para a fotografia, mas esta
cultura foi dissolvida e as pessoas passaram a dar mais valor às
fotografias espontâneas.

Após a Primeira Guerra, nos anos 20 e 30 do século XX com o


florescimento das artes, das letras e da ciência, a Alemanha torna-se
o país com mais revistas ilustradas. Mas, em 1933, com a chegada de
Hitler ao poder, houve um colapso no fotojornalismo alemão, e muitos
fotojornalistas e editores alemães conotados com a esquerda fugiram
para outros países, difundindo então seus conhecimentos: dentre
muitos exemplos, na França, a revista Vu, no Reino Unido a Picture
Post, e nos Estados Unidos a revista Life.

As agências fotográficas tomaram grande importância depois


da Segunda Guerra Mundial. A fotografia jornalística e documental
evoluiu com os debates em curso, porém a convencionalização fez o
produto fotojornalístico ser banalizado com a produção em série do
que é chamado fait-divers ou features, fotografias de assuntos não
categorizáveis, desconectados de historicidade jornalística, e sem
relevância, bem comuns até os dias de hoje.
A partir dos anos 50 do século XX, ganha espaço o
fotojornalismo da imprensa cor-de-rosa (revistas de fofoca, assuntos
femininos e bobagens afins, como a revista Capricho); de revistas
eróticas de qualidade (como a Playboy); imprensa de escândalos e;
revistas de design (moda, decoração, fotografia, etc). Sendo que a
imprensa cor-de-rosa e a de escândalos fez surgir aqueles que
conhecemos como Paparazzis, que parecem ter maior gratificação de
acordo com o grau de sensacionalismo da fotografia. Isso gerou certa

5
decadência da seriedade e qualidade fotojornalística, pouco a pouco
as pessoas foram se acomodando, e logo o valor de uma fotografia
qualquer de teor sensacionalista se equiparou ao valor de uma boa
fotografia jornalística.
Nos anos 60, o fotojornalismo estava mais preocupado com o
sensacionalismo e industralização da atividade.
No envolvimento dos EUA na guerra do Vietnam, a imprensa já
havia conquistado maior liberdade para publicação de imagens
chamadas foto-choque, que causavam comoção e contrariedade do
público com relação à violência, o que deixou os militares mais
atentos às movimentações de foto-repórteres.

Revistas de ilustração fotográfica desaparecem, dando maior


espaço aos jornais e revistas semanais de informação geral. Já no
final dos anos 70, as fotografias a cores tornam-se mais comuns, e
grandes empresas utilizam-se de fotos para ilustrar relatórios.
Mais à frente, nos anos 80, os fotojornalistas, em atuação na
política, perdem algumas liberdades, são criados mecanismos de
proteção para que seus alvos não fossem surpreendidos em situações
impróprias: impedimento para fotografar em determinados eventos
ou partes de eventos; acreditação; é criada a sessão para fotógrafos
ou photo opportunities; e o controle sobre o equipamento, por
exemplo, determinação de censura e permissão de distâncias focais.

6
Inicia-se a discussão das questões de direito à privacidade. E,
também nos anos oitenta, o avanço tecnológico traz benefícios para a
transmissão e edição da imagem com o surgimento das tecnologias
digitais. Fotodocumentalistas buscam formas diferentes de levar o
público a uma compreensão contextual, através de fotografias
conceituais montadas.
A última grande revolução fotojornalística se deu
essencialmente nos anos 90, com a possibilidade manipulação e
geração computacional de imagens. Crescente produção de
fotografias jornalísticas, grande velocidade de obtenção de imagens,
em contraposição ao fotojornalismo autoral, na linha da Magnum,
cujos fotógrafos produzem fotografia investigativa, interessada nos
processos, especificamente voltado para as revistas de qualidade, e
publicação de livros e realização de exposições.
Recentemente, o fotojornalismo perdeu a especificidade, pois
um único fotojornalista pode fornecer registros visuais para todos os
meios de difusão de imagens, que são muitos.

http://images.mirror.co.uk/upl/m4/nov2008/2/1/684C9257-0933-AB1B-E63027E2C0FCC4EA.jpg (Daily
Mirror - November 1904)
http://3.bp.blogspot.com/_k_9vJbditvo/RiOLb-
XWBRI/AAAAAAAAAAU/wLhb6djUm7Q/s400/1936_FirstLIFE_Cover_web.jpg (Life - November 1936)
http://2.bp.blogspot.com/_CKzN7TT8hV0/SJmwR7vfgfI/AAAAAAAABec/FchN4nswkU0/s400/Manrayvu.jpg
(Vu - 1938)
http://www.educacional.com.br/reportagens/20AnosConstituicao/default_imprimir.asp?strTitulo=Constitui
%E7%E3o%20de%201988:%20do%20Congresso%20aos%20cidad%E3os (Ulysses Guimarães assinando
a Constituição)

7
Principais Fotojornalistas
- Robert Capa: Nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann, fotógrafo
húngaro, um dos mais célebres fotógrafos de guerra. Cobriu os mais
importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil
Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra
Mundial na Europa (em Londres, na Itália, a Batalha da Normandia em
Omaha Beach, e a liberação de Paris), no Norte da África, a Guerra
árabe-israelense de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina. Sentia-se
atraído pelos meios culturais marxistas, teve de se exilar. Em Berlim
inscreveu-se na Faculdade de Ciências Políticas e então começa sua
carreira fotojornalística na Agência alemã de jornalismo Dephot. Teve
de se mudar várias vezes no período nazista, por sua religião judaica.
Em 1944, após a guerra, funda a Agência Magnum (oficializada em
1947) junto a David Seymour, Henri Cartier-Bresson, Bill Vandivert e
George Rodger.

- Henri Cartier-Bresson: Considerado o pai do fotojornalismo. Francês,


de família de industriais têxteis relativamente abastada. Ganhou uma
câmera fotográfica ainda na infância, era obcecado por imagens,
além da fotografia, Bresson pintava e chegou a estudar artes. Serviu
o exército francês na Segunda Guerra Mundial e foi feito prisioneiro
de guerra, mas conseguiu escapar após 2 tentativas de fuga. Uniu-se
à Resistência Francesa. Após a Segunda Guerra Mundial, funda junto a
David Seymour, Robert Capa, Bill Vandivert e George Rodger a
Agência Magnum Photo.

- George Rodger: Alistado na marinha mercante inglesa com a


intenção de poder viajar, George escreve muitas histórias e as ilustra
com fotografias de sua câmera de bolso Kodak. Chega a trabalhar
para as revistas Time e Life, mas pede demissão pela desilusão das
missões de fotografar o pós-guerra. Passa a concentrar-se
progressivamente na vida animal, nos rituais e nas formas de vida da
Natureza. Em 1947, e a convite de Robert Capa, tornou-se um dos

8
fundadores e vice-presidente da agência Magnum.

- Antonio Augusto Fontes: Nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1948,


viveu de 1971 a 1973 nos Estados Unidos, realizando o ensaio A
América e os Americanos. Em 1974 estabeleceu-se no Rio de Janeiro.
De 1975 a 1980 foi consultor técnico do arquivo fotográfico do Centro
de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas e do
Arquivo Nacional. Trabalhou como fotógrafo das revistas Veja (1982 a
1984), Exame (1982 a 1984) e IstoÉ (1984 a 1986).

- Emidio Luisi: Nasceu em Sacco, no sul da Itália, em 1947, e aos 7


anos de idade radicou-se no Brasil. Começou a fotografar no final da
década de 1970, especializando-se em fotojornalismo, etnofotografia,
espetáculos de dança e teatro. Coordena oficinas de ensino de
fotografia em várias cidades brasileiras. Recebeu o XI Prêmio Abril de
Fotojornalismo. Dirige a Agência Fotograma de Fotojornalismo e
Documentação em São Paulo.

- Evandro Teixeira, fotógrafo do carioca Jornal do Brasil desde 1963,


cobriu a morte de Pablo Neruda no Chile e publicou livros sobre o
centenário de Canudos. Cobriu também a Passeata dos Cem Mil e o
confronto entre estudantes e a polícia na Candelária, no Rio de
Janeiro.

- Gervásio Baptista: Nasceu na Bahia, no Brasil. Registrou vários


momentos da história do Brasil e mundial. É dono da fotografia que
saiu na revista Manchete em que Juscelino Kubistchek acena com a
cartola para o povo na inauguração de Brasília.

- João Noronha: Fotojornalista e publicitário, nasceu no dia 24 de


novembro de 1955 em São Paulo. Já viajou o Brasil com sua câmera e
registrou momentos políticos importantes da história e também a
Cultura Brasileira. Conquistou a Menção Honrosa no Concurso
Nacional Vladimir Herzog e também a medalha de Bronze no
concurso internacional INTERPRESS-PHOTO, ambos no ano de 1991,
com a fotografia Violência Urbana no Brasil, captada na capital de São
Paulo. Vive em Curitiba desde 2000 e dirige a Agência Brazil Press.

- José Medeiros: Pioneiro do fotojornalismo no Brasil. Livro publicado:


Olho da Rua - O Brasil nas Fotos de José Medeiros; Aprazível Edições;
228 páginas.(Revista Veja, 02.11.2005, pág. 114).

- Juca Martins: Nasceu em Portugal, mas vive em São Paulo desde


1957. Inicia carreira de fotojornalista em 1969, tendo atuado nos
principais veículos de comunicação brasileiros. No final da década de
80 registrou intensamente a repressão policial aos movimentos
sindicalistas paulistas, tendo recebido, entre outros, os prêmios Esso
de Fotografia, Wladimir Herzog de Direitos Humanos e foi vencedor
duas vezes do Prêmio Internacional Nikon. Atualmente dirige a
agência Olhar Imagem em São Paulo.
9
- Juvenal Pereira: Nascido em Minas Gerais, em 1946, iniciou carreira
como fotógrafo free-lancer para os jornais de Belo Horizonte e na
sucursal da revista O Cruzeiro. Entre muitas mudanças e trabalhos,
viveu em Brasília de 1975 a 1981, fotografando para as revistas Veja
e IstoÉ e para os jornais Correio Braziliense, Diário de Brasília e Jornal
de Brasília. Um dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília, e
criador do evento bienal Mês Internacional da Fotografia.

- Marcos Prado: Carioca de 1961, formado em fotografia pelo Brooks


Institute of Photography de Santa Barbara (EUA). De volta ao País em
1987, trabalhou até 1992 como fotógrafo da revista Trip. Neste
período empreendeu várias viagens ao Oriente, engajando-se na
causa da independência do Tibet até o ano de 1995, desenvolvendo
uma extensa documentação étnica e política da população deste país.
Como free-lancer, fotografa para a Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e
O Globo, e para as revistas estrangeiras The Look, Sunday Times e
International Magazine of Photojournalism.

- Marcelo Carnaval : Fotografou nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996,


nos Jogos Pan-americanos do Canadá, em 1999, e fotografou o
trabalho da força de paz brasileira em Moçambique, em 1998. Em
2003 ganhou o prêmio de design jornalístico, em Nova Iorque. Em
2006, recebeu o Prêmio Esso e em 2007 ganhou o prêmio de melhor
foto no 23º Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo, por uma mesma
fotografia que mostra o desespero de uma mãe ao tentar amparar no
colo o filho morto a tiros em uma rua do Rio de Janeiro.

10
Linguagem e Técnica Fotojornalística
Existem informações básicas a respeito da linguagem e técnica fotojornalística, e
estas são as seguintes:

Não há fotojornalismo sem texto, o qual exerce diversas funções:


- Chamar atenção para a fotografia;
- Complementar informativamente a fotografia;
- Ancorar significado, direcionando a interpretação da fotografia;
- Conotar a fotografia, abrindo possibilidades de significação que foram pretendidas
para determinada fotografia;
- Analisar, interpretar e/ou comentar a fotografia e/ou seu conteúdo.

Na linguagem fotojornalística também podemos falar do Enquadramento, que


são utilizados de acordo com sua função, são eles:
- Planos gerais: neste enquadramento são utilizados planos abertos para situar o leitor
através de uma localização, ideal para eventos de massas, paisagens e situações em que
a própria paisagem é a personagem;
- Planos de conjunto: são usados planos gerais mais fechados, ideal para identificação
dos sujeitos e da ação com facilidade;
- Plano médio: plano de ¾ ou plano americano, ideal para visão objetiva da realidade,
relacionando os objetos/sujeitos em questão;
- Grande plano: usados para enfatizar parcularidades, como um rosto, uma porta, enfim,
são mais expressivos que informativos. Se o grande plano é muito fechado, diz-se muito
grande plano ou plano de pormenor.

É também possível alterar o tipo de plano através de ângulos de captação da


imagem:
- Plano normal: obtêm-se a imagem paralela à superfície, oferecendo uma visão
objetiva;
- Plano picado: obtêm-se a imagem com ângulo de cima para baixo, desvalorizando o
motivo fotografado;
- Plano contrapicado: tomada da imagem de baixo pra cima, valorizando o objeto
fotografado.

Também deve-se dar atenção à composição, há regras nas quais muitos manuais
de fotojornalismo insistem, exemplos:

(...)
“- Manutenção de uma composição simples;
- Não inclusão de espaços mortos entre os sujeitos
eventualmente representados na fotografia;
- Exclusão de detalhes externos ao centro de interesse;
- Inclusão de algum espaço antes do motivo (inclusão de um
primeiro plano, que deve dar uma impressão de ordem);
- Correcção do efeito de inclinação dos edifícios altos;
- Preenchimento do enquadramento (para o que aconselham
técnicas como a aproximação ao sujeito ou o uso de objectivas
zoom);

11
- Recurso à “agressividade” visual do close in (grande plano);
- Inclusão, no enquadramento, de um espaço à frente de um
objecto em movimento;
- Fotografar as pessoas de forma a que a câmara forme com
elas um ângulo horizontal de 45 graus, em situações como as
"colectivas", etc.” (...)

João Pedro Souza, Fotojornalismo - Uma introdução


à história, às técnicas e à linguagem da fotografia na
imprensa. Porto, 2002.

Para mais informações interessantes a respeito de técnicas e


linguagem, aconselho a leitura do livro acima citado, Fotojornalismo –
Uma introdução à história, às técnicas e à linguagem da fotografia na
imprensa, de João Pedro Souza, que é bastante completo e objetivo,
possui 161 pág. de discurso a respeito de tudo o que pode dizer
respeito ao fotojornalismo, exceto por não possuir muita informação
detalhada a respeito dos principais fotojornalistas da história do
fotojornalismo. O livro está disponível on-line e o endereço eletrônico
pode ser encontrado na lista de referências deste trabalho.

12
Gêneros Fotojornalísticos
- Fotografia de notícia: são as mais comuns no fotojornalismo, estão
divididas em:

Spot News: fotografia de um evento inesperado


Ex: O evento de 11 de Setembro de 2001:

(http://multi-ideias.zip.net/images/onze.jpg)

Notícias em Geral: cobertura de eventos previstos.


Ex: Posse do Presidente americano Barack Obama:

(http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,16820809-FMM,00.jpg)

13
- Feature-Photos: fotografia jornalística que fala bastante a respeito
do assunto.
Ex: Visita do Papa Bento XVI ao Brasil:

(http://farm2.static.flickr.com/1140/720037058_99076e4653.jpg?v=0)

- Esportiva: é a fotografia jornalística que trata de eventos esportivos.


Ex: Jogo de futebol:

(http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona)

- Retrato: nesta categoria, a imagem mostra o personagem da


história, geralmente no ambiente da matéria. Ex: Entrevista com
Arnaldo Antunes pela revista Época:

14
(http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG75350-5856-435,00-
ENTREVISTA+COM+O+MUSICO+ARNALDO+ANTUNES.html)

- Ilustrações fotográficas: fotografia com objetivo de ilustrar o


conteúdo do texto.
Ex: Catálogo ou publicidade de turismo e consultoria de viagens, da
pirâmide Kukulcán no México:

(http://consultordeviagens.wordpress.com/2008/07/07/consultordeviagenscom-%E2%80%BA-
imagem-do-dia-mexico-a-piramide-kukulcan/)

- Histórias em fotografia: conjunto de fotografias estabelecendo uma


narrativa. Está dividida em:

Foto-ensaio: história contada partindo dum ponto de vista pessoal


individual.
Ex: Fotografias do Tibet por Marcos Prado:

15
(http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2024/imagens/i56828.jpg)

Foto-reportagem: a história é contada de forma imparcial, com fins


documentais.
Ex: Acidente de bicicleta durante uma chuva:

(http://www.bicodocorvo.com.br/wp-content/uploads/2009/04/acidente-de-bicicleta.jpg)

16
A Agência Magnum Photos

Magnum Photos é uma cooperativa fotográfica dirigida por seus


membros, fotógrafos de visão ímpar. Fundada em 1947 pelos
fotógrafos Robert Capa, David Seymour, Henri Cartier-Bresson, e
George Rodger, nas palavras de seu co-fundador, Henri Cartier-
Bresson a cooperativa é uma comunidade de reflexão, de qualidades
humanas partilhadas, de curiosidade sobre o que acontece no
mundo, de respeito pelo que está acontecendo e um desejo de
transcrever isso visualmente.

Sua fundação, dois anos após o fim da Segunda Guerra


Mundial, por fotógrafos que documentaram a guerra, criou uma das
primeiras agências administradas por seus membros, que detém
todos os direitos sobre suas fotografias. De vários países diferentes,
os fotógrafos da Magnum registraram boa parte dos acontecimentos
históricos do século XX.

A cooperativa conta hoje com um arquivo de mais de


quinhentas mil fotos, atualizado diariamente com trabalhos dos mais
diversos temas e de vários locais do mundo. Essas fotos estão
disponíveis aos seus usuários em diversos formatos através do site da
Magnum.

Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro famoso por publicar


grandes fotoreportagens sobre denúncia social, fez parte da Magnum
Photos até fundar sua própria agência em 1994.

17
Robert Capa. 1939 – A morte de um soldado legalista. Último dia da Guerra Civil da
Espanha.
(http://oldmanphotos.files.wordpress.com/2009/05/robert-capa.jpg)

18
Sebastião Ribeiro Salgado
É um fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente por seu
estilo único de fotografar. Nascido em Minas Gerais em 8 de fevereiro
de 1944. Um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade.
Nomeado como representante especial do UNICEF em 3 de abril de
2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas,
trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de
várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na
Europa e no continente americano.

Formado em economia pela Universidade de São Paulo,


trabalhou na Organização Internacional do Café em 1973, e trocou a
economia pela fotografia após viajar para a África levando
emprestada a câmera fotográfica de sua mulher, Lélia Wanick
Salgado. Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na
América Latina, foi publicado em 1986. Na sequencia, publicou Sahel:
O Homem em Pânico (também publicado em 1986), resultado de uma
longa colaboração de quinze meses com a ONG Médicos sem
Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele
concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o
mundo, publicada e exibida sob o nome Trabalhadores rurais, um feito
monumental que confirmou sua reputação como fotodocumentalista
de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o
fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que
resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em
2000 e aclamados internacionalmente.

Em 1981, Sebastião Salgado "estoura" no cenário mundial ao


ser o único fotógrafo a documentar a tentativa de assassinato do
então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, o que lhe
dá grande destaque internacional. Brasileiro, radicado na França,
Salgado é reconhecido mundialmente como um dos mestres da
fotografia documental contemporânea. Nos anos 80 e 90 publica
grandes fotorreportagens de denúncia social, em livros como Sahel:
l'Homme en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).
Quatro anos depois de ter sido publicado no exterior, o livro
Trabalhadores, começa a ser vendido no Brasil, na segunda semana
de março de 1997. A obra, que levou sete anos para ser realizada,
reúne 350 fotos de trabalhadores de várias partes do mundo em 400
páginas. Um mês depois, do mesmo ano, foi promovido no Espaço
Unibanco de Cinema, em São Paulo, o lançamento mundial do livro
Terra, com 109 fotos de trabalhadores rurais de várias partes do
Brasil. Além das fotos de Sebastião Salgado, o livro tem prefácio do
escritor português José Saramago e um CD com músicas inéditas do
compositor Chico Buarque. Os direitos autorais da edição brasileira
foram doados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.

19
Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto
que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas,
culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas
são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte,
migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras
estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…" Trabalhando
inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião
Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar
o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas
criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade
fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam
contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e
outras injustiças.

Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído


generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial
da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia
Internacional.Com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, apoia
atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária
em Minas Gerais. Em setembro de 2000, com o apoio das Nações
Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no
Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de
crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do
Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho
a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e
mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF,
Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias
fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar
um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório
dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre
o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em
um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando
uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.

Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e


recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do
mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a
sua própria agência de notícias, "a Imagens da Amazônia", que
representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia
Wanick Salgado vivem atualmente em Paris, autora do projecto
gráfico da maioria de seus livros.

20
Sebastião Salgado; Sem Terra
(http://reconvexo.files.wordpress.com/2009/04/semterrasebastiosalgadops3.jpg)

21
Referências:
- http://www.youtube.com/watch?v=V3jTJFsDK6g&NR=1 : João Bittar –
Curso de Fotojornalismo. Ímã Fotogaleria.

- http://www.youtube.com/watch?v=Hw-aFOJ-6fg : João Bittar -


Fotojornalismo

- http://www.youtube.com/watch?v=kOqF5RUdoyQ&feature=related :
Seminário de Fotojornalismo – Comportamento do Fotojornalismo na
Web – Mudança de suporte e tecnologia digital.

- http://www.youtube.com/watch?v=QOuS4dY8qgc&feature=related :
Caçadores de Luz – História de fotojornalismo

- http://bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-fotojornalismo.pdf :
Fotojornalismo - Uma introdução à história, às técnicas e à linguagem
da fotografia na imprensa; Autor: Jorge Pedro Sousa

- http://www.mirror.co.uk/news/latest/2008/11/04/pictures-great-daily-
mirror-us-presidential-election-front-pages-115875-20869654/ : Daily
Mirror Website – US Presidential election frontpages

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotojornalismo - Wikipédia:
Fotojornalismo

- http://fotocentimetro.wordpress.com/ - Blog Fotocentímetro

- http://www.magnumphotos.com/Archive/C.aspx?VP=XSpecific_MAG.AgencyHome_VPage&
pid=2K7O3R1VX08V – Magnum Photos Website

- http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografo-sebastiao-
salgado.html - Girafamania: Sebastião Salgado

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Salgado – Wikipédia:
Sebastião Salgado

- Press Photography – Reporting with a Camera; Rhode & McCall; The


MacMillan Company; 1961. (Nº Cadastro Biblioteca UnB: 778:07
R475p)

- El Foto-reportaje y su técnica; Nelson Marcos Garcia; Editorial


Oriente, Santiago de Cuba; 1987. (Nº Cadastro Biblioteca UnB: 77.044
M321f)

- Fotojornalismo; Evandro Leonardo Silva Teixeira; 2ª edição, 1988. (Nº


Cadastro Biblioteca UnB: 77.044 T266f2.ed.)

22
- Fotojornalismo (coletânea de fotografias publicadas na Folha de S.
Paulo entre 1983 e 1987); Folha de São Paulo. (Nº Cadastro Biblioteca
UnB: 77.044 F759j)

- Brasília, 25 anos de Fotojornalismo; Ivaldo Cavalcante; Secretaria da


Cultura do Distrito Federal – FAC 2005. (Nº Cadastro Biblioteca UnB:
77.044 (817.4) C376b)

- Retratos de Crianças do Êxodo; Sebastião Salgado; Companhia das


Letras, 2000. (Nº Cadastro Biblioteca UnB: 779 S164r)

- Trabalhadores – Uma arqueologia da era industrial; Sebastião


Salgado; Companhia das Letras, 1996. (Nº Cadastro Biblioteca UnB:
779:331 S164t)

23

You might also like