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A Bella Adormecida
- Tio Emmett, tio Emmett. – Nessie veio correndo até a mim. – Adivinha o que eu
ganhei do vovô Charlie?
- Hum… Vou dar dicas. – ela sorriu, com as mãozinhas atrás de suas costas. – É
bonito…
- Um pônei?
- Não! É colorido…
- Um arco-íris?
- Não. É quadrado…
- Seu pai? – eu perguntei. Ela me olhou com reprovação. Mas fazer o quê? Quadrado,
antiquado, “out”, todos estes eram sinônimos para o meu irmãozinho, Edward Cullen. –
Não sei o que é, então.
- Não! – ela disse, em sua doce voz fininha, me reprimindo. – E nos leva a ooooutro
mundo. – ela concluiu. Meus olhos brilharam
- O guarda-roupa de Nárnia?
- Não. Eu quero ler pra você! – ela disse. Exibida, eu pensei… Só podia ser filha de
Edward.
- Eu ouvi isso. – Edward gritou de algum lugar da casa. – Lembre-se, você está sob
regime semi aberto, Emmett. – ele me lembrou. Desde o episódio da última história de
dormir à Nessie, ele tem se comportado dessa forma. Demorou duas semanas para que
ele me devolvesse o resto do corpo… Agora está assim. Vai ficar de olho até ter certeza
que não vou influenciar negativamente a garota. Como se as outras companhias não
fizessem mal a ela. Fala sério…
Aos cuidados de Alice, a garota será uma patricinha fútil que vai torrar nossa fortuna
com roupas, sapatos e bebida. Ele não se queixe quando as fotos dela aparecerem pela
internet de lingerie e começar um reality show com Paris Hilton.
Aos cuidados de Jasper, ela se transformará numa eterna suicida frustrada por não
conseguir se matar, então vai ficar pelos cantos choramingando as dores do mundo
ouvindo Simple Plan. Pintará seu cabelo de preto, vai chamá-lo de “Papuxo” e andará
com uma lágrima desenhada no rosto… Sinistro.
Aos cuidados de Esme a menina vai virar uma daquelas pessoas compulsivas por
limpeza e mania de perfeição. Vai morar dentro de uma bolha para que as bactérias e
germes do ambiente não influenciem na sua respiração e ainda vai brigar com quem
estiver fora dela por ter mudado o objeto meio milímetro de lugar.
Aos cuidados de Carlisle, eu prefiro não falar, pois ele paga todas as minhas contas.
Aos cuidados de Rose… Bem… Acho que uma Rose no mundo já é mais que o
suficiente. Afinal, já temos El Niño, La Niña, Terremotos, Furacões e outros desastres
naturais. Fora que pouco tempo com Rose, a menina já é chantagista, imagine se fosse
criada por ela… Prefiro nem pensar.
Aos cuidados da mãe ela vai se tornar uma menina submissa ao namorado que fará
todas as vontades dele. Depois se ela aparecer grávida, ele também não reclame. E ao
que tudo indica, teremos um vampirinho meio humano que correrá atrás do rabo e
coçará suas pulgas.
Aos cuidados do cão… Pelo amor de Deus, a menina vai feder, levantar as pernas pra
fazer xixi, se coçar com o pé… Sinceramente, sobre o banho de língua eu não quero
nem falar.
Melhor que ela fique mais tempo comigo, oras… Afinal, eu sou um tio que dá amor…
Carinho… Assisto desenhos, coloco pra dormir, dou uma bazuca a ela de Natal. Mas
Bella tomou. Não se tira o doce da boca de uma criança. Muito menos armas de
artilharia pesada. Ela precisa aprender a se defender. Bazucas são mais eficientes que
Karatê.
- Tudo bem. – sentei no sofá. Ela sentou do meu lado e abriu o livro.
- “Era uma vez, num reino distante, um rei e uma rainha que foram agraciados com uma
linda filha chamada Aurora… … e então o príncipe Felipe a beijou e a despertou do
sono profundo de cem anos. E todos viveram felizes para sempre. Fim”. – ela disse,
fechando o livro. – E então, o que achou?
- Boa… Gostei muito das fadas, da parte de espetar o dedo em um fuso de uma roca.
- Sim.
- Então eu quero.
- Era uma vez, num reino distante chamado Forks, havia um rei que nas horas vagas era
chefe de polícia chamado Charlie. Charlie vivia com sua esposa, a rainha Renée. Todos
gostavam muito dele e todos foram chamados para comemorar o nascimento de sua
pequena filha, Isabella…
- É Bella! – a mesma gritou de algum lugar da casa. Caramba… Já sei de onde esta
criança tirou a mania de interromper.
- Tá… Bella. “Aí quando a princesa Bella nasceu, todos foram agraciá-la com presentes.
Ela recebeu a visita de três fadas: Esme, Alice e Rose. A primeira a agraciá-la foi Esme:
‘Você vai ser pura de coração, não verá maldade nas pessoas e será muito feliz’. A
segunda a dar o presente foi Alice. ‘Você será muito bonita e todos apreciarão a sua
beleza pálida e humana.’ ‘Eu não quero dar nada a ela’, a terceira fada gritou. ‘Rose,
não seja egoísta, dê um presente à menina’. Esme disse. ‘Ah bom… quem vai dar é
você ou sou eu? Dê outro a ela, se você quer tanto que ela ganhe mais presentes e…’ e
então, algo aconteceu.”
- Apareceu uma bruxa… Seu nome era Leah… – eu disse, ganhando um olhar de
reprovação de Nessie. – o que foi dessa vez?
- Você disse que não colocaria lobos nas histórias… Por que Leah entra e Jake não? –
ela perguntou.
- Por que na verdade Leah é uma bruxa que se disfarça de lobo. Isso é fato! – na
verdade, pensei na bruxa se chamar Victoria, mas Edward provavelmente acabaria com
a minha história…
- “Então, Leah ficou aborrecida, pois não havia sido chamada para a festa. ‘Porque eu
não fui chamada aqui?’ ‘Hããã, será por que você não é bem vinda?!’ Rose disse a ela,
enquanto lixava a sua unha em algum lugar no salão do castelo. A bruxa olhou para o
pequeno bebê deitado no berço, chegando mais perto. ‘Sério, alguém precisa trocar as
fraldas desta criança… Mas depois que eu der meu presentinho…’ ‘Até a bruxa vai dar
presente, Rose, não se sente incomodada com isso?’ Alice perguntou. ‘Silêncio. Dois
dias antes do seu décimo nono aniversário ela comerá uma maçã envenenada e
morrerá’. Ela disse, sumindo no meio da floresta, dando uma risada maléfica.”
- É que era estação das maçãs envenenadas em Forks… “ ‘O que vamos fazer?’ o rei
Charlie perguntou. ‘Você eu não sei, eu vou dar o fora daqui. Não agüento mais essa
chuva, esse verde. Esse povo com essa mente atrasada. Vou pular de bungee jump. Fui’.
A rainha Renée levantou e foi embora. ‘Não tema, Rei Charlie, Rose ainda tem um
presente para dar’. Alice o confortou, olhando para Rose. Um longo minuto silencioso
se fez, até que Rose levantou-se da cadeira, guardou sua lixa de unha e disse: ‘Tá… A
coisinha feia que está deitada no berço vai ser extremamente desastrada, sendo que
comerá a maçã envenenada, mas não morrerá… Encontrará em sua vida um destino tão
ruim quanto…’ ‘Rose?’ Esme disse espantada. ‘É o quê? Agora já foi, o presente já foi
dado.’ Ela disse, sentando na mesma cadeira de antes.
- Fada Alice, a sabichona, tinha um plano. ‘Se ela vier morar conosco durante um tempo
em nossa casa na floresta, poderemos tomar conta dela até seus dezenove anos… Vai
ser o máximo, vou poder fazer as unhas dela, trançar seus cabelos, arranjar apelidos,
trocar confidências, fazer teste de revistas…’Esme pigarreou, esperando que a sua
companheira se recompusesse. ‘Ah sim… Será seguro para ela. Ela vem conosco.’ ela
sugeriu. Rei Charlie não recusava nada à fada Alice e concordou. Então as três fadas,
contra a vontade de Rose, levaram a pequena humana para viver com elas.
- Em Nárnia… – eu disse.
- Por que não, é uma boa vizinhança. – Eu disse, pensando no quanto seria agradável ter
o Sr. Tumnus como vizinho… Aquelas patinhas de bode eram tão fofinhas!! E ele
preparava chá com bolinhos…
- Emmett, faunos não existem. – Edward gritou de algum lugar da casa. – Pare de
pensar em Sr. Tumnus.
Droga… Era mais legal imaginar minhas histórias sem Edward por perto…
- Voltando. “Algum tempo depois, nas proximidades de Nárnia, um rei, que nas horas
vagas era um médico e um vampiro vegetariano, tinha comprado uma propriedade. Seu
nome era Rei Carlisle e ele tinha um filho, o príncipe Edward. Esse, por sua vez, tinha
dois grandes amigos: seu fiel escudeiro, o forte e belo Emmett e seu cavalo cujo
comportamento era bipolar, Jasper”…
- Você prefere que ele seja uma das fadas? – eu questionei. – Não há muitos
personagens nessa história, se você não reparou… E vestir Jasper de mulher com
certeza não é uma imagem que eu quero pensar…
- E eu também não quero ver. – Edward disse. O clima começou a ficar melancólico.
Acho que Jasper ouviu que ninguém queria vê-lo vestido de mulher e se deprimiu. – Ah,
cara, não fica assim… Não foi por mal, é que a gente é casado e Alice é nossa irmã… –
Ouvi Edward consolando nosso querido irmão emo…
- Onde eu estava antes de ser interrompido? Ah, claro… “Preocupado com o seu filho
Edward, rei Carlisle promoveu um baile para que Edward conhecesse pessoas novas no
reino. Todas as garotas ficaram encantadas com o grande topete bronze do príncipe, sua
pele branca e seu olhar entediado, mas… Ele não havia se interessado por nenhuma.
Algumas vieram dançar com ele. Mas todas dançavam bem o suficiente… Nenhuma era
desastrada o bastante. O príncipe Edward logo se entediou de sua festa e resolveu ir
correr pelo bosque. Sua alegria era correr, então pediu para que o seu companheiro
Emmett preparasse o seu cavalo. No meio do caminho, o cavalo Jasper teve uma crise
existencial e resolveu que não seguiria mais. Então, Edward deixou seu cavalo no meio
do caminho com o seu belíssimo escudeiro e partiu bosque adentro. Ao chegar mais a
fundo, ouviu uma voz melodiosa vinda de algum lugar da floresta… Cantava como o
mais belo dos pássaros. Quando ele se aproximou, viu uma figura de longos cabelos,
com pele alva que cantava junto aos animais. ‘Minha senhora, que bela voz vem de
vossa graça. Posso saber o nome de tão excelente cantora? ’ ‘Meu caro senhor, me
chamo Tanya e’…”
- TANYA NÃO!!! – Nessie e Bella gritaram, cada uma de um lugar da casa e em total
sincronia. – Não me faça ir aí, Emmett. – Bella disse. Caramba, ela estava tendo lições
de estresse com Rosalie?
- E se Tanya não der em cima de ninguém, indo embora rapidinho, ela pode continuar?
- Ok. “ ‘Caro senhor, me chamo Tanya e moro longe, numa terra longínqua e fria.’
‘Tanya, não encontrei ninguém a quem pudesse desposar, sabe onde encontraria uma
donzela para que possa agradar meu pai e que seja de tal agradável companhia?’ ‘Meu
caro senhor, por mais que seja demasiadamente agradável aos meus olhos e suas
palavras adocem meus ouvidos, creio que a vida cuja estou habituada não me deixa ser a
primeira escolha para selar este contrato. Veja, eu tenho espírito livre, e sirvo para
jubilar os olhos e corações dos aldeões ao desnudar a minha cútis’.
- Que ela é uma piriguete… – Rose disse, passando pela sala, em direção da cozinha.
Droga, essas palavras não se ensina a uma criança. Ouvi Edward cochichar sobre o
vocabulário de Rose com Bella, mas esta não se manifestou a respeito.
- Obrigada tia Rose. Tio Emmett, por mais que meu vocabulário seja mais rico que o
seu, poderia falar em uma linguagem mais simplificada?
- Mas é assim que seu pai queixa uma garota. Linguagem antiga e cheia de “não-me-
toque”. Sua mãe ouviu tantas metáforas… Ele parecia àquele presidente brasileiro da
marolinha e…
- Está bem… Falarei mais claramente, tudo bem? “‘Mas sei onde poderá encontrar o
que procura. No meio da floresta mora uma menina de longos cabelos castanhos, pele
branca como areia, grandes olhos cor de chocolate. Seu nome eu não sei, mas é só
seguir o cheiro das flores’. Disse, enquanto saia em direção à aldeia. Príncipe Edward
seguiu em frente, sentindo o cheiro das flores. Ao chegar mais perto viu uma figura
frágil, sentada em uma cadeira de balanço usando um vestido rodado azul com babados
e All Star, lendo um livro antigo e chato”.
- Meus livros não são chatos… – Bella disse. Edward riu. – Pare com isso Edward, eles
não são…
- Emmett, por alguma motivo eu ainda não contei à minha filha a história do início do
meu relacionamento com o pai dela… Por favor, eu gostaria que ela ainda não soubesse.
– Bella disse, aparecendo de repente, sentando ao lado de Nessie.
- Tá… Sem leões, cordeiros, deslumbre, ilhas brasileiras com cabeceiras quebradas… –
eu disse, ganhando um olhar ameaçador de Bella. – Calma, estou só averiguando…
“Então o encanto foi recíproco. Bella e o príncipe decidiram se encontrar à noite, depois
que as suas protetoras estivessem dormindo, para que o príncipe pudesse fazer uma
serenata em homenagem à donzela. Mas aí aconteceu uma coisa improvável… Alguém
apareceu. Uma figura macabra, saída das profundezas das sombras para atormentar a
vida dos habitantes de Nárnia e Forks…”
- Quem, tio Emmett?- Nessie perguntou. Sua carinha estava surpresa e seus olhinhos
bem abertos.
- Você-sabe-quem…
- Lord Voldemort?
- Claro que não, Nessie, era só a Rose. Nossa… Depois que você leu Harry Potter, tudo
tem que girar ao redor disso. Já te disse, Harry Potter vicia, e tudo o que vicia não faz
bem. Você começa a ver coisas aonde não existem…
- Como o quê?
- Bem… Uma vez toda a família foi à Londres para ver o local onde Carlisle nasceu.
Estávamos na estação de trem e eu estava batucando com as minhas antigas baquetas.
Batuquei nas paredes, nas pilastras, nos trens, em Jasper, que estava chorando, mas isso
não vem ao caso… Acontece que isso irritou um pouco Edward. Então ele tomou uma
delas de mim, apontando-a para mim. – eu gargalhei. – Umas cinco garotas começaram
a gritar “Cedric, Cedric” na estação de trem. Nunca vi seu pai correr humanamente tão
rápido… – eu ri e Bella, ainda sentada ao lado de Nessie também.
- Pois é. Como se existisse qualquer semelhança entre Edward e aquele garoto… Puff,
que piada… Preocupante vai ser quando encontrarmos algum fã do Senhor dos Anéis…
Alice vai ter sérios problemas… Voltando a história. “Rose chegou enfurecida, deu um
olhar fulminante para Bella e entrou em casa. ‘O que houve com ela?’ Bella perguntou,
vendo que Alice e Esme estavam se aproximando. ‘Estávamos nos arredores de um
palácio, sete léguas depois de Andalásia, quando ela ouviu um espelho mágico falar que
uma tal de Branca de Neve era a menina mais bela do reino’. Esme disse. ‘Agora nós
vamos ter que controlá-la… Ela pretende ir até a casa dos anões mais tarde… Não vai
ser bonito… Por falar em bonito, como foi com o príncipe Edward?’ ‘Han, ele é um
príncipe? O nome dele é Edward?’ ‘Sim, e um vampiro. Você perguntou alguma coisa à
ele, Bella? Ou ficou deslumbrada demais?’”.
- Estava pensando mais em Pocahontas, mas sim… Pode ser. A bruxa estava na floresta
e fingiu ser amiga de Bella. “ ‘Qual o seu problema, minha criança?’ ‘Estou apaixonada
por um príncipe e vampiro, e não tenho nada a oferecer’. ‘Se quiser, posso ajudá-la.
Coma esta maçã, e você poderá tê-lo para sempre.’ ‘Não, obrigada, não gosto muito de
maçãs’. ‘Coma esta pêra, então, está suculenta e tem o mesmo efeito. ’ ‘Não, não,
também não sou muito fã de peras. ’ ‘Amoras? Ameixas? Melancia? Açaí? Ravióli de
cogumelos?’ ‘Hum, aceito o ravióli. ’ Então, Bella deu uma garfada no ravióli e caiu
deitada no chão. ’
- Vocês não entenderam? Ele estava envenenado. – Eu disse. Caramba, era tão óbvio.
Gostei de parecer mais inteligente do que Nessie, pelo menos uma vez, pra variar.
- Sem Harry Potter, Nessie. Talvez na próxima. Não, seu nome era Samuel.
- Talvez outro dia… “‘Leah, o que você fez com essa pobre humana, pálida e
desastrada?’ ‘ Nada demais, só fiz cumprir a minha profecia. E não foi fácil… Não há
muitos restaurantes de comida italiana envenenada pelas redondezas… ’ ‘ Você é má,
cruel e invejosa. Pra mim já chega. Vou-me embora e vou largar você.’ ‘ Como assim,
não, o quê? Vai me largar? Já tem outra?’ ‘ Sim… Emily’ ‘ Minha prima? Aquela que
parece ter feito figuração de O Chamado, pois o rosto dela está completamente
deformado? Você não pode fazer isso comigo! Não, não, não… Samuel… Samuel…?’
‘Vai ser como se eu nunca tivesse existiiiiiiiiido’ ele gritou de algum luar da floresta
enquanto a bruxa se desintegrou. ”
- Emmett… Emmett, não abuse da sorte. – Bella disse. –Edward está aqui pra
supervisionar você.
- E ele lá tem culpa do cara ter trocado a garota lá pela prima? Pelo menos Edward teve
a decência de te deixar pra te salvar… Impressão virou desculpa de tudo… De traição,
de pedofilia… E agora a gente tem que aturar o cachorro aqui… – Rose falou,
aparecendo na sala.
- A gente pode não tocar nesse assunto na frente de Renesmee? – Bella pediu.
- Oi gente, do que vocês estão falando? Não que eu já não saiba, é claro, Emmett está
contando uma historinha pra Nessie e é claro, há limitações desde a última vez que
Edward resolveu… – Alice chegou, tagarelando…
- CHEEEEEEGA! – uma voz fininha gritou. Renesmee, pela primeira vez em toda a sua
NÃO longa existência, se exaltou. – Mas será que vocês podem fazer o favor de ficarem
quietos. Todos vocês? – ela falou, colocando as pequenas mãos na cintura, franzindo a
testa. – Papai, você não vai brigar com tio Emmett. Mamãe, deixa ele terminar a
história. Tia Rose, nem mais um piu e tia Alice, senta aí e fica quieta.
Não sei se ela fez isso por amor ou por que queria ouvir o resto da história, mas aquilo
me emocionou.
- Bella, Renesmee é a única que deveria estar fazendo perguntas. Olha a idade dela e a
sua. Você não sente vergonha disso não? – eu perguntei.
- Emmett, pare de repetir o que Esme disse ontem pra você. – Alice disse, lembrando-
me da conversa do dia anterior sobre por que eu não podia jogar paintball dentro de
casa.
- Tá bom. “Aí, o belo escudeiro viu a beleza da fada Rose e se apaixonou por ela. O
cavalo, por sua vez, estava no canto, triste e melancólico quando viu a pequena fada de
cabelos escuros e lisos. Uma pequena rajada de vento bateu e caiu uma mecha da franja
nos olhos da fada Alice. Prontamente o cavalo se apaixonou pela pequena criatura. Fada
Esme foi até ao castelo avisar ao rei Carlisle que o príncipe estava na floresta, porém
nunca mais voltou. Passados 90 anos, a princesa Bella acordou. ‘Bella… Bella… Você
não sabe o quanto eu esperei por você. ’”
“Então, o príncipe Edward deu um beijo em sua prometida, mas como faltavam dois
dias para o aniversário da garota e ela havia ficado presa no corpo de uma pessoa de 18
anos por todos esses anos, ela prontamente se transformou em vampira. ‘Agora minha
profecia está completa.’ Rose disse. ‘ Não entendo… Como isso poderia ser pior que a
morte dela, como a bruxa Leah descreveu?’ Emmett, o bonitão, perguntou. ‘ Ela vai ter
que aturá-lo pelo resto de sua existência. ’ Rose disse, soltando uma gargalhada
maléfica. Então, todos os casais se encontraram com o rei chefe Swan, o rei Carslile e a,
agora rainha, fada Esme, estavam esperando juntamente com Sr. Tumnus e todos os
habitantes da floresta. Chamaram o rei das terras do norte de Nárnia, mas este não
apareceu pois ele é um leão e temeu por sua vida, já que vive numa montanha e o
príncipe Edward era famoso por suas caçadas à leões da montanha. Então Bella e
Edward foram felizes para sempre.”
- Hum… Entendo… Bom, obrigada pela história, tio Emmett. – ela disse, me dando um
beijinho. – Vamos mamãe, está na hora de caçar.
- Parabéns, Emmett, dessa vez quase não cometeu deslizes. – Bella me parabenizou.
Após todos me parabenizarem, eu fiquei sem ter o que fazer… Minha arma de paintball
estava carregada. Esme disse que eu não podia jogar dentro de casa, mas não falou nada
sobre não jogar dentro da garagem. . . . Não foi uma boa idéia ter colocado tinta para
carros…
Alice e Edward não gostaram de ver seus carros cheios de bolas cor-de-rosa. Meu jipe
ficou adorável. Rose, então, certificou-se que eu não apertaria o gatilho da arma: ela
arrancou meus dedos. Os das mãos e os dos pés, só por garantia.
Então, estou eu aqui, digitando com a língua. Continuarei lendo mais livros para poder
contar mais historinhas para Renesmee. Todos aqueles que a Rose trouxe eu já li, menos
o da capa preta. Quem é que quer ler sobre uma menina que se apaixona por um
vampiro? Como se isso realmente acontecesse na vida real. Se bem que eu acho que já li
algo a respeito ou vi um filme… Essa história soa familiar. Isabella e Edward, acho que
eu conheço duas pessoas com esse nome. . . . LEMBREI. Edward é o príncipe de
Encantada. Nossa, aquela música ficou na minha cabeça por séculos… Rose ficou
bastante irritada quando eu cantei “Como vou saber que você me ama, como vou saber
que eu sou seu?”… Ainda bem que não foi essa semana, ela arrancou minha língua e eu
não poderia escrever…
Autora: Julyte