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DIRETORIA DE ENSINO
CONFRONTOS NOTURNOS
2003
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Por estas razões, o assunto merece uma atenção especial, uma vez que
preparo técnico e tático do homem da lei tem uma importância fundamental para que
sua estrutura de defesa não seja comprometida.
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O PREPARO
Uma boa maneira de simular situações desse tipo, na hipótese de não haver
um estande fechado, ou mesmo se esse estande não oferecer possibilidades de
variar a intensidade da luz, é fazer com que o atirador use óculos similares àqueles
utilizados por nadadores e esquiadores, mas que já tenham muito tempo de uso –
riscados e avariados o suficiente para prejudicar a visão.
Sabe-se, por outro lado, que na quase totalidade dos confrontos noturnos,
sempre existirá algum resquício de luz e, por menor que seja, esse fator terá que ser
bem explorado.
Outros não pensam dessa forma e alguns, como Massad F. Ayoob, chegam
a duvidar da existência do tal tiro instintivo.
Este sim, segundo ele, é o instinto que mantemos para o resto de nossas
vidas. Nesse caso, é natural que no escuro olhemos diretamente para a fonte
emissora do barulho que captamos eventualmente.
Massad Ayoob sugere a posição isósceles torre como a mais indicada para
situações de pouca iluminação. Nessa posição, o atirador terá seus braços esticados
e numa altura entre o queixo e o peito; procurará travar o pescoço para que gire
junto com o tórax, conforme a necessidade de girar o corpo. Dessa forma, quando
for ouvido algum ruído e a cabeça virar-se automaticamente, sua arma repetirá o
movimento, simultaneamente. Essa técnica funciona bem, não se em situações de
fraca iluminação, já é difícil adotar posições que exijam a realização de muitos
movimentos coordenados, nas situações de extremo estresse.
Aliada a essa técnica proposta por Ayoob, é possível usar uma outra
denominada “Muzzle Flash”. Em termos bastante simples, essa técnica utiliza do
clarão produzido pela chama que sai do cano da arma, quando do disparo, para
iluminar as miras da arma. É como se alguém disparasse um rápido flash de luz à
frente do cano da arma.
A IMPORTÂNCIA DA LANTERNA
Uma análise rápida sobre as cinco técnicas mais empregadas nos Estados
Unidos: a primeira é a que foi desenvolvida por Mike Harries, um pioneiro em
treinamento para confrontos armados.
Essa é uma técnica que proporciona tiros precisos, porém tem algumas
desvantagens. A primeira delas é o recuo da arma não é devidamente controlado,
fazendo que as mãos se separem a cada tiro. Outro inconveniente é que dificilmente
deixa-se ambas as mãos paralelas e, nesse caso, a lanterna sempre ficará mais a
direita que as miras da arma (um problema quando se for atirar em longas
distâncias).
Na técnica que já foi utilizada pelo Federal Bureau of Investigation, e que por
isso recebe a denominação de método FBI, a lanterna de ser segura com o braço
esticado para o lado, à altura dos ombros e ligeiramente a frente de seu corpo,
fazendo que você ilumine o alvo e não seja iluminado por sua própria lanterna.
Seja qual for a técnica, vale lembrar a dos “três f” – flash, fire e flight (flash,
fogo e fuga), o que significa: iluminar o alvo, identificá-lo, atirar e mudar de posição o
mais rápido possível, tornando a repetir tudo novamente, se for o caso.
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CONCLUSÃO
ANEXO