Professional Documents
Culture Documents
MARÍLIA
2009
TRAVAGIN, Annelise Patrícia de Lima; CARRILHO, Larissa Chadi E Silva; CARDOSO,
Maria Elizabeth G. Pirolla; PEREIRA, Marcos Paulo dos Santos; KOBAYASHI, Ralfe Iuji. A
questão da qualidade do atendimento na instituição hospitalar. 2009. 27 f. Projeto de
Pesquisa do Curso de Especialização em Gestão de Projetos – Centro Universitário Eurípides
de Marília, Fundação de Ensino “Eurípides Soares da Rocha”, Marília, 2009.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4
2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 6
3 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 7
3.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................7
3.2 Objetivo Específico ..............................................................................................................7
4 METODOLOGIA ............................................................................................................................. 8
6. CRONOGRAMA ........................................................................................................................... 21
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 22
4
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
Esta pesquisa se classifica como sendo do tipo estudo de caso. O método do estudo
de caso é considerado um tipo de análise qualitativa. O estudo pode ser classificado como
exploratório, dado que busca “proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a
torná-lo mais explícito” (Gil, 1991).
Segundo Gil (1994 p.72), o estudo de caso “é caracterizado pelo estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permite o seu amplo e detalhado
conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos
considerados”. E ainda esclarece que o estudo de caso tem sido utilizado com uma freqüência
cada vez maior pelos pesquisadores, pois ele facilita explorar situações da vida real cujos
limites não estão claramente definidos; descrever a situação do contexto em que está sendo
feita determinada investigação; e explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em
situações complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos.
No presente estudo, o universo populacional foi definido com sendo os pacientes
atendidos pelos Hospitais Públicos do Município de Marília.
Para tanto, se faz necessária uma análise descritiva dos fenômenos envolvidos neste
processo e como os diversos fatores envolvidos nestes fenômenos contribuíram para a
ocorrência dos mesmos.
9
5. REVISÃO DA LITERATURA
O hospital como uma empresa prestadora de serviços vem passando por uma
rápida evolução tecnológica que atinge diretamente a todos os seus usuários.
Nesse processo surgiram os programas de gestão pela qualidade, que são
sistemas estruturados de forma a atender e superar as necessidades e
expectativas dos clientes, atraves de controle e aperfeiçoamento contínuo do
seu processo de trabalho. (SILVA. 2003. p. 111).
12
5.2.4 Emergência
5.3. Qualidade
para Oakland (1995, p.24) apud IPEA “Qualidade Total está preocupada em mover o foco do
controle para o interior do indivíduo, com o objetivo de torná-lo responsável pelo seu próprio
desempenho e motivá-lo a produzir qualidade”.
Essa concepção da qualidade, segundo Deming (1986) apud IPEA, mudou o foco do
controle da qualidade não só da produção final, para o controle da qualidade desde a
concepção, especificação do produto, incluindo os processos produtivos, o que implicou no
desenvolvimento de técnicas estatísticas e práticas organizacionais conhecidas como: just-in-
time, kanban, zero defeito.
Os trabalhos de Deming e Juran foram iniciados nos Estados Unidos, mas foi no
Japão que foram amplamente aplicados e difundidos a partir de 1950, a convite da JUSE –
União Japonesa de Cientistas e Engenheiros. O objetivo era contribuir com o
desenvolvimento do país após a segunda guerra mundial, dando início à realização de visitas,
palestras, seminários realizados por Deming e Juran. Seguiram-se cursos de treinamento,
formação de grupos de estudo, seminários, publicações periódicas para engenheiros, gerentes,
supervisores e a criação do prêmio Deming de qualidade, como incentivo às empresas e aos
trabalhadores participantes.
O movimento pela qualidade no Japão cresceu tanto que nas décadas de 60 e 70 os
integrantes das organizações em todos os níveis hierárquicos eram treinados e estimulados a
participar de grupos de estudo para estudar os problemas da qualidade e de promoverem a
melhoria contínua, denominados CCQ – Círculos de Controle da Qualidade, atingindo seu
ápice em 1983.
Esta situação levou à compreensão de que o controle da qualidade não era só do
departamento de qualidade, mas uma responsabilidade de todos os trabalhadores da
organização, caracterizando uma dimensão cultural e organizacional do conceito de
qualidade.
Essa evolução no conceito de qualidade, implicava na necessidade de uma nova
forma de gestão, exigindo mudanças de atitude e de comportamento em toda a organização, o
que promoveu mudanças culturais e organizacionais, especialmente no Japão.
Dessa abordagem, surge o CQT – Controle de Qualidade Total, que exerceu um
importante papel no aumento da produtividade e competitividade da indústria japonesa.
O mesmo não ocorreu no ocidente, Estados Unidos e Grã-Bretanha, por ter sido
implantado de forma isolada e não para promover mudanças culturais e organizacionais como
17
Foi a partir dos anos 80 que a qualidade dos serviços e o tema comportamento
humano despertaram maior interesse dos profissionais de marketing. Estes convenceram as
organizações de que é o cliente quem determina qual é o padrão de qualidade que almeja,
evidenciando a necessidade de se conhecer melhor seus desejos e expectativas; assim como
o desenvolvimento das pessoas para a produção/prestação dos bens e serviços.
A qualidade no atendimento evoluiu do foco no produto, do controle estatístico da
qualidade, para o foco no cliente e, atualmente para o foco do cliente, procurando superar
expectativas e antecipar soluções, com o objetivo de fidelizá-lo.
Para Moller (1997), o foco na qualidade em serviços acrescenta novas dimensões ao
desenvolvimento da qualidade, como a melhoria das relações interpessoais, o fortalecimento
das comunicações, a formação do espírito de equipe e a manutenção de padrões éticos
elevados. Assim, para que uma empresa consiga atender aos requisitos de qualidade na
produção de bens e/ou prestação de serviços, aqueles que os produzem ou prestam o serviço,
18
necessitam ter alto nível de qualidade pessoal. Nesse sentido, o desenvolvimento da qualidade
de uma organização deve começar pela busca do desenvolvimento das pessoas, identificando
a qualidade pessoal como a base de outros tipos de qualidade.
A qualidade em serviços é determinada por três fatores, segundo Lobos (1993), o
Desempenho, o Custo e Atendimento. O Desempenho está relacionado com a razão de ser da
prestação do serviço, enquanto o Atendimento aos aspectos referentes ao ato da prestação do
serviço e o Custo, com a satisfação pelo que se pagou pelo serviço.
Na área de Desempenho, a qualidade em serviços tem como dimensões: a Validade,
ou seja, o serviço deve corresponder a aquilo que se espera que seja, ou que se propôs a ser; a
Disponibilidade – o serviço deve estar à disposição dos clientes, conforme proposta; Precisão
– o serviço deve ser prestado conforme foi previsto, especialmente dentro dos parâmetros
médicos em uma cirurgia ou na culinária, com o cumprimento de horários de consultas
médicas ou no transporte, dentro de limites matemáticos ou nas ordens de compra e venda,
mesmo que virtualmente num primeiro momento; Rapidez – a rapidez no atendimento é uma
expectativa geral, exceto em serviços que produzem prazer e é desejada a continuidade;
respeito à norma - a obediência ao processo definido na prestação do serviço garante
legitimidade ao serviço, quer na contabilidade, no cartório ou no banco; mas deve-se atentar
ao excesso de burocracia; solução de problema – pela satisfação da expectativa do cliente;
confiabilidade – o serviço precisa ser competente ao longo do tempo.
O sucesso na prestação de um serviço médico depende de seu maior apoio em
algumas dimensões consideradas imprescindíveis como, por exemplo, disponibilidade,
rapidez e solução do problema e menos em outras, consideradas desejáveis. Para um juiz do
trabalho, as dimensões mais importantes poderiam ser a confiabilidade, o respeito à norma e a
solução de problema.
Para o fator Custo, Lobos (1995) apresentam as seguintes dimensões da qualidade:
acessibilidade – o custo do serviço é acessível à condição econômica do cliente;
competitividade – o custo é competitivo em relação ao mercado concorrente; justiça – o custo
é compatível com o serviço prestado; e custo de oportunidade.
Quanto ao fator Atendimento, às dimensões da qualidade indicadas por Lobos (1995)
são: disposição por servir – uma das mais importantes. É a inclinação para ajudar os clientes e
a lhes prestar um bom serviço; segurança – a garantia de que o filho recém-nascido não será
trocado no berçário do hospital. Envolve o conhecimento e a cortesia demonstrados pelos
colaboradores, gerando confiança; individualizar - tratar o cliente pelo nome e não pelo
19
paciente do leito 30 da ala F.; empatia – trata-se da aptidão para ler os sentimentos dos outros.
(Segundo Goleman (1999) – Trabalhando com a Inteligência Emocional) está no centro da
competência emocional e é fundamental no atendimento ao cliente e ao relacionamento
interpessoal; fazer acontecer – após a prática da empatia e da personalização é preciso prestar
um bom serviço; o toque humano – dispensar tratamento afetuoso e sincero ao cliente;
capacidade de recuperação – reconhecer os erros e transformar a insatisfação do cliente em
laço de lealdade, de fidelidade do cliente ao serviço.
6. CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. Cliente, eu não vivo sem você: o que você não pode deixar de saber sobre
qualidade em serviços e clientes. Salvador: Casa da Qualidade, 1995.
GOULART, Iris Barbosa; SAMPAIO, Jáder dos Reis (coord.). Qualidade de Vida, Saúde
Mental e Psicologia Social: estudos contemporâneos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
LOBOS, J. Encantando o Cliente: externo e interno. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro,
1993.
TURCHI, L. M. Qualidade Total: afinal, de que estamos falando?. Brasília: IPEA, 1997.
Disponível em: <http://desafios.ipea.gov.br/pub/td/1997/td_0459.pdf> Acesso em: 7 out. de
2009.
25
GLOSSÁRIO
Fornecedor: Entidade, pessoa ou setor que fornece insumos (produto, serviço ou informação)
ao processo em questão. Também os fornecedores podem ser externos ou internos.
ISO: Organização Internacional de Normalização fundada em Genebra, Suíça. É responsável
pela auditoria e publicação da ISO 9000.
Just-in-time (JIT): É a filosofia de produção voltada para a eliminação de desperdícios no
processo total de fabricação.
Líder: Pessoa capaz de influenciar outras a se dedicar inteiramente, em suas atribuições, à
satisfação dos clientes.
Missão: Razão de ser uma organização, que ajuda a explicitar também o negócio, os clientes,
os produtos ou serviços e mercados, orientando os esforços de todos na empresa.
Momentos da verdade: Momentos em que o cliente está em contato com a empresa e dela
está recebendo impressões sobre seus produtos, serviços, atendimento etc.
Não-qualidade: Requisitos, necessidades, desejos dos clientes que os produtos/serviços e
atendimento não estão conformes.
Oportunidades: Forças externas relacionadas favoravelmente à satisfação dos clientes.
Localizam-se em todo ambiente que interage com a empresa.
PDCA: Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir corretamente, conhecido como ciclo Deming
de qualidade.
Processo: Conjunto de atividades predeterminadas feitas para gerar produtos/serviços que
atendam às necessidades dos clientes/usuários. Para isso usa insumos de fornecedores.
Produto: Parte que cabe a alguém fazer de um serviço ou da confecção de um produto, que
após o seu término terá continuação com a próxima pessoa no processo de trabalho.
Qualidade: O que o cliente quer. Satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes.
Satisfação do cliente: Razão de ser de qualquer empresa ou processo. Atendimento aos
requisitos do cliente. Qualidade.
Seres Humanos: Denominação atualizada para os recursos humanos de uma empresa.
Colaboradores.
Tempo de Ciclo: Tempo em que um processo transforma entradas e saídas.
Time da Qualidade: Equipe de poucas pessoas (geralmente formada por um representante de
cada setor da empresa) encarregada de dar apoio à implantação, execução e continuidade do
Programa de Qualidade Total.
Visão de Futuro: Estado futuro, ambicioso e desejado de uma organização. Sua definição é
fundamental para o direcionamento estratégico da empresa.
27