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:\1INISTÉRIO PÚBLICO

DEPARTAMENTODE INVESTIGAÇÃOE ACÇÃO PENAL 5~é


DISTRITO JUDICIAL DE COIMBRA ::

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5.4. Ainda que não descartandoa hipótesede o doente estar a ser vítima de um

enfarteagudo do miocárdio, face à situaçãode comorbilidadesupra descrita,a arguida

solicitou,então, que o doentefosseobservadopela especialidadede medicina interna, o

quefoi feito pelo Dr. JoãoFilipe CordeiroPorto;esteclfnico observouo doentee anotouo


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seguinteno Diário Clínico:

"Apesarda Metoclopramida[Primperan]mantémvómitospersistentes"

tendoesteclínico colocadoa hipótesede, facea estapersistência,os vómitosestarema ser

causados
por uma obstruçãointestinal,razãopela qual pediu que ele fosseobservadopela

especialidade
de gastroentrologia
(tis.86).

5.5. Joãodos Santosfoi entãoobservadopor médico destaespecialidade(Dr. Miguel

LaranjeiraRodriguesAreia), que constatouque o doente estava "corado" e sem dor

abdominal,continuando,contudo, estea queixar-sede vómitos,massemperdasde sangue.

Esteclínico consultou,então, os resultadosdas análisesde sangue(tis. 64 e 65),

tendoverificadoque o valor da hemoglobinaera normale que o valor dasenzimascardíacas

eraelevado.

Ponderadosestes dados- por um lado, não havendo sinalde hemorragiae, por outro lado, um

padrãoenzimáticocompatívelcom enfarteagudodo miocárdio-, O médico concluiu que, por o doente

poder estar a ser vítima de situação cardfaca aguda, não era indicada a realização de um

uma endoscopia digestiva alta (examealtamenteinvasivo),pelo menos durante três dias, dado

que a situação de enfarte é uma contra-indicação para a sua realização.

Sugeriu, então, a continuação do tratamento com metoclopramida, três vezes por

dia, e a coloéação de sonda naso-gástrica em drenagem; o médico deu alta da sua

especialidade e ordenou o "regresso"do doente à especialidade de medicina interna para

continuar a ser estudado (tis. 86).

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