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História de um Gatinho 1

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História de um Gatinho

Era uma vez um gatinho muito pequenino, que vivia numa casinha de paredes brancas,
janelas pintadas de verde e um bonito jardim onde cresciam rosas e jasmins, girassóis e
tulipas.
Aquele gatinho era muito brincalhão e, todas as manhãs, ao levantar-se da sua
caminha, dava umas cambalhotas e pinotes, que lhe serviam de ginástica para deixar o corpo
ágil e flexível para o resto. Depois, ia à casa de banho e, como ele era um gatinho muito limpo
e reluzente, preparava-se para sair à rua.
Uma manhã, o gatinho saiu da sua linda casa de paredes brancas e telhado vermelho, e
dirigiu-se à praça, porque tinha que comprar pão, peixe, leite e... ah, sim! Umas belas
salsichas que tinha visto no dia antes. Tencionava preparar um bom petisco com elas.
E assim fez. Foi à praça, fez as suas compras, sem esquecer aquelas maravilhosas
salsichas e retomou o caminho de casa.
Mas, quando chegou a ela, e enquanto estava distraído, apareceu um pequeno ratinho
que lhe roubou da cesta aquilo que o gatinho mais estimava: as famosas salsichas. Assim, o
banquete passou para as mãos daquele ratinho tão esperto.
O gatinho perseguiu o rato por toda a casa dizendo-lhe:
- Ó senhor rato, dê-me as minhas salsichas! – mas o senhor rato corria mais do que ele
e ia-lhe sempre à frente, sem que o gatinho conseguisse deitar-lhe a mão.
Finalmente, enfiou por um buraco que havia na parede. O gatinho ficou à espera ao pé
do buraco, para dar o seu merecido àquele rato descarado quando saísse.
Mas o ratinho não voltou a sair. Ou, por outra, saiu, mas foi por outro buraco que
havia exactamente atrás do gato e afastou-se de ali sem fazer barulho, subiu para o sótão da
casa e, ali, comem tranquilamente as salsichas
Quando o gatinho se cansou de esperar que saísse aquele rato maroto, já se rinha
resignado a não comer salsichas e, visto que estava um lindo dia de sol e um céu azul, o nosso
gatinho saiu para o jardim e sentou-se sobre a erva-fina. Como era agradável estar ali!

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Catarina Alexandra Lopes Soares
História de um Gatinho 2
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Umas lindas borboletas, de cores brilhantes, aproximaram-se do gatinho, esvoaçando à


volta dele, e com as suas coloridas asas faziam-lhe cócegas, no bigode. Depois, passou perto
dele um caracol, que o cumprimentou:
- Um esplêndido dia, não é, senhor gato? Passe bem!
- Ò senhor caracol, não quer brincar um bocadinho comigo?
- Perguntou p gatinho.
- Tenho pena, mas não posso – respondeu o caracol. – Não me posso demorar, pois
estão à minha espera e vou com muita pressa.
O nosso gatinho despediu-se do senhor Caracol e, passado um bocado, apareceram
dois passarinhos, que não tinham qualquer impedimento para brincar com o gatinho.
Brincaram aos polícias e ladrões, andaram à roda e balouçaram-se nas flores e nas moitas
mais altas do jardim. Ao cair da tarde, sentaram-se para descansar e ouviram o caracol, que
por ali passava muito devagar, dizer:
- Não me posso entreter, vou com muita pressa, com muita pressa, porque estão à
minha espera.
- Depois, o gatinho, subiu para o telhado, todo vermelho, da sua branca
Casinha . Ali estavam à sua espera outros amigos, aos quais, o nosso gatinho, cumprimentou
levantando por cima da cabeça o lindo chapéu que usava e que causava admiração entre todos
os gatinhos da vizinhança.
E, todos juntos, passearam pelo telhado, porque vocês já sabem que os gatos gostam
muito de passear pelos telhados das casas. E, mais tarde quando a lua apareceu, todos juntos
cantaram:
A lua já saiu
E começa a brilhar.
Vamos lá para casa
Que ainda nos vão apanhar.

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Catarina Alexandra Lopes Soares
História de um Gatinho 3
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Para Pintares

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Catarina Alexandra Lopes Soares

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