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Uma associação civil é constituída por meio de uma assembléia geral de constituição. Uma
assembléia nada mais é do que uma reunião de pessoas para um determinado fim. Nesse
caso, a finalidade da assembléia é constituir uma associação.
Não há regra para a estrutura de administração a ser adotada pelas organizações. As ONGs
têm diferentes composições, com grande variação nas funções e respectivos poderes. Cada
organização deve avaliar o que é mais prático e coerente para a sua proposta e suas condições
específicas de atuação. A única obrigatoriedade é a existência de uma Assembléia Geral,
instância máxima da associação, que é privativamente competente para:
- eleger e destituir os administradores;
- aprovar as contas;
- alterar o estatuto.
Vale a pena procurar com antecedência o Registro Civil de Pessoas Jurídicas competente, para
apurar quais são os requisitos específicos de registro (por exemplo: quantidade de vias,
assinaturas obrigatórias, espécies de documentos a serem apresentados, necessidade de
reconhecimento de firmas etc.).
Quanto à regularização trabalhista, a organização, mesmo que não tenha empregados, deve
apresentar documentos e informações anuais (RAIS – Relação Anual de Informações Sociais e
GFIP – Guia do Fundo de Garantia e Informações à Previdência). Além disso, se quiser
contratar empregados, deverá (entre outras coisas) registrar-se no INSS – Instituto Nacional da
Seguridade Social. O espaço físico a ser utilizado como sede da associação também precisa
ser regularizado perante a Prefeitura.
Além dos registros obrigatórios, há também os registros facultativos, vinculados a certos títulos
e qualificações concedidos pelo poder público como por exemplo: (i) o registro no CNAS –
Conselho Nacional de Assistência Social; (ii) a obtenção das declarações de Utilidade Pública
(em âmbito federal, estadual e municipal); (iii) a obtenção do CEBAS – Certificado de Entidade
Beneficente de Assistência Social; e (iv) a qualificação como OSCIP – Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público.
Note-se: nenhum desses títulos e registros modifica a forma jurídica da ONG, que continuará a
ser uma associação civil ou uma fundação. De qualquer modo, a concessão de um título ou
registro normalmente exige que o Estatuto Social contenha algumas disposições específicas,
que podem variar de caso para caso.