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Departamento de Engenharia
Curso de Engenharia Civil
Disciplina de Saneamento Básico
2006
Universidade Católica de Goiás
Engenharia Civil – Saneamento Básico
S U M Á R I O
3. CO NCE IT O ______________________________________________________________________________7
4. DE FINIÇÃO _____________________________________________________________________________8
1. CO NCE IT O ____________________________________________________________________________34
5. E SG O TO S INDUS T RIAIS - E Q UIVAL E NTE PO PUL ACIO NAL DAS INDÚS T RIAS ___37
1. CO NCE IT O ____________________________________________________________________________44
Autor Professor João Bosco de Andrade
Colaboração Acadêmica Fernanda Posch Rios
3
Universidade Católica de Goiás
Engenharia Civil – Saneamento Básico
2. FINAL IDADE S _________________________________________________________________________44
1. CO NCE IT O ____________________________________________________________________________47
2 .1 . Locaç ão ___________________________________________________________________________58
2 .3 . R aspagem _________________________________________________________________________58
2 .4 . Escavaç ão _________________________________________________________________________58
Í N D I C E D E T A B E L A S
Tabel a 1 - P erí odo de det enção ( T ) em função da vazão afl uent e ( NC )----------------------------------8
Tabel a 2 - Cont ri bui ções uni t ári as de esgot os ( C ) e de lodo fresco ( Lf ) por t i po de prédi os e
de ocupant es ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10
Tabel a 3 - Tem po de P enet raç ão em F unção do Ti po de S ol o ---------------------------------------------------13
Tabel a 4 - Decl i vi dades mí ni m as, conform e os di âm et ros: -------------------------------------------------------21
Tabel a 5 - Dim ensões Mí nim as para Cham i né e B al ão de Poço de Vi si t a. ---------------------------------27
Tabel a 6 - Ti pos de grade e espaç am ent o ent re as barras ---------------------------------------------------------45
Tabel a 7 - Dim ensões das B arras ---------------------------------------------------------------------------------------------45
Tabel a 8 – Tem po de det enção e efi ci ênci a de rem oção de DB O em função da t em perat ura m édi a
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------54
Tabel a 9 - Taxas de apl i cação, Popul ação Equi val ent e e Tem pos de Det enção em Lagoas
F acul t at i vas -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------55
Í N D I C E D E F I G U R A S
F i gura 1 - Det al hes execut i vos de um a fossa sépt i ca pri sm át i ca ret angul ar de câm ar a úni ca -----11
F i gura 2 - Curva da capaci dade de absorção de um sol o -----------------------------------------------------------13
F i gura 3 - Det al hes const rut i vos do sum i douro ------------------------------------------------------------------------14
F i gura 4 - Esquem a com exi st ênci a de doi s sum i douros -----------------------------------------------------------15
F i gura 5 - Local i zação das redes col et oras ------------------------------------------------------------------------------18
F i gura 6 - Local i zação de i nt ercept ores em fundos de val e canal i zados ------------------------------------18
F i gura 7 - Local i zação de i nt ercept ores em fundos de val e t rat ados -----------------------------------------19
F i gura 8 - Ti po 1 de t raçado de col et ores --------------------------------------------------------------------------------22
F i gura 9 - Ti po 2 de t raçado de col et ores --------------------------------------------------------------------------------23
F i gura 10 - Ti po 3 de t raçado de col et ores ------------------------------------------------------------------------------24
F i gura 11 - P art es const i t ut i vas do si st em a convenci onal ---------------------------------------------------------25
F i gura 12 – Det al he do fundo do poço -------------------------------------------------------------------------------------26
F i gura 13 – Det al hes dos degraus do P .V. -------------------------------------------------------------------------------27
F i gura 14 - Model o de t am pão de fo fo para poço de vi si t a ------------------------------------------------------28
F i gura 15 - Det al he do t erm i nal de l i m peza TL ------------------------------------------------------------------------29
F i gura 16 - Poço de vi sit a em anéi s pré m ol dados --------------------------------------------------------------------30
F i gura 17 – P eça de t ransi ção em concret o arm ado ------------------------------------------------------------------30
F i gura 18 - Det al he da chegada do col et or ao P V --------------------------------------------------------------------31
F i gura 19 - P rofundi dades m ai s conveni ent es --------------------------------------------------------------------------32
F i gura 20 - Posi ção do col et or em prfi l -----------------------------------------------------------------------------------33
F i gura 21 - Com posi ção dos sól i dos nos esgot os ---------------------------------------------------------------------35
F i gura 22 - Esquem a Geral de sist em a de abast eci m ent o de água e t rat am ent o de esgot o ----------43
F i gura 23 - Desl ocam ent o das part í cul as no i nt eri or do desaren ador ----------------------------------------48
F i gura 24 - Det al he da cai xa de arei a de l i m peza m anual ---------------------------------------------------------49
F i gura 25 - Lagoa de est abi l i zação ------------------------------------------------------------------------------------------53
F i gura 26 - Det al he do di que: fol ga e coroam ent o -------------------------------------------------------------------60
F i gura 27 - Det al he do di que: li nha de i nfi lt ração -------------------------------------------------------------------60
F i gura 28 - Det al he do di que: berm a ---------------------------------------------------------------------------------------61
F i gura 29 - Det al he do di que: em prét i m o l at eral ----------------------------------------------------------------------62
F i gura 30 - Det al he do di que: desl ocam ent o do di que --------------------------------------------------------------62
F i gura 31 - Det al he do di que: val a cent ral -------------------------------------------------------------------------------63
F i gura 32 - Det al he do di que: dreno - fi lt ro -----------------------------------------------------------------------------64
F i gura 33 – Det al he do fi l t ro com m at eri al de granul om et ri a decres cent e ---------------------------------64
F i gura 34 - Laj e de pedras para prot eção dos t al udes cont ra i m pact o das ondas ------------------------65
F i gura 35 - Ent rada ti po subm erso hori zont al --------------------------------------------------------------------------66
F i gura 36 - Ent rada ti po subm erso com j at o por bai xo -------------------------------------------------------------66
F i gura 37 - Ent rada ti po subm erso com j at o para ci m a -------------------------------------------------------------67
F i gura 38 - Ent rada ti po est rut ura el evada -------------------------------------------------------------------------------67
F i gura 39 - Esquem a de saí da das l agoas ---------------------------------------------------------------------------------68
1. INTRODUÇÃO
A ausência, total ou parcial, de serviços públicos de esgotos nas áreas urbanas, suburbanas
e rurais exige a implantação de algum meio de disposição dos esgotos locais, com o objetivo de
evitar a contaminação do solo e da água. Em sua maioria, estas regiões são também desprovidas
de sistemas de abastecimento de água e utilizam poços como fonte de suprimento de água, razão
pela qual se exige extremo cuidado para não ocorrer a contaminação da água do subsolo, utilizada
para consumo.
A defasagem na implantação dos serviços públicos, em relação ao crescimento
populacional, principalmente nos países em desenvolvimento, permite prever que as soluções
individuais para o destino dos esgotos serão ampla e permanentemente adotadas.
A fossa séptica é uma solução técnica e econômica para dispor os esgotos de residências
isoladas.
2. HISTÓRICO
As fossas sépticas evoluíram a partir das fossas Mouras. Em 1860, Jean Louis Mouras
construiu um tanque de alvenaria, para o qual encaminhou, antes de destiná-los a um sumidouro,
os esgotos de uma habitação, na cidade de Vesoul, na França. Este tanque aberto, 12 anos mais
tarde, não apresentava acumulada a quantidade de sólidos para lá endereçada, em função da
redução apresentada no efluente líquido do tanque, em termos de teor de sólidos. Essa fossa foi
patenteada em 1881.
3. CONCEITO
5. FUNCIONAMENTO
7. DIMENSIONAMENTO
V = V1 + V2 + V3 , em que:
V V1 V2 V3
V ( N C T ) (0, 25 300 N L) (0,50 50 N L)
V N C T 100 N L
V N (C T 100 L )
1. Ocupantes permanentes
Hospitais leitos 250 1,00
Apartamentos pessoa 200 1,00
Residências pessoa 150 1,00
Escola – Internatos pessoa 150 1,00
Casas populares – rurais pessoa 120 1,00
Hotéis (sem cozinha e lavanderia) pessoa 120 1,00
Alojamentos temporários pessoa 80 1,00
2. Ocupantes temporários
Fábricas em geral operário 70 0,30
Escritórios pessoa 50 0,20
Edifícios públicos ou comerciais pessoa 50 0,20
Escolas – externatos pessoa 50 0,20
Restaurantes e similares refeição 25 0,10
Cinema, teatro e templos. lugar 2 0,02
Figura 1 - Detalhes executivos de uma fossa séptica prismática retangular de câmara única
9. SUMIDOUROS
20
VALA DE FILTRAÇÃO
VALA DE INFILTRAÇÃO
15
M I NUTOS
10
0
0 25 40 50 75 100 125 150 175 200
LITROS POR m 2 POR DIA
O diâmetro dos sumidouros varia de 1,5m a 1,8m. Como segurança, a área do fundo não
deve ser considerada pois o fundo logo ficará colmatado pelos sedimentos eventualmente contidos
nos efluentes das fossas sépticas.
Q
A ,emque :
Ci
O volume útil mínimo do sumidouro deverá ser igual ao volume da fossa contribuinte.
A área lateral das paredes é dada por:
AL D P
Assim é determinada a profundidade ( P ) necessária. O fundo do sumidouro deve estar no
mínimo a l,50m do nível do lençol freático. A distância mínima, entre sumidouros e poços rasos
(cisternas ), deve ser de 15m.
Deve-se reservar terreno para futuras ampliações.
1. INTRODUÇÃO
Em 1778, Joseph Bramah patenteou o vaso sanitário. Em 1847, 69 anos depois, não
havendo outro meio mais prático para dispor as águas imundas, os ingleses adotaram o transporte
daquelas águas em canalizações para o afastamento dos dejetos. Criou-se assim o sistema de
esgotamento com transporte hídrico. Com essa opção a água passou a ter uma dualidade de usos;
água limpa para o consumo e água suja para o afastamento das imundícies.
Na Europa foi autorizado o lançamento dessas águas servidas nas galerias de água pluvial,
criando-se assim o sistema unitário que prevalece ainda em Paris, (os esgotos sanitários e as águas
pluviais escoam pela mesma canalização).
Em 1879, o engenheiro George Waring Jr. concebeu o primeiro sistema coletor de esgotos
sanitários do tipo separador, para a cidade de Memphis Tennessee, após a epidemia de cólera que
assolou aquela cidade.
0,80 P q K1 K 2
Q (l / s ) ;
86400
Em que 0,80 é o coeficiente de retorno, uma vez que uma parcela da água utilizada não
retorna sob a forma de esgotos. Os demais parâmetros são idênticos aos utilizados no
dimensionamento da rede distribuidora de água.
A rede coletora de esgotos transporta também uma parcela de água que passa do subsolo
para os coletores - vazão de infiltração.
A vazão específica de dimensionamento dos coletores é dada por:
1
VC = 6 (9,8 RH) 2 , emque:
VC = velocidade crítica;
RH = raio hidráulico;
9,8 = valor da aceleração devida à gravidade.
)
10.1. Definição
Poço de visita é uma câmara visitável através de uma abertura existente na sua parte
superior, ao nível do terreno, destinado a permitir a reunião de dois ou mais trechos consecutivos
e a execução dos trabalhos de manutenção nos trechos a ele ligados.
Um poço de visita convencional possui dois compartimentos distintos que são a chaminé e
o balão, construídos de tal forma a permitir fácil entrada e saída do operador e espaço suficiente
para este operador executar as manobras necessárias à operação e manutenção.
O balão é o compartimento principal. Pode ter seção circular, quadrada ou retangular. No
balão se realizam todas as manobras internas, manuais ou mecânicas, na manutenção de cada
trecho. No seu piso encontram-se moldadas calhas de concordância entre as canalizações de
entrada e de saída.
A chaminé, pescoço ou tubo de descida consiste no conduto de ligação entre o balão e o
exterior.
Convencionalmente é iniciado num furo excêntrico feito na laje de
cobertura do balão e termina na superfície do terreno. O movimento de
entrada e saída dos operadores é feito com o uso de uma escada, de ligas
metálicas inoxidáveis, do tipo marinheiro, afixada de degrau em degrau
nas paredes do poço. Opcionalmente podem ser usadas escadas móveis, o
que conduz a maior economia.
O Terminal de Limpeza é recomendado para ser colocado na cabeceira das redes por serem
mais baratos que o PV.
Os poços de visita podem ser feitos com anéis pré-moldados de concreto. São os mais
comuns, principalmente para tubulações de saída de até 400 mm de diâmetro. São rapidamente
montados, daí a vantagem de sua utilização. Possuem seção circular. Podem ser feitos, ainda, em
concreto moldado no local, para canalizações de diâmetro superior a 400 mm.
Normalmente, apenas o balão é moldado no local . A chaminé sempre pode ser feita com o
uso de tubos pré-moldados. As seções quase sempre são quadradas ou retangulares.
É recomendável a construção de uma chaminé com altura mínima de 0,30m, para facilitar a
construção e a reposição da pavimentação das ruas.
Poços de alvenaria de tijolos só são feitos, quando não existem condições de se obter ou
confeccionar peças pré-moldadas no local da obra. As paredes terão espessuras mínimas de uma
vez, rejuntadas e revestidas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, com adição de
impermeabilizantes.
Devido à demora para ser executado, retardando a liberação da rua para o trânsito,
raramente o poço é feito com o emprego de tijolos.
b) profundidade máxima: deve-se ter em conta no projeto, não ultrapassar profundidades acima
de 4,50m.
c) profundidades mais convenientes: os valores médios deverão estar em torno de 1,50 a
2,50m.
A profundidade mínima deve ser estabelecida de modo a viabilizar a ligação de pelo menos
80% dos domicílios de uma rua.
h (m) = desnível entre o leito da rua e a tampa da caixa de inspeção mais próxima;
0,50m = profundidade da caixa de inspeção mais próxima;
0,02 (m/m) = declividade mínima para os ramais prediais;
L (m) = distância da caixa de inspeção mais próxima ao eixo do coletor;
0,30m = dimensão das peças de conexão do ramal predial ao coletor de esgoto;
D(m) = diâmetro do coletor;
e = espessura da parede do coletor
1. CONCEITO
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
2.1.2. Temperatura
A temperatura dos esgotos é, em geral, pouco superior a das águas de abastecimento em
virtude de se usar água aquecida nas residências em banhos e demais usos.
Em relação aos processos de tratamento sua influência ocorre da seguinte forma:
2.1.3. Odor
Há alguns odores bem característicos:
de mofo, razoavelmente suportável, típico do esgoto novo;
de ovos podres, típico do esgoto velho ou séptico, devido à formação do gás sulfídrico.
2.1.4. Cor
esgoto novo tem cor acinzentada. O esgoto velho tem cor escura.
2.1.5. Turbidez
A turbidez é devida aos sólidos em suspensão nos esgotos.
3. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
A quantidade de matéria orgânica presente nos esgotos pode ser identificada indiretamente
pela determinação em laboratório, da Demanda Bioquímica de Oxigênio, ou seja da quantidade
de oxigênio necessária para oxidar ou queimar a matéria orgânica dos esgotos.
No Brasil considera-se que cada pessoa contribua com 54 gramas de DBO por dia.
Normalmente os esgotos apresentam concentração de DBO variando de 180 a 360 mg/litro.
Exemplos:
contribuição de esgoto = 150 litros /hab./dia
54g/hab/dia
concentração de DBO = , o que resulta em 360 mg/litro;
150 l/hab/dia
contribuição de esgotos = 300 litros/hab./dia
54g/hab/dia
concentração de DBO = , resultando em 180 mg/litro.
300 l/hab/dia
4. CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
1. INTRODUÇÃO
2. OPERAÇÕES UNITÁRIAS
Os processos de tratamento são formados, em última análise, por uma série de operações
unitárias. Essas operações são empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para
transformá-las em outras de forma aceitável.
As mais importantes destas operações unitárias, empregadas nos sistemas de tratamento são:
trocas de gás - adição de oxigênio ou ar ao esgoto para criar ou manter condições
aeróbias, adição de gás cloro para eliminação de microrganismos;
gradeamento - operação pela qual os materiais flutuantes e em suspensão, que forem
maior em tamanho que as aberturas das grades, são retidos e removidos;
sedimentação - operação pela qual a capacidade de carreamento dos esgotos é
diminuída, permitindo que as partículas em suspensão se sedimentem pela ação da
gravidade. A diminuição da capacidade de carreamento é obtida com a diminuição da
velocidade dos esgotos. A areia, por exemplo, é removida desta forma;
3. PROCESSOS DE TRATAMENTO
Os fenômenos atuantes na formação dos esgotos sanitários deverão atuar, de modo inverso,
nos processos de tratamento. Assim se um esgoto é formado pela ação de agentes físicos, o
sistema de remoção destes agentes deverá ser um processo físico.
Em função destes fenômenos e da mesma forma que os poluentes contidos nos esgotos são
de natureza física, química e biológica, os processos de tratamentos podem ser classificados em:
físicos, químicos e biológicos.
Obviamente estes processos não atuam isoladamente; as transformações provocadas por
um determinado processo de tratamento influirão nos fenômenos inerentes aos demais processos.
1. CONCEITO
São considerados grosseiros os resíduos sólidos contidos nos esgotos sanitários e de fácil
retenção e remoção, através de operações físicas de gradeamento.
Este material é procedente do uso inadequado das instalações prediais, dos coletores
públicos e demais componentes do sistema de esgotamento sanitário. As conexões irregulares
nesse sistema, de efluentes pluviais e industriais, também contribuem para o agravamento dos
problemas nas operações de recalque, transporte, tratamento e disposição final nos corpos d’água
receptores, razão pela qual os sólidos grosseiros devem ser previamente removidos. A remoção é
realizada por unidades denominadas grades de barras.
2. FINALIDADES
A remoção dos sólidos grosseiros contidos nos esgotos tem as seguintes finalidades:
proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos nas suas diferentes fases, líquida e
sólida ( lodos ), tais como bombas, tubulações, transportadores e peças especiais;
proteção dos dispositivos de tratamento dos esgotos, tais como raspadores,
removedores, aeradores, bem como os dispositivos de entrada e de saída;
proteção dos corpos receptores, tanto no aspectos estético como nos regimes de fluxo e
de desempenho;
remoção parcial da carga poluidora, contribuindo para melhorar o desempenho das
unidades subseqüentes do tratamento e desinfecção.
A remoção de sólidos grosseiros tem, portanto, como finalidade fundamental
condicionar os esgotos para posterior tratamento ou lançamento no corpo receptor.
As grades podem ser instaladas verticalmente ou inclinadas. As grades médias e finas, com
limpeza manual, são instaladas com inclinações de 600 e as grosseiras com inclinações de 45º.
O material retido na grade deve ser removido tão rapidamente quanto possível; de modo a
evitar represamento dos esgotos no canal a montante e conseqüente elevação do nível e aumento
excessivo da velocidade do líquido entre as barras, provocado o arraste do material que se
pretende remover.
O material removido pode ser incinerado ( mais indicado do ponto de vista sanitário ) ou
disposto em aterro sanitário.
A velocidade de passagem entre as barras não deve ser muito elevada, a fim de não arrastar
o material previamente retido. Não deve, no entanto, ser muito baixa para não permitir o acúmulo
de material sedimentado no canal da grade. A velocidade pode variar de 0,60 m/s a 1,00 m/s.
4.3. Dimensionamento
Au at
S S Au em que:
E a
E = eficiência da grade
a = espaçamento entre as barras
t = espessura das barras
1. CONCEITO
3. CARACTERÍSTICAS
A remoção da areia é feita nas caixas de areia ou desarenadores, que realizam as seguintes
operações:
retenção da areia com características indesejáveis ao efluente ou ao corpo receptor;
armazenamento do material retido, durante períodos entre limpezas consecutivas;
L h
V1 eV2 emque :
t1 t2
V1 h L V2
L 22,5 h
5. DETALHES EXECUTIVOS
1. HISTÓRICO
2. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
Sobre estes fatores praticamente não se pode exercer qualquer ação visando modificá-los.
São fatores climáticos tais como:
evaporação – a evaporação altera a concentração de sólidos na lagoa;
precipitação pluviométrica – atua no sentido inverso da evaporação podendo provocar uma
diluição desfavorável ao processo, dependendo da duração e intensidade;
temperatura – é sem dúvida o fator mais atuante, uma vez que a temperatura apresenta um
relacionamento com outros fatores importantes como radiação solar, velocidade de fotossíntese,
velocidade de metabolismo dos organismos. A matéria orgânica é decomposta mais rapidamente
quando a temperatura é mais elevada;
ventos – têm importância na medida em que favorecem a homogeneização da massa líquida e
a formação de ondas, são importantes também para a oxigenação das lagoas;
5. PARÂMETROS DE INTERESSE
equilíbrio hidráulico:
Q A = vazão afluente
P = precipitações atmosféricas ou chuvas
Q E = vazão efluente
QA P QE E I E = evaporação
I = infiltração no solo
tempo de detenção – varia de acordo com a temperatura da região e com o tipo de lagoa;
formato – pode ter qualquer formato, mas deve-se evitar zonas mortas e os curtos - circuitos.
O formato mais interessante é o retangular.
54
Figura 25 - Lagoa de estabilização
Nas lagoas anaeróbias a estabilização ocorre sem o concurso de oxigênio dissolvido. São
os fenômenos de digestão ácida e de fermentação metânica que tomam parte do processo.
taxa de aplicação de carga orgânica varia de 50g de DBO/m 3 /dia a 100g de DBO/m 3 /dia
como mínimos e 400g de DBO/m 3 /dia como máxima;
profundidade – varia de 3,00 a 4,00 metros, sendo que profundidades de 4,50 metros são
também adotadas.
Exemplo – Dimensionar uma lagoa anaeróbia para tratar uma vazão de 3.500 m 3 /dia e DBO de
300 mg/litro. A temperatura média do mês mais frio é 20ºC, aceita-se uma remoção de DBO de
50%.
carga de DBO afluente – 1050 kg/dia ( 3.500 m 3 /dia x 300g/m 3 ) 300mg/litro = 300g/m 3 ;
taxa de aplicação = 75g de DBO/m 3 /dia;
volume da lagoa = 14.000m 3 ( 3.500m 3 /dia x 4 dias );
As lagoas facultativas se caracterizam por possuírem uma zona aeróbia superior em que os
mecanismos de estabilização da matéria orgânica são a oxidação aeróbia e a redução fotossintética
das algas e uma zona anaeróbia na camada de fundo, em que ocorrem os fenômenos típicos da
fermentação anaeróbia. A camada intermediária entre as duas zonas é dita facultativa, pois nela
pode ocorrer fenômenos característicos de qualquer uma das zonas retro enumeradas.
Nas lagoas facultativas ocorrem como um ciclo natural e contínuo as seguintes reações
biológicas:
oxidação da matéria orgânica carbonácea pelas bactérias;
nitrificação da matéria orgânica nitrogenada pelas bactérias;
oxigenação da camada superior das lagoas por meio da fotossíntese das algas;
redução da matéria orgânica carbonácea por bactérias anaeróbias no fundo da lagoa através da
fermentação anaeróbia, semelhante à da lagoa anaeróbia.
A população microbiana é muito maior próximo à entrada da lagoa, diminuindo em relação
à saída, mas o número de espécies aumenta com o grau de tratamento. Assim é possível que
apenas duas espécies estejam presentes em uma lagoa com elevada taxa de aplicação de carga
orgânica, enquanto mais de 15 espécies possam ser encontradas no final de uma série de lagoas de
maturação.
1. INTRODUÇÃO
2. FASES DE IMPLANTAÇÃO
2.2. Desmatamento
2.3. Raspagem
2.4. Escavação
Para melhor aderência dos diques e da camada do fundo com o solo escavado,
empregam-se tratores com arados apropriados para promover a escarificação do terreno.
Esta medida permitirá uma ligação íntima do solo com o material utilizado para o fundo
e o diques.
2.6. Terraplenagem
Quando a base do dique é argila mole ( terreno de brejo ), o peso do aterro pode
deslocar essa massa pastosa, a qual encontrando menos resistência do lodo de
empréstimo, pode atingir a região escavada aumentando o afundamento por recalque do
dique.
j) proteção contra erosão – a erosão provocada pelas águas pluviais pode ser evitada
pelo plantio de grama ou capim, os quais devem resistir às eventuais estiagens, e suas
raízes devem formar uma rede superficial protetora do talude sem penetrarem no
corpo do dique
k) proteção contra o choque das ondas – os ventos fortes provocam ondas, cujo
impacto acelera os efeitos eventuais da erosão.
Figura 34 - Laje de pedras para proteção dos taludes contra impacto das ondas
A presença de grama protege somente das pequenas ondas. Para as ondas maiores
este fenômeno pode ser evitado das seguintes maneiras:
selecionar a forma da lagoa durante o projeto, de modo que a menor dimensão
esteja voltada perpendicularmente à direção predominante do vento;
aplicar uma intensidade de compactação capaz de resistir aos impactos das
maiores ondas;
dispor uma camada de brita ou executar uma laje de concreto na zona de
ocorrência com 0,60m, sendo 0,30 m submerso;
instalar flutuantes e evitar a passagem de águas pluviais pelos taludes
l) materiais de construção – os diques devem ser construídos de terra, de preferência o
próprio terreno ocupado, devendo ter as seguintes características:
terra limpa, isenta de pedras e matéria orgânica ( turfa, galhos, folhas secas, etc. )
argila com um pouco de areia, a argila pura fendilha-se quando permanece seca,
durante alguns meses, e ao receber as primeiras chuvas permite fácil percolação
o material deve ser denso, fino, coeso e bem granulado.
3. DISPOSITIVOS DE ENTRADA
4. DISPOSITIVOS DE SAÍDA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS