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Duende-Verde ,
Introdução
Cannabis Sativa, esse é seu verdadeiro e cientifico nome, mas é mais conhecida por
marihuana, marijuana, maria, erva, cânhamo (os níveis de THC do cânhamo são muito
baixos), etc. è uma planta que cresce em estado selvagem em alguns lugares do
mundo, podendo aclimatar-se a praticamente qualquer sítio. E uma das primeiras
plantas conhecida, que o ser humano utilizou em seu próprio beneficio!
Adora o sol, quanto mais melhor, necessita um mínimo de 6 horas diárias para um
óptimo rendimento, mas pode viver sem sol, em um sítio completo de sombra, mas
diminuindo consideravelmente a produção, saindo uma planta pouco ramificada e que
faz mais prolongado o ciclo de floração, também sem sol nos irá sair mais machos.
A terra que melhor se adapta é aquela que tem melhor mistura quando estão em vasos
e argilosas quando estão em terra, são da família das urtigas, bem realmente são
da família do lúpulo, mas primas das urtigas, assim que se plantas em terra mãe
crescerão muito bem nas terras onde saiam estas matas.
A rega faz-se com agua em abundância, até que saia por debaixo dos vasos e
intercalando os tempos entre eles o mais possível para que as raízes se oxigenem
bem. Se estivessem em terra a rega será muito espaçosa, 1 vez por semana e incluso
menos. Como muito já que pode chegar a ser una planta de até 5 metros de altura,
pelo que se recomenda usar uma terra com algum abono de base, como humus de
minhoca, quando cultivamos em vazo com um fertilizante líquido misturado com a
água de rega. Quando mais necessitam este aditivo líquido é na fase de floração.
As características principais das Sativas são que tem a folhagem mais fina, tem um
crescimento alto sendo umas plantas pouco ramificadas, de cabeços finos e
compridos, tempo de floração de 2 a 3 meses, segue crescendo durante esta época,
odores cítricos e efeitos eufóricos. Nível de THC alto. Originária de climas
tropicais, de Ásia, África o América do Sul. As Indicas levam a contrária a das
Sativas em quase tudo, a folhagem é larga, costuma ser una planta pequena-mediana
e muito ramificada, cabeços grossos e curtos, tempo de floração é de 45 a 65 dias,
não costuma crescer durante este período, odores doces e efeitos relaxantes ou
narcóticos. Nível de THC média-alta. Originaria de climas temperados, Europa,
Sudeste Asiático. As Rudelaris, são plantas pequenas que aguentam muito bem as
baixas temperaturas e que florescem por idade, não por fotoperiodo como as
anteriores. São pouco produtivas e contem baixíssimos níveis de THC. Originaria de
climas muito frios, Rússia.
SEXO:
A Cannabis é uma planta dioica, quer dizer, existem plantas macho e plantas
fêmeas. O macho que não se costuma utilizar ”só em caso para criar sementes”, da
umas flores pequenitas que se irão juntando em conjuntos, formados por sépalos e
estambres, e que em redor de 1 mês desde que começam a sair, abrirão os seus
sépalos e soltaram ao vento o amarelento pólen.
A fêmea, que é a que cuidaremos até ao final, puis é ela a que da o fruto dos
nossos interesses, da os pistilos, cada um de eles formados pelo cáliz, o lugar
onde se criará a semente, e os estigmas dos pelitos em uma ponta, que normalmente
são brancos mas que podem tomar outras tonalidades como lilás, laranja, azulados,
etc. Estes pistilos formam-se em conjuntos, chamados coloquialmente cabeços. Os
estigmas são os encarregados de apanhar o pólen do macho e introduzi-lo dentro do
cáliz, onde se formará a semente. A não ser que queiramos conseguir uma sembra de
sementes e não de cabeços, beberíamos tirar os machos e deixar só as fêmeas, este
tipo de cultivo é denominado cultivo "sinsemilla", já que ao retirar os machos as
fêmeas não criaram sementes, só se concentraram em criar resina, que lês servirá
como defensa para os cabeços resguardados do frio, do calor e das pragas que
ficarão agarradas nela. Também produzirá mas pistilos o que fará que o cabeço
engorde mais.
Se tivéssemos deixado um macho com a fantástica ideia de criar o nosso próprio
cruze, veríamos que a planta fêmea uma vez polinizada se dedica a fabricar
sementes e mão produz tanta resina nem tão vigorosos cabeços como as anteriores.
Uma vez secado e extraídas as sementes, estes cabeços ficam em nada.
As bananitas, clamados assim por a similitude com a fruta do mesmo nome, são
flores machos que saem nos cabeços de algumas plantas, sobretudo em plantas que
pudessem sofrer algum maltrato, mas que normalmente não soltam pólen e o pouco que
solta só produziria umas poucas sementes.
CULTIVO:
A data ideal para plantar é na primavera, já que a planta crescerá durante esta
estação e parte da seguinte e começará a florescer justo antes de chegar o Outono
para ser apanhada antes do Inverno. Em climas temperados onde as temperaturas
mínimas não costumam descer de 10ºC. Pode plantar-se em qualquer estação, mas não
se verá realmente o seu crescimento fora de temporada. A planta crescerá durante
os dias compridos e florescerá quando os dias começarem a diminuir as horas de
luz. Quando plantamos no Inverno, que os dias são pequenos, a planta crescerá
durante um mês ou dois e florescerá automaticamente quando esteja preparada.
Germinação
A germinação não é tão difícil como muita gente pensa, só há que ter unas sementes
que não estejam más, e ter o meio de germinação no seu ponto de humidade, nem
encharcado, nem seco, se seguires os seguintes conselhos não terás problemas na
germinação.
Uma vez ao dia lhe deitaremos uma espreitadela para ver que tudo vai bem, e que a
agua não se condensa em excesso no tecto deixando o guardanapo seco, também para
ver se as sementes já abriram, evidentemente.
48 Horas depois uma das sementes começa a abrir-se, mas a deixaremos um bocado
mais. Há que ter em conta que há sementes que podem demorar até mais de 2 semanas
em abrir, mas que pelo geral abrem-se na primeira semana, se fosse o caso que
demorassem mais de 3 dias em abrir, para evitar que a agua de que está impregnado
o guardanapo se forme (fungos) e esse podre afecte a raiz nascente, deveremos
mudá-la por um guardanapo novo, já que a planta nascesse, poderia morrer por
fungos radiculares o alternaria.
Neste ponto já podemos muda-las para a terra, mas vamos a esperar umas horas mais
para ver a sua evolução.
6 Horas mais e é agora quando vamos muda-las.
Pegamos suavemente, com muito cuidado de não danificar a radícula, a parte mas
frágil.
Assim ficaria, apoiada no buraco, quase na superfície e com a raiz apontando para
baixo.
Cobrimo-la levemente para que não dê luz a radícula, já que uma exposição
prolongada a mataria.
1
E a continuação regaremos com muito cuidado de não afundar nem colocar a boiar a
semente. Vamos fazer aqui uma demonstração, a plantita 1 só será regada com água
os primeiros dias, suficiente para que saia e cresça bem, já que o pouco alimento
que necessita durante este tempo o tomará da terra; e a 2 vaie-se juntar um
estimulante radicular, para um crescimento mais rápido da raiz e por toda a
planta.
Não a colocaremos ao sol até que a planta não tenha saído da terra, mas sim a
iremos colocar num lugar muito iluminado ou debaixo de um fluorescente, com 18 ou
24 horas de luz estará fora em 1 o 2 dias.
Ao dia seguinte, a que foi regada com estimulante radicular, já está quase fora da
terra.
AGUA: è vital, sem ela nenhum ser vivo poderia sobreviver. A planta absorve a
través das raízes e deve ser administrada com regularidade e deixando espaços
entre as regas para que as raízes se oxigenem, uma rega continua sem deixar que a
terra se seque pode causar apodrecimento radicular, sobre todo nas épocas de mais
calor. A melhor forma de saber quando regar, se temos as plantas em vasos, é pelo
peso, já que uma terra recém regada pesa muito ao estar empapada de agua, mas
conforme vão passando os dias a terra vai perdendo peso, uma parte da agua está a
ser absorvida pelas raízes e outra parte está a secar, quando o peso reduz um
pouco mais da metade, do que pesava recém regada, é hora de voltar a colocar agua.
A terra vaie-se secando de cima para baixo, é por isto que a técnica que alguns
cultivadores usam de regar quando colocam o dedo na terra e o notam seco não está
boa, já que isto não diz que não siga tendo agua a partir dos 10cm de
profundidade. Quando a planta está na terra mãe em vez de estar em um vaso, a rega
é muito mais intercalado, ao principio quando a planta ainda é pequena as regas
são cada 3-5 dias, mas conforme vai crescendo e alargando as suas raízes, a
carência de rega pode ser de 1 vez à semana, incluso haverá muitos que regueis
menos, 1 vez cada 15 dias, mas o melhor é observar a planta e esperar a que nos a
peça, as folhas põem-se um pouco flácidas nas zonas altas quando a agua começa a
escassear. O PH da agua deve ser de 6'0 - 6'5 no máximo dos máximos 7 para uma boa
absorção dos nutrientes por parte da planta. Em quanto a EC, ainda que não é um
factor muito grande que há que ter em conta nos cultivos de terra, seria
interessante que não passasse de 0'5, o que, de o fazer, o converteria em agua
dura, com o que se aconselha em tal caso utilizar fertilizantes especiais para
aguas duras.
LUZ: a Cannabis é uma planta que necessita muita luz e de grande intensidade, quer
dizer, sol directo, indispensável para realizar correctamente a fotosíntesis,
processo mediante o qual as plantas captam e utilizam a energia da luz para
transformar a matéria inorgânica do seu meio externo em matéria orgânica que
utilizaram para o seu crescimento e desarrolho. A fotosíntesis divide-se em duas
fases. Na primeira ocorre em os tilacoides, em onde se capta a energia da luz e
esta é armazenada nas moléculas orgânicas simples (ATP y NADPH). A segunda a verá
no tema AR. A luz pode ser solar ou artificial, embora nem qualquer lâmpada serve,
as melhores são as lâmpadas de Alta Pressão de Sódio (HPS), para a floração (luz
vermelha ou amarela) e as de Halogéneos Metálicos (MH), para o crescimento (luz
azul “ou branca”). O excesso de sol, incluso em Agosto, nunca é mau para as
folhas, ramos ou cabeços, o mau é que esse excesso de sol afecte as raízes subindo
a temperatura do vaso e por tanto a de estas mesmas, com o risco de desidratação e
queimaduras. O mínimo diário de horas de sol directo que necessita a planta para
um correcto crescimento e uma boa e rápida floração é de 6 horas. Se tivéssemos
menos horas a planta tenderia uma separação entre os nós maior durante o
crescimento, assim no período de floração os cabeços se terminam de fazer mais
tarde, muito espaçados e pouco prensados.
AR: no cultivo exterior não devemos ter nenhum cuidado especial com ele, mas é bom
saber como o utiliza a planta, para compreender melhor o seu cultivo. A segunda
parte
da fotosíntesis tem lugar nos estomas, diminutos furos nas folhas, que recebem o
CO2 atmosférico para produzir hidratos de carbono e oxigeno e indirectamente o
resto das moléculas orgânicas que compõem os seres vivos (aminoácidos). Devido a
isto, os vegetais superiores são, junto aos outros organismos fotosintéticos, os
produtores primários na biosfera. As folhas realizam o intercâmbio de gases
(fotosíntesis e respiração) a través dos sus estomas aeríferos, pelo que
transpiram o vapor da água (evapotranspiração). A través dos estomas das folhas, a
planta absorve o dióxido de carbono, (CO2), da atmosfera, e expulsa o Oxigeno (O2)
procedente da fotólisis do H2O, processo incluido na fotosíntesis. Este oxigénio é
fundamental para a vida no nosso planeta.
O TRANSPLANTE
O transplante faz-se porque a planta ficou pequena no vaso onde a pusemos e está
na hora de a colocar num maior, por exemplo quando plantamos a semente numa
sementeira e passado o tempo, este fica pequeno, há que que fazer a mudança para
um maior. Esta mudança só é recomendável faze-lo durante a fase de crescimento já
que na fase de floração isto faria que a colheita se retardasse.
Primeiro devemos ter em conta que a terra onde está a planta esteja seca, já que
assim será mais fácil tira-la da sementeira, sem que as raízes se danifiquem,
devido a que a terra seca se compacta e sai como um bloco, coisa que não acontece
com a terra húmida que tem tendência em partir-se toda e poderia danificar as
raízes.
Tira-la da sementeira é muito fácil, com a terra compactada bastará dar-lhe um
leve empurrão na base da sementeira para que saia toda de uma peça. Não é
aconselhável utilizar vasos brancos de sementeira, já que permite a passagem de
luz e isso matará as raízes. Podeis observar a diferença entre o que tiramos da
sementeira preta, e este do vaso branco.
Seguindo com o transplante enchemos o fundo do novo vaso até uma altura
considerável, tendo em conta o que mede a planta a transplantar.
Pomos a planta no centro do vaso e temos em conta que as folhas inferiores devem
ficar como mínimo de 3-5 centímetros por encima da terra, para evitar futuros
fungos.
Em seguida enchemos com mais substrato, até que a planta fique firme, não é
recomendável apertar o carregar a terra já que se o fazemos as raízes receberão
menos oxigénio e tenderiam um crescimento mais lento.
E aqui está a planta no seu novo vaso, há que ter em conta que nos dias muito
calorosos não convêm fazer o transplante durante as horas de mais calor, é melhor
esperar ao anoitecer.
SEXO DAS PRÉ-FLORES
O sexo das pré-flores é a forma mas segura de ver o sexo das nossas plantas, há
formas mais rápidas, como forçar as plantas a florescer dando-lhe mais horas de
escuridão, mas está comprovado que algumas variedades sofrem hermafroditismo
usando esta técnica. Não poderemos apreciar as pré-flores até que as plantas
tenham uns 8 nós, aproximadamente 50 cm. de altura, embora sem sempre seja assim,
há variedades que se adiantam e outras que se atrasam. O sítio onde procurar as
pré-flores é na intersecção entre o talo principal e as ramas laterais, e sempre
na parte mais alta da planta.
Como podemos ver na foto esta planta ainda não está definido.
As X marcam o sítio onde deveremos procurar as pré-flores. A diferença entre as
pré-flores fêmeas e as pré-flores machos são que os machos deitam unas bolitas
diminutas e as fêmeas uma espécie de "corninho" com dois pelitos brancos na ponta,
quer dizer estes pelitos podem aparecer uns dias mais tarde que o "corninho".
Um macho florescendo e com flores abertas, estas flores já estão a soltar pólen.
Não há que tirar os machos do lado das plantas que ainda não se hajam definido
nada mais detecta-los, é melhor que os deixemos um tempo até que vejamos de que
sexo são o resto das plantas, ou ao menos não eliminá-los todos, já que ao notar
presença masculina as plantas que ainda no se hajam definido costumam sair fêmeas.
O macho não será problemático até que abra as flores, já que é neste momento
quando solta o pólen, para isso primeiro haverá um conjunto de bolitas que logo se
iram abrir. Desde que detectamos as pré-flores até que solta pólen podem passar
mais de 3 semanas, assim que não se ponham nervosos!!!.
Cortamos os clones da planta mãe e os deixamos unas horas na água, não tem porque
ser uma noite inteira, já que a única finalidade de isto é que se hidratem e para
isto bastaram unas horas.
Preparamos o sítio onde os ponderemos a enraizar, em este exemplo vamos a utilizar
lã de rocha, assim que colocaremos uns cubos, previamente empapados em agua, num
sementeiro dos pequenos e por sua vez este sementeiro o meteremos dentro de uma
estufa pequena, um propagador ou se quiser poupar, um Tupperware de esses de
plástico transparente.
Antes de colocar os clones temos de fazer uns buraquitos, não muito grossos para
que seja menos difícil introduzir a rama do clone, já que quando são ramas jovens
dobram-se com facilidade.
De uma rama como esta podem-se tirar até 5 clones, e aqui a prova!:
A seta vermelha assinala o clone, o risco azul indica por onde se vai cortar cada
clone.
E aqui um clone ao que vamos preparar para enraizar.
Cortamos as pontas de das folhas, para que no toquem o chão, o que causaria
apodrecimento, e para que a planta necessite menos agua.
Cortaremos também a folha inferior deixando só as da ponta, já que será por aqui
por onde a planta segue em frente. Pelo nó que amputamos saíram melhor as raízes.
Os colocaremos nas hormonas de enraizamento, em este caso é gel, mas também podes
utilizar liquidas ou em pó, mas cuidado com estas últimas, já que as vezes um
excesso pode fazer com que o clone não possa absorver água, por isso há que dar-
lhe umas cacetadas para tirar o pó em excesso, tanto nas de gel como nas líquidas,
este problema no existe.
Uma vez tenhamos postas as hormonas de enraizamento, colocaremos o clone na lã de
rocha, interessa que fique apertado para que não abane, pois se o clone se move as
raízes demoram mais em aparecer.
Para que as plantas tenham boa cor o fertilizante o colocaremos nas folhas, cada
3-4 dias será suficiente. Os melhores abonos foliares “para as folhas” para
aguentar o verde nas folhas dos clones são Alga Mic de BioBizz.
Uma semana depois alguns clones já estão enraizados, embora outros morreram.
Depois de estar aplicando abono foliar podeis observar que o verde das folhas é
agora más escuro que quando se cortaram da planta mãe.
A partir de aqui podemos colocar o clone no ambiente que queiramos, sem o tirar da
lã de rocha, “coco, terra, arlita” etc. Mas juntando sempre que se possa o
estimulante radicular, um dos que eu te recomendo é o da marca Green Hope.
¿¿¿ PODAR OU DOBRAR???
COMO PODAR:
As podas têm vários propósitos que a planta não ultrapasse certa altura para que
não seja tão chamativa “dar muito nas vistas”, estimular um crescimento lateral da
planta, orientar o crescimento e tirar uma maior produção.
Para realizar a primeira poda esperaremos ao menos até que a planta tenha 4 pares
de folhas.
Há que cortar o mais perto possível do nó que desejamos na planta, j que se
deixamos algum bocado na parte superior vai apodrecer e poderia fazer adoecer a
planta.
Como se pode apreciar o tronco está oco, costuma resistir muito bem as podas, mas
nunca é demais colocar cicatrizante nos cortes ou da nossa própria saliva “em caso
de não ter outra coisa”, que é um cicatrizante do mais económico.
Onde está a mão pode ver-se o primeiro dos cortes 1 mês depois e como a partir do
mesmo as ramas cresceram por todos lados.
Conforme a planta vai crescendo as ramas vão-se abrindo convertendo-a mais em um
arbusto frondoso com múltiplas pontas que nos dará mais que a típica forma de
arvore de natal que tomam as plantas sem poda com uma única ponta central.
É bom saber que se dobram melhor as Sativas por ter um talo mais flexível, que as
Indicas. Devemos dobrar quanto podamos sem forçar tanto como para que se parta o
talo.
Não devemos fazer um nó apertado para que quando cresça não trave o crescimento.
Com uma pedra ou similar, faremos a ancoragem. O primeiro dia dobraremos um pouco.
Nos próximos dias iremos baixando até a altura desejada, tendo o especial cuidado
para no parti-la.
Foto2
Foto3
Aqui podemos observar a diferença final entre uma planta de semente sem podar nem
dobrar (foto 1), uma planta de semente dobrada (foto 2) e uma planta de semente
podada (foto 3).
CARÊNCIAS - EXCESOS
Sintomas: Folhagem verde pálido e depois fica amarelo, estes sintomas apresentam-
se primeiro nas folhas grandes e baixas que fica murcha e ficam secas
prematuramente no fim caem, se a carência continua as folhas novas também
amarelecem e o seu pecíolo ficará comprido e extremamente fino.
Causas: a terra na que está a planta não tem nenhuma emenda orgânica que a
alimente de este elemento e não recebe nenhuma rega com fertilizantes. Prevenção:
Usar regularmente um fertilizante completo misturado com a água de rega.
FÓSFORO (P)
Sintomas: Aparecem primeiramente nas folhas periféricas e depois nas mais jovens,
o sintoma característico é cloroses em volta do limbo, posteriormente o entorno da
folha fica deteriorada, as folhas mais novas são pequenas. Afecta o rendimento por
uma diminuição do crescimento da raiz e menor quantidade de açúcar. Causas:
Deficiência no substrato, regas com fertilizantes baixos em potássio ou em baixas
doses, sobre todo no período de floração que é quando o mais necessita.
Sintomas: Observa-se uma clorose das folhas centrais, verde pálido seguido de um
branqueamento do limbo das folhas. Causas: PH alto. Deficiência do substrato.
Prevenção: Desce o pH até 6'5 ou menos e efectua fertilização com extractos de
ferro. Os estercos de cavalo, galinha e vaca são ricos em ferro. Submergir pregos
e parafusos de ferro em água para posteriormente regar com ela.
ENXOFRE (S)
BORO (B)
Sintomas: As folhas jovens da coroa enegrecem e morrem, a cara superior dos
pecíolos apresentam manchas castanhas com gretas transversais, a coroa parte-se e
apodrece em algumas ocasiões. Pode afectar gravemente o rendimento pelo
apodrecimento da a raiz e pela diminuição da quantidade de açúcar por rebentos.
Causas: pH elevado, seca, deficiência do substrato. Prevenção: Efectuar
fertilização com boro. Pulverização de produtos boratados desde o aparecimento de
dos primeiros sintomas.
MOLIBDÉNIO (Mb)
Sintomas: A deficiência por molibdénio não é muito comum. Começa amarelando as
folhas velhas e intermédias, desarrolhando cloroses internas em algumas, conforme
avança a carência as folhas enrolamse sobre si mesmas desde as margens, as folhas
terminam caindo e o crescimento para. Causas: Deficiência do substrato. Substrato
muito ácido. Prevenção: Efectuar fertilização com um abono completo.
ZINCO (Zn)
Sintomas: A carência de zinco é mais habitual do que pensamos, e começa como umas
riscas brancas nas folhas novas, dobram-se e arrogam-se, Para o crescimento e os
cabeços, quando falta em floração, ficam duros e secos. Causas: Substratos muito
alcalinos, deficiência do substrato. Prevenção: Efectuar fertilização
microelementos quelatados.
COBRE (Cu)
FALTA DE AR (Oxigénio)
Não costuma dar-se em exteriores, mas sim em interiores e estufas, a solução para
quando o ar falta nestes sítios é a colocação de um extractor para regenerar o ar.
A falta de oxigénio caracteriza-se por uma queda das pontas das folhas para baixo,
em forma de garra y necroses quando é muito severa. Corrige-se regenerando o ar
com extractores - intractores ou colocando as plantas ao exterior.
FERTILIZAÇÃO A MAIS
Quando a planta recebe mais nutrientes dos que pode suportar produz-se o excesso
de fertilização, embora normalmente o responsável de que isto se produza é o
Nitrogénio: Um excesso está caracterizado por uma cor verde-escuro nas folhas,
similar ao que têm as plantas de plástico: brilhante; ainda com queimaduras nas
pontas das folhas, retorcendo-se para abaixo. Um excesso grave, fará que as folhas
se queimem por completo e caíam, podendo chegar a matar a planta. A solução a este
problema é a lavagem, o que muitos chamam por "lavagem de raízes" e isto não é
mais do que regar a planta com 4 vezes a capacidade do vaso, isto é, se o vaso tem
5 litros de capacidade, deveremos lavar com ao menos 20 litros de agua, isto fará
que o excesso de abono vá desaparecendo, ao menos deveria ser assim. Uma vez feito
este processo, regaremos com um abono suave.
PRAGAS E FUNGOS
Aranha Vermelha
Mosca Branca
Pulga
Trip
Cochonilha
Larva
Outros inimigos
Fungos
ARANHA VERMELHA
Vaporiza sempre debaixo da folha para que a aplicação seja efectiva e não deixes
que a água que escorra penetre na terra onde está a planta.
Eliminação: O melhor para não ter problemas é a prevenção, regando cada 15 dias
com óleo de NEEM, mas isto nem sempre resulta, por isso e enquanto está em
crescimento podemos pulverizar com vários insecticidas de contacto para combate-
las, tais como Dicogreen, Rotenona ou Compo aranha vermelha. Muito importante em
estes casos pulverizar as folhas por debaixo, se não o fazemos assim não servirá
de nada. É importante destacar que se a praga nos invade finalizando a floração,
não convêm aplicar-lhe nada, como muito combate-la com agua até que façamos a
colheita, já que uma vez combatida a aranha acaba por se ir embora. É uma boa
ideia juntar-lhe cola na corda onde as ponderemos a secar essas plantas
infectadas, já que quando queiram ir para outras plantas ainda vivas, vão ficar
agarradas. Outra solução é utilizar BioKill, pulverizar as zonas afectadas,
cuidado se só pode ser aplicado até ao penúltimo mês antes da colheita!
Para os clones o melhor é fazer uma solução a base de água e dicogreen e pegando-
as pela base, submergindo-as nela sem molhar as raízes durante ao menos 10
segundos e para termos a certeza que o insecticida chega a todas as folhas, a
moveremos enquanto está baixo de agua.
Não confundir com as aranhas convencionais já que estas são predadoras de outros
insectos e por tanto, igual que salamandras, sardaniscas, joaninhas, mantis o
abelhas, entre outros, ajudam-nos a manter limpas as plantas.
Inimigos Naturais:
Mosca Branca
Reprodução: A reprodução realiza-se por ovos, que põem na parte inferior das
folhas, em uma quantidade aproximada de 180 a 200, de cor branco-amarelento e do
tamanho muito diminuto. Desde que põem os ovos até ao nascimento do indivíduo
transcorre um tempo de 20 a 24 horas. Passa por quatro estados larvais desde o ovo
ao adulto: 1º-A larva tem um tamanho de 0.25 mm. Esta larva fixa o seu aparato
bucal nos tecidos das plantas para nutrir-se deles. 2º-A larva já alcança um
tamanho aproximado de 0.4 mm e já se pode apreciar a aparição das patas. 3º-
Quando a larva tem um tamanho de 0.5 mm é de aspecto transparente. 4º- Aparecem
órgãos como os olhos e começa a aumentar em largura e tamanho. Após estes quatro
estados larvais a mosca branca mete-se a voar de imediato. A duração é de um mês
em estado larvário. Para o desarrolho total da mesma é necessário umas condições
adequadas. A mosca branca está prevista de um órgão bucal chupador com um
prolongado bico que ocasiona diversos estragos na plantação porque subtrai a savia
das plantas e desarrolha a fumígena.
Folha que sofre a picadura da mosca branca.
Inimigos Naturais:
PULGA
Características: A pulga tem diferentes cores, negro, amarelo, verde, com um
tamanho de 1 a 3 mm. As suas patas são compridas e finas, duas antenas e tem forma
de pêra. Vive na parte inferior das folhas e nos talos. Chega incluso a
desarrolhar um par de asas que servem para se deslocarem de uma planta a outra. A
pulga vive de forma massiva formando grandes colónias. As pulgas possuem um
aparato bucal do qual se prolonga um filamento comprido que serve para introduzir
no interior das células das folhas da planta.
Parte inferior de uma folha cheia de pulgas vivas de diferentes tamanhos (verde-
amarelado) e pulgas mortas (brancas)
Reprodução: Existe duas formas diferentes de reprodução nas pulgas, por ovos e de
forma sexual, onde as fêmeas, que não tenham sido previamente fecundadas, dão a
luz pequenas pulgas com forma de adulto. As pulgas têm uma capacidade elevada de
reprodução e em períodos muito curtos de tempo as plantas estão invadidas por
elas. Permanecem na planta na que nascem e após várias gerações criam umas asas
que lhes servem para passar de umas plantas a outras. A reprodução tem as sus
épocas, as fêmeas fecundadas costumam colocar os seus ovos onde passaram todo o
Inverno até chegar a primavera para nascer.
As formigas são como os pastores e das pulgas, já que estas soltam uma substancia
pegajosa que elas adoram, assim que as cuidam e as mudam de folha a folha
proporcionando-lhes o melhor alimento, igual como um pastor faz com o seu gado.
Inimigos Naturais:
Ovo
Proninfa
Ninfa
Pode-se detectar o trip pela sua picadura, na fotografia esta retocada para que se
pareça, a diferença com a da aranha vermelha por exemplo, é que a do trip aparece
sobre todos os bordes dos pecíolos (os dedos ou pontas das folhas).
Danifica: Em estado larval e adulto é quando se produzem os danos nas plantações.
Alimentam-se delas extraindo o sumo celular e sobre as folhas, flores e frutos
alimentando-se da capa externa celular, ocasionando-lhes necroses e termina por
morrer a planta. Os trips chupam as células das capas superficiais e quando estas
ficam vazias enchem-se de ar, dando o aspecto de cinzento prateado com algumas
pontas pretas (excrementos dos trips). Em definitiva estes insectos atacam todas
as partes da planta, talos, folhas, etc. que as deformam e diminuem o seu
crescimento. Também os trips são uns bons transmissores de vírus.
Trip adulto, outro em forma de larva e um ovo. Eliminação: Aos trips atraem-lhes a
cor azul, assim que para reduzir a sua propagação podemos colocar tiras adesivas
azuis perto das plantas, onde ficaram colados. Como sempre o óleo de neem e
Biokill como preventivo biológico, e se ainda está na fase de crescimento,
Dimegreen40, rotenona, sabão potássico ou BIOKILL.
Inimigos Naturais:
A chinche das flores pode eliminar a população dos trips em pouco tempo. Não é
Amblyseius Amblyseius difícil vê-los andando sobre as folhas com um Cucumeris é um
Degenerans. outro eficaz trip picado no rosto. pequeno ácaro que predador dos
trips. O Orius Majusculus é uma espécie nortese alimenta de trips. europeia que se
alimenta também com outros insectos e com savia da planta.
MOSCA MINADORA:
CARACTERÍSTICAS: A mosca minadora é uma mosca pequena cuja longitude varia entre
0.4 - 0.5 mm, de coloração café a verde oliva. Vive no interior das folhas
realizando uma série de galerias, que acaba destruindo-as por completo. Também
efectua minas no interior dos novos talos. Uma vez a larva sai do ovo começa a
penetrar ou a minar a lâmina das folhas. A larva pode alimentar-se na mesma folha
onde se encontrava a crescer e criar uma nova mina. O tempo que transcorre de ovo
a adulto é aproximadamente 2 semanas a temperaturas de 29-32 grados centígrados.
Ovo
Larva
Pupa
Adulto
Folha afectada pela mosca minadora, pode ver-se claramente os caminhos que faz no
seu interior.
Danifica: Os danos são produzidos pelas larvas que se alimentam dos tecidos das
folhas jovens e tenras escavando galerias dentro delas, deixando só por cima a
cutícula da folha. A folha acaba destruindo-se, curvando-se e a cutícula acaba por
ficar preta. Embora as folhas fiquem destruídas por estas moscas minadoras a
colheita não se vê tão afectada. Se as condiciones climáticas forem boas (altas
temperaturas) a mosca minadora incrementa mais a sua actividade destrutora nas
folhas. A acção da mosca minadora provoca uma elevada perda de massa foliar,
reduzindo a capacidade fotosintética da planta o que produz a perda de vigor da
mesma.
Eliminação: Como com as anteriores pragas também com a mosca minadora funciona o
óleo de neem como preventivo tanto como o BIOKILL, e se a praga já está na planta
colocar rotenona e dimegreen40 funciona bastante bem, mas lembra-te, estes dois
últimos produtos só são recomendáveis para a fase de crescimento, não na fase de
floração. Remédio Caseiro: Misturar 1 litro de água com uns poucos cigarros e
deixar repousar durante a noite, depois coloca-lo pulverizado por toda a planta,
depois tirar qualquer folha que esteja comida ou “minada”. Passado 1 semana voltar
a fazer o mesmo processo.
Inimigos Naturais:
CARACTERISTICAS: Os mosquitos adultos com asas são de cor cinza ou preto, medem de
2 a 4 milímetros e têm as patas compridas. Procura-os na base das plantas. Adoram
os ambientes húmidos e escuros como a lã de rocha ou a plantação hidropónica,
também sobre a terra molhada. Voam muito lentos e costumam estar andando sobre o
substrato húmido.
Larva no substrato.
Reprodução: As fêmeas adultas podem chegar a por até 200 ovos semanais,
normalmente no substrato húmido, onde nascem em forma de larva e alimentam-se até
que estão fortes e mudam a sua morfologia para sair voando até as partes aéreas
das plantas.
Danifica: Os danos desta praga são causados principalmente no seu estado de larva,
que alimentam-se dos pelos radiculares, assim evitam que a planta se possa
alimentar e depois estas raízes infectam-se de fungos, com o qual ficam inúteis, é
uma das pragas mais difíceis.
Eliminação: Para eliminar as larvas do substrato o melhor é utilizar oleo de neem
por borrifadas, as eliminaremos por completo. Para que não se estabeleçam no nosso
cultivo uma solução é cobrir a terra dos vasos com vermiculita, fazendo-o as
moscas adultas não depositaram os seus ovos. Sempre existe o famoso BIOKILL ☺
Inimigos Naturais:
COCHONILHA
Reprodução: Uma fêmea põe de 300 a 500 ovos em uma bolsa de fibra cerosa. Depois
de estar colocada, dura de 5 a 10 dias, a fêmea morre. As cochonilhas jovens, que
são muito moveis, dispersam-se para encontrar um lugar adequado de alimentação e
começam a absorver savia da planta. Há 3 estados de ninfas. A longitude do ciclo
de vida depende da temperatura e dura 90 dias a 18 °C e 30 dias a 30 °C.
Inimigos Naturais:
Adoxophyes Orana
Clepsis Spectrana
Cacoecimorpha Pronubana
Fêmeas
Machos
Varias borboletas que antes foram larvas e cujos descendentes também o serão.
Reprodução: As fêmeas costumam por os seus ovos na parte inferior das folhas , na
parte baixa da mesma, mais perto do substrato. Ao abrir-se o ovo sai a larva dele
e começa os seus primeiros ataques ao cultivo. Costuma ter uma vida em estado de
gusano de 12 a 28 dias. Ao alcançar o pleno desarrolho, muda-se para o substrato e
fabrica as suas galerias no terreno, ficando em estado de pupa da qual sairá dela
o adulto já formado. Em estado de pupa a casca verde, permanece uns 10 a 18 dias.
Larva devorando uma folha, só deixa os nervos, a parte más dura.
As vespas são carnívoras e adoram as larvas, é fácil ver como as levam dos
cabeços.
OUTROS INIMIGOS:
Há outros inimigos do Cannabis que não costumam chegar em forma de praga mas que
podem ser tão destrutivos e incluso mais, que os anteriormente mencionados neste
guia, já que algum pode fazer desaparecer a planta como os pássaros, cuidado com
colocar plantas pequenas em sitio onde haja pássaros porque não duvidaram em
aproximar-se e arranca-las de raiz para come-las.
Os gatos e cães, aos que os encanta comer erva para purgar-se e vomitar as
indigestas bolas de pelos que engolem ao limpar-se, são também uns amantes da
"marijuana", adoram muito comer as folhas tenras e jovens, pode chegar a deixar-
nos o talo pelado. Para evita-lo colocar relva ou erva natural num vaso para que a
comam e não a nossa. Outra solução é cercar, com cactos as plantas para que não
possam chegar até elas. Os machos dos gatos, que costumam urinar para marcar o
território, também danificaram a planta queimando-a se urinarem em cima dela.
Estes cabrões sim que podem chegar como praga, mas não costuma ser assim, quando
nos chegam fazem-no especímenes soltos. Alimentam-se das folhas e talos mais
jovens, comem o talo de uma rama pela metade, toda essa metade até a ponta secará,
já que normalmente os talos que escolhem são tão finos que podem partir-se. A
forma de livrar-se deles é supervisionando diariamente das plantas e quando os
vires mata-os, se tens um cão de certeza que ele te ajudará nessa tarefa.
Os caracóis e lesmas, mais os primeiros, sobem á planta, sobre todo em primavera e
depois de uns dias de chuva, alimentamse das folhas deixando-as só com os nervos,
podem ser uma praga muito perigosa para as plantas pequenas ou com poucas folhas.
Um veneno rodeando os vasos pode funcionar bastante bem. Senão BIOKILL. ☺
FUNGOS
Os fungos que podem atacar a Cannabis são Mildiu, Botritis, Alternaria, Mofo
Fuliginoso, Apodrecimento Radicular e fusarium, entre outros, aqui deixamos os sus
dados para que saibas reconhece-los:
BOTRITIS Sintomas: Também chamado mofo cinzento, devido a que forma uma espécie de
pelo de cor acinzentado, embora também pode ser banca, verde ou castanho. È um
fungo que produz apodrecimento na base dos talos, em brotos, em folhas, em flores
e em frutos. Na marijuana formam-se principalmente nos cabeços, sobre todo quando
estes são muito densos e condensam muita humidade. As temperaturas de 15-20ºC são
ideais para a sua propagação, embora o que mais influi é a humidade alta superior
a 50-60%. Os cabeços afectados cheiram a cogumelos. Controlo: Os tratamentos devem
ser preventivos, uma vez que o fungo entra no cabeço há que amputar a parte
afectada, tendo especial cuidado para que as esporas não cheguem até aos cabeços
sãos. É fundamental retirar os restos de cultivo e de plantas afectadas pela
doença. Limpa as ferramentas de poda. Coloca os vasos num lugar mais ventilado.
Nas estufas ventilam e impede ol excesso de humidade. Causas: Uma humidade por
cima dos 60% e uns cabeços grossos e prensados, junto a uma má ventilação fará que
apareça. Também é frequente que entrem pelas feridas, sobretudo pelas produzidas
pelas larvas que atacam os cabeços ao final do verão.
MILDIU
Controlo: Se apreciam sintomas pode-se aplicar um fungicida, mas para que seja
eficaz deve fazer-se 1 ou 2 dias desde a penetração do fungo, mas se o observamos
em alguma das nossas plantas deveremos tratar a todas as outras imediatamente.
Para prever quando se pode apresentar o Mildiu, há que dizer que só se desarrolha
em dias de muita humidade, com pouco vento e nuvens. Isto quer dizer que não há
perigo quando faz sol e vento e as folhas estejam secas. Para que germinem as
esporas é imprescindível que se dê calor (uma temperatura em torno dos 24ºC) e ao
memo tempo que a planta esteja molhada ao menos 10 horas. Regas, chuvas, névoas
seguidos por dias calorosos são as condições óptimas.
FUSARIUM
Controlo: Efectuar uma rega com Desogerme Cobre, embora actua melhor quando se usa
como preventivo e não como remédio para uma doença já existente.
ALTERNARIA
Sintomas: Fungo que costuma ser mortal quando ataca as plantas recém germinadas,
uma rega excessiva nos primeiros dias de vida da planta pode fazer que provoque um
estreitamento e escurecimento do talo, branco e muito frágil até este momento, O
que interromperá a chegada de comida desde as raízes até as partes altas causando
a morte. Causas: É frequente encontra-lo em terras não esterilizadas, por isso é
conveniente para a germinação usar sempre terras novas ou esterilizadas por nós
mesmos. As sus esporas podem encontrar-se também na água de rega e incluso no ar.
Sintomas: As raízes passam do seu típico cor branco a uma cor beije e irá
continuar a ficar cada vez mais castanha. As folhas ficam amarelas e o crescimento
para. Chegado o momento as raízes deixam de absorver comida e a planta se fica
flácida como quando lhes falta água. Causas: Excesso de rega ou encharcamentos. É
muito normal em Julho e Agosto já que a rega diária somada as altas temperaturas
são um óptimo ambiente para o apodrecimento. Controlo: Efectuar regas preventivas
com Desogerme Cobre. Um controlo das regas e uma diminuição da temperatura do vaso
será mais difícil que apareça.
MOFO FULIGINOSO E VÍRUS
Sintomas: Entra-nos uma praga de afidos ou mosca branca. As folhas ficam primeiro
pegajosas, pelas substâncias viscosas que desprende a praga, depois ficam negras,
apodrecem e caem. Causas: As feridas das picaduras dos afidos e os seus
excrementos fazem que apareça.
Controlo: Elimina as pragas e as folhas mais afectadas. Limpa as folhas com sabão
potássico.
FLORAÇÃO
A fase de floração começa quando ficam mais curtos os dias e prolongam as noites,
no hemisfério norte, o 21 de Junho é o dia mas prolongado do ano, duas ou três
semanas depois deste dia, notaremos que as noites são cada vez mais prolongadas, e
diminuem as horas de luz, as plantas também o notaram iniciando a floração. As
primeiras em fazelo serão as variedades Indicas, enquanto as Sativas podem começar
incluso em Setembro, como ocorre com algumas variedades Haze. Há que dizer que os
tempos de inicio de floração são diferentes dependendo da latitude na que nos
encontremos.
É muito importante que durante esta fase as noites sejam completamente a escuras,
quer dizer, não deve haver perto nenhum poste de luz “outdoor”, se for em um
“indoor” n pode haver nenhuma frecha de luz durante as horas de noite ou a
floração atrasa-se, e os cabeços ficaram mais compridos dando uma menor produção.
Um truque para saber se a luz nocturna da zona pode ou não interferir na floração
é quando conseguimos ler com normalidade, neste caso há demasiada luz. Uma última
coisa, a luz da lua cheia não afecta este aspecto.
Espero que tenhas aprendido na zona do Sexo das pré-flores como diferenciar entre
machos e fêmeas e te tenhas desfeito dos primeiros, porque se não tenderás graves
problemas “terás sementes e não cabeços”. Se o propósito é polinizar alguma planta
para fazer a nossa própria mistura e tirar algumas sementes, o melhor não é ter um
macho junto das fêmeas já que isto criaria centos de sementes e não criarias
cabeços, assim que o melhor é que sigas o guia que colocaremos a seguir.
Durante a floração a planta irá comendo cada vez mais, assim que haverá que ir
aumentando pouco a pouco a dose de abono para que não sofra de carências graves.
Ainda assim é possível que muitas folhas amareleçam e caiam, até certo ponto isto
é normal, até certo ponto, repito, já que a planta está-se a desfazer de folhas
que já não precisa e está a tirar até á última gota de alimento para dálo aos
cabeços, algo que não faria sei tivesse a comida necessária.
Pouco a pouco os cabeços que se formavam nas pontas vão engordando e juntam-se com
os das zonas um pouco mais baixas fazendo varetas, em volta dos cabeços começa a
sair uma resina pegajosa que actua de várias formas em favor de estes: defendendo-
os de pragas, ao ficar colados os insectos, embora a sua função principal é
preservá-los dos raios solares.
Esta resina está formada por um incontável número de glândulas que recebem o nome
de tricomas, têm forma de chupa-chups mas de um tamanho minúsculo. É nesta resina
onde se encontra o THC, CBD e CBN., entre outras e ela nos servirá para saber o
ponto de maduração dos cabeços. A resina uma vez seca pode ser separada da planta
através de umas malhas recebe o nome de hachís.
Muita gente pensa que a planta só cresce durante a primeira fase (crescimento
vegetativo), mas nada disso, ainda nos vai crescer ao menos um 30% mais na fase de
floração. As Indicas costumam crescer durante as 2 o 3 primeiras semanas de
floração para depois fortalecer e engordar os cabeços, enquanto que as Sativas por
sua parte costumam seguir crescendo durante todo o seu ciclo vital, fazendo
cabeços compridos.
A partir da 5ª semana de floração os cabeços vão tomando forma definitiva e os
primeiros pistilos começam a murchar adoptando uma cor castanha, mas muitos mais
pistilos nascem cada dia dos que morrem com o qual o cabeço segue mostrando
pistilos brancos enquanto vão engordando e endurecendo-se, é sumamente importante
que não lhe falte a comida neste momento, incluso recomendável juntar um
fertilizante de cabeços para que estes saiam compactos em lugar de vazios e cheios
de folhas. Durante a floração não é conveniente fazer transplantes já que a
formação de flores parará, muito menos podas pelas pontas, já que perderíamos os
cabeços que se estão formando nessa zona. Os insecticidas que usemos não podem ser
químicos, já que não lavaremos os cabeços antes de consumirmos, com que será
prejudicial para a nossa saúde.
As pragas mais problemáticas costuma ser a mosca branca, que chega em Setembro,
sobre todo nas zonas onde se cultiva laranjeiras, o seu principal problema é a
doença que causa nas folhas, nas feridas que deixa quando come e em parte, por
culpa dos excrementos que solta, forma-se um fungo que pouco a pouco se irá
alastrando, pondo as folhas de uma cor negra típico dos fungos, se chegasse ao
cabeço o apodreceria.
Mas sem dúvida o terror dos nossos cabeços, é o gusano "come cabeços" como o
chamam alguns, é escuro ás riscas e costuma crescer desde pequeno dentro dos
nossos cabeços, nas feridas que produz quando come, sai o fungo Botritis. A melhor
forma de combate-los, ainda que coloquemos uma olhadela aos cabeços de vez em
quando para elimina-los manualmente, é com Bacilus Turigiensis, uma bactéria 100%
biológica, que fumigada sobre as plantas ao principio da floração, resulta mortal
para estes animais nos seus primeiros dias de vida, já que de maiores mostram
certa imunidade.
Evidentemente há mais "bichos" que podem atacar a nossa planta como já vimos
atrás, mas estes 2 cabrões são os que costumam aparecer em Agosto ou Setembro,
justo no período de floração.
A duração da floração depende em grande medida da variedade que estejamos a
cultivar, e esta variação já desde os 45 dias em variedades indicas puras, como as
Afganas, Super Skunk, Northern Light ou Hindu Kush entre outras, aos 90 dias das
Sativas puras como as Haze ou Kali Mist, passando pelas Indico-Sativas como a
White Widow, Nebula, El Niño ou Jack Horror que costumam andar entre os 60 e 70
dias. O momento de colheita adequado o veremos no seguinte capitulo A chuva
durante a floração não é toda má, o mau é que os dias de chuva sejam muitos, mais
de 3, o que a humidade seja alta, mais de 70%, durante esse tempo, já que isto
poderia causar Botritis nos cabeços, sobretudo quando já estão bem formados e
fechados, com o que esta humidade concentra-se no seu interior e apodrecem. Se os
dias de chuva vierem seguidos de bons dias de sol que sequem os cabeços, os
cabeços limpam-se e engordaram muito mais com a água caída. Há que ter em conta
que quando os cabeços se molham o seu peso aumenta o dobro, com o que alguma rama
poderia partir-se pelo excesso de peso. A ter em conta também que se politizamos
os cabeços para obter sementes, a chuva seguida, e dias seguidos de sol fará que
as sementes germinem directamente na planta como pode apreciar-se na foto lateral,
rodeadas pelos círculos vermelhos duas sementes com a raiz a saír.
Há muitos mitos sobre como fazer que a Cannabis seja mais forte, produza mais
quantidade ou seja mais alucinante e todos á base de extress na planta, com formas
tão cruéis como pregando pregos no talo, partindo alguma rama, regando-a menos,
extressar a raiz, desajustando o fotoperiodo ou o pH, ou colocar etileno (um forte
ácido), nós não estamos a favor de estas crueldades, isto tudo não irá beneficiar
muito mais do que dê a planta estando bem alimentada, regada, arejada, com sol e
mimada, mas não também sufocando-a, tudo no seu devido momento e na sua medida.
COLHEITA
Há varias formas para saber qual é o momento idóneo para a colheita das nossas
plantas, a cor dos pistilos, a cor dos tricomas ou o grau de dureza dos cabeços,
são algumas das formas que aprendereis neste capítulo, se é que ainda não o
conheceis. É importante fazer a colheita no momento justo já que assim obteremos
maior quantidade com melhor qualidade, embora que plantas colhidas fora de tempo
já seja por excesso ou por defeito, não devem despreza-las em absoluto, e com
problemas por pragas, fungos ou chuvas, sempre é melhor recolher alguma coisa
mesmo que não esteja pronta, que perdê-la toda. Recordem que os cabeços colhidos
cedo de mais têm um efeito mais eufórico que se estivesse colhido na sua devida
hora, enquanto que os que excedem serão mais relaxantes. Se nos guiarmos pelos
estigmas (os pelitos dos cabeços), devemos fazer a colheita quando uns 70-80%
destes estejam castanhos. Alguns cultivadores não colhem até que todas as folhas
tenham amarelado, já que ao deixar de abonar nas últimas semanas a planta gasta
até á ultima gota de alimento que possa ficar nas folhas, assim o sabor do cabeço
é mais esquisito. Isto não é tudo verdade, podemos conseguir o mesmo com uma
secagem lenta da planta já colhida, se bem é certo que não todos os cultivadores
se podem permitir o luxo de esperar que a planta esteja pronta, normalmente por
causa da impaciência.
Se nos guiamos pelos tricomas (as glândulas de resina), devemos cortar quando
vejamos aparecer as primeiras da cor âmbar, lembrem-se que ao principio os
tricomas são transparentes, passado algum tempo se ficam brancos opacos, este é o
seu ponto álgido, é neste momento quando a acumulação de THC é máxima, a partir de
aqui baixará, e mudaram a uma cor âmbar quando o THC comece a degradar-se, é por
isto, que quando vejamos as primeiras glândulas de cor âmbar deveríamos fazer a
colheita, pois a maioria ainda estarão brancas opacas. Para poder vê-los
precisamos de um microscópio portátil de ao menos 30 ou 50 aumentos.
MANICURA
foto2
foto3
Uma vez cortadas as folhas grandes (foto1) deveremos cortar todas as pontas das
folhas que saem dos cabeços (foto2), esta parte é muito mais fácil e rápida,
iremos dando forma e deixando só o redondo do cabeço (foto3).
A forma mais comum de coloca-los a secar é como indica nas fotos, separadas entre
si para que se arejem bem. Durante a secagem devem estar em escuridão total, já
que a luz estraga o THC, devem estar também num lugar fresco e ventilado, as altas
temperaturas também os danificam. Se não há espaço suficiente para pendurar os
cabeços, existem secadoras de 1 metro quadrado por 2 metros de altura.
Saberemos quando está seco e pronto para usar quando ao dobrar uma rama, esta
partese fazendo barulho, em lugar de dobrar-se, é o que acontece quando ainda tem
humidade. O objectivo não é seca por completo, deve guardar entre uns 5 e uns 10%
de humidade onde estarão os cheiros e sabores e fará que a textura do cabeço ao
ser triturada seja esponjosa e não pó, típico dos cabeços ressequidos.
CURADO
O curado é a fase em que o cabeço, depois de levar entre uma e duas semanas de
secado e quando ainda conserva de uns 10 a uns 15% de humidade, é metida em
recipientes, que podem ser de madeira, cartão, vidro e incluso plástico, embora os
melhores resultados os tendereis nos 2 primeiros materiais já que permitem uma
melhor oxigenação, algo clave neste processo. Abriremos os recipientes cada 2-3
dias para termos a certeza que não aparecem fungos nos cabeços e para intercambiar
o ar por oxigénio novo do exterior. O que se consegue com o curado é que a resina
termine de madurar a través de uma decomposição enzimática. A clorofila com o seu
amargo sabor assim como os maus cheiros/sabores que deixam alguns fertilizantes,
sobre tudo os químicos, desapareçam com um bom curado. A marijuana irá ganhando em
sabor, cheiro e potência conforme vá passando o tempo, tempo que não deveria ser
inferior a 1 mês nem superior a 2. É muito importante faze-lo bem porque dele
dependerá o êxito ou fracasso da nossa colheita, já que um cabeço mal curado pode
ter mau sabor, enquanto que um cabeço que recém cortado que não seja do todo bom e
incluso mau, ganhe com um bom curado. A temperatura ideal é de uns 15-20 graus e
não deve ter ponta luz, que como já dissemos anteriormente degrada o THC.
Uma vez esteja curada podemos guarda-la por tempo indefinido, embora que a partir
dos 6 meses o THC irá diminuindo, em botes, preferivelmente de cristal herméticos,
fechados em vácuo.
Duende-Verde ,