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INTRODUÇÃO
A história de Carbonita começa em 1870, com as primeiras expedições dos bandeirantes à região,
que vieram em busca das riquezas do subsolo. O primeiro nome do povoado, que então pertencia ao
município de Minas Novas, foi Barreiras. Homenagem ao fazendeiro Manuel Barreiros, que doou parte
de suas terras para a construção de uma capela em honra de Nossa Senhora da Conceição. Em 1870,
o povoado já era distrito do município de Itamarandiba, com o nome de Santíssimo Coração de Jesus
de Barreiras.
A primeira agência dos Correios chegou 17 anos depois. No último dia do ano de 1943, o distrito
ganhou um novo nome, o atual Carbonita – do Francês Charbon (carvão) mais ita (pedra) do tupi-
guarani , tendo em vista a grande quantidade de carvão de pedra existente na região. Passam-se mais
13 anos para chegar a luz elétrica e o primeiro telefone só chegou no dia quatro de setembro de
1960.
A emancipação política de Carbonita como município ocorreu, finalmente, no primeiro dia de março
de 1963.
Hoje, Carbonita é uma cidade pequena, bonita e bem cuidada. Há várias iniciativas da comunidade,
entre elas o projeto “Carbonita: de UTI Educacional a Cidade Educativa”, fruto da parceria entre o
Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), o Conselho Municipal de Direitos da Criança e
do Adolescente (CMDCA), a Prefeitura Municipal de Carbonita e a Petrobrás Distribuidora S/A.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
• Mobilizações
Para apresentação e início do projeto “Carbonita: de UTI Educacional a Cidade Educativa”, foram
feitas várias reuniões com todas as instituições, CMDCA, Secretarias, Prefeitura e comunidade.
Duas reuniões foram realizadas a fim de apresentar o projeto e colher inscrições para a Oficina de
Formação de Mães Cuidadoras e de Agentes Comunitários de Educação. Um grande número de
pessoas participou, além de representantes de alguns projetos de outras instituições.
Recebemos uma proposta desafiadora: tornar o PETI um local em que a educação se tornasse o eixo
das atividades, além de ensinar a bordar, pintar, modelar.
Acordamos então o seguinte: ampliar o número de horas/dia (três horas), estabelecer o funcionamento
de segunda a sexta-feira e dividir o grupo por turno, com média de 54 participantes. Os participantes
atuarão em três grupos organizados por faixa etária, facilitando o trabalho do coordenador.
A roda de conversa foi uma experiência inédita para o grupo, norteada pela pergunta: como podemos
melhorar o lanche? Dessa avaliação, surgiram várias sugestões, inclusive a de avaliar o lanche todos
os dias. O resultado foi que meninos e meninas passaram a coordenar o lanche, estabelecendo
algumas regras para melhorar a organização.
Os problemas com o almoço e o lanche não foram totalmente resolvidos. Entretanto, sempre que eles
surgem, a solução é buscada na conversa da roda, com a participação e a opinião de todas as
crianças, adolescentes e educadoras, que assim se apropriam do projeto como críticos e articuladores.
O teste dos jogos foi um sucesso. Na oportunidade, foram observadas as dificuldades dos meninos na
leitura, na escrita e nas quatro operações. As observações e a percepção dos Agentes Comunitários de
Educação em relação às crianças e aos adolescentes são notáveis. Nas rodas de avaliação, eles
observam e discutem o porquê de cada atitude das crianças.
Essa experiência é um laboratório para os Agentes Comunitários de Educação, que estão mais
questionadores, críticos e preocupados com a situação escolar e social das crianças e adolescentes no
município. Poderão, assim, fazer do PETI uma escola para a vida, na qual cada participante é o ator
principal de sua história.
• Bornal de Jogos
Aproveitamos para discutir sobre a “cara” dos jogos, que devem, por si só, chamar a atenção das
crianças e adolescentes. A estética, a cor e o tamanho têm em si a magia necessária para o primeiro
contato com o jogo: indicam se ele é bom ou não. Também discutimos a importância da escrita, do
cuidado de nunca misturar os tipos de letras, a não ser que o objetivo do jogo seja esse.
O grupo investe na estética dos jogos e aproveita para aprender mais sobre a importância do trabalho
em equipe. As pessoas do grupo se revezam nas tarefas de desenhar, colorir, recortar. O resultado é
bom: jogo bonito, colorido, bem escrito, que gera aprendizado e é divertido de jogar.
O Banco de Jogos desenvolve oficinas de criação nas escolas, ruas e projetos sociais. Promove a
“praça do banco de jogos”, com oficinas de leitura, jogos, brinquedos com sucatas e música,
focalizando a educação social, ambiental e cultural, reforçando o gosto pela leitura e desenvolvendo a
leitura, a escrita e as quatro operações.
Trabalhamos no PETI durante alguns dias com o objetivo de testar os jogos criados na oficina de ACE.
Nesse período, a coordenadora do PETI e uma monitora tiveram de se ausentar, por causa de um
encontro relacionado a projetos sociais em Belo Horizonte. Na oportunidade, os Agentes Comunitários
de Educação assumiram um grupo durante dois dias.
Foram dias de aprendizado. Sentamos para fazer o planejamento e, como já havíamos trabalhado
com jogos, resolvemos aproveitar para investir no trabalho com livros. Expusemos as algibeiras aos
meninos e eles se mostraram bastante interessados: chegaram, olharam, dava para perceber um
brilho nos olhos, mas não tocavam de forma alguma.
Quando falamos que poderiam pegar nos livros, uns correram e pegaram e outros se afastaram de
forma muito rápida. Combinamos de escolher um livro para fazer uma peça. Algumas crianças
começaram a ler e alguns simplesmente se negaram. Um menino, em especial, atrapalhava o tempo
todo. Por essa razão, uma Agente Comunitária de Educação sentou para conversar sobre o que estava
acontecendo e saber o motivo da atitude dele. Descobriu que a criança não sabia ler; então, os dois
sentaram e leram juntos.
Depois que lemos os livros, propusemos que o grupo escolhesse um livro que serviria de tema para
fazer um teatro, a ser apresentado na roda grande para todas as outras crianças do PETI. Os meninos,
que por sinal são adolescentes, falaram que não queriam participar do teatro, porque tinham
vergonha; outros achavam que isso não é coisa de homem.
Após a avaliação, todos queriam participar do teatro. Juntos, então, inventamos mais personagens e
falas, para que todos pudessem participar e apresentar outra vez.
Nesse dia, o livro escolhido para inspirar o teatro passou de mão em mão. Pode-se perceber, então,
que os meninos não gostam de ler porque não têm acesso a livros que chamem sua atenção, que
sejam bonitos, coloridos e que tenham histórias do interesse deles.
• Biblioteca Pública
Estamos na fase de levantamento do acervo da biblioteca, feito pela Secretaria Municipal de Educação,
e de sugestões de títulos para aquisição. A ampliação e informatização da biblioteca estão em fase de
discussão e planejamento com as secretarias envolvidas, para aquisição dos computadores. Nossa
meta é iniciar este trabalho na primeira semana de maio. Queremos formar uma comunidade de
leitores, por isso é importante que tornemos este espaço ainda mais rico e atraente para os usuários. A
Secretaria Municipal de Educação também propõe ampliar o horário de funcionamento da biblioteca,
abrangendo o período da noite e os sábados, para atender os professores que ficam a semana inteira
na zona rural e as pessoas que estudam e trabalham durante todo o dia.
Foi realizada uma oficina de Formação de Educador Social, que contou com 30 participantes dos
projetos sociais e da Secretaria de Ação Social. Para as demais formações, ainda estão sendo
discutidas as datas com a Secretaria de Educação, já que as escolas têm um calendário pronto. A
previsão é que todas aconteçam ainda no primeiro semestre, para que o professor possa utilizar essa
metodologia em seu trabalho.
Nessa oficina, além trabalhar a metodologia, a formação de uma equipe coesa e afinada em seus
objetivos, construímos um Plano de Trabalho e Avaliação (PTA) para o PETI e a “Casa da Família”.
Foram realizadas duas oficinas para a formação de Agentes Comunitários de Educação, privilegiando
Participaram 48 jovens entre 16 e 25 anos, todos solteiros. Foram selecionadas 15 pessoas para atuar
como Agentes Comunitários de Educação junto com as Mães Cuidadoras.
Selecionamos 15 mães para atuar no desenvolvimento escolar e social das crianças e adolescentes do
município de Carbonita.
GERENCIAMENTO DO PROJETO
É possível perceber a capacidade da equipe no sentido de observar e levantar soluções para diversos
tipos de problemas. A equipe mostra também compromisso com o trabalho e com os horários, e é
grande a preocupação com a situação educacional do município e do país.
Todos sabem da importância do afeto e do cuidado para o bom desenvolvimento do ser humano. Por
isso, se empenham em transmitir essa constatação para o nosso público-alvo. É visível a postura da
equipe de “não perder de vista” o objetivo do projeto e sua preocupação em avaliar o resultado e
fazer, sempre que necessário, correções de rota.
O diferencial deste projeto consiste no fato de que ele é formado e executado pela comunidade, pelas
famílias das crianças, pelos adolescentes e mães com quem trabalhamos. Resumindo: o projeto é da
comunidade.
Para conseguir a presença dos pais, decidimos montar grupos para a troca de receitas diversas:
sabão, biscoitos, doces, vermífugos, xampu contra piolho, xarope contra gripe, artesanatos etc. A idéia
é que, enquanto realizamos as atividades, possamos conversar sobre os diversos temas,
informalmente, sem aquele caráter de reunião, de coisa feita por obrigação, mas sim de algo
prazeroso e divertido. Futuramente, a proposta é que esse trabalho dê origem a uma pequena
fabriqueta, se assim o grupo desejar.
Como no município já existe a “Casa da Família”, que desenvolve oficinas com os mesmos objetivos,
acordamos uma parceria para fazer um trabalho conjunto. Além do trabalho desenvolvido na “Casa
da Família”, pensamos em montar um grupo na comunidade para manter contato direto com a
realidade das pessoas.
“Carbonita: de UTI Educacional e a Cidade Educativa”. O próprio nome já indica: é um projeto para
toda a cidade.
Planejamos reuniões para apresentar o grupo à comunidade, escolas e entidades, com objetivo de
formar novas parcerias para abranger o maior número possível de crianças e adolescentes.
O projeto foi acolhido pela Secretaria de Assistência Social e Secretaria Municipal de Educação e todos
se empenham em ajudar em tudo o que é necessário, de forma a contribuir para o seu bom
desenvolvimento.
O PETI e a “Casa da Família” foram os primeiros projetos a nos receber. Já estamos fazendo
atividades com as crianças dentro do PETI e na “Casa da Família”, nosso ponto de referência, onde
funcionam nossas rodas de conversas, reuniões e planejamento. O próximo passo é iniciar um núcleo
rural, chamado Monte Belo, onde está localizada uma escola nucleada municipal.
Índices qualitativos
Índices quantitativos
Indicadores de dificuldades
BREVE SÍNTESE
Essa foi uma semana de grande aprendizado. Iniciamos fazendo um desenho da criança que cada um
foi. Em seguida, cada participante foi apresentando, na terceira pessoa, a sua criança. Percebemos
que cada um, como criança, tinha uma grande alegria ou uma grande tristeza, coisas que se tornaram
uma âncora, um grande trauma ou uma boa razão para a vida.
Avaliamos, então, como algumas atitudes que a nosso ver podem ser simples serão “grandes” para a
criança, afetando-a de forma positiva ou negativa. Diversos exemplos foram citados pelos educadores:
uma vivência ruim na escola com os colegas ou professores, ou a atitude ruim de um pai em
determinada situação. O grupo percebeu que nós somos os grandes responsáveis pelo desempenho
das crianças com quem trabalhamos.
Discutimos também sobre as muitas vezes em que fingimos não perceber as situações cotidianas
dentro dos nossos projetos, escolas e lar, envolvendo temas como racismo, machismo e preconceitos.
Cada participante desenhou uma criança de um dos projetos ou da escola em que trabalha e em
seguida falou em que essa criança o fascina. Grande parte dos participantes iniciou falando frases
como “Eu tenho muita dó desse menino porque...” Refletimos sobre esse sentimento: como é uma
pessoa digna de dó? Qual o significado dessa palavra? Quando e por que a utilizamos com
freqüência?
Discutimos sobre os rótulos que freqüentemente colocamos nas crianças, como “coitadinho”,
“impossível”, “inteligente”, “calmo” etc. e então refletimos sobre até que ponto esses rótulos são
benéficos para a criança, uma vez que vão se tornando verdades na cabeça delas.
Algumas pessoas também lembraram de meninos que buscam oportunidades em tudo e sempre
buscam ver o lado luminoso das coisas, mesmo sofrendo grandes impactos externos. Outras falaram
da necessidade financeira de alguns e das poucas oportunidades que as crianças têm. Essa atividade
foi bastante discutida e, durante toda a semana, tivemos a oportunidade de voltar a ela, sempre que
falávamos dos cuidados com as crianças e adolescentes.
Os trabalhos com texto geraram discussões sobre motivação, o valor das palavras, a importância de
conversarmos com as crianças de igual para igual e do aprendizado da infância na vida de cada um
de nós.
Essas dinâmicas proporcionaram várias discussões sobre assuntos diversos: postura, trabalho em
equipe, aprendizado. Discutimos também sobre o trabalho de cada um e como podemos melhorá-lo.
O momento que consolidou o nosso trabalho nessa semana foi a construção do PTA (Plano de
Trabalho e Avaliação), considerado de suma importância. Foi uma retrospectiva de nossa semana e do
trabalho desenvolvido nos projetos sociais.
Como implantar a metodologia? Esta pergunta norteou a discussão sobre “o aprendizado por meio do
brinquedo”, utilizando sempre a roda, na qual todos são iguais e podem falar, questionar e opinar.
Ressaltamos a importância de se utilizar o aspecto lúdico para abordar as questões do dia-a-dia, como
sexualidade, afetividade, aprendizagem, respeito a si próprio e ao outro. Percebemos que temos um
campo imenso para trabalhar o objetivo proposto de uma forma prazerosa, tanto para as crianças
quanto para os educadores.
Dinâmicas
Crachá criatvo
O objetivo do crachá criativo é possibilitar que as pessoas identifiquem suas qualidades e pensem
sobre elas. Cada pessoa faz um crachá, aproveitando a primeira letra do seu nome para colocar
também uma de suas qualidades.
Nesta dinâmica, o grupo pôde discutir sobre a maneira como cada pessoa se vê e de que forma acha
que o mundo a vê.
Passando uma bolinha na mão de cada participante, o grupo teria que diminuir, ao mínimo, o tempo
na seqüência estabelecida. Com um pouco de dificuldade no início, o grupo conseguiu diminuir seu
tempo de 50 segundos para apenas um.
Com essa dinâmica, o grupo discutiu sobre o tempo de cada pessoa, principalmente o tempo de cada
criança. Discutiu-se também sobre a diferença entre conversa e comunicação, sobre a necessidade de
o grupo ser uma aldeia em prol de um único objetivo, que pode ser desde passar uma bolinha de mão
em mão até educar cada criança daquela cidade.
Boneco
Cada participante criou um personagem e deu-lhe um nome, sentimentos, metas, ideais, enfim, uma
história de vida. Na verdade, a vida dada ao boneco continha um pouco dos sentimentos da pessoa
que o criou. A partir disso, as participantes criaram um boneco coletivo, reunindo nele suas metas e
ideais.
Cada grupo ficou responsável por uma parte do boneco, dando margem para discutir sobre o que se
quer conseguir e o que se deve fazer para alcançar.
Essa dinâmica desafia o grupo a desfazer alguns nós que são feitos na roda enquanto as pessoas
dançam. Serviu para reforçar a importância do diálogo, além de gerar uma discussão em torno das
dificuldades que cada criança pode ter e como cada pessoa pode ajudar a resolver tais dificuldades.
A dança das cadeiras traz aos participantes uma espécie de espanto: ao invés de excluir pessoas, elas
devem ser incluídas. O grupo teve que encontrar soluções para que todas as pessoas se sentassem. As
cadeiras deveriam ser retiradas, uma a uma, até que todas fossem retiradas e assim todas as pessoas
pudessem se sentar.
Com essa dinâmica, discutiu-se com o grupo sobre o peso que as responsabilidades podem ter para
alguns quando as pessoas não se comprometem com o trabalho, a cidade, a educação e a família.
Conversamos também sobre como pode ser confortável para todos quando ninguém deixa de se
comprometer com as responsabilidades.
Brincadeiras
Piscada fatal
O grupo foi dividido em duplas, deixando uma pessoa sem par. Uma das pessoas da dupla deverá
ficar sentada, enquanto a outra fica em pé atrás de sua cadeira. A pessoa que sobrar deverá ficar
atrás de uma cadeira vazia, a fim de conquistar alguém de uma das duplas, para tornar-se o seu par.
Essa conquista será feita por meio de discretas piscadas.
Com essa brincadeira, o grupo constatou que é possível trabalhar agilidade, atenção, afetividade,
entre outras coisas.
Para trabalhar afetividade, essa brincadeira atrai pela agilidade. Para brincar, é preciso que o grupo
fique sentado em círculo, sobrando uma pessoa no centro da roda. O participante que sobrar deverá
escolher outro, com quem manterá o seguinte diálogo:
Então, todos que estiverem felizes na roda deverão trocar de lugar, e o participante que estava no
meio também procurará um lugar para si, fazendo com que outro fique no meio da roda e possa
continuar a brincadeira.
Textos
Texto usado para discutir a importância de brincar e ressaltar o grande aprendizado que esse ato,
aparentemente simples, pode trazer. Discutimos o quanto a falta do “brincar” pode prejudicar o
aprendizado e a sociabilidade da criança e do adulto que ela vai se tornar.
O Cavalinho
Texto que levou o grupo a pensar a respeito dos estímulos que cada pessoa precisa oferecer a si
próprio e que pode oferecer aos outros, para transformar a sua vida e o meio social.
Algibeira de leitura
O grupo pode experimentar, com essa atividade, várias formas de se trabalhar com livros e de
incentivar a leitura, mostrando que a mesma pode ser bastante prazerosa.
Entre as atividades criadas pelo grupo com os livros, a que mais chamou a atenção foi uma árvore
genealógica que alguns participantes ajudaram o grupo a construir a partir do livro “A mãe da mãe da
minha mãe”. Por causa dessa atividade, muitas pessoas quiseram ler o livro e pesquisar sobre seus
antepassados.
Placas
O grupo usou diversas placas, nelas escrevendo os nomes para identificar vários objetos da “Casa da
Família” – local onde a oficina aconteceu. Essa experiência, destinada a estimular a escrita e a leitura,
foi uma alternativa que deu certo em outras localidades que têm a realidade social semelhante à de
Carbonita.
Algumas questões precisaram ser discutidas mais de uma vez. Foi o caso da má divisão e do
desperdício da comida. Mais de uma vez, o grupo precisou voltar para a roda para discutir o assunto.
Apesar do discurso de que todos os participantes eram adultos e que por isso não deveria ser preciso
discutir esse assunto nem uma vez, algumas pessoas, mais uma vez, não puderam lanchar direito.
Nas atividades do dia-a-dia e nas discussões, entretanto, o grupo sempre participava bem, o que
contribuiu muito para o desenvolvimento da oficina.
ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE
Por causa das tarefas que cada grupo desempenhava no fim do dia, a comunidade esteve presente na
oficina todos os dias.
Vale destacar a participação de um senhor da cidade que dividiu conosco um pouco de sua história de
vida: ele já foi parteiro e auxiliar de enfermagem.
A secretária de Ação Social deu à oficina toda a assistência necessária para que tudo acontecesse
confortavelmente.
AVANÇOS OBTIDOS
Índices qualitativos
- 15 livros lidos
- 15 pessoas escolhidas ao final da oficina.
- 1 jogo criado espontaneamente.
BREVE SÍNTESE
Foi uma oficina positiva em termos de aprendizagem, pois as discussões foram ricas e focadas na
realidade do público-alvo: a criança e o adolescente.
Depoimentos
“Sei que a partir de agora vai ser tudo diferente na minha vida, pois percebi coisas que aconteciam
muito e eram erradas, mas eu não percebia.”
Maria José da Cruz
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
“Sou muito tímida, quase não falo, mas tenho outras facilidades e foi isso que ofereci ao grupo.”
Ana Alves Goulart
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
“Na minha opinião, a forma usada para nos passar essa oficina foi ótima, porque brincando nós
aprendemos muitas coisas e, a partir de experiências, vimos que somos capazes.”
Daiana Soares
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
“A cada dia, eu estava em um grupo diferente, conhecendo pessoas diferentes e formas diferentes de
pensar.”
Maria José da Cruz
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
“Descobri que criança precisa ser criança e que ela age de acordo com a forma que o mundo age
com ela.”
Daiana
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
“Eu aprendi muito com esse curso. Serviu para melhorar a minha auto-estima, esquecer os problemas
e encontrar apoio em cada uma das participantes.”
Marli Lopes
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
“Voltei a sonhar em ter uma oportunidade de emprego, coisa que há muito tempo não conseguia.”
Marli Lopes
Oficina de Mãe Cuidadora - Zona Urbana
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- Como despertar o - Biscoitada - Interesse nas atividades - Crianças e - Semanalmente;
interesse para - Bornal de jogos/livros - Número de livros lidos. Adolescentes do - Diariamente
aprendizagem? - Algibeiras de leitur - Crianças lendo e escrevendo bem Município de - Educadores do PETI
Aprendizagem - Ampliação e - Crianças dominando as quatro Carbonita que do Município de
funcionamento do Banco operações básicas? freqüentam o PETI Carbonita.
de Jogos
- Rodas
- Quais as técnicas - Biscoitada - Interesse nas atividades - Crianças e - Semanalmente
mais eficazes para - Bornal de jogos/livros - Número de livros lidos. Adolescentes do - Diariamente
acabar com a - Algibeiras de leitura; - Crianças lendo e escrevendo bem Município de
defasagem na - Ampliação e - Crianças dominando as quatro Carbonita que
aprendizagem? funcionamento do Banco operaçõe básicas? freqüentam o PETI
de Jogos
- Rodas
Trabalho - Quais os instrumentos - Almoço diferenciado - Mudança no jeito de servir a - Crianças e - Diariamente
Aprendizagem utilizar para gerar - Crianças monitoras comida Adolescentes do - Educadores do PETI
infantil
erradicado aprendizagem? - Rodas - Crianças coordenando atividades Município de do Município de
- Avaliação - Crianças frequentes Carbonita que Carbonita.
- Parcerias. freqüentam o PETI
PLANO DE TRABALHO E AVALIAÇÃO - PTA - CASA DA FAMÍLIA
- De que Forma tornar - Dar abertura para que as - Pessoas empoderadas; - Família - Semanalmente
essas famílias famílias resolvam seus - Apropriação do programa pelas - Criança, - Equipe da Casa
Promoção responsáveis pelas suas próprios problemas; famílias; - Adolescentes, idosos da Familia
Social competências e - Descentralização da
acreditarem no seu coordenação.
potencial?
- De que forma levar ao - Criação de foldrs - Compromisso - Família - Semanalmente
conhecimento da - Propaganda contínua - Distribuição de folders - Criança - Equipe da Casa
sociedade as atividades Rádio - Aumento da participação das - Adolescentes, idosos da Familia
da Casa da família? - Oficinas de criação de famílias no programa
bonecos - Produção de novos produtos;
- Oficina de contação de
história
- Oficina de criação de
Famílias
Promoção instrumentos musicais
Socializadas
Social - Criar um espaço para
exposição e venda dos
produtos