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FUNDAMENTAÇÃO

TEÓRICA

Caracterização da população
portuguesa
Caracterização da população portuguesa

Estrutura etária

A evolução demográfica reflecte-se na estrutura etária da população portuguesa, a


análise da estrutura etária é fundamental para o processo de planeamento nacional, regional e
local, permite prever as necessidades de emprego habitação, equipamentos de educação, de
saúde e de apoio a idosos.

Entre 1960 e 2005 verifica-se que a base das pirâmides foi diminuindo, o que reflecte a
cada vez mais acentuada redução da população jovem. A população adulta aumentou e o topo
das pirâmides alargou, como consequência do aumento da população idosa Verifica-se então,
um duplo envelhecimento da população portuguesa:

 Diminuição da proporção de jovens;


 Aumento da proporção de idosos;
O declínio da fecundidade

O estreitamento da base da pirâmide etária deve-se à redução da taxa de natalidade e ao


declínio do índice sintético de fecundidade.

Os factores que explicam a redução do índice sintético de fecundidade e, consequentemente,


das taxas de fecundidade e da natalidade:

 A generalização do planeamento familiar e do uso de métodos contraceptivos;


 O aumento da taxa de actividade feminina, que é das mais elevadas da EU;
 O prolongamento do tempo da escolaridade, o aumento do nível da instrução e possíveis
dificuldades de inserção na vida activa;
 O adiar do casamento e do nascimento do primeiro filho devido ao investimento na
carreira profissional;
 A dificuldade no acesso a habitação espaçosa, sobretudo nos meios urbanos;
 O aumento da exigência e das despesas com a educação das crianças.

O envelhecimento demográfico

O alargamento do topo da pirâmide etária justifica-se pelo prolongamento da esperança


média de vida da população portuguesa que se aproximou dos valores comunitários.

Em Portugal, a esperança média de vida aumentou consideravelmente na segunda


metade do século XX. Esta por sua vez é maior no sector feminino do que no masculino, isto
deve-se à menor exposição das mulheres a acidentes de trabalho, ao menor envolvimento em
acidentes graves de viação, pela condução prudente, ao consumo inferior de álcool, tabaco e
drogas e ao maior cuidado com a alimentação e a saúde.
Assimetrias regionais

Os contrastes na diferenciação regional do Índice de envelhecimento estão claramente


associados às diferentes verificadas na estrutura etária das diversas regiões:

 Nas do interior, como a Beira Interior Sul e Alto Alentejo, a proporção de jovens é
menor e a de idosos é bastante superior, correspondendo a um índice de
envelhecimento mais elevado;
 Nas do litoral, como o Cávado e o Grande Porto e nas regiões Autónomas, a proporção
de idosos é menor, reflectindo num índice de envelhecimento mais baixo.

Sendo uma das consequências dos comportamentos demográficos, o envelhecimento da


população influencia também as taxas de natalidade e mortalidade.

A estrutura da população activa e a estrutura do emprego

Em Portugal nas últimas décadas, a taxa de actividade da população tem sofrido alterações.
Após a queda motivada pela emigração dos anos 50 e 60, a taxa de actividade tem vindo a
aumentar devido:

 Na década de 70, a um saldo migratório positivo, pela chegada dos portugueses das ex-
colónias;
 A partir daí, à crescente participação da mulher no mundo do trabalho;
 Mais recentemente, ao crescimento da imigração.

A população activa distribui-se por três sectores de actividade económica: primário,


secundário e terciário.

A repartição do emprego pelos diferentes sectores apresentam diferenças são, causa e


efeito das assimetrias demográficas e sociais:

 O sector primário tem maior relevância na região do Alentejo;


 O secundário emprega população no Norte, onde as industrias ainda são
intensivas em mão-de-obra;
 O sector terciário é o mais importante em todo o país, gerando metade do
emprego em todas as regiões as regiões.

Bibliografia

RODRIGUES, Arinda, BARATA, Isabel (2007) Geografia A , Lisboa, texto Editora

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