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São livros escritos por autores vários através dos tempos que,
segundo o entendimento, teriam sido ditados por Deus aos homens.
Livros escritos originariamente em hebraico e aramaico, até o
surgimento da imprensa, em 1450, as duplicações de qualquer texto
eram manuscritas e naturalmente eivadas de erros de transcrição,
tais como: omissão de letras e palavras, substituição de locuções por
um só vocábulo, separação de uma palavra em duas, ou o inverso,
unindo duas palavras em uma, negligência do escriba, falta de
atenção, interpolações para completar a idéia segundo o critério do
copista, ou ainda por tomarem uma letra por outra muito
semelhante, tudo isto ocasionando alteração das idéias originais,
algumas vezes deliberadamente em busca de outros propósitos.
Ainda que a Bíblia não cita o faraó do Êxodo por seu nome, é dada a
data exata do Êxodo. Em 1 Reis 6:1 se lê que Salomão começou a
construir o Templo no quarto ano de seu reinado, 480 anos depois
que os filhos de Israel saíram do Egito. A maioria dos estudiosos da
Bíblia estimam que o quarto ano do reinado de Salomão foi o ano 967
a.C. Logo a data do Êxodo foi 1447 a.C. (967 + 480), quando
governava Tutmosis III, mas não há nenhum documento nem resto
arqueológico egípcio que confirme este excepcional acontecimento.
Por isso, não foi possível aos judeus ortodoxos, presos à letra das
profecias, reconhecer na figura mansa de Jesus o grande Messias
prometido. Ele não tomou o poder temporal nas mãos, admitiu até
mesmo o pagamento de impostos a César, não se importava com o
se misturar aos publicanos, samaritanos e aos inúmeros pecadores de
todos os matizes; na verdade, até os procurava, dizendo que os
doentes é que precisavam de remédio. Finalmente, em vez de
implantar o domínio de Israel sobre o mundo, morreu crucificado.
Que Messias era aquele que nem a si mesmo conseguiu salvar?
Mesmo considerando sua história até este ponto, Jesus não pode ser
confundido com os profetas que surgiam em Israel como fenômenos
crônicos. Basta que se compare o conteúdo de sua mensagem, acima
do que havia de mais respeitado em Israel, a Lei de Moisés e os
Profetas.