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Metano

Quando olhamos a constituição da “matéria clara” do universo (quadro


abaixo)

Matéria prima do universo por 1.000.000 átomos de hidrogênio Universo em massa


Elemento M. Atôm. Quantidade PPM M. Relativa PPM
Hidrogênio 1 1.000.000 876.088,65 1.000.000 631.157,573
Hélio 4 140.000 122.652,41 560.000 353.448,241
Oxigênio 16 680 595,74 10.880 6.866,994
Carbono 12 300 262,83 3.600 2.272,167
Neônio 20 280 245,30 5.600 3.534,482
Nitrogênio 14 91 79,72 1.274 804,095
Magnésio 24 29 25,41 696 439,286
Silício 28 25 21,90 700 441,810
Enxofre 32 9,5 8,32 304 191,872
Ferro 55 8,0 7,01 440 277,709
Argônio 40 4,2 3,68 168 106,034
Alumínio 27 1,9 1,66 51,3 32,378
Sódio 23 1,7 1,49 39,1 24,678
Cálcio 40 1,7 1,49 68 42,919
O resto deles combinados 114 (Av.) 5,0 4,38 570 359,760
Soma 1.141.437 1.000.000 1.584.390,4 1.000.000

Percebemos claramente que 99,81% de sua massa é formada pelos seis


gases mais leves que existem: (e todos mais leves que o [N2] livre).

 Hidrogênio [2];
 Hélio [4];
 Oxigênio (representado por íon oxidrila livre [17] e água [18]);
 Carbono (representado pelo metano [16]);
 Neônio [20];
 Nitrogênio (representado pelo NH3 [17] [amônia]).

Obs.: Os números entre colchetes, referem-se à massa molecular do gás.

Ao observarmos as propriedades dos gases, ordenados por sua massa


molecular (quadro abaixo)

Podemos verificar a veracidade do que foi dito anteriormente, onde os


gases em “preto” são os gases muito mais pesados que o ar, e
normalmente afundam para o nível do solo, impelidos pelo campo
gravitacional do planeta.
Gás M,mol, g Sp,Gr, ,kg/Nm³ (m³/kg) Cp (kj/kg) Cv (Kj/m³) k=Cp/Cv kj/(mol,ºC)
H2 2,016 0,0696 0,0885 11,738 14,203 10,071 1,410 13,179
He 4,003 0,1380 0,169 5,920 5,224 3,143 1,662 9,495
CH4 16,040 0,5550 0,679 1,472 0,565 0,046 12,373 16,777
NH3 17,030 0,5940 0,727 1,375 2,223 1,734 1,282 16,977
V. H2O 18,020 0,6320 0,774 1,293 2,189 1,727 1,268 16,977
Ne 20,190 0,6970 0,853 1,172 1,030 0,617 1,668 9,438
CO 28,010 0,9670 1,184 0,845 1,047 0,750 1,397 13,236
N2 28,020 0,9670 1,184 0,845 1,042 0,745 1,399 13,255
Ar 28,970 1 1,21 0,826 1,013 0,725 1,396 13,084
NO 30,010 1,0380 1,271 0,787 1,000 ,0722 1,384 13,559
O2 32,000 1,1050 1,353 0,739 0,929 ,0669 1,389 13,426
H2S 34,080 1,1750 1,438 0,695 1,013 0,769 1,318 15,724
HCl 34,470 1,2710 1,556 0,643 0,812 0,570 1,424 13,445
A 39,940 1,3800 1,689 0,592 0,523 0,314 1,663 9,476
C3H8 44 1,52 0,51 0,536 0,405 0,276 1,465 -
CO2 44,010 1,5280 1,870 0,535 0,933 0,744 1,255 17,794
N2O 44,020 1,5310 1,874 0,534 0,879 ,0690 1,274 17,547
H4C2O 44,050 1,5200 1,860 0,537 1,214 1,025 1,185 26,779
CH3Cl 50,490 1,7770 2,175 0,460 0,833 0,668 1,247 19,085
GLP (50/50) 51 1,8 2,178 0,459 0,79 0,27 2,921 -
C4H10 58 2,00 0,58 0,408 0,385 0,265 1,455 -
C4H10-I 58,120 2,0680 2,531 0,395 0,461 0,318 1,451 48,268
C4H10-N 58,120 2,0710 2,535 0,395 0,462 0,318 1,450 18,381
SO2 64,060 2,2540 2,759 0,362 0,615 0,485 1,268 17,889
Cl2 70,910 2,4800 3,036 0,329 0,481 0,364 1,323 15,477
CH3C6H5 92,130 3,1810 3,894 0,257 1,586 1,1,496 1,060 60,521
COCl2 98,920 3,4100 4,174 0,240 0,590 ,0506 1,166 27,422
Onde:
NH3 = Amônia; CH3C6H5 = Tolueno;
H4C2O = Óxido de etileno; CH4 = Metano (GN);
CH3Cl= Cloreto de metila; C3H8 = Propano
COCl2 = Fosgênio; C4H10 = Butano
GLP = Propano + Butano, geralmente (meio a meio) a pressão varia conforme proporção

Os em “azul”, teêm praticamente a mesma densidade do ar, e misturam-


se nele sem dificuldades, integrando-se em sua mistura coloidal.

Os em “rosa” são os muito mais leves que o ar (são os seis gases mais
leves da natureza), e por densidade, flutuam até as mais altas camadas
das atmosferas planetárias (ou estelares), onde o campo gravitacional, já
enfraquecido, perde a “luta” para os ventos estelares, e então escapam do
campo gravitacional do astro e permeiam o espaço.

Comparando o que foi visto acima, com a realidade de nossa atmosfera:


:
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Composição do ar sêco
Componente % por volume % por massa
 Nitogênio 78,09 75,51
 Oxigênio 20,95 23,15
 Argônio 0,927 1,28
Dioxido de Carbono 0,03 0,046
Neônio 0,0018 0,00125
Hélio 0,00052 0,000072
Metano 0,00015 0,000094
Criptônio 0,0001 0,00029
Monóxido de Carbono 0,00001 0,00002
Óxidos Nitrosos 0,00005 0,00008
Hidrogênio 0,00005 0,0000035
Ozônio 0,00004 0,000007
Xenônio 0,000008 0,000036
Óxidos de Nitrogênio 0,0000001 0,0000002
Iodo 2x10-11 1x10-10
Radônio 6x10-18 5x10-17
Outros (inclusive NH3) 2,72x10-4 1,21x10-2

Podemos ver na composição do ar sêco (tabela acima) que até 99,94% de


sua massa é composta de oxigênio, nitrogênio e argônio (que por ser um
gás “nobre” e raro, não tem “sumidouros”).

Repare também que os outros gases são “raridades”, principalmente os


chamados gases de efeito estufa, (CO2, CH4, CO, NOx), cuja soma total em
nossa atmosfera é:

 461,74 PPM (Em massa) e;


 302,00 PPM (Em volume).

Obs.: PPM = Parte Por Milhão.

E somente são detectados na atmosfera, quando de sua passagem para os


seus sumidouros: Os mais pesados, para o chão, e os mais leves, rumo
ao espaço.

Mas o que nos interessa neste momento é o metano (CH4), Classificado


pelo IPCC como “O segundo maior bandido do efeito estufa”.

Sua concentração na atmosfera é de:


 1,5 PPM [Volume] e;
 0,94 PPM [Massa].
Francamente, concentração muito pequena para atribuir à este gás
qualquer parcela de responsabilidade pelo aquecimento global.
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Origem:
Os “entendidos” postulam uma emissão total de 600 milhões de
toneladas anuais (600 Tg/a) e dão como orígem para as emissões de
metano, as seguintes fontes:

 Deterioração de matéria orgânica por bactérias anaeróbicas


metanogênicas;
 Digestão animal;
 Má combustão industrial e de “queimadas” e;
 Vazamentos de “gás natural”.

E as classificavam da seguinte forma:


 Naturais e;
 Antropogênicas.

Gerando o seguinte quadro:


Origem Emissão de CH4
Natural Massa (Tg/a) Tipo (%/a) Total (%/a)
Zonas úmidas (incl.arroz irrigado) 225 83 38
Termitas 20 7 3
Oceanos 15 6 3
Clatratos (gaiolas cristalinas) 10 4 2
Natural Total 270 100 45
Emissões Antropogênicas
Energia 110 33 18
Aterros 40 12 7
Ruminantes 115 35 19
Tratamento de lixo 25 8 4
Biomassa queimada 40 12 7
Antropogênico Total 330 100 55
Emissões totais 600 100 100
Sumidouros
Solos -30 -5 -5
Troposférica Hidroxila -510 -88 -85
Perda Estratosférica -40 -7 -7
Total de sequestro -580 -100 -97
Emissões + sequestro
balanço 20 3 3

O absurdo deste quadro, além das 600 milhões de toneladas


postuladas, é mostrar os oceanos, com muito mais vida que os
continentes (matéria orgânica), responsáveis por 3% das emissões, ao
passo que nossos pântanos respondem por 38%, nossos “bois”, por 19%
e também as queimadas por 7%.
Se lembrarmos que os ruminantes não são só bois, mas uma subordem
de mamíferos artiodátilos, que inclui os antílopes, veados, girafas,
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bovídeos e inclui até mesmo os camelos, caracterizados pela presença de
um estômago complexo, com três ou quatro câmaras, adaptado à
ruminação.
Note que nem todos os ruminantes fazem parte da subordem Ruminantia,
ou pertencem a esta subordem: os camelos e as lhamas estão entre as
exceções.
Tampouco pertencem a esta subordem alguns dos mamíferos grandes que
pastam que não são estritamente ruminantes, mas têm adaptações
similares (com mesmo efeito) para sobreviver com quantidades grandes
de alimento de qualidade inferior. Os cangurús, coalas, pandas, muares e
equinos são exemplos.

Em suma:
 Subordem Ruminantia
o Infraordem Tragulina
 Família Tragulidae
o Infraordem Pecora
 Família Moschidae
 Família Cervidae
 Família Girafidae
 Família Antilocapridae
 Família Bovidae

Podemos dizer que o número de “ruminantes” no planeta até encolheu, e


“os variados ruminantes” não devem ser classificados como “só bois” e
“fonte antropogênica” (assim como os cupins não foram) e nem
responsáveis pela emissão de 19% do total das emissões (muito maior
que os oceanos 3%).

Porém, um estudo publicado este ano pelo Instituto Max-Planck de Física


Nuclear, na Alemanha, revirou de “pernas para o ar” a “matemática” do
metano e também os livros de biologia que vão precisar de uma séria
revisão.

O grupo liderado por Frank Keppler, descobriu que plantas vivas, em


atmosfera rica em oxigênio, são capazes de produzir metano (10 a 1000
vezes mais que plantas mortas), o que de alguma forma deve fazer parte
de sua respiração celular, e que esta capacidade dobra a cada 10 ºC de
aumento na temperatura. Afirma também que até 30% das 600 milhões
de toneladas do gás, lançadas anualmente na atmosfera vêm de plantas
vivas.
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Isto, com certeza é um problema, porque esta fonte não está incluída na
contabilidade do metano, que os “entendidos” usam para alimentar seus
modelos.

Agora, os “entendidos” precisam ficar de olho também em florestas


tropicais, como a Amazônia. Fato que já tem confirmação na pesquisa
iniciada em 2003 e publicada recentemente na revista Geophysical
Research Letters, fruto de uma parceria entre o Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares (Ipen) e o órgão norte-americano National Oceanic
and Atmospheric Administration (NOAA). “Experimento de larga escala da
Biosfera-Atmosfera na Amazônia (sigla em inglês, LBA)”, estudo coordenado
pelo Brasil para explicar o papel da floresta no clima global.

Portanto, já que os “especialistas” querem manter seu número mágico de


600 milhões de tonelada anuais, vamos ao menos deixar o quadro mais
racional:

Orígens Emissão de CH4


Natural Massa (Tg/a) Tipo (%/a) Total (%/a)
Vegetais (vivos) 180 30,9 30,0
Vegetais (Restos) 170 29,2 28,3
Termitas 5 0,9 0,8
Ruminantes 5 0,9 0,8
Biomassa queimada 8 1,4 1,3
Oceanos ? (ainda mal estimado !) 205 35,2 34,2
Clatratos (gaiolas cristalinas) 10 1,7 1,7
Natural Total 583 100,0 97,2
Emissões Antropogênicas
Energia 4 23,5 0,7
Aterros 6 35,3 1,0
Tratamento de lixo 7 41,2 1,2
Antropogênico Total 17 100,0 2,8
Emissões totais 600 100,0 100,0
Sumidouros
Oceanos ? ? ?
Solos -30 -5 -5
Hidroxila Troposférica -540 -90 -90
Ozona Estratosférica -14 -2 -2
Perda Ionosférica -16 -3 -3
Total de sequestro -600 -100 -100
Emissões + sequestro
balanço 0 0 0
Mesmo assim, olhando este novo quadro, 2,8% de metano originários de
fontes antropogênicas me parece um exagero, pois a descoberta do
grupo liderado por Frank Keppler, mostra que “os entendidos” realmente
não sabem quais são suas fontes e nem quanto cada uma emite.

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Retirei também “biomassa queimada” do grupo “antropogênico” porque
grande parte das sementes do cerrado (e também da amazônia) não
germina adequadamente se não passar por uma queimada (consultem à
EMBRAPA). Nestas regiões, a maior parte das queimadas são naturais,
assim como o são nas savanas africanas.

Tudo indica que nada se sabe nem de suas fontes nem de todos os
seus sumidouros, apenas presume-se que destas 600 milhões de
toneladas anuais:

 Os solos são reponsáveis por 5% de sua absorção;


 Pergunta-se: Qual é o papel dos oceanos, neste jogo? (mar
também tem hidroxilas);
 As hidroxilas troposféricas (vindas da fotólise do vapor d’água) e
abundante nesta região, através da química troposférica, está sendo
responsabilizada pela absorção de 90%;
 A ozona estratosférica oxida pelo menos 2% do metano em sua
passagem para a ionosfera;
 Os restantes 3% com certeza, literalmente, “vão para o espaço”.

É o que vemos em planetas com campos gravitacionais muito mais


poderosos que o da terra e muito mais distantes do sol, como por exemplo
Júpter e Saturno.

Porém, esta “contabilidade”, ao meu ver, não está correta, e os gases de


efeito estufa jamais foram causas do “aquecimento global”. Suas
concentrações são apenas consequências, indicadores da temperatura
média planetária.

É isto que mostra a pesquisa do grupo liderado por Frank Keppler.

O único gás capaz de provocar um efeito estufa em nosso planeta, por


existir em abundância, é o mesmíssimo gás que propicía a vida na
terra: O vapor d’água.
PFCP

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