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LI- Desenho técnico - 1 02-12-2009

DESENHO TÉCNICO - 1
(Introdução)

José António Almacinha


Joaquim O. Fonseca

Desenho técnico (introdução)

DESENHO TÉCNICO
A NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO

LINGUAGEM EXPRESSÃO
FALADA ESCRITA

DESENHOS MAIS
ESQUEMÁTICOS

ESCRITAS IDEOGRÁFICAS
Ex:
Hieróglifos egípcios
Escrita chinesa (28000 a 8000 a.C.)

ESCRITA COM
ALFABETO
DESENHO TÉCNICO

DESENHO
ARTÍSTICO

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DESENHO TÉCNICO

RENASCIMENTO
FILIPPO BRUNELLESCHI
(1377 – 1446), em 1413, MESOPOTÂMIA
inventou a Perspectiva Linear. Planta de um edifício desenhado
pelos Caldeus, num fragmento de
LEONARDO DA VINCI
argila (2000 anos a.C.)
(1452 – 1519)

DESENHOS IMPÉRIO ROMANO


- Edifícios
- Aquedutos
- Fortalezas
- etc.

DIFICULDADES DE REPRESENTAÇÃO
DE OBJECTOS TRIDIMENSIONAIS EM
SÉC. XVIII SUPERFÍCIES PLANAS.
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Desenho técnico (introdução)


SÉC. XVIII

GASPAR MONGE
(1746 – 1818)

RESOLUÇÃO RIGOROSA DE
PROBLEMAS DO ESPAÇO A
3 DIMENSÕES UTILIZANDO
PROJECÇÕES ORTOGONAIS.

GEOMETRIA DESCRITIVA
(Método de Monge / Método diédrico / Método da dupla projecção)

A Geometria Descritiva opera


com pontos, rectas, planos,
superfícies geométricas e sólidos
por elas limitadas.

DESENHO TÉCNICO
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DESENHO TÉCNICO

SÉC. XIX 1980 Representação das formas e das


dimensões

O DESENHO TÉCNICO ACTUAL UTILIZA SIMPLIFICAÇÕES NA


REPRESENTAÇÃO DAS PROJECÇÕES.

FORAM ESTABELECIDAS NORMAS DE USO INTERNACIONAL


QUE TORNARAM O DESENHO TÉCNICO UMA LINGUAGEM
UNIVERSAL.
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Desenho técnico (introdução)

Cotagem e
toleranciamentos
Os suportes do desenho, as 3ª camada (“layer”)
vistas e a representação da
cotagem e dos tolerancia-
Vistas do desenho
mentos são controlados por 2ª camada (“layer”)
Normas preparadas pela
ISO/TC 10, enquanto as
Normas para cotagem e os Suporte do desenho
toleranciamentos reais são 1ª camada (“layer”)

fornecidas pela ISO/TC 213.

Desenho de
engenharia

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Origens históricas e evolução


Exemplos de acções de normalização (definição, unificação e simplificação)
de produtos acabados e elementos utilizados na sua produção:

 A adopção do “primeiro” padrão de comprimento [distância entre dois nós


de uma vara de bambu que, quando soprada, permitia reproduzir uma
determinada nota musical (som de frequência específica)], na China, no
século XXVII a.C.

 A construção de pirâmides com blocos de pedra de dimensões


unificadas, no Egipto, por volta de 2500 a.C.

 A fabricação de tijolos de formato único e ânforas de dimensões e formas


unificadas, no Egipto, com o faraó Tutmés I (1530-1520 a.C.).

 A existência de regras escritas para a construção de obras públicas


(Códice do templo de Elêusis), na Grécia, no século IV a.C. etc.
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Desenho técnico (introdução)

Com a Revolução Industrial do século XIX e a industrialização para a


produção em série de automóveis, nos USA, no início do século XX, a
Normalização alargou-se aos níveis industrial e nacional.

A Segunda Guerra Mundial pôs em evidência a necessidade de estender a


Normalização ao plano internacional.

A título de exemplo, merecem destaque as seguintes acções:

A criação da VDE (Associação dos Electrotécnicos Alemães), primeiro


organismo de normalização para o estabelecimento de normas para
a construção e instalação de aparelhos eléctricos, em 1893.

A criação da IEC - Comissão Electrotécnica Internacional (CEI), em


Londres, em 1906.

A criação do DIN - Instituto Alemão de Normalização, em 1917.


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 A criação da ISO – “International Organization for Standardization”, com


sede em Genebra, para facilitar a coordenação e a unificação interna-
cionais das normas industriais, em 1947 (www.iso.org).

 A criação da IGPAI – Inspecção Geral dos Produtos Agrícolas e


Industriais, em 1948, antecessora do actual Instituto Português da
Qualidade (IPQ), constituído em 1986 (www.ipq.pt).

 A criação do CEN - Comité Europeu de Normalização, em 1961, com


sede em Bruxelas, desde 1975 (www.cen.eu).

 A criação do CENELEC - Comité Europeu de Normalização


Electrotécnica, em 1973 (www.cenelec.eu).

 A criação do ETSI – “European Telecommunications Standards Institute”,


em 1988 (www.etsi.org).

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Desenho técnico (introdução)

Objectivos e importância da Normalização


A Normalização é a actividade destinada a
estabelecer, face a problemas reais ou
potenciais, disposições para utilização comum e
repetida, tendo em vista a obtenção do grau
óptimo de ordem, num determinado contexto
(NP EN 45020: 2001).

Consiste, em particular, na elaboração,


publicação e promoção do emprego das Normas.

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Algumas vantagens mais significativas da actividade normativa:
 o fornecimento de meios de comunicação entre as partes interessadas;
 a simplificação e a redução do tempo de projecto;
 a economia de matérias-primas;
 a economia de tempos de produção;
 uma melhor organização e coordenação do processo produtivo;
 a protecção dos interesses dos consumidores, através da garantia de
uma adequada qualidade dos bens e dos serviços, desenvolvida de
forma coerente;
 uma melhor especificação dos produtos a vender e a encomendar,
evitando-se as amostras;
 uma maior economia resultante da fácil intermutabilidade das peças;
 a promoção da qualidade de vida: segurança, saúde e protecção do
ambiente;
 a promoção do comércio, através da supressão dos obstáculos
originados pelas diferentes práticas nacionais.
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Desenho técnico (introdução)

 A ISO, criada em 1947, é uma federação


mundial de organismos nacionais de
normalização de cerca de 150 países,
tendo um carácter não governamental.
 O trabalho de elaboração das normas
internacionais é confiado às comissões
técnicas da ISO (ISO/TC) e suas
subcomissões (ISO/TC/SC).
 A publicação de uma Norma ISO requer
a aprovação de pelo menos 75% dos
organismos membros votantes.
 A ISO elabora normas desde 1972. Entre
1951 e aquela data, os documentos
normativos elaborados tinham apenas o
estatuto de recomendações (ISO/R).
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Aspectos da Normalização europeia (CEN e CENELEC)
 O CEN, criado em 1961, é uma
associação internacional de carácter
científico e técnico composta pelos
organismos nacionais de normalização
dos países membros da União Europeia e
de outros países europeus.
 Um dos meios de actuação do CEN e do
CENELEC é a transposição para o nível
europeu das normas ISO e IEC (EN ISO).
Simultaneamente, o CEN e o CENELEC
promovem a aplicação das normas
internacionais nos diferentes países.
 Os trabalhos técnicos são executados por
comissões técnicas (CEN/TC), sendo a
publicação de normas EN antecedida pela
elaboração de Projectos de Norma
europeia (prEN).
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Desenho técnico (introdução)


Aspectos da Normalização nacional (IPQ)
 O IPQ (Instituto Português da Qualidade),
criado em 1986, é o organismo nacional
que gere e desenvolve o Sistema
Português da Qualidade (SPQ) -
enquadramento legal de adesão
voluntária para os assuntos da qualidade.
 O IPQ coordena, com a colaboração de
Organismos de Normalização Sectorial
(ONS), a actividade normativa nacional.
 As Normas Portuguesas (NP) são, regra
geral, elaboradas por Comissões
Técnicas Portuguesas de Normalização
(CT), nas quais participam especialistas
representando todas as partes
interessadas.
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