Em busca das especiarias

As Grandes navegações tiveram início no século XV, no período da história denominado Idade
Moderna. Os europeus começaram a desenvolver o comércio entre a Europa e o Oriente,
principalmente na região das Índias. Os produtos de maior valor comercial na época eram as
chamadas especiarias - cravo, canela, noz-moscada, gengibre, pimenta, azeite, vinagre, e
produtos como sedas, porcelanas, tapetes, perfumes, marfins, pedras preciosas...

Especiarias são produtos de origem vegetal (flor, fruto, semente, casca, caule e raiz), de aroma e
sabor acentuados. Elas eram utilizadas na culinária para temperar e conservar os alimentos, e
também no preparo de óleos, unguentos, cosméticos, incensos e medcamentos.

De todas as especiarias existentes no Oriente e cobiçadas pelos europeus, nenhuma era mais
importane do que a pimenta. Como não havia condições de se alimentar o gado durante o
inverno, quase todos os animais eram abatidos em novembro. O sal era usado para preservar a
carne por vários meses, mas mesmo assim ela se estragava.

Como o povo normalmente passava fome não podia simplesmente jogar a carne fora. Com a
volta dos cavaleiros das cruzadas, os europeus tomaram conhecimento dos grãos e pozinhos
que tinham o poder de disfarçar o cheiro ruim e o gosto horroroso da carne podre (aaaarg). E a
especiaria mais poderosa nessa "mágica" era a pimenta. Na Europa, seu preço era altíssimo, e
na Índia os hindus só aceitavam trocá-la por ouro!

As especiarias eram originárias da ìndia, China e Ceilão, e chegavam às cidades de Alexandria e

Constantinopla, trazidas pelos Árabes. Essas mercadorias eram vendidas na Europa por preços
muito mais caros pelos comerciantes italianos das cidades de Veneza e Gênova.

Devido aos preços altos e a distúrbios políticos na rota do Mar mediterrâneo, Portugal e Espanha
desejaram fazer suas comprars diretamente com as Índias. Assim, em busca de grãos, pós e
pimentinhas que valiam mais que ouro, começou a era das grandes navegações.