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CURSO: ODONTOLOGIA

PLANOS DE CURSOS E DE AULA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA


CH: 54 ANO: 2010 PERÍODO: 1º
EMENTA, PROGRAMA, CONTEÚDOS E METODOLOGIA
DISTRIBUÍDOS PELA FACULDADE

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe será composto de um membro de cada equipe. O


representante de Classe comporá obrigatoriamente este Conselho.
Cabe ao Conselho a mediação e intermediação entre professor, monitores e
alunos com a prerrogativa principal de tentar o consenso nas pendências
impasses, conflitos entre professor/alunos/monitores.
O Conselho de Classe reunirá as equipes para discussão do plano de curso,
da metodologia planejada, atividades didáticas, conteúdo teórico e prático,
seleção de textos.
O Conselho estabelecerá o limite de tolerância para ingresso em sala de
aula. Haverá em cada encontro 2 chamadas ,uma no início e outra após
intervalo
O Conselho analisará os casos supervenientes e estabelecerá as exceções.
Todos os assuntos da classe serão tratados via Conselho.
O Conselho mediará a atuação dos monitores junto ao professor.
O Conselho informará mensalmente ou mais amiúde, se houver
necessidade, a situação de cada aluno sobre todos aspectos que envolvam a
aprendizagem
O conselho participará do processo avaliativo junto com o professor.

Melhorar! Melhorar sempre...


É importantíssimo. É vontade de Deus.
...Assim como a lua que é crescente ou é minguante,
também nós ou melhoramos ou regredimos;
se paramos, regredimos.
...Por isso, melhorar sempre,
pois chegará o dia em que não poderemos mais melhorar.
Então, é melhor começar já. ( Chiara Lubich)

Os trabalhos obedecerão às normas dos trabalhos apresentados para


conclusão de curso e elaborados pela Coordenação de Pós-graduação da
ASCES.

As citações seguirão especificamente a NBR 10520 e deverão no caso


de citação direta – transcrição literal – de livros, internet, artigos etc. “as
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RENATO CABRAL DE OLIVEIRA FILHO
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citações diretas de até três linhas dever estar contidas ente aspas duplas”.
As citações com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4
cm, com letra menor do que a utilizada no texto” ( NBR-10.520 ABNT).
Qualquer transcrição literal sem aspas ou recuo com letra menor e
indicação da fonte em qualquer trabalho ou prova implicará em anulação de
todo o trabalho ou prova com atribuição de nota zero. Isto se aplica
também na cópia/cola de colegas.
As referências bibliográficas deverão seguir a normatização da
ABNT: NBR 6023/2000

CADERNO DE TAREFAS E PASTA DE TEXTOS ETC.


Cada aluno deverá ter um caderno para execução das tarefas de casa
e uma pasta ( dossiê) para arquivo do Plano de Curso e dos Planos de Aula.
Os alunos deverão trazer para cada aula os livros ou textos a serem
utilizados de acordo com o cronograma estabelecido no Plano de Curso.
NUCLEO DE ATENDIMENTO AO DISCENTE: O professor estará à
disposição em horário a ser oportunamente divulgado para atendimento
individualizado ou grupal sobre problemas pedagógicos, dificuldades de
aprendizagem, dificuldades na redação de trabalhos científicos etc. Os
horários deverão ser previamente agendado com o docente.
BIBLIOGRAFIA
ALÉM DA BÁSICA E COMPLEMENTAR INDICADAS, AS REFERENCIADAS
EM CADA PLANO DE AULA

CRONOGRAMA/CALENDÁRIO

DATA AULAS CONTÉUDO/ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


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03.02.2010 3 Aula inicial ,planejamento Dist. P.curso
10.02.2010 6 CULTURA
24.02.2010 9 Fazer humano
03.03.2010 12 Platão
10.03.2010 15 Aristóteles
17.03.2010 18 Filme Matrix
24.03.2010 21 Painel de debates
07.04.2010 24 Avaliação
14.04.2010 27 Alienação e trabalho DEBATE
28.04.2010 30 Meios de Comunicação
05.05.2010 33 Ideologia
12.05.2010 36 Hegel e Kant
19.05.2010 39 Religião e alienação
26.05.2010 42 Ética e cidadania
01.06.2010 45 Política e valores humanos
08.06.2010 48 avaliação
15.06.2010 51 2ª chamada
22.06.2010 54 Prova final

DATA : 03.02.2010
OBJETIVOS E INSTRUÇÕES: Você assistirá o filme 12 homens e uma sentença:

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“Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley e Jack Klugman lideram o especialíssimo júri,
cujos personagens estão representados com perfeição de detalhes. Onze jurados estão
convencidos que o réu é culpado por assassinato. O décimo segundo não tem dúvida
sobre sua inocência. Como poderá este homem fazer com que os outros cheguem à
mesma conclusão?. Todo o filme, exceto três minutos de projeção, foi filmado dentro de
uma pequena, espartana e enclausurada sala de júri”
Jurados: Coordenador(cabeceira da mesa), publicitário, relojoeiro, proprietário de garagem, ancião,
arquiteto, torcedor de baseball( outra cabeceira), pintor de paredes, homem da favela, corretor da bolsa,
proprietário do serviço de mensageiro, caixa de banco. O publicitário está sentado à direita do
Coordenador e o Caixa de Banco à esquerda do coordenador. O arquiteto à esquerda do torcedor de
baseball e o pintor de paredes à direita.
Cada um assistirá a parte inicial do filme. Você fará um esquema com a posição acima ocupada pelos
jurados. O arquiteto será o número um Você colocará ( 1) para o arquiteto e numerará os demais de
acordo com a ORDEM o que você considera que irá mudar de opinião.
a) Num segundo momento, cada grupo receberá uma folha semelhante que corresponderá a opinião
do grupo.
b) O consenso do grupo deverá ser a preocupação grupal.Consenso não é algo nada fácil de ser
conseguido. E quantas vezes nas diversas reuniões e trabalhos ( PSF, por exemplo) que você
participará não será necessário?
c) A unanimidade é muito difícil de ser conseguido. Não partam para soluções simplificadoras que
acabam com a discussão e evitam que o grupo cheguem a uma melhor solução. Por exemplo,
votação.
d) Evite discutir em defesa de sua ordenação. Justifique criticamente o porquê da sua escolha e a
lógica do seu pensamento. Acolha as soluções alheias que pareçam mais lógicas. Não mude de
opinião apenas para evitar a discussão. Tente sugerir alternativas quando existir impasse na
discussão do grupo.
e) Repetindo: não use técnicas para reduzir conflito: maioria de votos, média, barganha, cara ou
coroa etc.
f) Considere uma concordância imediata como suspeita.
g) Considere que o seu grupo se sairá muito bem da tarefa. Evite atitudes derrotistas e aceite as
diferenças de opinião como algo natural e até útil para o processo decisório.
h) “Promova uma flexibilidade inteligente e recuse-se a aceitar uma capitulação imediata.

PARTICIPANTE:
Coordenador do Grupo ( ) CABECEIRA DA MESA
Publicitário( )
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Relojoeiro ( )
Proprietário de garagem ( )
Ancião( )
Arquiteto ( )
Torcedor de Baseball ( ) CABECEIRA DA MESA
Pintor de Paredes ( )
Homem da Favela ( )
Corretor da Bolsa ( )
Proprietário de serviço de mensageiro ( )
Caixa de Banco ( )

GRUPO:
Coordenador do Grupo ( ) CABECEIRA DA MESA
Publicitário( )
Relojoeiro ( )
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FONE: 81. 96563054 91047360
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Proprietário de garagem ( )
Ancião( )
Arquiteto ( )
Torcedor de Baseball ( ) CABECEIRA DA MESA
Pintor de Paredes ( )
Homem da Favela ( )
Corretor da Bolsa ( )
Proprietário de serviço de mensageiro ( )
Caixa de Banco ( )

ANÁLISE CRÍTICA DO FILME : 12 HOMENS E UMA SENTENÇA.

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No filme o processo de grupo ocupa mais de
95% da sua duração. Analise , de maneira crítica,
todo o desenrolar do processo, conflito e as diversas
tentativas de superação. Em determinado momento é
dito a seguinte frase “ O PRECONCEITO SEMPRE
OBSCURECE A VERDADE”. Em que a
mensagem do filme pode ajudar você nos grupos
que participa ( equipe da classe, família, amigos, etc)
e no que possivelmente participará ( sociedade,
associações,PSF etc.). ]
RESPONDA NESTA FOLHA COM NO MÍNIMO 20 LINHAS.
CHAVE 1. ARQUITETO 2.ANCIÃO
3. HOMEM DA FAVELA
4. RELOJOEIRO
5. CAIXA DE BANCO
6. PINTOR DE PAREDES
7. TORCEDOR DE BASEBALL
8. PUBLICITÁRIO
9. COORDENADOR DO GRUPO
10.PROPRIETÁRIO DA GARAGEM
11.CORRETOR DA BOLSA
12.PROPRIETÁRIO DO SERVIÇO DE MENSAGEIRO.

PLANO DE AULA
DATA:10 e 24.02.2010 e 03/03/2010

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ASSUNTO: A cultura e a natureza humana.Valores morais e ética.
OBJETIVOS:
A ação instintiva , a inteligência concreta e a inteligência abstrata. A
linguagem, o índice e o símbolo
Compreender o conceito antropológico de cultura diferindo-o do conceito
restrito de cultura.
Perceber que existe pluralidade cultural, tradição e inovação.
Compreender os pressupostos teóricos da natureza da cultura e como o
homo sapiens se torna humano.
Perceber o trabalho como atividade humana e compreender a dignidade
humana.
Perceber os diversos valores na diversas civilizações.
Compreender a ética como norteadora das ações humanas
METODOLOGIA:
Chamada e preenchimento da caderneta
Exposição dialogada. Discussão sobre temas e textos.
Exibição de filme, dia 03.03.2010
TAREFA DE CASA: Redija um comentário crítico sobre o texto abaixo.
RESPONDER COM CANETA AZUL OU PRETAEntregar até 03.3.2010
“A aranha realiza operações que lembram o tecelão, e as caixas suspensas
que as a abelhas constroem envergonham o trabalho de muitos arquitetos.
Mas até mesmo pior dos arquitetos difere, de início, da mais hábil das
abelhas, pelo fato de que, antes de fazer uma caixa de madeira, ele já a
construiu mentalmente. No final do processo de trabalho, ele obtém um
resultado que já existia em sua mente antes de ele mesmo começar a
construção. O arquiteto não só modifica a forma que lhe foi dada pela
natureza, dentro das restrições impostas pela natureza, como também
realiza um plano que lhe é próprio, definindo os meios o caráter da
atividade aos quais ele deve subordinar sua vontade.”
Karl Marx, O capital .
FILMES DA PROXIMA AULA : O MILAGRE DE ANA SULLIVAN
E/OU O ENIGMA DE KASPAR HAUSER

QUARTO ENCONTRO: 03 HORAS AULA. Data


COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:
Trabalhar em equipe
Correlacionar as bases filosóficas e a sua importância para o exercício da odontologia e
para o dia a dia da vida de cada um e de cada uma.
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PLANO DE AULA:

ATIVIDADES TEMPO ( + OU -)
Chamada, preenchimento da caderneta, ENTREGA DA 30 MINUTOS
TAREFA DE CASA.
EXPOSIÇÃO SOBRE SÓCRATES. VIDEO E DISCUSSÃO 120 MINUTOS
SOBRE O PRIMEIRO CAPITULO DE O MUNDO DE SOFIA
Discussão no grupão para amarração e conclusões finais RESTANTE
Total do tempo 3 HORAS/AULA

ESTRATÉGIAS:
Aula expositiva dialogada.
Exibição do primeiro capítulo do DVD o Mundo de Sofia
DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO
Considerações sobre Sócrates.
TAREFA DE CASA.
Respostas de próprio punho das seguintes questões:
Quem é você?
Por que está no mundo? De onde vem o mundo?
Quem foi Sócrates?
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução à filosofia. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2003.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São
Paulo:Cia de Letras, 1995.

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PLANO DE AULA DATA

O FAZER HUMANO

DESENVOLVIMENTO:

EXPOSIÇÃO
ANÁLISE DA LETRA DA MÚSICA
Comida
Titãs
Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto

Bebida é água.
Comida é pasto.
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte.
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé.
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer.

Bebida é água.
Comida é pasto.
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor.
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor.
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade.
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade.

QUARTOE QUINTO ENCONTRO: 03 HORAS AULA. Data 09 e 16.03.2009


COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:
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Trabalhar em equipe
Correlacionar as bases filosóficas e a sua importância para o exercício da odontologia e
para o dia a dia da vida de cada um e de cada uma

ATIVIDADES TEMPO ( + OU -)
Chamada, preenchimento da caderneta, ENTREGA DA 30 MINUTOS
TAREFA DE CASA.
EXPOSIÇÃO SOBRE PLATÃO E ARISTÓTELES. VIDEO E 120 MINUTOS
DISCUSSÃO SOBRE O SEGUNDO E TERCEIRO CAPITULO
DE O MUNDO DE SOFIA
Discussão no grupão para amarração e conclusões finais RESTANTE
Total do tempo 3 HORAS/AULA

QUARTO ENCONTRO: FILME MATRIX 1

ESTRATÉGIAS:
Aula expositiva dialogada.
Exibição do primeiro capítulo do DVD o Mundo de Sofia
Exibição do filme Matrix. Relacionar o conteúdo de Matrix com a filosofia e o mundo
de hoje

DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO

A FILSOOFIA DE PLATÃO E ARISTÓTELES.

TAREFA DE CASA.
Respostas de próprio punho das seguintes questões:
Qual o papel de Platão e Aristóteles no mundo ocidental
Responder questões sobre o filme MATRIX

REFERÊNCIAS BÁSICAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução à filosofia. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2003.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São
Paulo:Cia de Letras, 1995.
WILLIAM, Irwin. Matrix: bemvindo ao deserto do real. São Pulo: Mdras, 2003.

DATA: 16.03.2009
Ficha Técnica
Título Original: The Matrix Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 136 minutos
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RENATO CABRAL DE OLIVEIRA FILHO
FONE: 81. 96563054 91047360
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Ano de Lançamento (EUA): 1999.
Direção: Andy Wachowski e Larry Wachowski Roteiro: Andy Wachowski e Larry Wachowski
Produção: Joel Silver
Música: Don Davis Direção de Fotografia: Bill Pope
Elenco
Keanu Reeves (Thomas A. Anderson/Neo)
Laurence Fishburne (Morpheus)
Carrie-Anne Moss (Trinity)
Hugo Weaving (Agente Smith)
Gloria Foster (Oráculo)
Joe Pantoliano (Cypher)
Marcus Chong (Tank)
Julian Arahanga (Apoc)
Matt Doran (Mouse)
Belinda McClory (Switch)
Ray Anthony Parker (Dozer)
Sinopse
Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de
computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos
quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de
computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que
os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson
começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus
(Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como
outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das
pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos
para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o
aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à
liberdade.

QUESTÃO PARA ESTUDO:


1. Assista o filme e procure ver a relação entre o filme, os conteúdos
de filosofia e os filósofos que serão estudados
2. Qual a relação de Sócrates com Neo.
3. E o mito da caverna de Platão onde se enquadra na mensagem do
filme? Por que?

Questões para discussão nos grupos e apresentação após


01 hora de debate intragrupal.

1) Segundo Sócrates qual é o papel do filósofo?


2) Na alegoria da caverna como se dá o processo de
liberação do prisioneiro?
3) Qual o Papel do filósofo segundo a alegoria da
caverna?
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4) Qual a principal crítica de Aristóteles aos Platônicos.?
5) Qual a posição de Aristóteles acerca da Virtude?
6) Por que, segundo Aristóteles o homem é um animal
político?

27.04.09 – DISCUSSÃO EM GRUPO DOS DOIS TEXTOS DE GIUSEPPE E


PESQUISA, EM GRUPO, DAS QUESTÕES DE ARANHA.
A política com muitas palavras e nenhuma justiça.

Platão escreveu o diálogo Górgias ao redor do ano de 386 a. de Cr.; e contudo, algumas
temáticas daquele debate são ainda atuais. Trata-se, no enfoque que quero propor, da relação
entre a retórica e a política. Sócrates indaga Górgias acerca do “objeto da sua arte”. O Sofista
tem dificuldades em definir o “objeto” da retórica, pois esta, por ser, apenas, um método, - o
“método da persuasão” -, aplica-se à qualquer arte, da matemática à medicina; mas, sobretudo à
política, enquanto é uma arte “eficaz” para conquistar o poder.
Górgias afirma que o método da persuasão é, sempre, útil e leva vantagem, pois quem
conhece a arte da retórica convence a multidão, em qualquer assembléia. E a capacidade de
convencer os outros é a base do poder. Um poder sem adjetivos, pois pode ser democrático, mas
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também autoritário ou tirânico. Sócrates quer saber se a retórica se faz cargo de ensinar,
também, a justiça no exercício do poder. Górgias responde que não. A retórica é a arte de
convencer os outros sem distinguir entre a justiça e a injustiça. A retórica serve aos políticos,
para conquistar o poder, mas não para decidir o que é justo e o que é injusto.
Na concepção de Górgias, portanto, a conquista e o exercício do poder estão
desvinculados do uso, justo ou injusto, que dele é possível fazer. Isto é, o problema ético fica
totalmente alheio à esfera do poder político. Esta posição resulta “atual e corrente” no exercício
do poder político e no governo dos Estados. A classe política pleiteia a conquista do poder,
recorrendo à arte da retórica que facilita o aliciamento dos eleitores com a oferta das
“vantagens” que podem obter do seu governo; mas, ao mesmo tempo, evita de falar da justiça e
da ética civil, que deveriam alicerçar as relações entre todos os cidadãos. Cria-se uma “relação
viciosa” entre quem busca a conquista do poder político, para seu benefício, e os cidadãos que
lhe entregam o poder, também buscando benefícios para si e para o seu grupo de relações e de
interesses. Afinal, as “elites” e as maiorias cooptadas criam uma relação perversa, que relega a
política na pura esfera do exercício do poder em benefício das facções vencedoras e de seus
suportes.
Contra a visão a-ética do poder político, indiferente ao problema da justiça, Sócrates
propõe uma concepção política que incorpora o “logos” ético, isto é o discurso sobre as
finalidades, as motivações e as conseqüências da ação política. Esta forma de encarar a política
apresenta-se como um caminho para poucos. E Sócrates reivindica a sua solidão ao declarar-se
o “único“ homem político em Athenas, pois considera-se o único capaz de refletir sobre a
“justiça” na cidade, e de reivindicá-la como o valor ético mais importante.
Em relação ao “exercício” do poder declara a sua incapacidade a gerir os processos
administrativos, mas não julga este seu limite como uma desonra, pois considera que o mais
importante, na política, seja a afirmação do valor da justiça para todos os cidadãos. A política é,
portanto, mais uma ação ética que deve cuidar da realização da Justiça, antes que uma ação
técnica de gestão do poder para favorecer os interesses de alguns contra os interesses de outros.
Com certeza, trata-se de uma reflexão “edificante” e severa, que, porém, não encontra
muitos ouvintes no meio do barulho das campanhas eleitorais, em andamento, nos diferentes
rincões do mundo.
Giuseppe Staccone

QUESTÕES PARA PESQUISAR


1. Por que o cinema e a televisão são considerados meios de comunicação de
massa.
2. Cinema experimental,o que é e porque dificilmente é uma
cultura/comunicação de massa.
3. Descreva o gênero cinematográfico documentário.
4. Fale sobre o filme de ficção.
5. Descreva o cinema comercial

6. Diferenças entre telejornal e documentário.


7. Diferenças de impacto entre filmes no cinema e na televisão.
8. Caracterize a linguagem da televisão.
9. Descreva< exemplificando, o gênero televisivo diálogo, as formas musicais e
o videoclipe.
10. Fale sobre as narrativas seriadas.
11. Descreva o telejornal.
12. Como você compreende as transmissões ao vivo .
13. Uso alternativo da televisão.
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14. Televisão: bem ou mal.
15. Explique como o homo faber e o homo sapiens representam duas dimensões
inseparáveis do ser humano.
16. Por que o trabalho manual e, em decorrência a técnica, era desvalorizadas
na Antiguidade e na Idade Média.
17. Descreva o papel da burguesia no desenvolvimento da técnica.
18. Diferença entre trabalho e alienação e porque os animais não trabalham .
19. O que é a tecnocracia e o seu papel na atualidade.
20. Diferencie cultura e natureza e pluralidade cultural.
21. Compare como determinada espécie animal ( onça, macaco etc.) “ensina”
sua prole e a família humana.
22. Compare o fazer humano com o fazer animal e os tipos de inteligência.
23. Conceitue humanidade e antropologia.
24. Descreva a sociedade pós-industrial.
25. Comente a frase: greve: recurso do trabalhador ou desordem social.
26. Em que consiste a razão instrumental

A CIDADANIA NO BRASIL
Acabo de passar seis meses no Brasil e me atrevo a dizer a minha sobre a situação no País, em relação aos
direitos de cidadania. Trata-se de um enfoque particularmente importante, pois diz respeito à qualidade da
democracia e ao status dos direitos dos cidadãos.
Antes de tudo, tenho a percepção de que a “sociedade” brasileira continue a recusar o reconhecimento,
dolorido e humilde, da realidade material e social em que se encontra o País. Os anúncios e as promessas de uma
“terra sem males”, em que estaria transformando-se o Brasil, continuam a mistificar a realidade que, de acordo com
todos os indicadores econômicos e sociais, éticos e culturais, apresenta-se injusta, excludente e, sobretudo,
escandalosamente desigual. Ao mesmo tempo, continua a monótona propaganda que assevera uma condição de
vantagem do Brasil em relação ao resto do mundo, nesta fase de crise econômica. Será?
O “slogan” da propaganda, veiculado em todas as salsas, soa: “Brasil um país para todos”! Será o País,
também, dos brasileiros sem trabalho, sem escola e sem acesso a um sistema de saúde decente? De acordo com os
dados do IBGE, ano de 2006, 52,4% dos trabalhadores brasileiros, inseridos no mercado formal de trabalho, ganham
até um salário mínimo; outros 23,3% ganham até dois salários mínimos. Em total: 75,7% dos trabalhadores
brasileiros, com carteira assinada, ganham até dois salários mínimos. Além disso, de acordo com várias pesquisas
realizadas no País, resulta que cerca de 50% da população ativa está fora do mercado formal de trabalho. Esta quantia
estatística, traduzida em números reais, daria cerca de 38 milhões de brasileiros.
Por outro lado, pesquisando a situação patrimonial dos brasileiros, o Atlas de Exclusão Social, estudo anual
de pesquisadores paulistas, fez as contas e descobriu que 10% da população detém 75,6% da riqueza nacional.
Sobram 24,4% das propriedades e do dinheiro para os restantes 165 milhões de brasileiros. Vale lembrar que o PIB
per capita (divisão do total do PIB pela população residente) é pequeno, alcançando R$ 13.515 per capita em 2007.
Nasce espontânea, para mim, uma pergunta: uma pessoa, milhões de pessoas, excluídas (permanentemente)
do mercado de trabalho podem ser consideradas cidadãos que gozam dos direitos de cidadania? Os milhões de
brasileiros roubados de um sistema de “educação pública de qualidade” podem ser contados entre os cidadãos? Estes

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brasileiros, sem cidadania, têm um futuro melhor pela frente, visto que a escolaridade é um fator decisivo para a
melhoria da renda e das condições de vida?
Poderia-se, também, medir a qualidade da cidadania focalizando as condições de segurança nas cidades
brasileiras. Diante da violência urbana (estupros, prostituição de menores, assaltos, roubos, invasões de prédios,
guerrilha urbana nalgumas metrópoles, homicídios... etc.) os cidadãos “de bem” (isto é, os bem colocados na
sociedade) invocam, genericamente, mais polícia nas ruas, nas praças, nas esquinas de seus prédios e de suas
mansões, penas mais duras para os “bandidos”, carceragens mais longas, etc.
Em contraponto: quantos cidadãos, bem inseridos na “sociedade afluente”, põem para si as perguntas
“necessárias” e iniludíveis sobre a origem da violência? Não será a violência um fruto amargo da injustiça social e da
falta de perspectivas, para milhões de jovens, de encontrar um lugar na sociedade afluente? E mais: porquê, os
“excluídos” e os “refugos” deveriam respeitar as leis de uma sociedade que os encurrala às margens da convivência
civil e solidária? Porquê esperar que os “bandidos” respeitem os direitos dos outros, quando eles não têm direitos
reconhecidos? Digo isto a partir do pressuposto de que a relação ética está fundada no reconhecimento recíproco e na
solidariedade entre todos homens que vivem em sociedade.
“O Presidente Lula defende nova ordem mundial ética": é a manchete da Folha on-line de 16/04/2009.
"Queremos uma globalização com ética, que coloque as pessoas no centro de nossas ações. As respostas devem ser
socialmente justas e combater a pobreza", afirmou Lula, no discurso de abertura da 4ª edição latino-americana do
Fórum Econômico Mundial. Mas, diante de tais declarações, muito compartilháveis, nasce espontânea a pergunta:
porquê Lula não começa a promover no Brasil a cura dos males que justamente denuncia? Porquê, em lugar de
promover a compra de carros e motos não financia a construção de escolas e hospitais públicos? Porque não se põe
um limite ao escândalo do uso impróprio e criminoso dos cofres públicos? Aquelas somas vultosas, usadas em
benefício de poucos privilegiados, não poderiam se alocadas para pagar salários dignos aos professores das escolas
públicas de todos os níveis, em todo o País?
A cidadania é exigente e se fundamenta num sistema complexo de relações éticas, jurídicas, políticas,
sócias, econômicas, etc., que demandam de todos os cidadãos e de todas as instituições um compromisso sério e
sincero com a reciprocidade do reconhecimento e a solidariedade no uso de todos os bens disponíveis.
Despeço-me citando um texto que indica os caminhos a percorrer:
"A cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direitos dos seres humanos não é um dado. É
um construído da convivência coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que
permite a construção de um mundo comum através do processo de asserção dos direitos humanos." (Hannah
Arendt)".

Giuseppe Staccone
gstacco@gmail.com

DATA: 04.05.2009
FILME O NOME DA ROSA.
Após o filme responder as questões formuladas individualmente
FILME: O NOME DA ROSA
Ficha técnica:
Ficha Técnica
Título Original: Der Name Der Rose
Tempo de Duração: 130 minutos
Ano de Lançamento (Alemanha): 1986
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Andrew Birkin, Gérard Brach, Howard Franklin e Alain Godard,
baseado em livro de Humberto Eco
Produção: Bernd Eichinger
Música: James Horner
Fotografia: Ronino Delli Colli
Desenho de Produção: Dante Ferretti
Figurino: Gabriella Pescucci
Edição: Jane Seitz
Elenco
Sean Connery (William de Baskerville) Christian Slater (Adso von Melk)
Helmut Qualtinger (Remigio da Varagine) Elya Baskin (Severinus) Michael Lonsdale
(Abade)
Volker Prechtel (Malachia) Feodor Chaliapin Jr. (Jorge de Burgos) William Hickey
(Ubertino da Casale)

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RENATO CABRAL DE OLIVEIRA FILHO
FONE: 81. 96563054 91047360
Email: renatocabralofilho@yahoo.com.br
renatocabralofilho@hotmail.com
Michael Habeck (Berengar) Urs Althaus (Venantius) Valentina Vargas (Garota)
Ron Perlman (Salvatore) Leopoldo Trieste (Michele de Cesena) Franco Valobra (Jerome
de Kaffa)
Vernon Dobtcheff (Hugh de Newcastle) Donald O'Brien (Pietro d'Assisi) Andrew
Birkin (Cuthbert de Winchester) F. Murray Abraham (Bernardo Gui)
Sinopse
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk
(Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte
da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a
Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários
assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o
caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é
obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele
conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega
no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido
assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é
inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta
batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada
enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/nome-da-rosa/nome-da-rosa.asp

ALGUNS QUESTIONAMENTOS(RESPONDA):

1. O que foi a Inquisição e qual o seu papel na história da humanidade?


2. O que representou o Renascimento na Idade Média.?
3. Influências de Platão e Aristóteles na civilização Ocidental.
4. O papel da Igreja católica como guardiã da cultura ocidental. Limite, avanços e retrocessos.
5. O significa a “ briga” entre Franciscanos e Dominicanos.

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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Data: 08.06.2009

AVALIAÇÃO DO SEMINÁRIO

GRUPO APRESENTAÇÃO SEGURANÇA RECURSOS MÉDIA

RACIONALISMO
EMPIRISMO
ÉTICA E CIDADANIA
PLATAO,SÓCRATES E
ARISTÓTELES
FILOSOFIA DO SUS
CAPITALISMO E
SOCIALISMO ,
LIMITES E
POSSIBILIDADES

REPRESENTANTES:

GRUPO A: LARISSA - RACIONALISMO


GRUPO B: DANIELE BENJOÍNO - EMPIRISMO
GRUPO C: BRUNA CORREA – ÉTICA E CIDANIA
GRUPO D: ÂNGELA -PLATÃO, SÓCRATES E ARISTÓTELES
GRUPO E1: RAMON – FILOSOFIA DO SUS NA ATENÇÃO BÁSICA.

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GRUPO E2 : JESSICA INGRID – FILOSOFIA DO SUS NA ATENÇÃO
BÁSICA
GRUPO F – LUCIRENE – CAPITALISMO E SOCIALISMO: LIMITES E
POSSIBILIDADES.

QUESTÕES PARA A SEGURANÇA

1) Explique a frase: “ Nascemos homens; tornamo-nos


humanos.
2) O que foi a Inquisição e qual o seu papel na história da
humanidade e seus reflexos ainda hoje no Brasil e no
mundo.
3) Qual a diferença entre o fazer humano e o fazer animal.
4) O que é o SUS e qual a sua filosofia.

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PROVA DE SEGUNDA CHAMADA DE FILOSOFIA
ALUNO:
DATA 15.06.2009
Dentre aqueles prazeres ou desejos que não necessários há, em meu entendimento, os
que são desregrados:cada um está exposto a encontrá-los em si;mas,de outro lado, há a
possibilidade, se eles são reprimidos pelas leis e pelos desejos que valem mais, que alguns
homens, com o concurso do raciocínio ou se desembaracem deles completamente, ou então só
os deixem subsistir em pequeno número e sem força; há a possibilidade também que ganhem
força e número.
- Quais são estes desejos dos quais você quer falar?
- São,respondi os que despertam por ocasião do sono, todas as vezes que dorme a parte
da alma cujo papel é raciocinar e comandar outrem pela doçura, enquanto a parte bestial e
selvagem, enchendo-se de alimento ou bebida, se agita e, repudiando o sono, trata de tomar a
dianteira e de saciar sua própria inclinação. Você sabe muito bem que, em tal ocorrência, não há
audácia diante da qual esta recue, como desatada, desembaraçada de toda vergonha e de toda
reflexão: nem, com efeito, diante da idéia de querer se unir à sua mãe ou a não importa
quem,homem, divindade, besta; de se manchar com não importa qual assassínio, de não se
abster de alimento algum. Numa palavra, em ponto algum desta a salvo da desrazão nem da
indiferença à vergonha. – Sua linguagem diz ele é a própria verdade!
- Mas todas as vezes imagino que, ao contrário, se tem a saúde em seu foro interior e
uma sábia moderação; que se passa ao sono depois de ter acordado o elemento de si que
raciocina e calcula; que se fez seu festim de belos discursos e de belas reflexões; que se
alcançou a concentrar sobre si mesmo sua meditação pessoal; que não nos entregamos a função
desejante nem às privações nem à saciedade, a fim de adormecê-la e de impedi-la de vincular ao
que há de melhor, o tumulto de suas alegrias ou de suas tristezas, que, antes, permitiu-se àquele
ter por si mesmo, de acordo consigo mesmo, sozinho , na pureza de seus exames e suas
aspirações , a percepção de alguma coisa que não conhece, coisa passada, atual, futura; que,
depois de ter tal moldo apaziguado o elemento que se caracteriza pelo ardor do sentimento,
adormecemos sem que,com um coração agitado, fiquemos encolerizado contra tal ou tal; todas
as vezes, ao contrário, que, depois de haver tranqüilizado estas duas formas da alma e de haver
dado impulso à terceira, aquela na qual se produz o ato de pensar, experimenta-se assim o
repouso;você não sabe que é neste estado que se está, no mais alto grau, em contato com a
verdade e que também é o mínimo possível do desregramento das visões que nos aparecem em
nossos sonhos? – Sim, claro! Disse ele: é perfeitamente o estado do qual você fala! - Pois bem!
Deixamos prolongar excessivamente esta disgressão! Mas nosso propósito é de bem
compreender que, decididamente, há em cada um de nós uma espécie de desejo terrível,
selvagem, desregrado; e é nossa opinião que dá-se o mesmo com algumas pessoas que, dentre
nós, são completamente comedidas. Ora, a consideração dos sonhos tornou isso manifesto,
como vimos, pois bem, reflita sobre isso, veja se minha opinião vale, a seus olhos, e se você
adere a ela. Mas adiro!
Platão. A República
SOBRE ESTE TEXTO RESPONDA:
1. Por que dos desejos desregrados só podem se achar dentre os desejos que não são necessários? A
repressão desses desejos pode algo, ou nada, quanto à sua força e seu número?
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2. Quais são os desejos desregrados?Que nome lhe daríamos hoje?

3. Por que é importante compreender que existe em cada um de nós uma espécie de desejo terrível,
selvagem, desregrado? Por que PLATÂO sublinha que ele existe até para aqueles que são
completamente comedidos?

PROVA FINAL:
Aluno:
Data: 22.06.2009

Homem: o ser que pergunta.

Normalmente perguntamos sem refletir sobre o próprio perguntar,sem indagar pelo


significado dessa operação da inteligência que se acha na raiz de todo conhecimento e de
toda ciência. E ao perguntar por perguntar, convertemos essa operação, que nos parece tão
banal, tão quotidiana, em tema filosófico, a partir do momento em que passamos a
considerá-la do ponto de vista da crítica radical.
Se compararmos, nesse aspecto, o comportamento humano com o do animal,
verificaremos que o animal não pergunta, não indaga, limitando-se a responder.
Mas, por que o animal não pergunta? Não pergunta porque não precisa perguntar. E
por que não precisa perguntar? Porque, para viver e reproduzir-se, dispõe de instinto que o
torna capaz de fazer, embora inconscientemente e sonambulicamente, tudo que é necessário
para sobreviver e assegurar a sobrevivência de sua espécie.
O animal não pergunta, limita-se a responder a estímulos e provocações do contexto
em que se encontra, a responder imediatamente, fugindo do perigo, quando é ameaçado, e
atacando a presa quando está com fome.
Em contraste, o homem pergunta. E, por que pergunta? Porque precisa
perguntar.Mas , por que precisa perguntar? Precisa perguntar porque não sabe e precisa
saber, saber o que é o mundo em que se encontra e no qual deve viver. Para poder viver, e
viver é conviver, com as coisas e com os outros homens, precisa saber como as coisas e
outros homens se comportam, pois sem esse conhecimento não poderia orientar sua conduta
em relação às coisas e aos homens. Para o ser humano o conhecimento não é facultativo,
mas indispensável, uma vez que a sua sobrevivência dele depende.
Ora, que está origem tanto do conhecimento , tanto filosófico quanto científico? Na
origem desse conhecimento está a capacidade, ou melhor, a necessidade de perguntar, de
indagar, o que são as coisas e o que é o homem. (ROLAND CORBISIER, Introdução à
filosofia, t.1, p 125-127)

Questões:
1. Baseando-se no texto, responda: por que o animal para viver
não precisa perguntar?
2. Em contraste com o animal, por que o homem precisa
perguntar?
3. Qual é a contradição irônica entre o que diz Corbisier a
respeito do ser humano e a classificação da espécie humana?
4. Comente a seguinte afirmação. Apesar de pouco praticado,
perguntar é um ato inteligente e muito importante numa
conversação. É a melhor maneira de confirmar que o que a
pessoa está entendendo é realmente o que quis dizer o outro.
Por meio de perguntas, a pessoa também mostra a sua
atenção, curiosidade, seu interesse e respeito pelo que faz,
sente e pensa seu interlocutor. Não fica apenas preocupada
em exibir seus próprios conhecimentos ou esconder sua
ignorância, e aprende mais. Por isso há quem diga que fazer
pergunta é mais importante do que dar respostas.

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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
Data
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
ALUNO (A):________________________________________

Questão 1. “Há homens desumanos à força de crueldade, de


selvageria, de barbárie. Mas seria tão desumano quanto eles
contestar sua pertinência à humanidade. Nascemos homens;
tornamo-nos humanos. Mas quem não consegue se tornar, nem por
isso deixa de ser homem. A humanidade é recebida, antes de ser
criada ou criadora.(...) Não é uma essência, é uma filiação: homem,
porque filho de homem.” Considerando essa citação de Comte-
Sponville, responda:
a. O que o autor quer dizer com “ Nascemos homens; tornamo-
nos humanos.
b. A partir deste trecho, qual seria a opinião do autor sobre
tortura, castigos cruéis e pena de morte.
c. Em função dos assuntos sobre violência que tem dominado a
mídia nas últimas semanas e em relação ao texto, qual o seu
ponto de vista a respeito.
d. Para os alunos que não fizeram o trabalho sobre o filme Enigma
de Kaspar Hauser, faça uma analogia entre a mensagem do
texto e do filme.

Questão 2. Dissertação: “Hoje, com os dados acumulados em mais de


30anos de pesquisas semanais sobre os hábitos e os costumes da
população brasileira, a televisão produz uma programação
rigorosamente ajustadas às classes sociais, faixas etárias, níveis de
renda e de escolarização da população”(Alcione Araújo)

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“A aranha realiza operações que lembram o tecelão, e as caixas suspensas
que as a abelhas constroem envergonham o trabalho de muitos arquitetos.
Mas até mesmo pior dos arquitetos difere, de início, da mais hábil das
abelhas, pelo fato de que, antes de fazer uma caixa de madeira, ele já a
construiu mentalmente. No final do processo de trabalho, ele obtém um
resultado que já existia em sua mente antes de ele mesmo começa a
construção. O arquiteto não só modifica a forma que lhe foi dada pela
natureza, dentro das restrições impostas pela natureza, como também
realiza um plano que lhe é próprio, definindo os meiose o caráter da
atividade aos quais ele deve subordinar sua vontade.”

Karl Marx, O capital .

Fazer uma leitura crítica individual e discuti-la em grupo.

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DATA: 12.05.2008
Ficha Técnica
Título Original: The Matrix Gênero: Ficção Científica
Tempo de Duração: 136 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1999.
Direção: Andy Wachowski e Larry Wachowski Roteiro: Andy Wachowski e Larry Wachowski
Produção: Joel Silver
Música: Don Davis Direção de Fotografia: Bill Pope
Elenco
Keanu Reeves (Thomas A. Anderson/Neo)
Laurence Fishburne (Morpheus)
Carrie-Anne Moss (Trinity)
Hugo Weaving (Agente Smith)
Gloria Foster (Oráculo)
Joe Pantoliano (Cypher)
Marcus Chong (Tank)
Julian Arahanga (Apoc)
Matt Doran (Mouse)
Belinda McClory (Switch)
Ray Anthony Parker (Dozer)
Sinopse
Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de
computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos
quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de
computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que
os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson
começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus
(Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como
outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das
pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos
para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o
aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à
liberdade.

QUESTÃO PARA ESTUDO:


1. Assista o filme e procure ver a relação entre o filme, os conteúdos
de filosofia e os filósofos que serão estudados

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FILME

O NOME DA ROSA

PROVA A

PRIMEIRA QUESTÃO:
Analise o texto anexo do professor Giuseppe Staccone e faça um
comentário crítico, inclusive relacionando-o aos assuntos estudados e a
eleição de outubro próximo.
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SEGUNDA QUESTÃO:
Há uma referência ao paladar no filme Matrix ao ser servido um bife.
Como podemos entender verdade, deserto do real e relacionar o filme com
os referenciais teóricos estudados.
TERCEIRA QUESTÃO:
O filme O nome da Rosa, baseado na obra de Umberto Eco, retrata uma
fase importante da história da civilização ocidental no que diz respeito a
filosofia, costumes, etc. Qual os aspectos positivos e negativos da obra que
você aplicaria num PSF onde trabalhasse e para sua vida como cidadão.
QUARTA QUESTÃO
A idade média , entre outras coisas, caracterizou-se pela hegemonia
cultural, econômica e também política da Igreja Católica. Neste período
tivemos a Patrística e a Escolástica:
Responda:
1. Em que consistia a patrística e qual era o seu objetivo/
2. Como se entende a Cristianização de Platão?
3. De que maneira o conceito de graça divina defendido por Agostinho,
rompe com a ética pagã.

A política com muitas palavras e nenhuma justiça.

Platão escreveu o diálogo Górgias ao redor do ano de 386 a. de Cr.; e contudo,


algumas temáticas daquele debate são ainda atuais. Trata-se, no enfoque que quero
propor, da relação entre a retórica e a política. Sócrates indaga Górgias acerca do
“objeto da sua arte”. O Sofista tem dificuldades em definir o “objeto” da retórica, pois
esta, por ser, apenas, um método, - o “método da persuasão” -, aplica-se à qualquer arte,
da matemática à medicina; mas, sobretudo à política, enquanto é uma arte “eficaz” para
conquistar o poder.
Górgias afirma que o metodo da persuasão é, sempre, útil e leva vantagem, pois
quem conhece a arte da retórica convence a multidão, em qualquer assembléia. E a
capacidade de convencer os outros é a base do poder. Um poder sem adjetivos, pois
pode ser democrático, mas também autoritário ou tirânico. Sócrates quer saber se a
retórica se faz cargo de ensinar, também, a justiça no exercício do poder. Górgias
responde que não. A retórica é a arte de convencer os outros sem distinguir entre a
justiça e a injustiça. A retórica serve aos políticos, para conquistar o poder, mas não
para decidir o que é justo e o que é injusto.
Na concepção de Górgias, portanto, a conquista e o exercício do poder estão
desvinculados do uso, justo ou injusto, que dele é possível fazer. Isto é, o problema
ético fica totalmente alheio à esfera do poder político. Esta posição resulta “atual e
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corrente” no exercício do poder político e no governo dos Estados. A classe política
pleiteia a conquista do poder, recorrendo à arte da retórica que facilita o aliciamento dos
eleitores com a oferta das “vantagens” que podem obter do seu governo; mas, ao mesmo
tempo, evita de falar da justiça e da ética civil, que deveriam alicerçar as relações entre
todos os cidadãos. Cria-se uma “relação viciosa” entre quem busca a conquista do poder
político, para seu benefício, e os cidadãos que lhe entregam o poder, também buscando
benefícios para si e para o seu grupo de relações e de interesses. Afinal, as “elites” e as
maiorias cooptadas criam uma relação perversa, que relega a política na pura esfera do
exercício do poder em benefício das facções vencedoras e de seus suportes.
Contra a visão a-ética do poder político, indiferente ao problema da justiça,
Sócrates propõe uma concepção política que incorpora o “logos” ético, isto é o discurso
sobre as finalidades, as motivações e as conseqüências da ação política. Esta forma de
encarar a política apresenta-se como um caminho para poucos. E Sócrates reivindica a
sua solidão ao declarar-se o “único“ homem político em Athenas, pois considera-se o
único capaz de refletir sobre a “justiça” na cidade, e de reivindicá-la como o valor ético
mais importante.
Em relação ao “exercício” do poder declara a sua incapacidade a gerir os
processos administrativos, mas não julga este seu limite como uma desonra, pois
considera que o mais importante, na política, seja a afirmação do valor da justiça para
todos os cidadãos. A política é, portanto, mais uma ação ética que deve cuidar da
realização da Justiça, antes que uma ação técnica de gestão do poder para favorecer os
interesses de alguns contra os interesses de outros.
Com certeza, trata-se de uma reflexão “edificante” e severa, que, porém, não
encontra muitos ouvintes no meio do barulho das campanhas eleitorais, em andamento,
nos diferentes rincões do mundo.
Giuseppe Staccone
PROVA B

PRIMEIRA QUESTÃO:
Analise o texto anexo do professor Giuseppe Staccone e faça um
comentário crítico, inclusive relacionando-o aos assuntos estudados e a
eleição de outubro próximo.
SEGUNDA QUESTÃO:
Morpheus diz a Neo que ele “ nasceu numa prisão para a mente(dele) . Até
os escravos tem a mente livre. Comente a analogia do filme com os mitos
platônicos.
TERCEIRA QUESTÃO:
O filme O nome da Rosa, baseado na obra de Umberto Eco, retrata uma
fase importante da história da civilização ocidental no que diz respeito a
filosofia, costumes, etc. Qual os aspectos positivos e negativos da obra que
você aplicaria num PSF onde trabalhasse e para sua vida como cidadão.
QUARTA QUESTÃO
A idade média , entre outras coisas, caracterizou-se pela hegemonia
cultural, econômica e também política da Igreja Católica. Neste período
tivemos a Patrística e a Escolástica:
Responda:
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1. O que era a escolástica e em que contexto histórico se desenvolveu?
2. Inserida no movimento escolástico, já nasce com objetivos
preestabelecidos: não contrariar a fé. Justifique esta afirmativa.
3. Para Tomas de Aquino o que era o mal?

A POLÍTICA E OS POLÍTICOS

A “política” foi uma invenção dos gregos, nos séculos V-IV antes de Cristo; e nasceu da necessidade
de organizar a sociedade complexa, que estava surgindo das relações sociais e econômicas, sempre
mais amplas e diversificadas, entre os clãs familiares, as colônias gregas no exterior e os povos
mediterrâneos. O governo da sociedade complexa exigia uma nova cultura, uma nova ética e uma nova
organização política, original e criativa. Pois, passava-se da estrutura tribal dos pequenos reis,
sacerdotes e pastores, que governavam um clã, ao governo de interesses diversificados de grupos
sociais em competição entre si; da condução familiar de propriedades comuns a todos, à
administração de interesses diversificados de livres cidadãos, residentes na mesma “polis”. A cidade,
no projeto dos míticos legisladores gregos, devia constituir um espaço ordenado e seguro, para que
todos os homens livres pudessem alcançar o bem estar e a felicidade. Os primeiros teóricos da
filosofia política, Platão e Aristóteles, viam uma afinidade, de tipo analógico, entre a cidade e os
cidadãos; e, entendiam que há uma relação dialética entre a busca da felicidade individual e o bem da
cidade. Quando, por diferentes motivações, quebra-se esta relação, e alguns cidadãos passam a repor
a felicidade na riqueza pessoal e familiar, no poder tirânico de um ou de poucos, ou no descalabro da
multidão ignara, que decide aos gritos nas praças, a cidade adoece, e os cidadãos sofrem pelo mau
governo. E não conseguem mais alcançar o bem estar pessoal e social, a paz e a felicidade. Aristóteles
percebe, na maioria dos cidadãos do seu tempo, a aspiração irrefreável pela liberdade e pela
igualdade, que são as qualidades características dos homens e das cidades “democráticos”, e podem
constituir o fundamento de um regime democrático “bom”, a pacto de que, -ressalva muito
importante-, os políticos sejam escolhidos entre os “melhores” cidadãos.
Mas, nesta equação aninha-se, freqüentemente, o desencontro entre as expectativas que os cidadãos
repõem na política e o retorno que conseguem ter da concreta atuação dos homens políticos. Muitos
dos quais, pelo mundo afora, agem como facínoras, canalhas e aproveitadores, jogando o descrédito
encima da política, que os cidadãos entendem, mesmo que confusamente, como a arte de governar a
sociedade complexa, com justiça, equidade, e desinteresse pessoal.
Se diz que, cada Estado é regido pelos políticos que os cidadãos merecem. Na ótica dos antigos
filósofos gregos, a afirmação é procedente. E eu, pessoalmente, não vejo argumentos sérios, que

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poderiam derrubar aquela equação. Se temos políticos que, eleitos livremente pelos cidadãos, se
comportam como facínoras e canalhas, fica evidente que abundam, na sociedade, cidadãos do mesmo
feitio. Ao menos que, e esta parece-me ser a causa mais comum, os eleitores sejam pessoas de pouca,
ou nenhuma, capacidade crítica; e portanto, incapazes, por falta de cultura e de educação
democrática, a escolher os “melhores”, para governar o Estado segundo justiça e equidade.
Pessoalmente fico indignado diante dos “excessos” de safadeza e de comportamentos anti-sociais e
vulgares de muitos políticos, e me pergunto em relação às capacidades mentais ou à formação ética
dos eleitores que os enviaram a representá-los. A coisa torna-se ainda pior, e mais revoltante, quando
os mesmos políticos de conduta reprovável, são reeleitos em sucessivas eleições e nos mesmos
colégios eleitorais.
Voltando à equação dos antigos filósofos gregos, é verossímil que os cidadãos democráticos
contribuam, com a sua participação política, livre e consciente, a construir sociedades e Estados
democráticos. É também verossímil que, os cidadãos não educados para a convivência democrática
favoreçam a subida ao poder de homens facínoras, que usam do poder político para cultivar
interesses pessoais e de categoria, levando assim todos os cidadãos a viver “mal” no interior de
sociedades, estruturalmente, injustas, e sempre na beira do abismo das desordeiras comoções
sociais.
Se valem estas premissas, cada um pode tirar as conclusões pertinentes!

Giuseppe Staccone

PROVA C

PRIMEIRA QUESTÃO:
Analise o texto anexo do professor Giuseppe Staccone e faça um
comentário crítico, inclusive relacionando-o aos assuntos estudados e a
eleição de outubro próximo.
SEGUNDA QUESTÃO:
Você tomaria a pílula vermelha ou a azul? Por que? Justifique sua resposta
à luz dos referenciais teóricos estudados.
TERCEIRA QUESTÃO:
O filme O nome da Rosa, baseado na obra de Umberto Eco, retrata uma
fase importante da história da civilização ocidental no que diz respeito a
filosofia, costumes, etc. Qual os aspectos positivos e negativos da obra que
você aplicaria num PSF onde trabalhasse e para sua vida como cidadão.
QUARTA QUESTÃO
A idade média , entre outras coisas, caracterizou-se pela hegemonia
cultural, econômica e também política da Igreja Católica. Neste período
tivemos a Patrística e a Escolástica:
Responda:
1. Em que consiste a cristianização de Aristóteles.
2. Qual o conceito de mal para Santo Agostinho?
3. Como se explica o dito agostiniano: ama e faze o que quiseres.

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Retórica democrática e regimes oligárquicos

Os filósofos gregos da política tinham clara a distinção entre uma constituição de tipo
democrático e outra de tipo oligárquico. Tanto Platão como Aristóteles avaliam negativamente estas duas
formas de governo, e nos oferecem algumas reflexões, muito interessantes, para os nossos dias. No
diálogo platônico protagonizado pelo sofista Protágoras, Sócrates escarnece o seu interlocutor porque
sustenta que todos os homens (livres) são iguais e capazes de apreender a “politiké techne”, a arte da
política. Sabemos que Platão tinha uma concepção muito diferente, pois defendia a tese de que: só
aqueles que nasceram para governar, os filósofos, têm a sabedoria para fazê-lo. Mas, o mundo grego que
Platão conhecia, apesar da retórica democrática de Péricles e do parêntese tirânico dos Trinta, era o
mundo governado pelas oligarquias. Os atenienses, na tentativa de se libertar da tirania dos oligarcas,
introduziram dois instrumentos dissuasivos, “democráticos” e bastante eficazes: o ostracismo e o graphé
paranomon. Com o primeiro votava-se a proposta de exilar qualquer cidadão que fosse tido perigoso para
a polis, porque excessivamente rico e poderoso. Se a maioria votasse pelo ostracismo, o cidadão em
julgamento devia exilar-se da cidade, enquanto seus bens eram confiscados em benefício da coletividade.
No segundo caso, contra uma proposta levada à votação na Assembléia, alguém podia levantar a “questão
de inconstitucionalidade”, o graphé paranomon. Se esta recebesse o consenso da maioria, a proposta
apresentada devia ser retirada ou rejeitada. Este instrumento de defesa contra os demagogos e os
oligarcas, capazes de manobrar as assembléias dos cidadãos, remete, segundo Moses I. Finley
(Democracy Ancient and Modern, 1972) aos valores fundantes das cidades gregas: a amizade e a justiça.
Por sinal, no diálogo citado, Sócrates contrapõe à “politiké techne”, defendida por Protágoras, a
necessidade da philia, isto é da amizade entre os cidadãos, como fundamento da convivência política.
Eu assumo como fundamental, na definição do conceito de democracia, que não basta
reconhecer as regras e/ou o método democrático, mas é necessário aceitar os valores fundantes da
sociedade política, isto é os valores da convivência solidária (philia) e da justiça, aceitos, geralmente, de
modo explícito ou implícito nas Constituições da maioria dos Países democráticos. Se aceitarmos este
referencial, torna-se evidente o déficit de verdadeira democracia pelo mundo afora, inclusive nos países
de cultura cristã-ocidental. A democracia que temos, nada mais é que o governo das oligarquias ou das
elites, que defendem, sobretudo, e mais que nada, os seus próprios interesses. A retórica democrática
serve de véu protetor, e de embaçamento para que os nossos olhos não vejam a desordem gritante da
injusta repartição dos bens e das riquezas, produzidas com o trabalho de todos. Apresentam-nos o
mercado como o “par” da democracia. Todos teríamos chances de consumir e de governar. Um engodo!
Quero tentar de propor os valores da convivência solidária (philia) e da justiça na perspectiva
cultural do nosso mundo cristão.Um doutor da Lei apresentou-se a Jesus para experimentá-lo. Perguntou:
“Que devo fazer para possuir a vida eterna?”. Ele sabia já, de cor, a resposta à sua própria pergunta, como
o texto de Lucas deixa claramente ver. Mas, diante do primeiro remate de Jesus: “Respondeste
corretamente; faze isto e viverás”, o doutor quis pôr à prova a sua abertura de mente e de coração, pondo-
lhe uma segunda pergunta; desta vez verdadeira, porque dela desconhecia a resposta, que poderia receber.
Perguntou-lhe: “Quem é o meu próximo?”. Jesus retomou a palavra para contar uma narração breve, mas
que abre cenários novos e inesperados. Disse: um homem descia de Jerusalém a Jericó, foi assaltado,

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despojado, espancado e abandonado semimorto na estrada. Um sacerdote, que fazia caminho pela mesma
estrada, “viu-o e passou adiante”; da mesma forma comportou-se um levita. Depois chegou um
samaritano, “viu-o e moveu-se à compaixão. Aproximou-se e cuidou das suas chagas...”. Dirigindo-se
Jesus ao doutor da Lei, perguntou: “Qual dos três foi o próximo do homem vítima dos assaltantes?”. Não
tem via de fuga, nem para o doutor, que respondeu, imediatamente: “Aquele que usou de misericórdia
para com ele”. Concluiu Jesus: ”Vai, e também tu, faze o mesmo”.
Seria possível pensar uma democracia que tivesse como fundamentos os valores de philia, de
próximo e de justiça? Que dizer àqueles que passam seus dias a acumular bens e riquezas, tirando o pão
da boca dos famintos, as roupas dos corpos dos necessitados, os remédios do alcance dos doentes, ... a
vida dos pobres? Podemos falar em democracia realizada, enquanto vivermos em sociedades divididas
entre uma camada privilegiada de poucos ricos, e uma maioria imensa de pobres e de excluídos?

Giuseppe Staccone

1. Em que consistia a patrística e qual era o seu objetivo/


2. Como se entende a Cristianização de Platão?
3. De que maneira o conceito de graça divina defendido por Agostinho,
rompe com a ética pagã.

1. O que era a escolástica e em que contexto histórico se desenvolveu?


2. Inserida no movimento escolástico, já nasce com objetivos
preestabelecidos: não contrariar a fé. Justifique esta afirmativa.
3. Para Tomas de Aquino o que era o mal?
4. Em que consiste a cristianização de Aristóteles.
5. Qual o conceito de mal para Santo Agostinho?
6. Como se explica o dito agostiniano: ama e faze o que quiseres.

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PROVA A RESPOSTAS:

PRIMEIRA QUESTÃO:
Analise o texto anexo do professor Giuseppe Staccone e faça um
comentário crítico, inclusive relacionando-o aos assuntos estudados e a
eleição de outubro próximo.
NECESSÁRIO ALUSÕES AOS SOFISTAS, AO QUE PENSAVAM EM
CONTRAPONTO COM SÓCRATES.
SEGUNDA QUESTÃO:
Há uma referência ao paladar no filme Matrix ao ser servido um bife.
Como podemos entender verdade, deserto do real e relacionar o filme com
os referenciais teóricos estudados.
PARA RESPONDER A ESTA QUESTÃO COM PROPRIEDADE
NECESSÁRIO SE FAZ A LEITURA DO CAPÍTULO 4 : VER, CRER,
TOCAR E A VERDADE, DO LIVRO INDICADO.
TERCEIRA QUESTÃO:
O filme O nome da Rosa, baseado na obra de Umberto Eco, retrata uma
fase importante da história da civilização ocidental no que diz respeito a
filosofia, costumes, etc. Qual os aspectos positivos e negativos da obra que
você aplicaria num PSF onde trabalhasse e para sua vida como cidadão.
NECESSÁRIO UMA ALUSÃO A IDADE MÉDIA, SEUS VALORES,
SUA IMPORTÂNCIA E COMO O PROFISSIONAL TER QUE SER
TOLERANTE DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL E
RELIGIOSA QUE ENFRENTARÁ.
QUARTA QUESTÃO
A idade média , entre outras coisas, caracterizou-se pela hegemonia
cultural, econômica e também política da Igreja Católica. Neste período
tivemos a Patrística e a Escolástica:
Responda:
Em que consistia a patrística e qual era o seu objetivo.
Como se entende a Cristianização de Platão?
De que maneira o conceito de graça divina defendido por Agostinho,
rompe com a ética pagã.
(Livro de Cotrin capitulo sete)

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PROVA FINAL
ALUNO:_______________________________________________DATA: 30.06.2008

PRIMEIRA QUESTÃO:
“A aranha realiza operações que lembram o tecelão, e as caixas suspensas
que as a abelhas constroem envergonham o trabalho de muitos arquitetos.
Mas até mesmo pior dos arquitetos difere, de início, da mais hábil das
abelhas, pelo fato de que, antes de fazer uma caixa de madeira, ele já a
construiu mentalmente. No final do processo de trabalho, ele obtém um
resultado que já existia em sua mente antes de ele mesmo começa a
construção. O arquiteto não só modifica a forma que lhe foi dada pela
natureza, dentro das restrições impostas pela natureza, como também
realiza um plano que lhe é próprio, definindo os meiose o caráter da
atividade aos quais ele deve subordinar sua vontade.”

Karl Marx, O capital .

Faça uma comentário crítico, com no mínimo 20 linhas, sobre o texto


acima, relacionando-o com o referencial teórico estudado.

SEGUNDA QUESTÃO:

“Há homens desumanos à força de crueldade, de selvageria, de


barbárie. Mas seria tão desumano quanto eles contestar sua
pertinência à humanidade. Nascemos homens; tornamo-nos
humanos. Mas quem não consegue se tornar, nem por isso deixa de
ser homem. A humanidade é recebida, antes de ser criada ou
criadora.(...) Não é uma essência, é uma filiação: homem, porque
filho de homem.” Considerando essa citação de Comte-Sponville,
responda:
A. O que o autor quer dizer com “ Nascemos homens;
tornamo-nos humanos.
B. A partir deste trecho, qual seria a opinião do autor sobre
tortura, castigos cruéis e pena de morte.
C. Em função dos assuntos sobre violência que tem
COLOCADO PERNAMBUCO como um dos estados mais
violentos do Brasil e em relação ao texto, qual o seu ponto
de vista a respeito

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DISCIPLINAS ISOLADAS:

NOME 1 UNIDADE 2ª 1 UNIDADE 2ª UNIDADE


NOTAS UNIDADE FALTAS FALTAS
NOTAS
ANDRESSA 8,5 7,7
ELAINY DE F.
COUTO
Rúbia de Almeida 8,2 7,0
Lima

Data: 30.06.2008

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