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01 – Se o conjunto solução da inequação 3.(x2 + 1/x2) – 8.(x + 1/x) + 10 < 0 é S, então o número
de elementos da interseção do conjunto S com o conjunto dos números inteiros é igual a:
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) 4
Solução: 3.(x2 + 1/x2) – 8.(x + 1/x) + 10 = 3.(x4 + 1)/x2 – 8.(x2 + 1)/x + 10 =
= (3.x4 + 3 – 8x3 – 8x + 10x2)/x2 = (3x4 – 8x3 + 10x2 – 8x + 3)/x2.
As raízes racionais possíveis de 3x4 – 8x3 + 10x2 – 8x + 3 são obtidas pelos divisores do termo
independente divididos pelos divisores do coeficiente do x4. Ou seja: ± 1/3 , ± 1, ± 3.
Nota: como a equação é simétrica, coeficientes 3, -8, 10, -8, 3, uma das raízes é 1.
Usando o dispositivo de Ruffini:
3 -8 10 -8 3
1 3 -5 5 -3 0
1 3 -2 3 0 1 é raiz dupla
Decompondo 3x4 – 8x3 + 10x2 – 8x + 3, temos inicialmente: (x – 1).(x – 1).(3x2 – 2x + 3) =
= (x – 1)2. (3x2 – 2x + 3).
(3x2 – 2x + 3) não tem raízes reais pois ∆ = (2)2 – 4.3.3 = 4 – 24 = - 20.
Portanto, 3x2 – 2x + 3 > 0 para todo valor de x.
Da equação inicial, temos : (3x4 – 8x3 + 10x2 – 8x + 3)/x2 = (x – 1)2. (3x2 – 2x + 3)/x2.
Ora, (x – 1)2 > 0 por ser quadrado perfeito, x2 > 0 por ser quadrado e 3x2 – 2x + 3 > 0 conforme
visto acima.
Assim, o produto somente poderá ser positivo ou nulo.
Como se deseja o produto negativo ou nulo, a única solução e ser o produto nulo, o que ocorre para
(x – 1) = 0 è x = 1 è S = {1}.
Portanto, a interseção de S com o conjunto dos números naturais é o próprio S e contém apenas 1
elemento. Resposta: letra (B)
02. Se um segmento AB tem 2 cm de comprimento, então a flecha do arco capaz de 135º desse
segmento mede: (A) √2 + 1 (B) √2 (C) √2 – 1 (D) √3 (E) 2 - √2
Solução: o arco capaz do segmento AB está indicado em vermelho na figura ao lado. Na figura <BAE
= 135º sendo EA tangente à circunferência.
Como BFA é um arco ex-inscrito, a medida do arco BFA é igual ao dobro do ângulo BAE. Portanto, o
arco BFA vale 135º x 2 = 270º. Assim, o arco capaz ACB tem 360º - 270º = 90º. Desta forma AB é o
lado do quadrado inscrito no círculo. Desta forma, temos L = R. √2 è R = 2/√2 = √2.
Ora, a flecha desse arco é igual à diferença entre o raio da circunferência e a metade do lado do
quadrado, ou seja: √2 – (1/2).2 = √2 – 1. Resposta: letra (C)
03 – Um relógio indica dois minutos menos do que a hora certa e adianta t minutos por dia. Se
estivesse atrasado três minutos por dia e adiantasse (t+1/2) minutos por dia, então marcaria a hora
certa exatamente um dia antes do que vai marcar. O tempo t , em minutos, que esse relógio adianta
por dia está compreendido entre:
A) 1/9 e 2/9 B) 2/9 e 3/9 C) 4/9 e 5/9 D) 6/9 e 7/9 E) 8/9 e 9/9.
Solução: O atraso de dois minutos será compensado pelo adiantamento de t minutos por dia. Assim,
ao fim de n dias teremos: nt = 2. (1)
No segundo caso teremos, (n – 1).(t + 1/2) = 3 è nt – t + (1/2)n – 1/2 = 3. Como nt = 2, resulta:
2 – t + (1/2)n – 1/2 = 3 è 4 – 2t + n – 1 = 6 è n – 2t = 3. Substituindo o valor de n em (1),
teremos: (3 + 2t).t = 2 è 2t2 + 3t – 2 = 0.
Resolvendo a equação: ∆ = 32 – 4.2.(-2) = 9 + 16 = 25 è t = (-3 + 5)/4 = 2/4 = 1/2 min.
A outra raiz não serve pois t não pode ser negativo.
De acordo com as opções 4/9 < 1/2 < 5/9. Resposta: letra (C)
04 – Em um trapézio, cujas bases medem a e b, os pontos M e N pertencem aos lados não-
paralelos. Se MN divide esse trapézio em dois outros trapézios equivalentes, então a medida do
segmento MN corresponde a
(A) média aritmética de a e b.
(B) média geométrica das bases.
(C) raiz quadrada da média aritmética de a2 e b2 .
(D) raiz quadrada da média harmônica de a2 e b2.
(E) média harmônica de a e b.
Solução: como a propriedade deve ser válida para um trapézio
qualquer ela é válida para um trapézio retângulo.
Da semelhança dos triângulos NEC e BFC, tiramos: CF/FB = CE/EM
è h/(b – a) = x/(MN – a) è
è x = h.(MN – a)/(b – a). (1)
Da relação entre as áreas tiramos: (a + MN).x/2 = (a + b).h/4 (2). Substituindo o valor de x em (1)
em (2), resulta: [(a + MN)/2].[h(MN – a)/(b – a)] = (a + b).h/4. Simplificando o fator comum h e
eliminando os denominadores teremos: MN2 – a2 = (b2 – a2)/2 è MN2 = (a2 – b2)/2 – a2 è
è MN2 = (a2 + b2)/2 è MN é a raiz quadrada da média aritmética de a2 e b2. Resposta: letra (C)
05 – Considere um triângulo retângulo e uma circunferência que passa pelos pontos médios dos seus
três lados. Se x, y e z, (x < y < z) são as medidas dos arcos dessa circunferência, em graus,
exteriores ao triângulo, então
(A) z = 360º - y (B) z = x + y (C) x + y + z = 180º (D) x + y = 180º (E) z = 2x + y
Solução: Como o segmento que liga os pontos médios de BA e
BC é paralelo a AC, o quadrilátero GEFA é um retângulo.
Assim, os arcos x = GA e EF são iguais pois compreendem
cordas de mesmo comprimento (lados opostos do retângulo
AFEG).
Sendo AFED um retângulo inscrito no círculo, AE = GF é um
diâmetro do círculo.
Desta forma x + arc GD + y = z + arc EF è x + arc GD + y =
z + x è arc GD = z – y. (1)
De ABC, <B = [(z + arc EF) – arc GD]/2 (2).
Como E é o ponto médio da hipotenusa, AE De (1) e (2) = 2.(<B) = z + x – (z – y) è 2.(<B) = x +
y. (3)= BE = EC è triângulo AEB é isósceles è <BAE = <B.
Das paralelas GA e EF, com transversal AE, <B = < BAE = <AEF.
Desta forma <B = z/2 (ângulo inscrito) è 2.(<B) = z (4).
De (3) e (4) conclui-se z = x + y. Resposta: letra (B)
06 – João vendeu dois carros do modelo SL e SR, sendo preço de custo do primeiro 20% mais caro
que o do segundo. Em cada carro teve um lucro de 20º sobre os seus respectivos preços de venda.
Se o total dessa venda foi R$ 88 000,00, o preço de custo do segundo modelo era, em reais, igual a
(A) 30 000,00 (B) 32 000,00 (C) 34 000,00 (D) 35 000,00 (E) 36 000,00
Solução: Para um lucro de 20% sobre o preço de venda (PV) e sendo o preço de custo igual a PC,
teremos: PV = PC + 20%.PV è 88 000 = PC + 0,2.88 000 è PC = 0,8.88 000 = 70 400.
Se x é o preço de custo do segundo (SR), o preço de custo do primeiro é x + 20%x = x + 0,2x =
1,2x.
Assim, 1,2x + x = 70.400 è x = 70.400/2,2 = 32.000,00. Resposta: letra (B).
07 – Dois ciclistas, com velocidades constantes, porém diferentes, deslocam-se em uma estrada
retilínea que liga os pontos A e B. Partem de A no mesmo instante e quando alcançam B, retornam a
A, perfazendo o movimento A-B-A-B, uma única vez. Quando o mais veloz alcança o ponto B, pela
primeira vez, retorna no sentido de A encontrando o outro a 4 km de B. Quando o mais lento atinge o
ponto B, retorna imediatamente e reencontra, no meio do percurso o outro que está vindo de A.
Desprezando-se o tempo gasto em cada mudança no sentido de percurso, a distância entre os pontos
A e B, em Km, é igual a
(A) 10 (B) 12 (C) 14 (D) 16 (E) 18
Solução: seja x a distância entre as duas cidades.
Para o primeiro encontro, o mais rápido percorre x + 4 enquanto que, no mesmo tempo, o mais lento
percorre x – 4. Se v1 e v2 são as velocidades teremos (x + 4)/v1 = (x – 4)/v2 è
è(x + 4)/(x – 4) = v1/v2 (1).
Para o segundo encontro, o mais rápido percorre 2,5x enquanto que, no mesmo tempo, o mais lento
percorre 1,5x. Neste caso: 2,5x/v1 = 1,5x/v2 (2).
De (1) e (2), (4 + x)/(4 – x) = 2,5x/1,5x è 1,5.(x + 4) = 2,5.(x – 4) è 1,5x + 6 = 2,5x - 10 è
è x = 16. Resposta: letra (D)
08 – Se a e b são dois números reais, denotarmos por min(a,b) o menor dos números a e b, isto é,
16 – Considere os triângulos ABC e MNP. Se as medidas dos lados do segundo triângulo são,
respectivamente, iguais às medidas das medianas do primeiro, então a razão da área de MNP para a
área de ABC é igual a (A) 1/3 (B) 1/2 (C) 2/3 (D) 3/4 (E) 5/6
Solução: consideremos o triângulo ABC para facilidade de cálculos.
A mediana do triângulo eqüilátero é a bissetriz e altura. Se “a” é o lado do triângulo a altura vale h =
a√3/2. Como esta é também a medida da mediana, o triângulo MNP será eqüilátero de lado a√3/2.
A área do triângulo de lado “a” é a2√3/4. A área de um triângulo de lados a√3 é (a√3/2)2.√3/4 =
a2.3√3/16. A razão entre as áreas é então ( a2.3√3/16]/ [a2√3/4] = 3/4. Resposta: letra (D).