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GABINETE DO MINISTRO
RESOLVE:
AGNELO QUEIROZ
Ministro de Estado do Esporte
Presidente do Conselho Nacional do Esporte
LIVRO I
DA JUSTIÇA DESPORTIVA
LIVRO II
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA
I- ampla defesa;
II- celeridade;
III- contraditório;
IV- economia processual;
V- impessoalidade;
VI- independência;
VII- legalidade;
VIII- moralidade;
IX- motivação;
X- oficialidade;
XI- oralidade;
XII- proporcionalidade;
XIII- publicidade; e
XIV- razoabilidade.
CAPÍTULO II
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DESPORTIVA, DOS TRIBUNAIS E DAS COMISSÕES
DISCIPLINARES.
Art 9º São atribuições do Presidente do STJD ou do TJD, além das que lhes forem
conferidas por Lei ou Regimento Interno:
I- zelar pelo perfeito funcionamento da Justiça Desportiva e fazer cumprir suas
decisões;
II – ordenar a restauração de autos;
III – dar imediata ciência, por escrito, das vagas verificadas no Tribunal ao
presidente da entidade indicante;
IV – determinar sindicâncias e aplicar pena de advertência e suspensão aos seus
funcionários;
V – sortear ou designar os relatores dos processos;
VI – dar publicidade às decisões prolatadas;
VII – representar o respectivo órgão judicante nas solenidades e atos oficiais,
podendo delegar essa função a qualquer dos auditores;
VIII – designar dia e hora para as sessões ordinárias e extraordinárias e dirigir os
trabalhos;
IX – dar posse aos auditores do respectivo órgão judicante e de suas Comissões
Disciplinares, aos Procuradores e aos Secretários;
X– exigir da entidade de administração o ressarcimento das despesas correntes e
dos custos de funcionamento do Tribunal e prestar-lhe contas;
XI – acolher e processar os recursos voluntários e os necessários;
XII – conceder efeito suspensivo a qualquer recurso, em decisão fundamentada,
quando a simples devolução da matéria possa causar prejuízo irreparável ao
recorrente;
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XIII – conceder licença do exercício de suas funções aos auditores, inclusive aos
das Comissões Disciplinares, procuradores, secretários e demais auxiliares.
§ 1º Nas licenças dos auditores os órgãos que representam deverão indicar auditor
substituto para a composição do colegiado durante o período do afastamento.
CAPÍTULO III
DOS AUDITORES
Art. 12. O mandato dos auditores da Justiça Desportiva terá duração prevista em
lei.
Art 17 Não podem integrar o mesmo órgão judicante auditores que tenham
parentesco na linha ascendente ou descendente, nem auditor que seja cônjuge, irmão,
cunhado durante o cunhado, tio, sobrinho, sogro, padrasto ou enteado de outro auditor.
§1º – Os impedimentos a que se refere este artigo devem ser declarados pelo
próprio auditor tão logo tome conhecimento do processo; se não o fizer, podem as partes
ou a Procuradoria argüi-los na primeira oportunidade em que se manifestarem no processo.
Art 19 Compete ao auditor, além das atribuições conferidas por este Código e pelo
respectivo regimento interno:
I– comparecer, obrigatoriamente, às sessões e audiências com a antecedência
mínima de 20 (vinte) minutos, quando regularmente convocado;
II – empenhar-se no sentido da estrita observância das leis, do contido neste
Código e zelar pelo prestígio das instituições desportivas;
III – manifestar-se rigorosamente dentro dos prazos processuais;
IV – representar contra qualquer irregularidade, infração disciplinar ou sobre
fatos ocorridos nas competições dos quais tenha tido conhecimento;
V– apreciar, livremente, a prova dos autos, tendo em vista, sobretudo, o
interesse do desporto, fundamentando, obrigatoriamente, a sua decisão;
VI – devolver à Secretaria, em até 48 (quarenta e oito) horas antes da sessão de
julgamento, qualquer processo que tenha em seu poder e que esteja incluído
em pauta.
Art 20 O auditor tem livre acesso a todas as dependências do local, seja público ou
particular, onde esteja sendo realizada qualquer competição da modalidade do órgão
judicante a que pertença, devendo ser-lhe reservado assento em setor designado para as
autoridades desportivas ou não.
Art. 22. Aplicam-se aos procuradores o disposto no artigo 20, e no que couber, as
incompatibilidades e impedimentos impostos aos auditores, assim declarados pelo
respectivo órgão judicante, na forma do inciso IV do artigo 14.
CAPÍTULO V
DA SECRETARIA
TÍTULO II
DA JURISDIÇÃO E DA COMPETÊNCIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA
Parágrafo único – A súmula dos julgados será estabelecida por 2/3 (dois terços) dos
auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
CAPÍTULO III
DA COMISSÃO DISCIPLINAR JUNTO AO STJD
CAPÍTULO IV
DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DESPORTIVA
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DISCIPLINAR JUNTO AO TJD
CAPÍTULO VI
DOS DEFENSORES
Art 29 Qualquer pessoa maior e capaz poderá funcionar como defensor, observados
os impedimentos legais.
Parágrafo único – Ainda que não colidentes os interesses, é lícita a qualquer das
pessoas mencionadas neste artigo a nomeação de outro defensor.
Art 31 O menor de 18 (dezoito) anos que não tiver defensor será defendido por
pessoa designada pelo Presidente do órgão judicante.
TÍTULO III
DO PROCESSO DESPORTIVO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
CAPÍTULO III
DOS ATOS PROCESSUAIS
Art 39 O acórdão só será redigido quando requerido pela parte e deverá conter,
resumidamente, relatório, fundamentação, parte dispositiva e, quando houver, a
divergência.
Art 41 A secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos, e fará constar,
em notas datadas e rubricadas, os termos de juntada, vista, conclusão e outros.
CAPÍTULO IV
DOS PRAZOS
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Art 45 Citação é o ato processual pelo qual a pessoa física ou jurídica é convocada
para, perante os órgãos judicantes desportivos, comparecer e defender-se das acusações
que lhe são imputadas.
Art 50 Feita a citação, por qualquer das formas estabelecidas, o processo terá
seguimento em todos os seus termos, independentemente do comparecimento do citado.
Art 51 O intimado que deixar de cumprir a ordem expedida pelo órgão judicante
fica sujeito às cominações previstas por este Código.
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CAPÍTULO VI
DAS NULIDADES
Art 53 A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que
couber à parte manifestar-se nos autos e só será declarada se ficar comprovada a
inobservância ou violação dos princípios que orientam o processo desportivo.
CAPÍTULO VII
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
CAPÍTULO VIII
DAS PROVAS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art 56 Todos os meios legais, bem assim os moralmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos alegados no
processo desportivo.
Art 57 A prova dos fatos alegados no processo desportivo caberá à parte que a
requerer, arcando esta com os eventuais custos de sua produção.
§ 2º. Quando houver indício de infração praticada pelas pessoas referidas no caput,
não se aplica o disposto neste artigo.
SEÇÃO II
DO DEPOIMENTO PESSOAL
SEÇÃO III
DA PROVA DOCUMENTAL
SEÇÃO IV
DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
SEÇÃO V
DA PROVA TESTEMUNHAL
Art 63 Toda pessoa pode servir como testemunha, exceto o incapaz, o impedido ou
o suspeito, assim definidos na lei.
SEÇÃO VI
DOS MEIOS AUDIOVISUAIS
Art 66 As provas previstas no artigo anterior deverão ser requeridas pela parte até o
dia anterior ao da sessão de instrução e julgamento, quando serão produzidas.
Art 67 As provas referidas no artigo 65, quando não houver motivo que justifique a
sua conservação no processo, poderão ser restituídas, mediante requerimento da parte,
depois de ouvida a Procuradoria, desde que devidamente certificado nos autos.
SEÇÃO VII
DA PROVA PERICIAL
CAPÍTULO IX
DO REGISTRO E DA DISTRIBUIÇÃO
TÍTULO IV
DO PROCESSO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO ESPECIAL
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
DO INQUÉRITO
SEÇÃO IV
DO MANDADO DE GARANTIA
Art 89 Não se concederá mandado de garantia contra ato ou decisão de que caiba
recurso próprio e não tenha sido concedido efeito suspensivo.
Parágrafo único. Após a apresentação da petição inicial não poderão ser juntados
novos documentos nem aduzidas novas razões.
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Art 94 A inicial será, desde logo, indeferida quando não for caso de mandado de
garantia ou quando lhe faltar algum dos requisitos previstos neste Código.
Art 95 Findo o prazo para as informações, com ou sem elas, o Presidente do órgão
judicante, depois de designar o relator, mandará dar vista do processo à procuradoria, que
terá 2 (dois) dias para manifestação.
Parágrafo único. Restituídos os autos pela procuradoria, será designada data para
julgamento.
SEÇÃO V
DA REABILITAÇÃO
Art 99 A pessoa física que houver sofrido eliminação poderá pedir reabilitação ao
órgão judicante que lhe impôs a pena definitiva, se decorridos mais de 04 (quatro) anos do
trânsito em julgado da decisão, instruindo o pedido com a documentação que julgar
conveniente e, obrigatoriamente, com a prova do pagamento dos emolumentos, com a
prova do exercício de profissão ou de atividade escolar e com a declaração de no mínimo,
3 (três) pessoas vinculadas ao desporto, de notória idoneidade, que atestem plenamente as
condições de reabilitação.
Art 100 Recebido o pedido, será dada vista à procuradoria, pelo prazo de 3 (três)
dias, para emitir parecer, sendo o processo encaminhado ao Presidente que, designando
relator, incluirá em pauta de julgamento.
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SEÇÃO VI
DA DOPAGEM
§ 2º Esgotado o prazo a que se refere o parágrafo anterior, com defesa ou sem ela, o
Presidente do órgão judicante competente, nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes,
remeterá o processo à Procuradoria para oferecer denúncia no prazo de 2 (dois) dias.
Art 104 Na sessão de julgamento não será permitida a produção de novas provas e
as partes terão o prazo máximo de 10 (dez) minutos para sustentação oral.
Art 106 A decisão proferida no processo fica sujeita a recurso necessário, que será
remetido, em 3 (três) dias, à instância superior, ressalvada a hipótese de interposição de
recurso voluntário, que não poderá ser recebido com efeito suspensivo.
SEÇÃO VII
DAS INFRAÇÕES PUNIDAS COM ELIMINAÇÃO
Art 107 Nos casos de denúncia por infração cuja pena prevista seja de eliminação,
o denunciado será citado para apresentar, no prazo de 3 (três) dias, defesa escrita, e
requerer diligências, inclusive a audiência das testemunhas que arrolar.
SEÇÃO VIII
DA SUPENSÃO, DESFILIAÇÃO OU DESVINCULAÇÃO IMPOSTAS PELAS
ENTIDADES DE ADMINISTRAÇÃO OU DE PRÁTICA DESPORTIVA
SECÃO IX
DA REVISÃO
Art 113 A revisão é admissível até 3 (três) anos após o trânsito em julgado da
decisão condenatória, mas não admite reiteração ou renovação, salvo se fundada em novas
provas.
Art 114 Não cabe revisão da decisão que houver imposto pena de perda de pontos,
de classificação ou de renda, se a competição estiver definitivamente homologada.
Art 115 A revisão só pode ser pedida pelo prejudicado, que deverá formulá-la em
petição escrita, desde logo instruída com as provas que a justifiquem, nos termos do artigo
112.
Art 116 O órgão judicante, se julgar procedente o pedido de revisão, poderá alterar
a classificação da infração, absolver o requerente, modificar a pena ou anular o processo.
Art 117 Em nenhum caso poderá ser agravada a pena imposta na decisão revista.
SEÇÃO X
DEMAIS MEDIDAS ADMITIDAS NO § 3º DO ARTIGO 9º
Art 120 Nas sessões de instrução e julgamento será observada a pauta previamente
elaborada pela secretaria, de acordo com a ordem numérica dos processos.
Art 122 Poderá ser lavrada ata na qual deverá constar o essencial.
Art 123 Em cada processo, antes de dar a palavra ao relator, o presidente indagará
das partes se têm provas a produzir.
Art 125 Concluída a fase instrutória, com a produção das provas, será dado o prazo
de dez (10) minutos, sucessivamente, à procuradoria e cada uma das partes, para
sustentação oral.
§ 1º. Quando duas ou mais partes forem representadas pelo mesmo defensor, o
prazo para sustentação oral será de quinze minutos.
§ 2º. Em casos especiais, poderão ser prorrogados os prazos previstos neste artigo,
a critério do Presidente do órgão.
§ 1º. Se algum dos auditores pretender esclarecimento, este lhe será dado pelo
relator.
§ 2º. As diligências propostas por qualquer auditor e deferidas pelo órgão judicante,
quando não puderem ser cumpridas desde logo, adiarão o julgamento para a sessão
seguinte.
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Art 127 Após os votos do relator e do Vice-Presidente, votarão os demais auditores,
por ordem de antigüidade e, por último, o Presidente.
Art 128 O auditor, na oportunidade de proferir o seu voto, poderá pedir vista do
processo e, quando mais de um o fizer, a vista será comum.
§ 1º. O pedido de vista não impedirá que o processo seja julgado na mesma sessão,
após o tempo concedido pelo Presidente para a vista.
Art 129 O auditor pode usar da palavra 2 (duas) vezes sobre a matéria em
julgamento.
Art 132 Quando, na votação para a aplicação da pena, não se verificar maioria, em
virtude da diversidade de votos, considerar-se-á o auditor que houver votado por pena
maior como tendo votado pela pena em concreto imediatamente inferior.
Art 135 Se até 30 (trinta) minutos após a hora marcada para o início da sessão não
houver auditores em número legal, desde que requerido pela parte, o julgamento do seu
processo será automaticamente adiado para a sessão seguinte, independentemente de nova
intimação.
TÍTULO IV
DOS RECURSOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 136. Das decisões dos órgãos judicantes caberá recurso nas hipóteses previstas
neste Código:
Art 137 Os recursos poderão ser interpostos pelo punido, pela parte vencida, por
terceiro interessado e pela procuradoria.
Parágrafo único. A Procuradoria não poderá desistir do recurso por ela interposto.
Art 138 Os recursos são:
I– necessário, interposto na própria decisão;
II – voluntário, interposto mediante oferecimento de razões, se quiser, no
prazo de 3 (três) dias, contados da proclamação do resultado do
julgamento.
§1º. O recurso será interposto para a instância imediatamente superior desde logo,
acompanhado da prova do pagamento dos emolumentos devidos.
§2º. A parte contrária, tem o prazo comum de 3 (três) dias para impugnar o recurso,
a partir do despacho que lhe abrir vista do processo.
Art 139 Havendo urgência o recurso poderá ser interposto por telegrama, fac-
símile, via postal ou e-mail, com as cautelas devidas, devendo ser comprovada a remessa
do original no prazo do §2º do artigo anterior, sob pena de não ser conhecido.
CAPÍTULO II
DO RECURSO NECESSÁRIO
Art 145 No recurso necessário não poderá ser modificada a tipificação da infração,
a não ser quando prevista idêntica espécie de penalidade.
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CAPÍTULO III
DO RECURSO VOLUNTÁRIO
Art 146 Ressalvados os casos previstos neste Código, cabe recurso voluntário de
qualquer decisão dos órgãos da Justiça Desportiva, salvo decisões do STJD, as quais são
irrecorríveis.
CAPÍTULO IV
DOS EFEITOS DOS RECURSOS
Art 147 Os recursos não terão efeito suspensivo, salvo quando houver previsão
legal, ou concedido nos termos do disposto no inciso XII do artigo 9o do presente Código.
CAPÍTULO V
DO JULGAMENTO DOS RECURSOS
Art 148 Os recursos serão julgados pela instância superior, de acordo com a
competência fixada neste Código.
Parágrafo único. Será considerado deserto o recurso que não estiver acompanhado
do seu devido preparo.
Art 150 Em grau de recurso não será admitida a produção de novas provas.
Art 152 A sessão de julgamento será realizada de acordo com o disposto neste
Código.
LIVRO II
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art 154 Ninguém será punido por fato que lei posterior deixe de considerar
infração disciplinar, cessando, em virtude dela, a execução e os efeitos da punição.
Parágrafo único. A lei posterior que, de outro modo favoreça o infrator, aplica-se
ao fato não definitivamente julgado.
Art 156 Infração disciplinar, para os efeitos deste Código é toda ação ou omissão
antidesportiva, típica e culpável.
§ 2º. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se a infração.
Art 159 O erro quanto à pessoa contra a qual a infração é praticada não isenta o
agente de pena.
Art 161 Não há infração quando as circunstâncias que incidem sobre o fato são de
tal ordem que impeçam que do agente se possa exigir conduta diversa.
TÍTULO III
DA RESPONSABILIZAÇÃO PELA ATITUDE ANTIDESPORTIVA PRATICADA
POR MENORES DE 14 (QUATORZE) ANOS
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS
Art 163 Quem, de qualquer modo, concorre para a infração, incide nas penas a esta
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
TÍTULO V
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Art 165 Prescreve a ação em 60 (sessenta) dias, contados da data do fato ou, nos
casos de falsidade ideológica ou material e nas infrações permanentes ou continuadas,
contados do conhecimento da falsidade ou da cessação da permanência ou continuidade.
Art 166 A condenação prescreve, em 1 (um) ano, quando não executada, a contar
da data que transitou em julgado a decisão.
Art 167 Ocorre a decadência quando a parte não exerce o direito de queixa no
prazo de dez dias, a contar da ocorrência do ato ou conhecimento do fato que lhe deu
causa.
TÍTULO VI
DAS PENALIDADES
CAPÍTULO I
DAS ESPÉCIES DE PENALIDADES
I – advertência;
II – multa;
III – suspensão por partida;
IV – suspensão por prazo;
V – perda de pontos;
VI – interdição de praça de desportos;
VII – perda de mando de campo;
VIII – indenização;
IX – eliminação;
X – perda de renda;
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XI – exclusão de campeonato ou torneio.
§2º As penas pecuniárias não serão aplicadas a atletas de prática não profissional.
Art 171 A suspensão por partida será cumprida na mesma competição, torneio ou
campeonato em que se verificou a infração.
Art 173 A suspensão por prazo, imposta à entidade de prática do desporto, impede
sua participação em qualquer partida, jogo ou prova no período da suspensão e de exercer
qualquer direito previsto em lei, estatuto ou regulamento.
Art 174 A interdição de praça de desportos impede que nela se realize qualquer
partida da respectiva modalidade, até que sejam cumpridas as exigências impostas na
decisão, a critério do órgão judicante (STJD ou TJD).
Art 175 A entidade de prática punida com a perda de mando de campo fica
obrigada a disputar as suas partidas, provas ou equivalentes em local designado pela
entidade promotora da competição.
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE
Art 178 O órgão judicante, na fixação das penalidades entre limites mínimos e
máximos, levará em conta a gravidade da infração, a sua maior ou menor extensão, os
meios empregados, os motivos determinantes, os antecedentes desportivos do infrator e as
circunstâncias agravantes e atenuantes.
Art 179 São circunstâncias que agravam a penalidade a ser aplicada, quando não
constituem ou qualificam a infração:
I- ter sido praticada com o concurso de outrem;
II - ter sido praticada com o uso de instrumento ou objeto lesivo;
III – ter o infrator, de qualquer modo, concorrido para a prática de infração
mais grave;
IV - ter causado prejuízo patrimonial ou financeiro;
V- ser o infrator membro ou auxiliar da justiça desportiva, membro ou
representante das entidades;
VI - ser o infrator reincidente.
Art 181 Havendo agravantes e atenuantes, a pena a ser aplicada será mensurada
pelo julgador.
Art 182 As penas previstas neste Código serão diminuídas pela metade quando a
infração for cometida por pessoa física praticante do desporto não profissional.
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Parágrafo único. Se a diminuição da pena resultar em número fracionado, aplicar-
se-á o número inteiro imediatamente inferior, sempre respeitada a pena mínima prevista.
Art 183 Quando o agente, mediante uma única ação, pratica duas ou mais
infrações, a de pena maior absorve a de pena menor.
Art 184 Quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica duas ou
mais infrações, aplicam-se cumulativamente as penas.
TÍTULO VII
DAS INFRAÇÕES DAS PESSOAS
CAPÍTULO I
DAS OFENSAS FÍSICAS
CAPÍTULO II
DAS OFENSAS MORAIS
Parágrafo único. Quando a manifestação for feita por meio da imprensa, rádio,
televisão, internet ou qualquer meio eletrônico, a pena será de 60 (sessenta) a 360
(trezentos e sessenta) dias.
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Art 189 Atribuir fato inverídico a membros ou dirigentes do Conselho Nacional de
Esporte (CNE), das entidades desportivas ou da Justiça Desportiva.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 180 (cento e oitenta) dias.
TÍTULO VIII
DAS INFRAÇÕES REFERENTES À ORGANIZAÇÃO, À ADMINISTRAÇÃO DO
DESPORTO E À COMPETIÇÃO
CAPÍTULO I
DAS INFRAÇÕES REFERENTES ÀS ENTIDADES DE ADMINISTRAÇÃO DO
DESPORTO, ÓRGÃOS PÚBLICOS DO DESPORTO E À COMPETIÇÃO
Parágrafo único – Quando a manifestação for feita por meio de imprensa, rádio ou
televisão, a pena será de 60 (sessenta) a 720 (setecentos e vinte) dias.
Art 193 Alterar e usar uniforme de competição, em evento desportivo oficial, sem
prévio consentimento da entidade de administração do desporto.
PENA: multa de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) sem prejuízo de fixação de prazo para
regularização, sob pena de suspensão automática até seu efetivo cumprimento.
Art 200 Recusar, sem justa causa, a cessão de sua praça de desportos, quando
legalmente requisitada.
PENA: interdição da praça de desporto por 90 (noventa) dias.
Art 201 Recusar acesso em praça de desporto, pública ou particular, aos membros
do Conselho Nacional de Esporte (CNE) e aos membros de poderes da entidade de
administração do desporto da modalidade que estiver sendo praticada.
PENA: suspensão das atividades oficiais da respectiva modalidade na praça pelo tempo em
que durar a recusa.
Art 203 Deixar de disputar, sem justa causa, partida, prova ou o equivalente na
respectiva modalidade.
Pena: perda de pontos em disputa a favor do adversário, na forma do regulamento, e
proibição de participar do campeonato, torneio ou equivalente, subseqüente, da mesma
entidade de administração.
Art 205 Dar causa à não realização ou impedir o prosseguimento de partida, prova
ou equivalente que estiver disputando, por simulação de contusão, por insuficiência
numérica intencional de seus atletas ou por qualquer outra forma.
PENA: multa de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais) e perda de pontos em disputa a favor do adversário, na forma do regulamento, e
proibição de participar do subseqüente campeonato, torneio ou equivalente da mesma
modalidade.
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Art 206 Dar causa ao atraso do início da realização da competição marcada para
sua praça de desportos.
PENA: multa de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por minuto.
Art 207 Ordenar ao atleta que não atenda à requisição ou convocação feita por
entidade de administração de desporto, para competição oficial ou amistosa, ou que se
omita, de qualquer modo.
PENA: suspensão de 180 (cento e oitenta) dias a 360 (trezentos e sessenta) dias.
Art 208 Não restituir em perfeito estado de conservação troféu ou qualquer material
desportivo sob sua guarda temporária.
PENA: indenização a ser fixada pelo órgão judicante.
Art 211 Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com
infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização.
PENA: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) e
interdição do local, quando for o caso, até a satisfação das exigências que constem da
decisão.
Art 212 Não apresentar, quando indicante, o local para realização de competição
oficial de que participe regularmente marcado, ou não oferecer ao árbitro o material
desportivo necessário, inclusive sobressalente, dando causa ao retardamento do início ou
reinício da competição, ou impossibilitando a sua realização.
PENA: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais); se a
partida, prova ou equivalente não se realizar, além da multa, o infrator perderá a sua parte
na renda e seu adversário será considerado vencedor da competição.
§ 1º Incide nas mesmas penas a entidade que, dentro de sua praça de desporto, não
prevenir ou reprimir a sua invasão, bem assim o lançamento de objeto no campo ou local
da disputa do evento desportivo, que possa causar gravame aos que dele estejam
participando.
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§ 2º. Caso a invasão seja feita pela torcida da entidade adversária, sofrerá esta a
mesma apenação.
Art 214 Incluir atleta que não tenha condição legal de participar de partida, prova
ou equivalente.
PENA: perda do dobro do número de pontos previstos no regulamento da competição para
o caso de vitória e multa de R$ 5,000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil
reais).
§1º Fica mantido o resultado da partida, prova ou equivalente para todos os efeitos
previstos no regulamento da competição.
§2º Não sendo possível aplicar-se a regra prevista no parágrafo anterior em face da
forma de disputa da competição, o infrator será desclassificado.
§3º A entidade de prática desportiva que ainda não tiver obtido pontos suficientes
ficará com pontos negativos.
§4º A ação disciplinar, nos casos previstos neste artigo, cabe privativamente à
Justiça Desportiva.
Art 215 Deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o
início ou reinício da partida, prova ou equivalente.
PENA: multa de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por minuto que atrasar.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES REFERENTES ÀS ENTIDADES DE PRÁTICA DESPORTIVA
Art 216 Requerer inscrição por duas ou mais entidades de prática desportiva.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 120 (cento e vinte) dias.
Art 217 Omitir, no pedido de inscrição, sua vinculação a outra entidade de prática
desportiva.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias.
Art 218 Firmar o atleta profissional contratos de trabalho com duas ou mais
entidades de prática desportiva, por tempo de vigência sobrepostos, levados a registro.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias.
CAPÍTULO III
DAS INFRAÇÕES REFERENTES À JUSTIÇA DESPORTIVA
Art 221 Oferecer queixa infundada ou dar causa, por erro grosseiro ou sentimento
pessoal, à instauração de inquérito ou processo na Justiça Desportiva.
PENA: suspensão de 90 (noventa) a 360 (trezentos e sessenta) dias ou, tratando-se de
entidade de administração ou de prática desportiva, multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
Parágrafo único – Quando o infrator for pessoa física, a pena será de suspensão de 90
(noventa) a 360 (trezentos e sessenta) dias.
Art 229 Dar ou oferecer vantagem a testemunha, perito, tradutor, intérprete, para
fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, tradução,
interpretação.
PENA: suspensão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e eliminação na reincidência.
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO
Art 233 Deixar de cumprir obrigação legal por fato ligado ao desporto.
PENA: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) e
suspensão até o cumprimento da obrigação.
TÍTULO IX
DAS INFRAÇÕES CONTRA A MORAL DESPORTIVA
CAPÍTULO I
DAS FALSIDADES
§1º – Nas mesmas penas incorrerá quem fizer uso do documento falsificado na
forma deste artigo, conhecendo-lhe a falsidade.
Art 235 Atestar ou certificar falsamente, em razão da função, fato ou circunstância que
habilite atleta a obter registro, condição de jogo, inscrição, transferência ou qualquer
vantagem indevida.
PENA: suspensão de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias e eliminação na
reincidência.
Art 236 Usar, em atividade desportiva, como própria, carteira de atleta ou qualquer
documento de identidade de outrem ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento
dessa natureza, próprio ou de terceiro.
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PENA: suspensão de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias e eliminação na
reincidência.
CAPÍTULO II
DA CORRUPÇÃO, DA CONCUSSÃO E DA PREVARICAÇÃO
Art 237 Dar ou prometer vantagem indevida a quem exerça cargo ou função,
remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou Órgão da Justiça Desportiva,
para que pratique, omita ou retarde ato de ofício ou, ainda, para que o faça contra
disposição expressa de norma desportiva.
PENA: suspensão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e eliminação na reincidência.
Art 238 Receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão
de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou órgão da
justiça desportiva, para praticar, omitir ou retardar ato de ofício, ou, ainda, para faze-lo
contra disposição expressa de norma desportiva.
PENA: suspensão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e eliminação na reincidência.
Art 239 Deixar de praticar ato de ofício, por interesse pessoal ou para favorecer ou
prejudicar outrem ou praticá-lo, para os mesmos fins, com abuso de poder ou excesso de
autoridade.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias e eliminação na
reincidência.
CAPITULO III
DAS INFRAÇÕES POR DOPAGEM
Art 244 Ser flagrado, comprovadamente dopado, dentro ou fora da partida, prova
ou equivalente.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias e eliminação na
reincidência.
§4º Não há prazo para a caracterização da reincidência nas infrações por dopagem.
§5º Presume-se dopado, para os efeitos deste artigo, o atleta que não se submeter ao
procedimento do controle de dopagem, quando regularmente notificado.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá quem fizer uso do resultado
falsificado, se lhe conhecer a falsidade.
Art 248 Deixar de cumprir, no que se refere à dopagem, na forma ou nos prazos
estabelecidos, as determinações deste Código, legislação federal, normas nacionais e
internacionais e regras de cada modalidade, se da omissão resultar prejuízo para o controle
da dopagem.
PENA: suspensão de 30(trinta) a 90 (noventa) dias e eliminação na reincidência.
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§ 1º Fica sujeita à mesma pena qualquer pessoa que tenha concorrido, direta ou
indiretamente, para a ministração ou prescrição.
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES DOS ATLETAS
Parágrafo único. Para todos os efeitos, o árbitro e seus auxiliares são considerados
em função desde a escalação até o término do prazo fixado para a entrega dos documentos
da competição na entidade.
Art 253 Praticar agressão física contra o árbitro ou seus auxiliares, ou contra
qualquer outro participante do evento desportivo.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 540 (quinhentos e quarenta) dias.
Art 256 Desistir de disputar partida, depois de iniciada, por abandono de campo,
simulação de contusão, ou tentar impedir, por qualquer meio, o seu prosseguimento.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias.
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Parágrafo único. Se a infração for praticada em virtude de cumprimento de ordem
superior, ficará o autor da ordem sujeito à pena de suspensão de 01 (um) a 4 (quatro) anos.
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES DOS ÁRBITROS, AUXILIARES E DELEGADOS
Art 262 Deixar de apresentar-se, sem justo motivo, no local destinado a realização
da partida, prova ou equivalente com a antecedência mínima exigida no regulamento para
o início da competição.
PENA: multa de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Art 264 Não conferir documento de identificação das pessoas físicas constantes da
súmula ou equivalente.
PENA: suspensão de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias.
Art 268 Dar início à partida, prova ou equivalente, ou não interrompê-la quando, no
local exclusivo destinado a sua prática, houver qualquer pessoa que não as previstas nas
regras das modalidades, regulamentos e normas da competição.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias.
Art 270 Dar publicidade a documento sem que esteja autorizado a fazê-lo.
PENA: suspensão de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias.
Art 272 Assumir em praças desportivas, antes, durante ou depois da partida, atitude
contrária à disciplina ou à moral desportiva.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 120 (cento e vinte) dias.
CAPÍTULO VI
DAS INFRAÇÕES EM GERAL
Art 276 Dar ou transmitir instruções a atletas, durante a realização de partida, prova
ou equivalente, em local proibido pelas regras ou regulamento da modalidade desportiva.
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PENA: suspensão de 30 (trinta) a 120 (cento e vinte) dias.
Art 277 Constranger alguém, mediante violência, grave ameaça ou por qualquer
outro meio, a não fazer o que a lei permite ou a fazer o que ela proíbe.
PENA: suspensão de 30 (trinta) a 120 (cento e vinte) dias.
Art 278 Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou, gestos ou por qualquer outro
meio, causar-lhe mal injusto ou grave.
PENA: suspensão de 30 (trinta) a 120 (cento e vinte) dias.
Art 280 Submeter criança ou adolescente, sob sua autoridade, guarda ou vigilância,
a vexame ou a constrangimento, sendo, nesse caso, os autos remetidos ao Conselho Tutelar
da Criança e do Adolescente.
Pena: Suspensão pelo prazo de 1 (um) a 2 (dois) anos.
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art 281 Não existindo ou, se existindo, deixar de funcionar o órgão judicante, a
entidade de administração do desporto designará os seus representantes, que procederão na
forma do parágrafo único do art. 15 deste Código.
Art 282 Os casos omissos e as lacunas deste código serão resolvidos com a adoção
dos princípios gerais de direito e dos princípios que regem este Código, vedadas, na
definição e qualificação de infrações, as decisões por analogia.
Art 283 A interpretação das normas deste Código far-se-á com observância das
regras gerais de hermenêutica, visando à defesa da disciplina e da moralidade do desporto.
Art 284 Após o trânsito em julgado das decisões condenatórias, serão elas
remetidas, quando for o caso, aos respectivos órgãos de fiscalização do exercício
profissional, para as providências que entenderem necessárias.
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art 285 Os mandatos dos atuais auditores ficam mantidos até o seu término.
Art 286 Este Código entrará em vigor na data de sua publicação, mantidas as regras
anteriores aos processos em curso.
Art 287 Ficam revogadas as Portarias MEC nº 702, de 17 de dezembro de 1981; nº.
25 de 24 de janeiro de 1984; nº 328, de 12 de maio de 1987; relativas ao Código Brasileiro
Disciplinar de Futebol (CBDF); Portarias MEC nº 629, de 2 de setembro de 1986; nº 877,
de 23 de dezembro de 1986, relativas ao Código Brasileiro de Justiça e Disciplina
Desportivas (CBJDD), e as Resoluções de Diretoria das entidades de administração do
desporto que se tenham incorporado às Portarias ora revogadas, e demais disposições em
contrário.